70, do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever de todos prevenir a
ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Nesse sentido, podemos apontar os principais agentes que devem garantir os direitos da infância e da adolescência, a saber: A família, como esfera primeira, natural e básica de atenção, deve educar a criança desde os primeiros anos da infância, oferecendo amor, carinho, compreensão, atenção, contribuindo para a formação moral e cidadã da criança, para que se torne um adulto sadio. A sociedade civil organizada, que assume um papel duplo, exerce um controle social, colocando em prática ações de defesa e garantia dos direitos da criança e do adolescente, bem como encaminhar reivindicações e fiscalizar a atuação dos governos para assegurar que seus pontos de vista e necessidades sejam atendidas. Conselhos de direitos, que também exercem controle social, com base no princípio da democracia participativa, buscando garantir a participação da sociedade na formulação de políticas públicas voltadas pra a defesa e promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Defensoria pública, que deve garantir o acesso à justiça de pessoas que não podem arcar com os custos da contratação de serviços particulares, de modo que permitem que o cidadão conte com um advogado especializado para defender seus direitos junto ao judiciário. Conselhos tutelares, órgãos colegiados, encarregados de zelar pelo cumprimentos dos direitos da criança e do adolescente. Ministério Público, que é um órgão incumbido de zelar pela defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais indisponíveis e do próprio regime democrático. Juizado da Infância e da Juventude, que contam com juízes especializados na área da infância e da adolescência, que, em conjunto com uma equipe técnica, realizam estudos e pesquisas, acompanham o cumprimento das leis e das medidas de proteção, promovendo o entrosamento dos serviços do juizado com os Conselhos Tutelares e acompanham e execução das medidas socioeducativas. Delegacias especializadas, que são repartições da Polícia Civil especializadas no atendimento de ocorrência envolvendo adolescentes. Nós, agentes de segurança pública, assim como os órgãos acima, também temos um papel relevante na garantia e defesa dos direitos das crianças e adolescentes infratores. Nesse sentido, devemos estar cientes dos procedimentos específicos a serem adotados quando do atendimento de ocorrências que envolvam esse público, para fazermos os encaminhamentos corretos necessários, de modo que possamos salvaguardar os direitos e as garantias desse público, como estabelece o ECA, independentemente se a criança ou adolescente foi ameaçado, teve seu direito violado ou se cometeu um ato infracional.
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