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O USO DO BIM NO PROCESSO PROJETUAL COLABORATIVO ENTRE


ARQUITETOS E ENGENHEIROS
Iran Luiz S. Souza1; Heitor de Andrade da Silva2i
Contato: iran.arq@gmail.com

Projeto, Morfologia e Tecnologia do Ambiente Construído- Projeto De Arquitetura

INTRODUÇÃO com essa temática é de mostrar que o uso de


ferramentas da plataforma BIM, pode contribuir no
Historicamente, a habilidade de desenhar à mão - processo projetual, entre arquitetos e engenheiros, de
seja para produzir desenhos técnicos precisos ou maneira colaborativa. Os resultados deste trabalho
perspectivas expressivas - é um ponto central na vida contribuirão para o conhecimento no âmbito acadêmico
dos projetistas. Contudo, as necessidades das indústrias e profissional, relacionados a questão projetual acerca
aeroespaciais, automobilísticas, aviação aérea entre das viabilidades de utilização do BIM, contribuindo para
outras, juntamente com às pesquisas acadêmicas nos um aprofundamento do estudo deste, de maneira a
Estados Unidos, contribuíram para o desenvolvimento romper os paradigmas sobre as inviabilidades de sua
de novas ferramentas. Segundo Ayres Filho e Scheer inserção nas modalidades de ensino. Além disso, servirá
(2007), a evolução das ferramentas digitais aplicada ao para o exercício profissional do autor, tanto baseado nas
desenvolvimento de projetos pode ser classificada em pesquisas desenvolvidas no decorrer deste trabalho,
três gerações. A primeira seria o CAD (Computer Aided como na prática projetual da sua vida profissional, no
Desing), na sequência Modelagem Geométrica e a caso de elaboração real de projetos com esta
terceira seria a Modelagem do Produto, ou como é plataforma. Partindo dessas questões, o universo de
conhecida atualmente, Building Information Modeling – pesquisa compreende os profissionais em formação de
BIM. Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN).
Com o desenvolvimento de ferramentas de
elaboração de projeto se faz necessário o conhecimento OBJETIVOS
destas pelos profissionais da área, sejam de Arquitetura
e Urbanismo ou de Engenharia, o que nos leva a pensar O objetivo geral da presente pesquisa é entender
na inserção do ensino destes instrumentos para os como o uso do BIM, pode contribuir no processo
profissionais em formação. Porém, não são todos os projetual entre arquitetos e engenheiros, evidenciando
profissionais que aderem às novas ferramentas, por o processo colaborativo.
estarem familiarizados com os desenhos técnicos à mão
ou até mesmo a utilização do CAD, fazendo com que não Quanto aos objetivos específicos serão: Explorar os
busquem qualificação de novas técnicas. Porém, se os processos colaborativos, apresentando as categorias de
arquitetos e engenheiros tivessem o conhecimento da integração dos projetos; Compreender a tecnologia BIM
ferramenta BIM desde a formação, seria possível pensar e seus estágios, evidenciando os métodos de projeto
no processo colaborativos entre os dois profissionais, com auxílio da plataforma; Apresentar modelos já
visto que o BIM possui possibilidades de compartilhar realizados, com intuito de aumentar o repertório de
todo o processo de constituição do projeto. conhecimento; Elaborar modelo de análise, contribuindo
com estratégias para o plano de execução de
Pensando nisso a questão problema deste implementação do uso do BIM.
trabalho é verificar em que momento o uso da
plataforma BIM favorece a colaboração entre MÉTODO
projetistas? Sendo assim, a justificativa de trabalhar
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Natal 2019
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Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo |PPGAU/UFRN


Para levantamento de dados práticos, serão
A Pesquisa se caracteriza como quanti-qualitativa, realizados Workshops, com participantes pré-
tendo em vista que relaciona variáveis quantitativas selecionados. O modelo da atividade seguirá a de um
(contínuas) e qualitativas (categóricas, nominais). Para grupo focal, com participação de 10 voluntários. O total
chegar aos resultados e objetivos almejados serão feitas de participantes serão divididos em dois subgrupos,
as seguintes etapas: 1. Revisão bibliográfica, 2. mesclando engenheiros e arquitetos. Sendo assim, o
Caracterização dos cursos abordados, em relação ao uso objetivo da atividade é verificar e observar como se dá a
do BIM, 3. Treinamento e discussão acerca do BIM com interação entre as equipes multidisciplinares,
os profissionais em formação, 4. Realização de estimulando o processo colaborativo por meio do BIM. É
experimentos com profissionais em formação da área de importante ressaltar que o software utilizado para esta
Arquitetura e Urbanismo e da Engenharia Civil, em atividade será o AUTODESK REVIT 2018/2019.
formação, 5. Dados serão analisados e confrontados.
Referente a este trabalho, acredita-se que a
A análise de conteúdo a ser realizada durante o metodologia adotada para análise visa o estudo do
processo de elaboração da dissertação é embasada pela conteúdo proposto, resultando na reflexão sobre as
pesquisa de caráter qualitativo, visto que, segundo questões levantadas na pesquisa a serem discutidas,
Minayo (2004), a vantagem de sua utilização é assim como na possibilidade de subdividir os tópicos da
considerar o objeto de estudo como um sujeito pesquisa para que o conhecimento sobre o assunto seja
perpassado de todos os seus determinantes sociais, claro e acessível ao público, a partir da escolha de
como a sua classe, suas crenças, seus valores e seus materiais escolhidos para coletar as informações
significados, levando em consideração também a desejadas e necessárias.
complexidade e o constante estado de transformação
desse sujeito. DESENVOLVIMENTO
O foco desta análise de conteúdo é avaliar a Para o desenvolvimento deste trabalho, foi
pesquisa em partes, dividindo em blocos os resultados a utilizado a estratégia de estruturar um “sumário
serem analisados, da seguinte forma: agregar os comentado” da dissertação. Para o primeiro capítulo,
resultados dos questionários com os usuários do chamado de “Colaboração BIM”, serão apresentados os
ambulatório, as entrevistas com os profissionais da conceitos da plataforma, seus estágios, dimensões e
equipe multidisciplinar, a observação in loco, as revisões definições. No Segundo capítulo, serão apresentados os
bibliográficas, entre outros subtópicos. Cada bloco de “Estudos de Caso”, que fizeram uso do BIM no processo.
atividades é organizado em torno do resultado extraído Será elaborado um “Modelo de Análise”, para o terceiro
dos roteiros semi-estruturados construídos durante o capítulo, baseado nos métodos abordados nos estudos
desenvolvimento da pesquisa, orientados pela teoria. de caso analisados. Neste capítulo, a metodologia
Ademais, dentre os recursos para realizar e analisar utilizada para realização e coleta dos dados serão
uma pesquisa de campo, vale salientar o método apresentados. O capítulo quatro, será o dos “Resultados
etnometodológico, comumente usados para estudar as e Discussões” da pesquisa e o capítulo cinco e último,
ações dos sujeitos na vida cotidiana, baseando-se numa será para as “Considerações Finais” da pesquisa.
multiplicidade de instrumentos, dentre eles: a A princípio, o primeiro capítulo está sendo
observação direta, a observação participante, desenvolvido e nele, pretende-se apresentar a revisão
entrevistas, estudos de relatórios e documentos teórica quanto aos conceitos e definições da plataforma
administrativos, gravações em vídeo e áudio. Dessa BIM. Todos os conceitos apresentados, serão
forma, a análise etnometodológica “esclarece de que embasados nos autores que mais abordam sobre está
maneira as coisas vêm a ser como são nos grupos temática. Até este momento da pesquisa, só o primeiro
sociais, de que maneira cada grupo e cada membro capítulo está em desenvolvimento. Para melhor
apreende e dá sentido à realidade e por quais processos entendimento, este capítulo apresentará os conceitos
intersubjetivos a mediação da linguagem entre os do Building Information Modeling – BIM, Estágios de
grupos e seus lugares constrói a realidade social que Maturidade, Interoperabilidade, Dimensões BIM,
afirmam” (COULON, 1995, p. 90 apud GERHARDT & Níveis de Desenvolvimento – LOD, e Especialidades BIM.
SILVEIRA, 2009, p. 42).

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Também será abordado o processo colaborativo entre e Estágio 03 e o Integrated Project Delivery – que podem
os profissionais da Arquitetura e Engenharia, sendo auxiliar na classificação da implementação BIM.
necessário um item que apresente os aspectos do
Processo Colaborativo por meio do BIM, evidenciando O conceito de BIM, segundo Andrade e Ruschel
os métodos já validados. (2009) “pressupõe a interoperabilidade e a colaboração
entre os profissionais da indústria da Arquitetura,
Pioneiro no que se refere a pesquisas quanto Engenharia e Construção (AEC). Todavia, estes
este “novo método”, Eastman et al (2014, p.1) define a profissionais exploram pouco o recurso da colaboração
tecnologia “como um dos mais promissores no processo de projeto com o BIM” (ANDRADE;
desenvolvimentos da indústria relacionada à RUSCHEL, 2009, p. 76). A Interoperabilidade
Arquitetura, Engenharia e Construção – AEC”. Para o (intercâmbio de dados) elimina a necessidade de replicar
autor, “um modelo de construção produzido por uma a entrada de dados que já foram gerados e facilita o
ferramenta BIM, pode dar suporte a produção de fluxo de trabalho suaves a automação (EASTMAN et al.
ferramentas diferentes, incluindo as 2D e 3D” 2014). Segundo Tobin (2008) o estágio 03 de maturidade
(EASTMAN et al., 2014, p.12). Sendo assim, ele define o é “a da interoperabilidade, onde o mais importante é
BIM como um “conjunto associado de processos para quão bem a construção virtual representa o processo de
produzir, comunicar e analisar modelos de construção” construção de fato”. Segundo Eastman et. al (2014), a
(EASTMAN et al., 2014, p.13). Dessa forma, podemos interoperabilidade identifica a necessidade de passar
considerar como um novo paradigma de trabalho, com dados entre aplicações e para múltiplas aplicações
certa complexidade, o BIM. Para melhor compreensão contribuírem em conjunto com o trabalho a fazer. Ou
quanto aos conceitos deste recurso, torna-se necessário seja, trata-se da capacidade de identificar os dados
discutirmos sobre Dimensões BIM, Estágio de necessários para serem passados entre aplicativos.
Maturidade e Interoperabilidade.
Por fim, o último item estudado até o momento é
As dimensões do BIM são desenvolvidas a partir da o do Level of Development – LOD, ou em português,
necessidade de adicionar funções de tempo, custo e Nível de Desenvolvimento do BIM, é um critério que
operação/gestão de ativos dentro do modelo da define a maturidade e utilização da ferramenta BIM em
plataforma. Os objetos BIM que são utilizados em diferentes etapas de um projeto. Além disso, em um
modelos de projetos, são vitais para estender o que se projeto colaborativo, indica aos profissionais envolvidos
pode ser criado nas dimensões acima do 3D, no na elaboração do projeto, a compreensão da evolução
processo BIM de forma correta (KRONA, 2016). Para de um elemento da ideia conceitual até a definição
Calvert (2013 apud COSTA, 2013), “um modelo pode ser exata. Dessa forma, a estrutura do nível de
4D, 5D, 6D ou até nD”, cada uma relacionada a desenvolvimento (LOD) informa em que nível uma
informações como planejamento da execução, custo, informação deve estar em determinada etapa de
orçamento e planejamento e até a operação do modelo desenvolvimento do projeto, fazendo com que todos os
em BIM. profissionais envolvidos na constituição do projeto,
possam utilizar o modelo de forma estabelecida pelo
Quanto aos estágios de maturidade, existem vários autor do projeto, resultando em uma comunicação
para adoção do BIM, como apropriação gradual da eficiente de informações e etapas de projeto
tecnologia e transformação dos processos (DELATORRE e SANTOS, 2015). Os níveis são
correlacionados, levando ao uso máximo da plataforma enquadrados em cinco LOD que são definidos pela AIA
(ANDRADE, MORAES E RUSCHEL, 2013). segundo Document E202 (2008), como: LOD 100, LOD 200, LOD
modelo seria os Estágios BIM que delineiam os níveis de 300, LOD 400 e LOD 500.
maturidade da implementação. Ela pode ser identificada
como uma série de etapas que as partes interessadas Ainda serão estudados será referente as
precisam implementar gradualmente e Especialidades BIM e aos Processos Integrados e
consecutivamente. Para essa identificação, Succar Colaborativos, por meio do BIM.
(2009) define a subdivisão de níveis de maturidade BIM
em cinco componentes – Pré-BIM, Estágio 01, Estágio 02 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Esta pesquisa visa discutir o processo colaborativo fabricantes estejam hospedados em uma solução
entre o arquiteto e o engenheiro que pode ser facilitado profissional baseada em nuvem? 2016. Disponível em: <
pelo uso da plataforma BIM, onde poderia ser discutido https://bimobject.com/pt-br/blog/post/why-4d-5d-and-6d-
e apontado benefícios e possibilidades no processo de bim-need-real-manufacturers-bim-objects-hosted-on-a-
formação de ambos os profissionais. Com base na professional-cloud-solution> Acesso em: 19 de Jul. 2018.
pesquisa desenvolvida, os resultados contribuirão para o
conhecimento no âmbito acadêmico e projetual acerca MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O desafio do conhecimento:
das viabilidades de colaboração entre profissionais da Pesquisa qualitativa em saúde. 8 ed. São Paulo: Hucitec,
2004.
área da construção civil, com a utilização do BIM,
contribuindo para um aprofundamento do estudo deste, RUSCHEL, R. C.; ANDRADE, M. L. V. X. DE; MORAIS, M. DE. O
de maneira a romper os paradigmas sobre as ensino de BIM no Brasil: onde estamos? Ambiente
inviabilidades de sua inserção nas modalidades de Construído, v. 13, n. 2, p. 151–165, jun. 2013.
ensino. Além disso, servirá para o exercício profissional
do autor, baseado nas pesquisas desenvolvidas no SUCCAR, B. Building Information Modelling Framework: a
decorrer deste trabalho, como na prática projetual da research and delivery foundation for industry stakeholders.
sua vida profissional, no caso de elaboração real de Automation in Construction, v. 18, n. 3, p. 357-375, 2009.
projetos com esta plataforma.
TOBIN, J. Proto-Building: to BIM is to build. Disponível em:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS <http://www.aecbytes.com/buildingthefuture/2008/ProtoBuil
ding.html>. Acesso em: 12 Ago. 2019.
ANDRADE, M. L. V. X.; RUSCHEL, R. C. Interoperabilidade de
aplicativos BIM usados em arquitetura por meio do formato
IFC. Gestão e Tecnologia de Projetos, São Carlos, v.4, n.2, p.
76-111, nov. 2009.

AYRES FILHO, C.; SCHEER, S. Diferentes abordagens do uso do


CAD no processo de projeto arquitetônico. In: WORKSHOP
BRASILEIRO DE GESTÃO DO PROCESSO DE PROJETOS NA
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, Curitiba, 2007. Disponível em
<http://www.cesec.ufpr.br/workshop2007/Artigo‐ 57.pdf>.
Acesso em Jun. 2018.

COSTA, Fernando José de Medeiros. Do modelo Geométrico


ao modelo físico: o tridimensional na educação do arquiteto
e urbanista. 2013. Tese (Doutorado em Arquitetura e
Urbanismo). Centro de Tecnologia, Departamento de
Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

COULON, Alan. Etnometodologia. Trad. de Ephraim Ferreira


Alves. Petrópolis: Vozes, 1995.

DELATORRE, J. P. M.; SANTOS, E.T. Gestão do nível de


detalhamento da informação em um modelo BIM: Análise de
um estudo de caso. In: Encontro Brasileiro de Tecnologia de
Informação e Comunicação na Construção, v. 7, Recife.
Anais... Porto Alegre: ANTAC, 2015.

EASTMAN, C., TEICHOLZ, P., SACKS, R., LISTON, K. Manual de


BIM. 1ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2014

KRONA, M. Por que para se alcançar as dimensões 4D, 5D e


6D do BIM se faz necessário que os objetos BIM dos

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