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SOCIEDADES COLIGADAS

I
NOÇÕES GERAIS

1) ENQUADRAMENTO

- Terminologia: Sociedades coligadas e grupos de sociedades.


- Grupo de sociedades; sentido económico e sentido jurídico (art.º 488.º e
segs)

- Formas de coligação - 482


- Sociedades em relação de simples participação
- Sociedades em relação de participações recíprocas
- Sociedades em relação de domínio
- Sociedades em relação de grupo

- Âmbito pessoal
- Relações entre sociedades – 481,1
- Com sede em Portugal – 481,2

- Concentração do capital
- Concentração vertical e horizontal
- Fusões
- OPAS
- Aquisições potestativas
- Aquisições de capital
- Aquisições sucessivas de capital (ramassage)
- Transparência
- Observatório
- CSC – 448: 1/10; 1/3; 50% do c.s., directa ou indirectamente
- acções ao portador – 30 dias
- CVM – 16:10%; 20%; 1/3; 50%; 2/3; 90% Dtºs de voto
- Sociedades abertas – 4 dias informa sociedade e CMVM
- Sociedade informa mercado 3 dias - 17
- Sociedades cotadas 16,2: + 2%; 5%; 15%; 25%
- OPA obrigatória – 187/CVM
- 1/3; 50% Dtºs de voto de sociedade aberta

2) REGIME DA CONCORRÊNCIA

- Lei nº 19/2012 de 8 de Maio (Lei da concorrência)

Artigo 3.º Noção de empresa

1 - Considera-se empresa, para efeitos da presente lei, qualquer entidade que exerça uma
atividade económica que consista na oferta de bens ou serviços num determinado mercado,
independentemente do seu estatuto jurídico e do seu modo de financiamento.

2 - Considera-se como uma única empresa o conjunto de empresas que, embora


juridicamente distintas, constituem uma unidade económica ou mantêm entre si laços de
interdependência decorrentes, nomeadamente:

a) De uma participação maioritária no capital;

b) Da detenção de mais de metade dos votos atribuídos pela detenção de


participações sociais;

c) Da possibilidade de designar mais de metade dos membros do órgão de


administração ou de fiscalização;

d) Do poder de gerir os respetivos negócios.


Artigo 36.º Concentração de empresas

1 - Entende-se haver uma concentração de empresas, para efeitos da presente lei, quando se
verifique uma mudança duradoura de controlo sobre a totalidade ou parte de uma ou mais
empresas, em resultado:

a) Da fusão de duas ou mais empresas ou partes de empresas anteriormente


independentes;

b) Da aquisição, direta ou indireta, do controlo da totalidade ou de partes do


capital social ou de elementos do ativo de uma ou de várias outras empresas,
por uma ou mais empresas ou por uma ou mais pessoas que já detenham o
controlo de, pelo menos, uma empresa.

2 - A criação de uma empresa comum constitui uma concentração de empresas, na aceção


da alínea b) do número anterior, desde que a empresa comum desempenhe de forma
duradoura as funções de uma entidade económica autónoma.

3 - Para efeitos do disposto nos números anteriores, o controlo decorre de qualquer ato,
independentemente da forma que este assuma, que implique a possibilidade de exercer, com
caráter duradouro, isoladamente ou em conjunto, e tendo em conta as circunstâncias de
facto ou de direito, uma influência determinante sobre a atividade de uma empresa,
nomeadamente:

a) A aquisição da totalidade ou de parte do capital social;

b) A aquisição de direitos de propriedade, de uso ou de fruição sobre a


totalidade ou parte dos ativos de uma empresa;

c) A aquisição de direitos ou celebração de contratos que confiram uma


influência determinante na composição ou nas deliberações ou decisões dos
órgãos de uma empresa.

Artigo 37.º Notificação prévia

1 - As operações de concentração de empresas estão sujeitas a notificação prévia quando


preencham uma das seguintes condições:
a) Em consequência da sua realização se adquira, crie ou reforce uma quota
igual ou superior a 50 % no mercado nacional de determinado bem ou
serviço, ou numa parte substancial deste;

b) Em consequência da sua realização se adquira, crie ou reforce uma quota


igual ou superior a 30 % e inferior a 50 % no mercado nacional de
determinado bem ou serviço, ou numa parte substancial deste, desde que o
volume de negócios realizado individualmente em Portugal, no último
exercício, por pelo menos duas das empresas que participam na operação de
concentração seja superior a cinco milhões de euros, líquidos dos impostos
com estes diretamente relacionados;

c) O conjunto das empresas que participam na concentração tenha realizado em


Portugal, no último exercício, um volume de negócios superior a 100
milhões de euros, líquidos dos impostos com este diretamente relacionados,
desde que o volume de negócios realizado individualmente em Portugal por pelo
menos duas dessas empresas seja superior a cinco milhões de euros.

2 - As operações de concentração abrangidas pela presente lei devem ser notificadas à


Autoridade da Concorrência após a conclusão do acordo e antes de realizadas, sendo caso
disso, após a data da divulgação do anúncio preliminar de uma oferta pública de aquisição ou
de troca, ou da divulgação de anúncio de aquisição de uma participação de controlo em
sociedade emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, ou ainda,
no caso de uma operação de concentração que resulte de procedimento para a formação de
contrato público, após a adjudicação definitiva e antes de realizada.

Artigo 11.º Abuso de posição dominante

1 - É proibida a exploração abusiva, por uma ou mais empresas, de uma posição


dominante no mercado nacional ou numa parte substancial deste.

2 - Pode ser considerado abusivo, nomeadamente:

a) Impor, de forma direta ou indireta, preços de compra ou de venda ou outras


condições de transação não equitativas;

b) Limitar a produção, a distribuição ou o desenvolvimento técnico em prejuízo


dos consumidores;
c) Aplicar, relativamente a parceiros comerciais, condições desiguais no caso de
prestações equivalentes, colocando-os, por esse facto, em desvantagem na
concorrência;

d) Subordinar a celebração de contratos à aceitação, por parte dos outros


contraentes, de prestações suplementares que, pela sua natureza ou de acordo
com os usos comerciais, não tenham ligação com o objeto desses contratos;

e) Recusar o acesso a uma rede ou a outras infraestruturas essenciais por si


controladas, contra remuneração adequada, a qualquer outra empresa, desde
que, sem esse acesso, esta não consiga, por razões de facto ou legais, operar
como concorrente da empresa em posição dominante no mercado a montante
ou a jusante, a menos que esta última demonstre que, por motivos operacionais
ou outros, tal acesso é impossível em condições de razoabilidade.

II
RELAÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

1) RELAÇÃO DE SIMPLES PARTICIPAÇÃO

a) Conceito
- Entre 10% e 50% do capital social – 483,1
-Extensão
- Domínio indirecto – 483,2

b) Consequências
- Dever de comunicação – 484
- Quaisquer novas aquisições
- Sanção
- CSC – Contra ordenação – 448; 528,5
- CVM – Participação qualificada não transparente – 16-B
- Suspensão direitos de voto e dividendos
- Dividendos ficam depositados – 16- B,5

- Sociedades em geral
- Sociedades fechadas – 448
- Qualquer pessoa
- 10%; 1/3; 50%
- Patamares
- Extensão – 447,2
- Prazo: 30 dias
- Sanção: contra ordenações 528,5

- Sociedades abertas – 16/CVM


- Patamares
- Direitos de voto
- Prazo de comunicação: 4 dias

2) RELAÇÃO DE PARTICIPAÇÕES RECÍPROCAS

a) Conceito
- Ambas as participações iguais ou superiores a 10% do capital – 485,1
- Fundamento
- Falsear o capital social

b) Consequências
- Dever de comunicação
- A sociedade que comunicar em segundo lugar a sua participação
recíproca fica impedida de adquirir novas participações da primeira – 485,2
- Sanção (485,3):
- Não nulidade
- Inibição de direitos de voto e dividendos na parte excedente
- Responsabilidade dos administradores
- Prevalece regime da relação de domínio – 485,4
- Se alguma das sociedades for dominada pela outra

3) RELAÇÃO DE DOMÍNIO

a) Conceito

- Influência dominante – 486,1


- Efectiva ou potencial
- De direito ou de facto
- Directa ou indirecta
- Presunções – 486,2
- Sociedades abertas – 21/CVM
- Sociedades gestoras de participações sociais (SGPS)
- Dec. Lei nº 495/88 de 30 de Dezembro

- As sociedades gestoras de participações sociais têm por único objecto


contratual a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma
indirecta de exercício de actividades económicas.
- Para esse efeito, a participação numa sociedade é considerada forma
indirecta de exercício da actividade económica desta quando não tenha
carácter ocasional e atinja, pelo menos, 10% do capital com direito de voto
da sociedade participada, quer por si só quer através de participações de
outras sociedades em que a SGPS seja dominante.
- Só excepcionalmente podem deter participações inferiores a 10% do
capital

b) Regime específico
- Dever de comunicação – 486,3
- Proibição de aquisições recíprocas - 487
- Directa ou indirecta
- Excepto aquisições a título gratuito, em acção executiva ou em
liquidação.

- Sanção:
- Nulidade – 487,2
- Excepto compras em bolsa – 277/CVM
- Inibição de direitos

c) Regime geral
- Prestação de garantias – 6,3
- Responsabilidade do sócio controlador – 83
- Responsabilidade do sócio único
- Confusão de patrimónios – 84
- Caso de falência
- Deveres de informação
- Em assembleia geral – 290
- Ao Conselho Geral e de supervisão – 432,3
- Abuso de informação – 449
- Deveres de comunicação
- Participações sociais dos órgãos de administração e fiscalização –
447,1
- Em sociedades abertas – 16/CVM
- Imputação de direitos de voto – 20,1 f)/CVM
- Noção de relação de domínio – 21/CVM
- Conflitos de interesses – 397,3
- Incompatibilidades nos órgãos de fiscalização – 414-A als. c) e e)
- Incompatibilidade no Conselho Geral e de supervisão – 437,1
- Equivalência ao regime de acções próprias – 325-A/B
- Abuso de direito em deliberações – 58,1, b)
- Interesse social ?
- Responsabilidade dos administradores – 72
- Consolidação de contas – Dec. Lei nº 238/91 de 2 de Julho

- É obrigatória a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas e do relatório


consolidado de gestão para a empresa (empresa-mãe) sujeita ao direito nacional que:

a) Tenha a maioria dos direitos de voto dos titulares do capital de uma empresa
(empresa filial); ou

b) Tenha o direito de designar ou destituir a maioria dos membros de


administração, de direcção, de gerência ou de fiscalização de uma empresa
(empresa filial) e seja, simultaneamente, titular de capital desta empresa; ou

c) Tenha o direito de exercer uma influência dominante sobre uma empresa


(empresa filial) da qual é um dos titulares do capital, por força de um contrato
celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato desta sociedade; ou

d) Seja titular do capital de uma empresa, detendo pelo menos 20% dos direitos
de voto e a maioria dos membros do órgão de administração, de direcção, de
gerência ou de fiscalização desta empresa (empresa filial) que tenham estado
em funções durante o exercício a que se reportam as demonstrações financeiras
consolidadas, bem como, no exercício precedente e até ao momento em que
estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente designados como
consequência do exercício dos seus direitos de voto; ou
e) Seja titular do capital de uma empresa e controle, por si só, por força de um
acordo com outros titulares do capital desta empresa (empresa filial), a maioria
dos direitos de voto dos titulares do capital da mesma.

f) Possa exercer, ou exerça efectivamente, influência dominante ou controlo


sobre essa empresa;

g) Exerça a gestão de outra empresa como se esta e a empresa-mãe


constituíssem uma única entidade.

- Para efeitos do disposto nas alíneas a), b), d) e e) aos direitos de voto, de designação e de
destituição da empresa-mãe devem ser adicionados os direitos de qualquer outra empresa
filial e os das filiais desta, bem como os de qualquer pessoa agindo em seu próprio nome mas
por conta da empresa-mãe ou de qualquer outra empresa filial.

III
RELAÇÕES DE GRUPO
- Domínio total
- Relação de subordinação
- Relação de grupo paritário

1) DOMÍNIO TOTAL

a) Inicial
- Subsidiária integral – 488
- Sociedade anónima

b) Superveniente
- Aquisição, directa ou indirecta, da totalidade das participações – 489,1
- Aquisição, directa ou indirecta de, pelo menos, 90% do capital social
- Dever de comunicação
- Nos 6 meses seguintes pode adquirir participações remanescentes
- Aquisições potestativas – 490
- Contrapartida
- ROC
- Dinheiro ou participações próprias
- Alienação potestativa – 490,5
- Sócios livres
- 30 dias seguintes
- Sociedades Abertas
- Aquisições potestativas – 490,7; 194/CVM
- Aquisição de 90% direito de voto através de OPA geral
- Aquisição da totalidade nos 3 meses seguintes
- Contrapartida – 194,2
- Consignação em depósito
- Anúncio
- Alienação potestativa – 196
- 3 meses seguintes
- Bloqueio das acções

c) Consequências
- Deliberação social – 489,2
- 6 meses seguintes
- Maioria ?
- Alternativas (489,2):
- Dissolução da sociedade dependente
- Alienação de participações
- Manutenção da situação
- Fusão por incorporação - 116
d) Termo

- A relação de grupo termina (489,4):


a) Se a sociedade dominante ou a sociedade dependente deixar
de ter a sua sede em Portugal;
b) Se a sociedade dominante for dissolvida;
c) Se mais de 10% do capital da sociedade dependente deixar de
pertencer à sociedade dominante ou às sociedades e pessoas
referidas no artigo 483.º, n.º 2

e) Regime
- Remissão para o regime do contrato de subordinação - 491; 501 a 504

2) CONTRATO DE SUBORDINAÇÃO

a) Características gerais

- Autonomia jurídica e direcção unitária.


- Poder de dar instruções vinculativas ao órgão de administração da
sociedade dominada – 503,1
- Matérias de gestão
- Limites
- Actos ilegais – 503,2
- Instruções desvantajosas, sem vantagens para o grupo – 503,2
- Transferência de bens sem justa contrapartida – 503,4
- Âmbito nacional – 481; 481, 2, c).
- Validade de contrato internacional?
- Âmbito do grupo – 493,2

b) Formação do contrato
- Projecto – 495
- Elaborado por ambas as administrações
- Relatório ROC independente – 496, 1, 99
- Deliberações
- De ambas as sociedades
- Maioria qualificada para alteração dos estatutos – 496,1
- Se a sociedade já for dominada, não podem ter votado contra
mais de metade dos sócios livres – 496,2
- Remissão para fusão – 496,1
- Notificação e publicação da deliberação – 496,3
- Forma escrita – 498
- Registo por depósito – 498

c) Conteúdo do contrato
(I) Obrigatório – 495
- Natureza e valor da contrapartida a pagar aos sócios livres
pela aquisição das respectivas participações – 495, al.s d) e e)
- Garantia de lucros – 500
- Aos sócios livres

(ii) Facultativo
- Convenção de atribuição de lucros da sociedade subordinada à
sociedade directora – 508

d) Direitos dos sócios livres


- Conceito de sócios livres – 494,2
- Sócios minoritários da sociedade subordinada que não
pertencem, directa ou indirectamente, ao círculo de
controlo da sociedade dominadora

- Direitos dos sócios livres - 494,1,a) e b)


-Direito à alienação das suas participações pelo valor indicado no
projecto – 495 al. e); 499; ou
- Garantia de lucros – 494; 500
- Até aos 5 anos seguintes ao termo do contrato
- Direito de oposição – 497; 1.059/CPC.
- 90 dias seguintes à publicação
- Violação da lei ou insuficiência do contrato – 499,3

3) REGIME JURÍDICO

- Dever de obediência do órgão de administração da sociedade


subordinada.
- Necessidade de parecer do órgão de fiscalização – 503,3
- Responsabilidade dos administradores da sociedade directora
- Deveres relativamente ao grupo – 504,1
- Acção social dos sócios livres da sociedade subordinada – 504,2
- Não responsabilidade da administração da sociedade
subordinada por execução de instruções vinculativas – 504,3
- Responsabilidade da sociedade directora pelas perdas da
sociedade subordinada – 502
- Exigência pela sociedade subordinada, se as perdas não forem
compensadas por reservas constituídas durante a vigência do contrato
- Após termo do contrato ou falência – 502,2
- Responsabilidade da sociedade directora para com os credores
da sociedade subordinada – 501
- Responsabilidade objectiva, independente de culpa
- Ac. do STJ de 31/05/2005 (Fernandes Magalhães)
- Créditos anteriores ou posteriores ao contrato de subordinação
- 30 dias depois da constituição em mora - 501,2
- Independentemente de falência da sociedade
- Diferente de 84
- Direito de regresso
- Regime das deliberações abusivas
- Consolidação de contas – 508-A a E
- Dec. Lei nº 238/91 de 2 de Julho

4) CONTRATO DE GRUPO PARITÁRIO


a) Pressuposto
- Sociedades sem relação de domínio

b) Formação do contrato
- Deliberações de ambas as assembleias gerais
- Maioria qualificada
- Aplicação do processo da fusão – 492,2
- Forma escrita
- Sujeição ao regime da concorrência – 492,6

c) Organização
- Regime geral; ou
- Órgão comum – 492,4
- Participação igualitária

d) Regime
- Não estão previstas regras especiais de tutela para os sócios e
credores sociais
- Regime geral

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