Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
sobre a introdução
raladores de metal e so
a produção e consumo
mandioca e do milho
zona costeira das Guian
durante o século X
ota
o de Uma nota
obre sobre a introdução de
raladores de metal e sobre
o da a produção e consumo da
mandioca e do milho na
o na zona costeira das Guianas
durante o século XVII
nas
XVII
M A RT I J N VA N D E N B E L
Inrap, Cayenne, Guiana Francesa / Leiden University, Países Baixos
van den Bel, M.
vista como tendo um papel profundo tos para reduzir a polpa dos tubérculos.
de mudança na agricultura da socie- Além disso, a tradição oral ameríndia
dade ameríndia, até mesmo sugerindo sustenta a ideia de que os raladores de
que ‘‘o cultivo de roças, uma prática metal foram introduzidos pelos euro-
antiga na Amazônia, parece ter sido peus, gerando uma mudança na produ-
um mito’’ (Denevan 1992:161). ção e consumo da mandioca entre as
Seguindo um raciocínio similar, defen- populações nativas da costa das Guia-
nas e, talvez, mais além. Uma aborda-
do que os raladores ou tábuas retangu-
gem histórica “direta” é aplicada aqui
lares atuais, tanto com pequenas lascas
ao comparar a sociedade e a cultura
de pedra inseridas ou os de ferro, são
indígena histórica e atual (Fagan 1985;
cópias indígenas dos raladores de me-
Lyman and O’Brian 2001). Assim,
tal (cobre) que foram comercializados
analogias podem ser feitas entre os
pelos europeus entre os ameríndios no
dados arqueológicos pré-históricos ou
século XVII. A preferência por estas
proto-históricas e os dados históricos
ferramentas de metal da população
ou contemporâneos observados em
nativa costeira está relacionada ao as-
práticas culturais e objetos através de
pecto inovador das ferramentas de me-
leituras de documentos históricos e
tal – desconhecidas pela cultura ame- obras etnográficas (Hulme 1992; Whi-
ríndia – e a demanda econômica dos tehead 1995). No entanto, o fato das
europeus pela mandioca. Estes fatores, fontes históricas serem tendenciosas
assim como o possível abandono da não pode ser negligenciado, ainda que
agricultura nos campos elevados, pre- um certo grau de continuidade cultural
dominantemente relacionados à pro- possa ser esperado para as Guianas, o
dução de milho, devido a um declínio que não pode ser ignorado tampouco.
populacional e ao papel opressor do
colonialismo sobre as culturas amerín- Desse modo, discuto aqui que o con-
dias, favoreceram a produção e o con- sumo atual da mandioca é o resultado
sumo da mandioca em detrimento do de um processo histórico adaptativo a
milho. partir do qual a mandioca é preferida,
comparada ao milho, pela população
Em primeiro lugar, apresento dados costeira do leste das Guianas e, possi-
arqueológicos de sítios escavados nas velmente, nas Guianas em geral.
Ilhas de Caiena, sugerindo uma abun-
dância de milho durante o período ce-
OS OBJETOS ARQUEOLÓGICOS
râmico tardio (LCA = Late Ceramic
ANALISADOS
Age ou Periodo Ceramico Tardio). Em
seguida, discuto a pretensa existência As amostras (N=16) relativas a análises
de raladores no contexto arqueológico. de grãos de amido foram retiradas de
Finalmente, utilizo de documentos his- dois sítios contemporâneos na Ilha de
tóricos para mostrar a ausência desses Caiena, Rorota e Poncel, ambos datados
raladores arqueológicos, uma vez que no LCA e pertencendo ao mesmo com-
nos séculos XVI e XVII os ameríndios plexo cerâmico (van den Bel et al. 2012,
geralmente usavam outros implemen- 2013, 2014) (Figura 1).1 Suponho que
cada um destes sítios tenha uma função satélite ou sítio de atividade de sítios
distinta: Rorota representa um grande habitação maiores. Além da localização
sítio habitação costeiro situado nas mar- geográfica, esta hipótese é sustentada
gens costeiras do Pleistoceno enquanto pelo baixo número de feições para o sítio
Poncel está situado no topo de uma co- Poncel e a grande quantidade de imple-
lina no interior de uma área pantanosa, mentos de ralar, notadamente de pedra,
provavelmente representando um sítio no primeiro sítio (Figuras 2 e 3).
Figura 2 – Duas pedras de moer encontradas na Ilha de Caiena: (a) Rorota PK 11 (D4)
e (b) Cimitière paysager Poncel (L18). A flecha preta indica a localização da amostra..
mo 1996:13v, Masham 1890:189, Lei- quie, qu’ils pilent bien fort dans
gh 1906:310, Mocquet 1917:90, de la des roches, ou pierres creuses, es-
Mousse citado por Collomb 2006:221), pece de mortiers ; lequel pilé, ils le
um cultivar já conhecido e plantado no roulent en forme de saucisses, &
l’enveloppent dans des feüilles de
século XVI no sul da Europa (Anghera
Balliris, qu’ils font en apres cuire
1912, Dubreuil et al. 2006:281) 9. dan de l’eau boüillante, ce par apres
Os ameríndios obtinham farinha do servant de pain, qui (Dieu gra-
milho para fazer pão e bebida fermen- ces) substante tres-bien” (Coppier
tada de milho. Para os europeus, a man- 1645:79).
dioca estava quase sempre relacionada O principal objetivo dos primeiros
à produção de beiju (cassava, arepa) e, viajantes era comercializar com os
eventualmente, à preparação de bebida ameríndios locais, produtos tais como
fermentada de mandioca (cashiri). tinturas, tabaco, redes (de algodão) e
O Inglês Robert Harcourt comparou madeira, os quais deveriam ser vendi-
o beiju dos ameríndios do Baixo Rio dos novamente nas Antilhas, às colô-
Oiapoque a bolos e julgava que estes nias norte-americanas e na terra de ori-
últimos poderiam ser consumidos por gem. Notadamente na primeira metade
do século XVII – antes da implanta-
fazendeiros pobres em áreas isoladas
ção de grandes colônias europeias ao
da Inglaterra, tais como Peake e Sta-
longo da costa das Guianas –, estes
ffordshire, enquanto a bebida fermen-
navios precisavam armazenar boas
tada era vista como sendo um produto
quantidades de víveres para continuar
mais importante ou ‘‘noble’’, que podia
suas atividades de pirataria, o principal
ser mantida em grandes jarros por cer-
objetivo da viagem. Além disso, eles
ca de 10 dias (Harcourt 1906:378-379).
demandavam, da população amerín-
Outros produtos, fonte de amido, não dia, grandes quantidades de víveres tais
receberam muita atenção o que pode como peixe salgado, frutas, carne defu-
estar relacionado aos costumes culiná- mada e salgada (peixe bois) e pilhas de
rios, mas também à falta de algum inte- beijus; produtos que iriam durar suas
resse econômico específico ou cultural. longas viagens. Os derivados de milho
Os Europeus estavam familiarizados tais como os já mencionados tamales e
com sopa de milho ou refogado (Biet tortilhas claramente não se encaixavam
1664:377), beijus ou tortilhas (Herlein nesta categoria, uma vez que grandes
1718:143) e mesmo tamales (Hartsinck estoques de beijus eram comprados ou
1770), o que é bem ilustrado pelo Fran- trocados pelos europeus10.
cês Guillaume Coppier (1645) em seu Onde o beiju era apreciado como um
livro Histoire et voyage des Indes occidentales pão de longa duração, o milho era
entre as Ilhas Caribes, descrevendo a vida reputado como um cultivar impres-
diária dos Callinago das Antilhas Me- sionante; ele podia ser cultivado duas
nores: a três vezes por ano e uma espiga de
“Ils ont encor[e] du Maïs, ou Miio, milho fornecia mais do que mil se-
que nous appellons icy bled de Tur- mentes (Harcourt 1906:379, Barre
doze polegadas de largura, pregado a une greige dans le pais, après estre
uma tábua de 3,5 pés de comprimento rappée on la met dans des sacs, que
e um pé no meio’’13 (Figura 5). De fato, l’on met dans une presse pour en
cerca 120 anos antes, o Padre Antoi- tirer le suc, on passe cette farine,
l’on en prend dans un plat que l’on
ne Biet observou raladores de metal
étend sur une platine de fer épaisse
semelhantes entre os Galibi de Caiena d’un doigt, que l’on met sur un petit
em 1652: feu, laquelle estante cuite d’un cos-
“Le pain se fait en cette sorte : l’on té, on la tourne de l’autre, cela est
ratisse cette racine comme un fait incontinent cuit, une personne en
un navet, on la rape avec une rapoire peut faire cuire pour le moins soi-
de fer ou de cuivre, que l’on appelle xante en un jour” (Biet 1664:336).
feitas por Leigh em 1604 (em Pur- Esta hipótese tem implicações nas
chas 1906), que afirmou que as raízes questões levantadas pelas primeiras
de mandioca eram amassadas ou ra- pesquisas sobre raladores, mas aci-
ladas com uma pedra pelas mulheres ma de tudo reflete uma adaptação
‘‘numa frigideira de cerâmica com radical da população ameríndia du-
um tipo de ralador de pedra’’, perce- rante o século XVII. Todavia, esta
bo que estes ameríndios não usavam hipótese não exclui o fato de que
um ralador de madeira conforme co- os ameríndios proto-históricos ou os
nhecemos hoje (Figura 4). pré-colombianos não ralassem seus
alimentos; eles também poderiam ter
De acordo com a tradição oral Pali- inserido pequenas lascas em pedaços
kur, é sugerido que os europeus (des- de madeira para ralar ou em pratos ce-
tacando-se novamente os holandeses) râmicos. As atividades de ralar e amas-
exportavam e mesmo elaboravam sar devem certamente ter coexistido e
modelos de raladores de metal que se ambas foram usadas para produzir ali-
destinavam ao processamento das ra- mentos. Ressalta-se aqui que a forma
ízes de mandioca que foram depois de amassar os tubérculos espremendo
comercializados por víveres e outros ou ralando deve ter mudado com a in-
produtos. Desse modo, os holandeses trodução dos raladores de ferro ou de
criaram uma dependência econômica cobre em épocas históricas.
a fim de controlar o mercado local, Não obstante, fontes do século XVI
mas simultaneamente também restrin- estão disponíveis para os Tupinambá
giram a produção de outros cultivares, pelo francês Jean de Léry (1578), que
tal como o milho e produtos derivados relata o uso de um artefato semelhante
que se tornam menos populares entre ao ralador pequeno de noz-moscada
a população da costa. europeu, quando eles fabricavam fari-
Desse ponto de vista, pode ser suge- nha:
rido que os raladores modernos feitos ‘‘Primeiro, depois de os terem se-
a partir de uma tábua retangular com cado [os tubérculos] num fogo,
uma placa de metal contendo furos conforme irei descrever em algum
são réplicas dos raladores de metal ex- lugar, ou mesmo algumas vezes
tomando-os ainda verdes, ralando-
portados pelos holandeses dos séculos
-os em pequenas pedras pontia-
XVII e XVIII. Se for o caso, posso su- gudas, fixadas e arranjadas numa
gerir ainda, que as tábuas de madeira peça de madeira plana (da mesma
com pequenas lascas de pedra são có- forma que ralamos queijo e noz-
pias fiéis dos raladores de metal, enfa- -moscada) eles a reduzem a farinha,
tizando um novo desenvolvimento de a qual é branca como a neve” (Léry
ralar ao invés de amassar a mandioca 1578:132-133)17.
no período histórico, um desenvol- Jacob Jan Hartsinck também apontou
vimento inovador ao ralar em vez de que antes do contato, os ameríndios
amassar tubérculos de mandioca du- ralavam em tábuas de madeira feitas de
rante o período histórico. cedro com pequenas lascas de pedra ou
período histórico tardio e pela popula- couac na Guiana Francesa por volta do
ção moderna na costa da Guiana Fran- século XVII (Barrère 1743:55)23.
cesa. De fato, este produto de mandioca
É evidente que o milho não foi subs- reforçou a demanda e a produção de
tituído pela mandioca já que não te- mandioca ao invés do milho, mas ele
mos dados arqueológicos suficientes também diminuiu a importância di-
para sustentar tal hipótese, mas ele ária do beiju, que se tornou restrito a
certamente perdeu espaço e impor- fazer cerveja e caldo de tucupi com
tância cultural durante o período pimenta (kasilipo). Contudo, a farinha
histórico. Não obstante a estas mu- rapidamente obteve um papel impor-
danças, a sopa de milho, assim como tante na identidade dos pratos diários
outros produtos derivados de milho, da cozinha da população criola, negra
é ainda consumida entre os Kari’na e ameríndia, de tal maneira que agora
da costa e do leste do Suriname, con- é o mais importante produto derivado
forme explicou o Padre Alhbrinck no da mandioca na Guiana Francesa, Suri-
início do século XX. Ele descreve, name e no Amapá.
por exemplo, a preparação da bebida
fermentada de milho: O encontro colonial nas Guianas
certamente provocou mudanças nos
“Awasi ai-ćuru = bebida feita de
milho. Quando o milho seca bem
modos ameríndios de agricultura
ao sol, eles chamam os meninos e e de manutenção dos plantios (He-
as meninas para amassar o milho ckenberger 1998, Denevan 2001,
em 8 pilões. Depois eles colocam o 2006, Balée 2006, Iriarte et al. 2012).
milho numa canoa (...) Uma cabaça Isso pode estar relacionado à de-
cheia de milho ‘mastigado’ também manda econômica dos europeus para
é adicionada como kamira [para tipos específicos de alimentação e
fermentação]. A canoa é comple- à introdução subsequente de ferra-
tada com água e então cuidadosa- mentas de ferro. Os ameríndios da
mente coberta. Depois à noite a
costa adaptaram sua produção local
bebida é peneirada, sendo coberta
novamente. Depois de outra noite à demanda europeia de consumo de
a bebida está pronta” (Ahlbrinck alimentos, notadamente aqueles fei-
1931:125) 22. tos de mandioca (beiju) e em menor
quantidade os feitos de milho.
O abandono lento do milho em favor
da mandioca também reflete mudanças Além das vantagens tecnológicas das
ou a adaptação a uma nova situação ferramentas de ferro, o cultivo do mi-
sociopolítica na qual a identidade e a lho também foi afetado pela reorgani-
etnogênese tem um papel importante zação da situação sociopolítica ame-
(Wilk 1999, Garth 2013). A introdu- ríndia a partir da segunda metade do
ção mais tarde do couac – ou farinha na século XVI. A demanda de víveres e
Guiana Francesa – é, portanto, emble- escravos pelos espanhóis e seus aliados
mática. Os ameríndios e portugueses ameríndios – e mais tarde pelos euro-
do baixo Amazonas introduziram o peus do norte e seus aliados – (Yao)
12
Acredito que é importante apontar que lb de pratos rasos de cobre de cor amare
os objetos comercializados possuem um la’ (British Guiana Boundary Commission
valor diferente na perspectiva dos euro- 1898:129-130).
peus, conforme evidenciado por Catherine 17
‘‘Premierement apres les avoir seicher
V. Howard (2001:234-235) na sua disserta- au feu sur le boucan, tel que je le descriray
ção sobre a identidade Waiwai: ‘‘As obser-
ailleurs, ou bien quelques fois les prenans
vações de Ogilvie evidenciam um aspecto
toutes vertes, à force de les raper sur cer-
que é chave para compreender o sistema
taines petites pierres pointues, fischees &
regional de trocas: é o movimento de troca
arrengees sur une piece de bois plate (toute
de itens que é fundamental, não a sua per-
ainsi que nous raclons & ratissons les fro-
manência; seu valor é constituído não em
mages & noix muscades) elles les reduisent
possessão, mas num processo de aquisição
en farine, laquelle est aussi blanche que nei-
e dádiva. O contato com outras sociedades
ge’’ (Léry 1578:132-133).
deve ser medido em termos de acumulação
de bens, mas melhor do que isso, analisa- 18
“De Indiaanen, voor dat de Europe-
do em termos de como estas mercadorias aanen hen bekend waren, raspten hunne
fluem na rede de trocas e como seus sig- Cassave op Stukken Hout, Samarie, ge-
nificados foram transformados nestes ca- naamd, met kleine scherpe Steenen; of
nais’’. op scherpe Kliptsteenen, die boven in de
13
‘‘De Raspen daar toe gebruikt wordende Rivieren gevonden worden; en bakten de
zyn gemaakt van Kooper, vyftien of acht- Koeken op Pannen van Klei gemaakt’’
tien Duim lang, en tien tot twaalf Duim (Hartsinck 1770:24). Quandt (1807:189) e
breed, gespykerd op een Plank van drie en Kappler (1854:41) incluem em uma nota
een half Voet lang en één Voet in ’t mid- de rodapé que as tábuas ‘‘simari’’ foram co-
den breed’’ (Hartsinck 1770:23). Consultar mercializadas com o Macusi. Hoje, a tábua
também Jean-Baptiste du Tertre (1654). chama shumarli em Makusi (Siravo 2009).
De acordo com Ahlbrinck (1931) samaria-
14
O ralador de metal foi comprado pelo po em Kari’na é madeira de cedro (Cedrela
autor no mercado do lado brasileiro da odorata).
cidade de Oiapoque em 2012, situada na
margem direita do rio Oiapoque. Hoje, fo-
19
‘‘Bey ihnen wachsen Wurtzeln so grosz,
lhas de metal são perfuradas (com agulhas) alsz eines Mannsbein am dicksten, welche
e depois presas a uma estrutura de madeira wurtzen sie Casavy nennen, stampffen die-
que serve como ralador. selbig, und dörren sie an der Sonnen, wer-
den so weisz als das beste Mal’’ (Brun 1913
15
Deve-se acrescentar que nem todos os
[1624]:6)
ameríndios queriam ter contato direto com
os europeus e muitas famílias fugiam para 20
Nota-se a mesma raiz linguistica em Pa-
o interior, onde eles tanto se misturavam likur (tymah) e em Caribe (chimali) que é
com os outros ou continuavam vagando mencionado por Anônimo de Carpentras.
como um bando, a maior parte deles rejei- 21
‘‘Ein andres Produkt der Palikur-Töpfe-
tando o contato de todos os modos. rei, [sind] die flache, geriffelte Schüssel,
16
Uma lista exemplar de itens enviados in der man die Mandioca rieb, findet heu-
por navios ou ‘‘cargasoen’’ para a colônia te nur noch in Bruchstücken auf den al-
de Essequibo pode ser encontrada na ata ten Wohnplätzen und Friedhöfen dieses
da Cãmara WIC Zeeland datada de 30 de Stammes und ist durch ein rechteckiges
Junho de 1642, revelando a presença de ‘50 Reibbrett mit eingesetzten eisernen To-
pfsplittern ersetzt worden’’ (Nimuendaju Anghera, P. 1912. De Orbe Novo: The Eight
1926:47). Decades of Peter Martyr d’Anhera. NovaYork,
22
‘‘Awasi ai-ćuru = Drank uit mais ge- Londres: G. P. Putnam’s Sons.
trokken. Wanneer de mais goed uitge- Anônimo 1996. Histoire naturelle des Indes.
droogd is in de zon, roept men de jongens The Drake Manuscript in The Pierpont Morgan
en meisjes bijeen om in een 8-tal houten Library. Nova York: W.W. Norton & Com-
vijzels de maiskorrels fijn te stampen. De pany.
fijngestampte mais werpt men vervolgens Anônimo de Carpentras. 2013. Relation
in de boot (…). Een kalabas ‘gekauwde’ d’un voyage infortuné fait aux Indes occi-
mais gaat er eveneens in als kamira (zie dit dentales, in Voyageurs anonymes aux Antilles.
woord) [fermentation]. De boot wordt van Editado por B. Grunberg, pp. 17-111. Pa-
water voorzien, vervolgens zorgvuldig to- ris: L’Harmattan.
egedekt. Na een nacht gestaan te hebben
Anônimo de Saint-Christophe. 2013. Rela-
wordt de drank gezeefd. De samaku, waa-
tion des îles de Sainct Christofle, Garde-
rin men bij het zeven den drank opvangt,
louppe et la Martinique, in Voyageurs anony-
wordt wederom toegedekt. Na nog een na-
mes aux Antilles. Editado por B. Grunberg,
cht te hebben gestaan is de drank klaar’’
pp. 113-132. Paris: L’Harmattan
(Ahlbrinck 1931:125).
23
Deve-se apontar que os Kali’na conti- Arroyo-Kalin, M. 2012. Slash-burn-and-
nuaram a produzir beiju e apenas recen- churn: Landscape history and crop cultiva-
temente mudaram para a farinha ou couac tion in pre-Columbian Amazonia. Quater-
(comunicação pessoal Gérard Collomb nary International 249:4-18.
2014). Balée, W. 1989 The Culture of Ama-
24
‘‘An interesting aspect of Xavante use of zonian Forests. Advances in Economic Botany
maize is that this, perhaps the most com- 7:1-21.
pletely domesticated of all crops, was the _____. 1992 People of the fallow: A
primary food during periods of aggrega- historical ecology of foraging in lowland
tion when its symbolic role was to reinfor- South America, in Conservation of Neotropi-
ce the solidarity of the community throu- cal Forests: Building on Traditional Resource Use.
gh ceremonial redistribution. By contrast, Editado por K. H. Redford, & C. Padoch,
tubers, which are found in wild, domesti- pp. 35-57. Nova York: Colombia Univer-
cated, and semi-domesticated forms, were sity Press.
their staple during periods of nomadism’’ _____. 2006. The research program of
(Flowers 1994:254). historical ecology. Annu. Rev. Anthropol.
35:5-98.
Barre, L. de la. 1666. Description de la France
REFERÊNCIAS
Equinoctiale, cy-devant appellee Gvyanne, et par
Acosta, J., 1590. Historia Natural y Moral de les Espagnols El Dorado […]. Paris: Jean Ri-
las Indias (…). Sevilla: Juan de Leon. bov.
Ahlbrinck, W. 1931. Encyclopaedie der Karaï- Barrère, P. 1743. Nouvelle relation de la France
ben. Behelzend Taal, Zeden en Gewoonten Dezer Equinoxiale, contenant la description des côtes de
Indianen 27. Amsterdam: Koninklijke Aka- la Guiane, de l’isle de Cayenne, le commerce de
demie van Wetenschappen. cette colonie, les divers changements arrivés dans
ce pays, et les moeurs et coûtumes des différents Berkel, A. An 1695. Amerikaansche Voyagien,
peuples sauvages qui l’habitent [...]. Paris: Piget, Behelzende een Reis na Rio de Berbice, Gelegen
Damonneville & Durand. op het vaste Land van Guiana, Aan de Wilde-
-Kust van America, Mitsgaders een andere na de
Barse, W.P. 1989. A preliminary archeological
Colonie van Suriname, Gelegen in het Noorder
sequence in the Upper Orinoco Valley, Territorio
Deel van het gemelde Landschap Guiana […].
Federal Amazonas, Venezuela. Tese de Dou-
Amsterdam: Johan ten Hoorn.
torado, Universidade Católica da América,
Estados Unidos. Biet, A. 1664 Voyage de la France Eqvi-
noxiale en l’Isle de Cayenne, entrepis par les
_____. 2008 Grater flakes, The Pozo
françois en l’année MDCLII. Paris: François
Azul Norte Site and Orinocan Subsistence
Clovzier.
Practices. International Journal of South Amer-
ican Archaeology 3:37-44. Bonzani, R.M., & A. Oyuela-Caycedo.
2006. The Gift of the Variation and Dis-
Bel, M. van den. 1995. Kamuyune: The Pali- persion of Maize. Social and Technological
kur Potters of French Guiana. Dissertação de Context in Amerindian Societies, in Histo-
Mestrado, Leiden University, Países Bai- ries of Maize: Multidisciplinary Approaches to
xos. the Prehistory, Linguistics, Biogeography, Domes-
______. 2014. Excavations at Poncel: An tication, and Evolution of Maize. Editado por
update of the Late Ceramic Age of Cay- J.E. Staller, R. Tykot, & B. Benz, pp. 343-
enne, in Antes de Orellana. Actas del 3er En- 356. Nova York: Academic Press.
cuentro Internacional de Arquéologia Amazônia. Boyer, P. 1654.Véritable relation de tout ce qui
Editado por Stéphen Rostain, pp. 75-88. s’est passé au voyage que monsieur de Bretigny fit à
Quito: IFEA. l’Amérique occidentale […]. Paris: Chez Pierre
Bel, M. van den, G. Delpech, J. Fronteau, Rocolet.
Pagán Jimenez & D. Todisco. 2012. “Le Brett, W. H. 1868. The Indian Tribes of Gui-
retour au Rorota” : site néoindien récent sur le ana; their condition and habits. Londres: Bell
littoral de l’île de Cayenne. INRAP. Relatório & Daldy.
de escavação arqueológica. Inédito. Briand, J., M. Hildebrand, V. Arrighi, e S.
Bel, M. van den. S. Delpech, G. Fronteau, Delpech. 2008. PK 11, Route des Plages, Rémire
J. Pagán Jimenez, e D. Todisco. 2013. Cime- (Guyane française). INRAP. Relatório de es-
tière paysager Poncel . Le morne Poncel : Un site cavação arqueológica.
néoindien récent dans l’arrière pays marécageux de British Guiana Boundary Commission.
l’île de Cayenne. INRAP. Relatório de escava- 1898. Arbitration with the United States of
ção arqueológica. Inédito. Venezuela, Appendix to the case on behalf of the
Bel, M. van den. J. Pagan-Jiménez, & G. Government of Her Britannic Majesty 1: 1593-
Fronteau. 2014. Le Rorota revisité: résul- 1723.
tats des fouilles préventives à PK 11, Route Brûletout de Préfontaine, J.A. 1763. Maison
des Plages, Île de Cayenne (Guyane fran- rustique, à l’usage des Habitans de la partie de la
çaise), inArchéologie caraïbe. Editado por B. France équinoxiale, connue sous le nom de Cayen-
Bérard, & C. Losier, pp. 37-76. Leiden: Si- ne. Paris: Chez J. B. Bauche
destone Press. Brun, S. 1913. Samuel Brun, des Wundartzet
Benzoni, G. 1857. History of the New World. und Burgers su Basel, Schiffarten: Welche er in
Londres: Hakluyt Society. etliche newe Länder und Insulen, zu fünff un-
derschiedlichen malen, mit Gottes Hülff, gethan Coppier, G. 1645. Histoire et Voyage des Indes
[…]. Basel: Johan Jacob Genath, 1624, in Wer- occidentales, et plusieurs autres Regions maritimes,
ken uitgegeven door de Linschoten Vereniging & esloignées. Lyon: Jean Huguetan.
6. Editado por S. P. L’Honoré Naber. Den
Coudreau, H. 1893. Chez nos Indiens, Quatre
Haag: Martinus Nijhoff.
années dans la Guyane française (1887-1891).
Carling, G., L. Eriksen, A. Holmer, & J. van Paris: Hachette.
de Weijer. 2013 Comparing Approaches
Crevaux, J. 1883. Voyages dans l’Amérique du
to Measuring Linguistic Differences, in
Sud. Paris: Hachette
Apporaches to measuring linguistic differences.
Editado por L. Borin, & A. Saxena, pp. 29- Crock, J.G., e R.N. Bartone. 1998. Ar-
56. Berlin: Mouton de Gruyter. chaeology of Trants, Montserrat (Part 4),
Flaked stone and stone bead industries.
Chandler-Ezell, K., D.M. Pearsall, e J.A.
Zeidler. 2006. Root and Tuber Phytoliths Annals of Carnegie Museum 67:197-224.
and Starch Grains Document Manioc Dapper, O. 1668a. Naukeurige Beschrijvinge
(Manihot Esculenta), Arrowroot (Maranta der Afrikaensche Gewesten van Egypten, Bar-
Arundinacea), and Llerén (Calathea sp.) at the baryen, Libyen, Biledulgerid, Negroslant, Guin-
Real Alto Site, Ecuador. Economic Botany ea, Ethiopiën, Abyssinie […]. Amsterdam:
60(2):103-120. Jacob van Meurs.
Collomb, G. 2006. Les Indiens de la Sinnama- _____. 1668b. Naukeurige Beschrijvinge der
ry. Journal du père Jean de la Mousse en Guyane Afrikaensche Eylanden als Madagaskar, of Sant
(1684-1691). Paris: Editions Chandeigne. Laurens, Sant Thomee, d’eilanden van Kanarien,
_____. 2011. Missionnaires ou chamanes? Kaep de Verd, Malta, en andere (…). Amster-
Malentendus et traduction culturelle dans dam: Jacob van Meurs.
les missions jésuites en Guyane, in La DeBoer, W. 1975. The Archaeological Evi-
Guyane au temps de l’esclavage. Discours, Pra- dence for Manioc Cultivation: A Caution-
tiques et Représentations, Actes du colloque 16 ary Note. American Antiquity 40(4): 419-
au 18 novembre 2010 à Cayenne. Editado por 433.
J.-P. Bacot, & J. Zonzon, pp. 435-456. Ma-
toury: Edition Ibis Rouge. Debert, J., e B.L. Sheriff. 2007. Raspadita: a
new lithic tool from the Isthmus of Rivas,
Collomb, G., & F. Tiouka. 2000. Na’na Nicaragua. Journal of Archaeological Science
Kali’na, histoire des Kali’na de Guyane. Matou- 34:1889-1901.
ry: Editions Ibis Rouge.
Delawarde, J.B. 1966. Activités des Indiens
Collomb, G., & F. Dupuy. 2009. Imag-
Galibi de la Mana et d’Iracoubo, (Guyane
ing group, living territory: a Kali’na and
française). Journal de la Société des Américanis-
Wayana view of history, in Anthropologies
tes 55(2):511–524.
of Guayana, Cultural Spaces in Northeastern
Amazonia. Editado por N.L. Whitehead, & Denevan, W.M. 1992. Stone vs metal axes:
S. Aleman, pp. 113-123. Tucson: Univer- the ambiguity of shifting cultivation in
sity of Arizona Press. prehistoric Amazonia. Journal of the Steward
Anthropological Society 20:153-165.
Collomb, G., & M. van den Bel (Eds.).
2014. Entre deux Mondes: Européens et _____. 2001. Cultivated landscapes of Native
Amérindiens avant la Colonie en Guyane (1570- Amazonia and the Andes. Oxford: Oxford
1627). Paris: Editions CTHS. University Press.
_____. 2006. Pre-European forest cultiva- Figueredo, A.E. 2012 Manioc Dethroned
tion in Amazonia, in Time and Complexity and Maize Triumphant: Interpretations on
in Historical Ecology: Studies in the Neotropical the Ethnohistory and Archaeology of the
Lowlands. Editado por W. Balée, & C. Er- Bahamas (with Sundry Notes on Relations
ickson, pp. 153-163. Nova York: Colombia of Production), in Society for American Ar-
University Press. chaeology 77th Annual Meeting. Tennessee.
Dietler, M. 1996. Feasts and Commensal Flowers, N.M. 1994. Subsistence strategy,
Politics in the Political Economy: Food, Social Organization, and Warfare in Cen-
Power, and Status in Prehistoric Europe, tral Brazil in the Context of European
in Food and the Status Quest: An Interdisci- Penetration, in Amazonian Indians from Pre-
plinary Perspective. Editado por P. Wiessner, history to the Present, Anthropological Perspec-
& W. Schiefenhövel, pp. 87-125. Oxford: tives. Editado por A. Roosevelt, pp. 249-
Berghahn. 267. Tucson: University of Arizona Press.
Dietler, M., & B. Hayden (Eds.). 2001. Garth, H. (Ed.). 2013. Food and Identity in
Feasts: Archaeological and Ethnographic Perspec- the Caribbean. Londres: Bloomsbury Aca-
tives on Food, Politics, and Power. Washington: demic.
Smithsonian Press. Gijn, A.L. van 2014. Science and Interpre-
Dubreuil, P., M. Warburton, M. Chasta- tation in microwear studies. Journal of Ar-
net, D. Hoisington, e A. Charcosset. 2006. chaeological Science 48:166-169.
More on the introduction of temperate Gaulme, F. 2003. Le manioc et son traitement:
maize into Europe: large-scale bulk SSR De l’Amérique à l’Afrique équatoriale: La di-
genotyping and new historical elements. ffusion de la farinha, in Peuplements anciens et
Maydica 51:281-291. actuels des forêts tropicales. Editado por A.
Duin, R.S. 2009. Wayana Socio-Political Land- Froment, & J. Guffroy, pp. 249-254. Mont-
scapes: Multi-Scalar Regionality and Temporality pellier: IRD Éditions.
in Guiana. Tese de Doutorado, Universida- Gillin, J. 1936 The Barama River Caribs
de da Florida, Estados Unidos. of British Guiana. Papers of the Peabody Mu-
_____. 2012. Ritual Economy: Dy- seum of Archaeology and Ethnology 14 (2).
namic Multi-Scalar Processes of Socio- _____. 1948. Tribes of the Guianas, in
-Political Landscapes in the Eastern Handbook of South-American Indians. Edita-
Guiana Highlands, Revista Antropológica
do por J. Steward, pp. 799-860. Washing-
(117-118):127-174
ton: United States Government Printing
Erikson, Ph. (Ed.). 2006. La pirogue ivre: Office.
Exposition Bières traditionnelles d’Amazonie.
Goeldi, E. 1900. Excavações archeologicas em
Sts Nicolas-de-Port: Musée Française de la
1895. Executadas pelo Museu Paranese no Litto-
Brasserie .
ral da Guyana Brazileira entre Oyapock e Ama-
Fagan, B.M. 1985. In the Beginning: an intro- zonas. Primera Parte. As cavernas funerarias
duction to archaeology. Boston: Little, Brown artificiaes de Indios hoje extinctos no Rio Cunany
& Co. (Goanany) e sua ceramica. Belém: Memórias
Farabee, W.C. 1918. The Central Arawaks. do Museu Paraense de Historia Natural e
Philadelphia: University of Pennsylvania. Ethnographia.
______. 1924 The Central Caribs. Phila- Grenand, F., e P. Grenand. 1987.La côte
delphia: University of Pennsylvania d’Amapá, de la bouche de l’Amazone à la
baie d’Oyapock, à travers la tradition orale & C. Erickson, pp. 87-126. Nova York: Co-
Palikur, Boletim do Museu Paraense Emílio Go- lumbia University Press.
eldi 3(1):1-77. Heckenberger, M. 1998. Manioc agricul-
Grenand, P. 1979. Commentaires à propos ture and sedentism in Amazonia: the Up-
d’un abattis wayapi (Guyane française). per Xingu example. Antiquity 72:633-648.
Cahier ORSTOM 16(4):299-303. Heckenberger, M., J. Petersen, e E. Góes
______. 1980. Introduction à l’étude de Neves. 2001. Of Lost Civilizations and
l’Univers Wayãpi, Etnoécologie des Indiens Primitive Tribes, Amazonia: Reply to Meg-
du Haut-Oyapock (Guyane française). Paris: gers. Latin American Antiquity 12(3):328-
CNRS/ORSTOM 333.
______. 2006 Que sont devenus les Herlein, J.D. 1718. Beschryvinge van de Volk-
Amérindiens de l’Approuague? Réflexions Plantinge Zuriname […]. Leeuwarden: Mein-
autour d’une histoire peu documentée, in dert Injema.
L’histoire de la Guyane, depuis les civilisations Hildebrand, M. 2004. Cimetière paysager Pon-
amérindiennes. Editado por S. Mam Lam cel. INRAP. Relatório de escavação arque-
Fouck, & J. Zonzon, pp. 105-126. Matoury: ológica. ms.
Editions Ibis Rouge. Hilbert, P. 1957. Contribuçao à Arquelogia
Grillet, J., & F. Bechamel. 1698. A Journal do Amapá. Boletim do Museu Paraense Emílio
of the Travels of John Grillet and Francis Be- Goeldi 1:1-39.
chamel into Guiana in the Year 1674. London: Howard, C.V. 2001. Wrought Identities: The
Samuel Buckley. Waiwai Expeditions in Search of the “Unseen
Harcourt, R. 1906. A Relation of a voyage Tribes” of Northern Amazonia, Tese de Dou-
to Guiana performed by Robert Harcourt torado, Universidade de Chicago, Estados
of Stanton Harcourt in the Countie of Unidos.
Oxford Esquier, in Hakuytus Posthumus or Hulme, P. 1992. Colonial Encounters: Eu-
Purchas His Pilgrimes, Contayning a History of rope and the Native Caribbean 1492-1797.
the World in Sea Voyages and Lande Travells by London: Methuen.
Englishmen and others. Editado por S. Pur-
Hulsman, L.A.H.C. 2009. Nederlands Ama-
chas, pp. 358-402. Glasgow: James MacLe- zonia. Handel met indianen tussen 1580 en
hose & Sons. 1680. Tese de Doutorado, Universidade de
Harris, D.R. 2006. The interplay of ethno- Amsterdam, Holanda.
graphic and archaeological knowledge in _____. 2011. Swaerooch: o comércio ho-
the study of past human subsistence in the landês com índios no Amapá. Revista Estu-
tropics. Journal of the Royal Anthropological dos Amazônicas 6(1):178-202.
Institute 12:63-78.
Im Thurn, E. F. 1883. Among the Indians of
Hartsinck, J.J. 1770. Beschrijving van Guiana, Guiana, Being sketches chiefly anthropologic from
of de Wilde Kust, in Zuid-America. Amster- the interior of British Guiana. Londres: Kegan
dam: Gerrit Tieleburg. Paul, Trench & Co.
Hastorf, C. 2006. Domesticated Food and Iriarte, J., R. Dickau. 2012. ¿Las Culturas
Society in Early Coastal Peru, in Time and del Maíz? Arqueobotanica de las Socie-
Complexity in Historical Ecology: Studies in the dades hidráulicas de las Tierras bajas su-
Neotropical Lowlands. Editado por W. Balée, damericanas. Amazônica 4(1): 30-58
Iriarte, J., B. Glaser, J. Watling, A. Wain- Leigh, C. 1906. Capitaine Charles Leigh his
wright, J.J. Birk, D. Renard, S. Rostain, e D. voyage to Guiana and plantation there, in
McKey. 2010 Late Holocene Neo- Hakuytus Posthumus or Purchas His Pilgrimes.
tropical agricultural landscapes: phyto- Contayning a History of the World in Sea Voy-
lith and stable carbon isotope analysis of ages and Lande Travells by Englishmen and oth-
raised fields from French Guianan coastal ers. Editado por S. Purchas, pp. 309-323.
savannahs. Journal of Archaeological Science Glasgow: James MacLehose & Sons.
37:2984-2992. Léry, J. 1578. Histoire d’un voyage fait en la ter-
Iriarte, J., M.J. Power, S. Rostain, F.E. re du Bresil, autrement dite Amerique […]. La
Mayle, H. Jones, J. Watling, B.S. Whit- Rochelle: Antoine Chuppin.
ney, e D. McKey. 2012. Fire-free land
______. 2008 [1580]. Histoire d’un
use in pre-1492 Amazonian savannas. Pro-
voyage faict en la terre du Brésil 1578. Paris: Li-
ceedings of the United States National Academy
brairie Générale Française [1992].
of Science 109(17): 6473–6478. Disponí-
vel em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/ Lorimer, J. 1989. English and Irish Settlement
pnas.1201461109 on the River Amazon 1550-1646. Londres:
Hakluyt Society.
Jones, W.O. 1959. Manioc in Africa. Stan-
ford: Stanford University press. Lyman, R. L. & M. J. O’Brien. 2001. T h e
direct historical approach, analogical rea-
Kappler, A. 1854. Zes Jaren in Suriname. soning, and theory in American archaeolo-
Schetsen en tafereelen uit het maatschappelijke en gy, Journal of Archaeological Method and Theory
militaire leven in deze kolonie. Utrecht: W.F. 8(4):303–342
Dannenfelser.
Masham, T. 1890. The thirde voyage set
Keymis, L. 1968 [1596]. A Relation of the forth by Sir Walter Ralegh to Guiana, with
second Voyage to Guiana. New York & Am- a pinnesse called the Watte, in the yeere
sterdam: Da Capo Press. 1596, written by M. Thomas Masham a
Kloos, P. 1971. The Maroni River Caribs of gentleman of the companie, in The Voy-
Surinam. Assen: Van Gorcum. ages of the English Nation to America.
Editado por E. Goldsmid, pp.182-194.
Knippenberg, S. 2012 Archaeologi- Edinburgh: E. & G. Goldsmid.
cal Investigations at the Saint-Louis on
the Lower Maroni River: The Lithic Study. McKey, D., S. Rostain, J. Iriarte, B. Gla-
Journal of the Walther Roth Museum of Archae- ser, J.J. Birk, I. Holst, e D. Renard. 2010.
ology and Anthropology 17(2):53-77. Pre-Columbian Agricultural Landscapes,
Ecosystem Engineers, and Self-Organized
Lane, C.S., S. Horn, K.H. Orvis, e C.I. Patchiness in Amazonia. Proceedings of the
Mora. 2008. Earliest Evidence of Os- National Academy of Sciences 107(17):7823-
tionoid Maize Agriculture from the Interi- 7828.
or of Hispaniola. Caribbean Journal of Science
McKey, D. M. Ducréu, A. Solibiéda, Ch.
44(1):43-52.
Raimond, K. Lorena Adame Montoya,
Laon, J. 1654. Relation du Voyage des Francois J. Iriarte, D. Renard, L. Elena Suarez Ji-
Fait au Cap de Nord en Amerique, par les soings ménez, Stéphen Rostain, & A. Zangerlé.
de la Compagnie establie à Paris, & sous la con- 2014. New approaches to pre-Columbian
duite de Monsieur de Royville leur General […]. raised-field agriculture: ecology of season-
Paris: Chez Edme Pepingue. ally flooded savannas, and living raised
______. 2004. Starch Analyses Reveal the ells by Englishmen and others. Glasgow: James
Relationship between Tool Type and Func- MacLehose & Sons.
tion: An Example from the Orinoco Valley Quandt, C. 1807. Nachricht von Suriname
of Venezuela. Journal of Achaeological Science und seinen Einwohnern. Gorlitz.
31(8):1069-1081.
Raleigh, W. 1997. The Discoverie of the
______. 2005. Reassessing the Traditional Large, Rich, and Beautiful Empyre of
Interpretation of “Manioc” Artifacts in Guiana. Transcribed, annotated and intro-
the Orinoco Valley of Venezuela. Latin duced by Neil L. Whitehead. The Ameri-
American Antiquity 16(4):409-426. can Exploration and Travel Series 77. Nor-
Petitjean Roget, H. 1983. Evolution et man: University of Oklahoma Press.
décadence de l’art funéraire des sites pré et Righter, E. (Ed.). 2002. The Tutu Archaeo-
post-colombiens de la baïe de l’Oyapock, logical village site: a multidisciplinary case study in
in Proceedings of the Ninth Internatinal Con- human adaptation. Londres: Routledge.
gress for the Study of the pre-Columbian Cultures
Rivière, P. 1969. Marriage among the Trio, a
of the Lesser Antilles, Santo Domingo 1981.
principle of social organization. Oxford: Clar-
Editado por L. Allaire, & F.-M. Mayer, pp. endon Press.
183-200. Montréal: Centre des Recherches
Caraïbes, Université de Montréal. ______. 1984. Individual and society in Gui-
ana: a comparative study of Amerindian Social
______. 1995. Fouille de sauvetage urgent, Organization. Cambridge: Cambridge Uni-
Site n° 97112314.16, Trou Delft: un site versity Press.
funéraire post-colombien sur l’Oyapock
en Guyane française, in Proceedings of the Roosevelt, A.C. 1980. Parmana: Prehistoric
XV Congress of the International Association Maize and Manioc Subsistence along the Amazon
of Caribbean Archaeology, San Juan de Puer- and Orinoco. Nova York: Academic Press.
tà Rico1993. Editado por R. Alegría, &M. ______. 1997. The Excavations at Corozal,
Rodríguez, pp. 377-392. San Juan de Porto Venezuela:Stratigraphy et Ceramic Seriation.
Rico: Centro de Estudios Avanzados de New Haven: Yale University Press.
Puerto Rico y el Caribe. Rostain, S. 2013. Islands in the rainforest: land-
Petitjean Roget, H., & D. Roy. 1976. Site scape management in pré-Columbian Amazonia,
archéologique du Rorota, Guyane, in Pro- translated by M. Eliott. New frontiers in
ceedings of the 6th Congress of the International historical ecology 4. Walnut Creek: Left
Association for Caribbean Archaeology, Pointe- Coast Press.
à-Pitre 1975. Editado por R. P. Bullen, pp. Roth, W.E. 1924. An introductory study of
165–174. Pointe-à-Pitre. the Arts, Crafts, and Customs ofthe Gui-
Prous, A., M. Alonso, G. Neves de Sou- ana Indians, in Thirty Eighth annual report of
za, A. Pessoa Lima, e F. Amoreli. 2010. La the Bureau of American Ethnology to the Secre-
place et les caractéristiques du débitage sur tary of the Smithsonian Institution 1916-1917.
enclume (« polaire ») dans les industries Washington: United States Government
brésiliennes, Paléo 201-220. Disponível em Printing Office.
http://paleo.revues.org/1996 Santos-Granero, F. 2011. Captive identities,
Purchas, S. (Ed.). 1906. Hakuytus Posthumus or the genesis of subordinate quasi-ethnic
or Purchas His Pilgrimes. Contayning a History collectivities in the American Tropics, in
of the World in Sea Voyages and Lande Trav- Ethnicity in Ancient Amazonia: Reconstructing
Past Identities from Archaeology, Linguistics, and 1492-1992. Editado por J. Hill, pp. 20-35.
Ethnohistory. Editado por A. Hornberg, & Iowa City: University of Iowa Press.
J. Hill, pp. 335-348. Boulder: University Wilk, R.R. 1999. “Real Belizean Food”:
Press of Colorado. Building Local Identity in the Transna-
Schomburgk, R.H.1922. Richard Schom- tional Caribbean. American Anthropologist
burgk’s Travels in British Guiana, 1840-1844. 101(2):244-255.
Georgetown: Daily Chronicle. Whitehead, N. L. 1995b. The historical an-
Siravo, B. A. 2009. Beyond the natural: In- thropology of text: The interpretation of
digenous women’s contribution to making Raleigh’s Discoveries of Guiana. Current
the world. Archaeology and Anthropology, Jour- Anthropology 36(1):53–74.
nal of the Walter Roth Museum of Anthropology
16(1):1-29.
Tertre, J-B. 1654. Histoire générale des isles Recebido em 28/09/2014
de S. Christophe, de la Guadeloupe, de la Mar-
tinique, et autres dans l’Amérique […]. Paris: Aprovado em 11/02/2015
Chez Iacques Langlois.
Walker, J. 2011 . Ceramic assemblages
and landscape in the mid-1st millennium de
Mojos, Beni, Bolivia. Journal of Field Archae-
ology 36(2):119-131.
Walker, J.B. 1980. Analysis and replica-
tion of lithic artifacts from the Sugar Fac-
tory Pier site, St. Kitts, in Proceedings of the
Eighth International Congress for the Study of
Pre-Columbian Cultures of the Lesser Antilles.
Editado por S.M. Lewenstein, pp. 69-79.
Saint Kitts: Arizona State University.
Wallace, A. R. 1889. A Narrative of Travels
on the Amazon and Rio Negro, with an account
of the Native Tribes […]. Londres: Ward,
Lock & Co.
Whitehead, N.L. 1988. Lords of the Tiger
Spirit: A History of the Caribs in Colonial Ven-
ezuela and Guyana 1498-1820. Dordrecht:
Foris Publishers.
_____. 1993. Ethnic transformation and
historical discontinuity in native Amazonia
and Guyana, 1500-1900. L’Homme 126-
128:285-307.
_____.1996. Ethnogenesis and Ethnocide
in the settlement of Surinam, History, Power
and Identity, in Ethnogenesis in the Americas