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INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA

O meu guri - Chico Buarque/1981 O meu guri - Chico Buarque/1981

1) Quem fala nessa música? Para quem se fala? 1) Quem fala nessa música? Para quem se fala?
Comprove sua resposta com elementos da letra. Comprove sua resposta com elementos da letra.

2) O que significa dizer: “Não era o momento dele 2) O que significa dizer: “Não era o momento dele
rebentar”? rebentar”?

3) Quais são as possíveis condições socioeconômicas 3) Quais são as possíveis condições socioeconômicas
do eu lírico? Justifique sua resposta com elementos da do eu lírico? Justifique sua resposta com elementos da
música. música.

4) Quando se diz: “Como fui levando/Não sei lhe 4) Quando se diz: “Como fui levando/Não sei lhe
explicar/Fui assim levando/Ele a me levar”, quais os explicar/Fui assim levando/Ele a me levar”, quais os
possíveis sentidos dos verbos "Levando" e "Levar" ? possíveis sentidos dos verbos "Levando" e "Levar" ?

5) A expressão “Chegar lá” é muito comum na nossa 5) A expressão “Chegar lá” é muito comum na nossa
sociedade. Qual sentido ela adquire na letra d’O meu sociedade. Qual sentido ela adquire na letra d’O meu
guri? guri?

6) Que visão a mãe tem do filho e do trabalho dele? 6) Que visão a mãe tem do filho e do trabalho dele?

7) O guri parece ser um rapaz trabalhador? 7) O guri parece ser um rapaz trabalhador?
Justifique sua resposta. Justifique sua resposta.

8) O guri levou para a mãe uma “bolsa já com tudo 8) O guri levou para a mãe uma “bolsa já com tudo
dentro”, e ela, inocentemente, achou que era um dentro”, e ela, inocentemente, achou que era um
presente. Ela sabia, de fato, ou não das coisas que o presente. Ela sabia, de fato, ou não das coisas que o
filho fazia? Hoje, é possível existir uma mãe assim, com filho fazia? Hoje, é possível existir uma mãe assim, com
essa postura. Justifique sua resposta: essa postura. Justifique sua resposta:

9) Explique os possíveis sentidos que o trecho “Chega 9) Explique os possíveis sentidos que o trecho “Chega
suado/E veloz do batente” pode ter. suado/E veloz do batente” pode ter.

10) O trecho “É o meu guri e ele chega!/ Chega 10) O trecho “É o meu guri e ele chega!/ Chega
estampado/Manchete, retrato/Com venda nos estampado/Manchete, retrato/Com venda nos
olhos/Legenda e as iniciais” revela uma cena. Que cena olhos/Legenda e as iniciais” revela uma cena. Que cena
é essa? O que aconteceu? é essa? O que aconteceu?

11) Por que, depois dessa cena, o guri apareceu com 11) Por que, depois dessa cena, o guri apareceu com
venda nos olhos e, na legenda, só apareceram as venda nos olhos e, na legenda, só apareceram as
iniciais? iniciais?

12) Por que, depois dessa cena, o eu lírico diz: “Desde 12) Por que, depois dessa cena, o eu lírico diz: “Desde
o começo eu não disse/Seu moço!/Ele disse que o começo eu não disse/Seu moço!/Ele disse que
chegava lá!”? Ele realmente chegou lá? Explique. chegava lá!”? Ele realmente chegou lá? Explique.
Gabarito:
sociais, ou seja, ele queria ter qualidade de vida sem
1) Quem fala na música é uma mãe que se dirige ao esforço, queria ganhar dinheiro facilmente.
“seu moço”, o qual parece representar a comunidade em
geral. Para se dirigir ao povo, ela faz o uso de uma espécie 6) A mãe enxerga de forma inocente o “trabalho” do
de vocativo: “Seu moço,”. Esse povo pode ser também filho. Ao vê-lo sair de casa sempre muito cedo, chegar
uma pessoa apenas, como por exemplo, um policial que sempre cansado, suado e com muitas coisas para a casa,
aparece no desfecho da história, ou um jornalista, a ela imaginava que ele era um rapaz cujo trabalho era
contar a verdade desse guri para essa mãe. E há honesto, o que, na verdade, não era.
passagens que comprovam que se trata de uma mãe,
como, por exemplo: “Nasceu meu rebento” e “Ai o meu 7) Aparentemente, sim. Uma vez que ele sempre sai de
guri, olha aí!”. O uso do pronome possessivo ‘meu’, nos casa cedo, o que é comum na vida de muitos
dois trechos, revela que se trata de uma mãe a falar do trabalhadores, e sempre chega cansado e suado, uma
filho. Além disso, os personagens dessa música podem característica muito associada, nos dias de hoje, a
servir de metonímia daqueles que não têm projeção social pessoas que trabalham muito, arduamente. Por outro
nem perspectiva de vida na sociedade contemporânea, lado, é possível desconfiar do “trabalho” desse guri, uma
uma vez que os personagens não têm nome, podem, vez que, em momento algum se fala onde ele trabalha,
portanto, representar a história de qualquer um. com o que ele trabalha, e , ainda assim, ele sempre chega
com artigos de valor em casa.
2) Significa que, no momento em que o guri nasceu, a
mãe não estava preparada para recebê-lo nem para 8) Nessa questão, o professor deve levar os alunos a
cuidar dele, seja psicológica ou financeiramente falando. problematizarem a postura dessa mãe, ou seja, julgarem
Com isso, pode-se perceber que ela teve uma gravidez se ela agia corretamente, se ela sabia, de fato, ou não das
não planejada e sem a presença do pai da criança. coisas que o filho fazia e se, hoje, é possível existir uma
mãe assim, com essa postura.
3) Provavelmente o eu-lírico possui condições
socioeconômicas precárias. Podemos perceber isso por 9) A princípio, pode se imaginar que o guri chega suado
meio da realidade que se revela em trechos como: “E eu por ter trabalhado muito, isso porque a palavra ‘batente’
não tinha nem nome//Pra lhe dar//Como fui é associada a trabalho. Entretanto, quando se diz que ele
levando//Não sei lhe explicar//Fui assim levando//Ele a chegava suado e veloz, isso pode significar que ele estava
me levar”; “...e uma penca//De documentos//Pra fugindo, ou da polícia ou de outras pessoas, já que
finalmente//Eu me identificar”; “Chega no morro”. Tais roubava. Mas, para a mãe, ele vinha do ‘batente’, e, como
trechos nos mostram que essa mãe mora na periferia, ao a história da música é contada sob a perspectiva da mãe,
utilizar a palavra ‘morro’, e que ela sequer tinha utilizou-se a palavra ‘batente’ para se referir ao
documentos, embora já mais madura. Além disso, quando “trabalho” pesado que o guri desempenhava.
ela diz: “E eu não tinha nem nome//Pra lhe dar”, o ‘nem’
revela que havia outras coisas, além do nome, que ela 10) Trata-se de uma cena em que a mãe vê o filho morto
também não podia dar ao filho, como, por exemplo, no jornal. Provavelmente em uma tentativa de fuga, o
comida, escola, qualidade de vida. filho não escapara e fora morto. Por isso, o nome dele e a
manchete noticiando o fato no jornal.
4) Os trechos “como fui levando” e “fui assim levando”
denotam que a mãe foi criando o filho sem ter boas 11) Porque o guri era menor de idade. Quando se é
condições financeiras. Nessas expressões, o verbo ‘levar’ menor de idade, em casos policiais, não se podem
se relaciona à criação do filho, ao modo como ela ia divulgar o nome da pessoa nem a imagem nítida de seu
sobrevivendo. Já no trecho “Ele a me levar”, o verbo rosto em meios de comunicação.
‘levar’ apresenta outros sentidos, o sentido de que o filho
ajudava a mãe em casa e também no sentido de que ele a 12) Como o “chegar lá” possui vários sentidos, há várias
enganava, ato ao que, popularmente, referimo-nos por possibilidades, tanto sob a perspectiva da mãe quanto
meio de expressões como: “levar no bico/no papo/na sob a perspectiva do filho. A expressão pode se referir a se
lábia”. tornar o chefe dos bandidos, virar celebridade, ficar
famoso, ficar rico, etc. Nessa questão, o professor deve
5) A expressão “Chegar lá”, muito comum na nossa levar os alunos a perceberem as dificuldades existentes
sociedade, significa ascender socialmente, hoje para se ascender socialmente. Para isso, pode-se
financeiramente e, talvez, intelectualmente, ou seja, discutir: a exclusão social, os meios de se ascender
chegar em um patamar que nos permite ter boa socialmente hoje, o que leva algumas pessoas a
qualidade de vida. Além disso, pessoas que ‘chegam lá’, roubarem, como se pode resolver essa situação hoje, etc.
pessoas bem sucedidas costumam aparecer no jornal. Na
letra d’O meu guri, a expressão diz respeito a uma
ascensão social, entretanto, para ascender socialmente, o
guri se valia de meios ilícitos, que vão contra as regras

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