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Sistemática de Importação e Exportação

Conceitos
Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)

O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), administrado pela


SECEX, pelo BACEN e pela Receita Federal, foi instituído pelo Decreto nº 660,
de 25/09/92, tendo entrado em vigor em 04/01/93 para a exportação. A partir de
1º de janeiro de 1997, passou a vigorar também para a importação.

Segundo o art. 2º do aludido Decreto, vem a ser um instrumento para integrar as


atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio
exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

São usuários do SISCOMEX (art. 2º da Instrução Normativa nº 70, de 10/12/96,


da Secretaria da Receita Federal):

a) os importadores, exportadores, depositários e transportadores;


b) a Secretaria da Receita Federal, a SECEX, os Órgãos Anuentes e as
Secretarias de Fazenda ou de Finanças dos Estudos e do Distrito Federal;
c) as instituições financeiras autorizadas pela SECEX a elaborar a licença
de importação;
d) o BACEN e as instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio,
mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de Informações
do Banco Central – SISBACEN.

A habilitação dos usuários, com exceção dos referidos no item “d” acima, é feita
mediante identificação, fornecimento de senha e especificação do nível de
acesso autorizado.

No que se refere ao acesso ao SISCOMEX, podem ser consideradas três


opções:
a) utilização de terminal próprio, o que implica a necessidade de o usuário
habilitar-se junto à EMBRATEL, obtendo linha especial;
b) utilização da rede de computadores colocada à disposição dos usuários
pela Secretaria da Receita Federal;
c) utilização da rede SISBACEN, a qual permite acessar optativamente o
SISCOMEX. Como bancos e corretoras de câmbio encontram-se
credenciados a operar o SISBACEN, exportadores e importadores
podem, por intermédio deles utilizar o SISCOMEX. É a opção que vem
sendo mais considerada, pois muitos bancos e corretoras oferecem
gratuitamente esse serviço, objetivando garantir uma reciprocidade de
negócios da parte de exportadores e importadores.

O SISCOMEX permite:
- Simplificação e padronização das operações de comércio exterior, com
redução da burocracia;
- Redução de tempo para liberação das mercadorias importadas e para
embarque das mercadorias a serem exportadas;
- Ampliação do número de pontos de atendimento no país;
- Eliminação de diversos formulários e documentos e de uma série de controles
paralelos, que seriam substituídos por um único documento no final do processo.
Para todos os efeitos legais, os registros no SISCOMEX equivalem à Guia de
Exportação, à Guia de Importação e à Declaração de Importação (art. 6º, § 1º,
do Decreto nº 660, de 25/09/92).

O SISCOMEX é, pois, uma espécie de central única de atendimento a


exportadores e importadores.

Órgãos Intervenientes

Gestores:
Secretaria do Comércio Exterior - SECEX
Secretaria da Receita Federal – SRF
Banco Central do Brasil – BACEN
Anuentes:
Banco do Brasil – BB
Conselho Nacional de Energia Nuclear – CNEM
Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX
Agência Nacional de Combustíveis – ANP
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA
Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural - (IBPC)
Ministério da Aeronáutica
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA
Ministério da Ciência e Tecnologia
Ministério do Exército
Ministério da Saúde
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Secretaria de Produtos de Base - SPB
Agência Nacional da Vigilância Sanitária - ANVISA

Despachante Aduaneiro

Durante muito tempo, somente os despachantes aduaneiros e seus ajudantes


podiam promover despacho ou desembaraço de mercadoria junto às repartições
aduaneiras.

O Decreto-Lei nº366, de 19/12/68, porém, tornou facultativa a intervenção de


despachante aduaneiro no desembaraço e despacho de exportação,
importação, reexportação de mercadorias e em toda e qualquer outra operação
de comércio exterior, realizado por qualquer via, bem como no desembaraço de
bagagem de passageiros. As mesmas disposições aplicam-se ao comércio
interno de qualquer mercadoria, inclusive por via de cabotagem.

Os despachantes aduaneiros passaram à condição de profissionais liberais,


sendo-lhes facultativo o exercício ou participação em quaisquer atividades
relacionadas com a livre iniciativa. Assim sendo, podem livremente contratar
seus honorários com as partes interessadas.
O Decreto-Lei nº2.472, de 01/09/88, por sua vez, determinou que o processo de
desembaraço de mercadorias exportadas e importadas, bem como bagagem de
passageiros, poderá ser feito por despachante aduaneiro ou pela parte
interessada, obedecidas, neste último caso, as seguintes disposições:

A) no caso de pessoa jurídica de direito privado, somente por dirigente ou


empregado com vínculo empregatício exclusivo com o interessado,
munido de mandato que lhe outorgue plenos poderes para o mister, sem
cláusulas excludentes da responsabilidade do outorgante mediante ato ou
omissão do outorgado;
B) no caso de pessoa física, pelo próprio interessado;
C) no caso da administração pública direta ou autárquica, federal, estadual
ou municipal, missão diplomática ou repartição consular de país
estrangeiro ou representação de órgãos internacionais, por intermédio de
funcionário ou servidor, especialmente designado.
O Decreto nº646, de 09/09/92, dispõe sobre a forma de investidura nas funções
de despachante aduaneiro e de ajudante de despachante aduaneiro.

Território Aduaneiro

O território aduaneiro compreende todo o território nacional.

A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro


e abrange:

a zona primária, que compreende:

a) a área, terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos


alfandegados;
b) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados;
c) a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados;
a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro,
nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

Segue alguns exemplos de zona secundária:

 EADI (Estação Aduaneira Interior)


Depósitos alfandegados localizados na zona secundária (fora do porto
organizado). Pode ou não se localizar no interior. Recebe as cargas ainda
consolidadas, podendo nacionalizá-las de imediato ou trabalhar como entreposto
aduaneiro. Dessa forma, a EADI armazena a mercadoria do importador pelo
período que este desejar, em regime de suspensão de impostos, podendo fazer
a nacionalização de acordo com as necessidades do importador.

 TRA (Terminais Retroportuários Alfandegados)


Depósitos alfandegados de carga na zona secundária, próximos às áreas
portuárias. Desde o ano passado, a RF permitiu aos TRA transformarem-se em
EADIS. Somente a Deicmar, de Santos (SP), não fez esta opção. A vantagem
para os TRA é que estes puderam passar a também operar com entrepostagem
de mercadorias.

 EAF (Estação Aduaneira de Fronteira)

Exportação
Exportação vem a ser a remessa de bens de um país para outro. Em um sentido
amplo poderá compreender, além dos bens propriamente ditos, também os
serviços ligados a essa exportação (fretes, seguros, serviços bancários, etc.).

Como exportação interna conceitua-se a remessa de bens de uma região para


outra, dentro do mesmo país. Uma remessa de produtos do Estado de São Paulo
para o Estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, é considerada uma
exportação interna.

As exportações poderão ser com cobertura cambial ou sem cobertura cambial.


Diz-se que a exportação é com cobertura cambial quando implica um pagamento
a ser efetuado pelo importador estrangeiro. A exportação é sem cobertura
cambial quando não acarretar um pagamento por parte do importador
estrangeiro. É o caso de amostras, donativos, bagagem de passageiro,
mercadorias em retorno, exportação temporária, mercadorias destinadas a feiras
e exposições (caso não sejam vendidas), etc. Uma exportação sem cobertura
cambial poderá ocorrer, também, no caso de uma remessa de bens para o
exterior a título de investimento no país estrangeiro. Se, por exemplo, o Brasil
exportar equipamento para o Paraguai e esse equipamento for incorporado ao
capital da firma paraguaia como capital de risco, não implicando, por tanto, um
pagamento pela sua remessa, essa exportação será considerada sem cobertura
cambial. As exportações em reais, apesar de implicar pagamento por parte do
importador estrangeiro, também são classificados como sem cobertura cambial.

Fluxograma:

1. Planejamento
2. Pesquisa de mercado
3. Negociação com o Importador
4. Elaboração da fatura pro forma
5. Envio de fatura pro forma ao importador
6. Exportador elabora a fatura comercial
7. Exportador prepara a mercadoria para embarque
8. Exportador elabora o packing list
9. Exportador emite nota fiscal
10. Exportador providencia o pré-transporte até o porto
11. Exportador solicita o despacho aduaneiro
12. Pagamento do frete e seguro pelo exportador
13. Recebimento do conhecimento de embarque
14. Averbação junto a SRF
15. Emissão do comprovante de exportação
16. Exportador consolida toda a documentação
17. Exportador contrata cambio
18. Exportador envia documentação ao importador
19. Exportador liquida o cambio
20. Exportador envia carta de agradecimento

1. Planejamento
Novos mercados;
Mais lucro;
Mais empregos;
Separar uma parte da produção para o mercado interno e outra para o
mercado externo, pois a exportação é um processo contínuo;
Maior escala de produção e vendas;
Entrar em contato com a Secretaria da Receita Federal – SRF – e obter a
senha de acesso ao Siscomex;
Curso de capacitação em Comércio Exterior;
Conversar com os parceiros que poderão ajudá-lo no Comércio Exterior;
Alterar o contrato social da empresa, acrescentando na finalidade, a atividade
de EXPORTAÇÃO;

2. Pesquisa de Mercado
Pesquisar o mercado internacional;
Procurar avaliar os seus concorrentes internos e externos;
Fazer pesquisas na internet;
Conhecer o país escolhido: Cultura, hábitos, renda, economia, população,
clima;
Verificar se existem barreiras técnicas para o seu produto;
A pesquisa de mercado é um investimento necessário que pode economizar
dinheiro e fornecer elementos essenciais para a aproximação com o mercado
consumidor

3. Negociação com o importador


Preço;
Prazo;
NCM;
Pagamento;
Incoterms.
4. Elaboração da fatura pro forma
Tal fatura servirá de base para a confecção da Fatura Comercial Definitiva, não
tem valor contábil ou jurídico pois trata-se apenas de um instrumento de apoio à
operação de venda no país de origem.

5. Envio da fatura pro forma ao importador


Para cotação, avaliação e correção, caso haja necessidade.

6. Exportador elabora a fatura comercial (commercial invoice)


É o documento hábil que servirá de base para o desembaraço alfandegário no
exterior. Deve ser preenchida sem erros, emendas ou rasuras.

7. Exportador prepara a mercadoria para embarque


Embalagem;
Marcação;

8. Exportador elabora o packing list (romaneio)


É o documento de embarque que descrimina todas as mercadorias embarcadas,
ou todos os componentes de uma mesma mercadoria em quantas partes estiver
fracionada. O romaneio tem o objetivo de facilitar a identificação e localização de
qualquer produto dentro de um lote, além de permitir a fácil conferência da
mercadoria por parte da fiscalização, tanto no embarque como no desembarque.

9. Exportador emite nota fiscal


Esta nota deve acompanhar a carga ao porto/aeroporto e a descrição deve ser
idêntica à descrição de carga, valor e classificação mencionada na R.E..

10. Exportador providencia o pré-transporte até o porto


O exportador contrata uma empresa de transporte (incoterms/grupos F,C e D)
para retirar o container vazio do terminal, leva até a fábrica, estufa e depois
entrega ao terminal.

11. Exportador solicita o despacho aduaneiro


Registro de Exportação – R.E.
Obtido por via eletrônica, utilizando-se do SISCOMEX – Sistema de Comércio
Exterior. Este documento é que autoriza a exportação da mercadoria.
Registro de Venda – R.V.
É o conjunto de informações que caracterizam a operação de exportação de
produtos negociados em bolsas internacionais de mercadorias ou de
“commodities”, por meio de enquadramento específico. Os produtos sujeitos a
RV são divulgados pela SECEX.
O preenchimento do RV é prévio ao RE e, por consequência, ao embarque.
Solicitação de Despacho – S.D.
É o documento que comprova a efetiva exportação da mercadoria. Tal
documento é fornecido eletronicamente via SISCOMEX após fiscalização
documental ou física da carga por parte da Receita Federal.
Certificado de Origem
É solicitado normalmente por importadores do Mercosul, Aladi ou outros países
cujas legislação de importação exija este documento. Tal certificado receberá o
visto de federações, associações e câmaras de comércio ou departamentos
governamentais (DECEX).
Fatura Consular
Documento que alguns países exigem, para legalizar a entrada da mercadoria
em seu país; este documento normalmente é padronizado e sua legalização é
feita pelo consulado do país no Brasil.
Certificado de peso/qualidade/conformidade
Alguns países exigem que as mercadorias sejam inspecionadas por
organizações especializadas antes do embarque, os certificados então emitidos
são documentos básicos para liberação dos materiais nestes países.
Autorização IBAMA
Aplica-se a produtos agropecuários ou silvestres.
Fitossanitário
É necessário no caso de exportação de plantas, frutas e alimentos em geral.

12. Pagamento do frete e seguro pelo exportador


O pagamento do frete é feito na cia transportadora e o seguro na própria cia
contratada para o serviço.
Vale ressaltar que tais pagamentos só serão feitos nos casos de Incoterms dos
grupos C e D.

13. Recebimento do conhecimento de embarque


É um documento emitido pela cia transportadora (agência marítima, como por
exemplo) cuja cópia é numerada e datada pelo transportador.
Este documento (B/L, Airway Bill –AWB, Conhecimento de Transporte
Internacional por Rodovia – CRT, Conhecimento de Transporte Ferroviário –
RWB – Railway Bill, etc) é de vital importância, pois sem ele não é possível retirar
a mercadoria no destino, correspondendo este documento a um autêntico
certificado de propriedade.

14. Averbação junto a SRF


A cia transportadora confirma via Siscomex o embarque da mercadoria.

15. Emissão do comprovante de exportação – CE


Emitido pelo Siscomex na repartição da Recita Federal ao final da operação de
exportação; é o documento em que são relacionados todos os registros
processados pelo Siscomex, portanto o CE, é a comprovação do desembaraço
aduaneiro definitivo, para embarque da mercadoria, bem como permite o
transporte para bordo do veículo transportador que seguirá para o exterior.
Servirá também para pagamento das taxas de armazenagem, capatazias,
embarque.

16. Exportador consolida toda a documentação


Fatura pro forma
Packing list
Fatura comercial (commercial invoice)
Nota fiscal
RE
SD
RV
CE
Certificado de origem
Certificados gerais
Conhecimento de Embarque (B/L, AWB, CRT, RWB)

17. Exportador contrata cambio


É o documento que define as regras para conversão da moeda do país do
importador ao da moeda do país do exportador, e através do qual se efetiva o
recebimento do valor da mercadoria exportada em moeda nacional.
Este documento é geralmente preparado por uma corretora de câmbio e valores
ou diretamente com o Banco negociador.

18. Exportador envia documentação ao importador


Packing list
Fatura comercial
Certificados
Conhecimento de embarque

19. Exportador liquida o cambio


Recebe o valor da transação em moeda nacional, ou seja, reais.

20. Exportador envia carta de agradecimento

Desembaraço/Parametrização

1. O exportador, através de um despachante aduaneiro ou representante da


empresa, registra RE, onde estão os dados sobre o embarque da
mercadoria. Depois é feito o SD.
2. A Alfândega/Terminal confirma a presença de carga com o exportador
pela SD.
3. Exportador deve entregar os documentos (SD, Nota fiscal e Certificado de
origem) na Alfândega.
4. O SISCOMEX indica a parametrização na SD, ou seja, seleciona por qual
tipo de conferencia a mercadoria irá passar.
 Canal Verde – desembaraço é feito automaticamente
 Canal Laranja – são examinados apenas os documentos da carga
 Canal Vermelho – os documentos são verificados e a carga é
inspecionada no local onde estão armazenadas.

No caso da SD “cair” nos canais laranja ou vermelho, os processos são


distribuídos para auditores fiscais.
Se nenhuma irregularidade for detectada durante a inspeção da carga é liberada
e seu despacho é registrado no Siscomex.
5. Após o carregamento da mercadoria, o transportador (no caso, a agência
marítima) deve confirmar o embarque.
6. O Siscomex verifica os dados do transportador, se confirmam com o da
SD (averbação). No caso de qualquer irregularidade, os documentos são
comparados manualmente.
7. Após a conclusão da operação, o exportador pode solicitar a CE,
Comprovante de Exportação, emitido pelo Siscomex.

Prazos para liberação das cargas

Se os documentos são entregues de manhã na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Laranja No mesmo dia
Vermelho No dia seguinte

Se os documentos são entregues à tarde na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Laranja No dia seguinte
Vermelho No dia seguinte
Modalidades de Pagamento (as mais utilizadas no comércio exterior):

 Pagamento Antecipado
 Remessa Direta ou Sem Saque
 Cobrança Documentária
 Carta de Crédito

Pagamento Antecipado

O importador paga ao exportador, através de cheque ou ordem de pagamento


bancária, antes do embarque da mercadoria ao exterior.

É pouco utilizado por implicar altos riscos ao comprador. Costuma ocorrer entre
empresas interligadas e também na venda de produtos de alta tecnologia
fabricadas por encomenda, visto representar uma garantia contra o
cancelamento do pedido. São mais frequentes os casos de pagamento
antecipados parciais.

Remessa Direta ou Sem Saque

O exportador embarca a mercadoria e envia diretamente ao importador todos os


documentos da operação. O importador, ao receber os documentos, promove o
desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente, providencia o
pagamento. Ao importador o risco é nulo, pois o pagamento só é realizado depois
de recebida a mercadoria ao comprador sem nenhuma garantia de pagamento.

Por estar baseada na confiança depositada pelo exportador no importador, este


tipo de pagamento tem sido utilizado entre clientes tradicionais ou empresas
interligadas.
Cobrança Documentária

O exportador embarca a mercadoria e depois emite uma letra de câmbio. Esta


letra, também chamada de “saque” ou “cambial” , será enviada ao um banco no
país do importador, junto com os documentos de embarque. O pagamento
poderá ser à vista ou a prazo, conforme tenha sido acertado no momento da
venda. No caso da cobrança a prazo, o importador só poderá retirar do banco os
documentos para desembaraço da mercadoria se aceitar a cambial que lhe será
apresentada para pagamento na data de vencimento. O banco apenas faz a
cobrança seguindo à risca as instruções de cobrança do exportador: cobrança à
vista ou no vencimento, cobrar juros de mora, dar ordem de protesto por falta de
pagamento ou aceite, etc. O banco também pode fechar a operação de câmbio.
O exportador, por sua vez, tem a garantia de que a mercadoria somente será
entregue ao importador se suas instruções forem cumpridas. A Câmara de
Comércio Internacional (CCI) definiu as regras, as responsabilidades das partes
nesse processo e usos uniformes para cobrança documentária na Publicação
522 que são adotadas pela maioria dos bancos que prestam esse serviço.

Carta de Crédito / Letter of Credit – L/C

Também conhecida como crédito documentário, é muito usual porque oferece


maiores garantias tanto ao exportador quanto ao importador por ser uma ordem
de pagamento condicional. Ela é emitida por um banco, a pedido do importador
em favor do exportador, que somente fará jus ao recebimento se cumprir todas
as exigências estipuladas. O exportador tem a garantia de pagamento de dois
ou mais bancos e o importador tem a certeza de que só haverá pagamento se
suas exigências forem cumpridas. A carta de crédito é uma alternativa para o
exportador que não quer assumir os riscos comerciais de uma operação, pois
ela confere ao banco a responsabilidade pelo pagamento, mediante o
cumprimento dos termos e condições do crédito. Os riscos políticos também
podem ser eliminados ou reduzidos, se utilizada uma carta de crédito
confirmada. Nesse tipo de crédito um outro banco, geralmente fora do país do
importador, confirma a garantia dada pelo banqueiro emissor do crédito. Na
prática, se o banco emissor não puder pagar por qualquer motivo, inclusive
políticos, o banco confirmador pagará em seu nome.

A carta de crédito pode ser emitida para pagamento à vista ou a prazo. Como se
constitui em garantia bancária, acarreta custos adicionais para o importador, que
paga taxas e comissões para abertura de crédito, além de contra garantias
exigidas pelo banco emissor. Na negociação de crédito deve-se observar o
conceito e porte do banco emissor. Existem muitos bancos pequenos e
regionais. Os bancos mais tradicionais e de grande patrimônio são considerados
de primeira linha. A carta de crédito pode sofrer emendas desde que aceitas por
todas as partes envolvidas a saber: banco emissor, banco confirmador, tomador
de crédito (importador) e beneficiário (exportador). A CCI definiu normas para
emissão e uso de cartas de crédito divulgadas na Publicação 500, denominadas
“Regras e usos Uniformes para Créditos Documentários”. Essas regras são
aceitas em todo mundo.

Os custos para abertura de uma carta de crédito variam entre 1 e 4% do valor


da carta de crédito. Entretanto, dependendo do banco e do cadastro do cliente,
o custo pode ser fixo, independente do valor do crédito aberto, e até mesmo não
custar nada. A carta de crédito pode ser transferida a um ou mais beneficiários.
Este, porém, não tem o poder de efetuar outra transferência. Para que a
transferência seja possível é indispensável que na carta de crédito conste a
expressão “transferível”.

Etapas da Carta de Crédito

Este tipo de operação é composto de várias etapas:


 Pedido e negociação;
 Abertura de crédito;
 Embarque da mercadoria;
 Documentação e utilização do crédito.
Pedido e negociação

Contatos preliminares – definida a venda o exportador emite a fatura pró forma.


É o momento em que o importador e exportador negociam os termos e condições
do crédito para fechamento da venda. O exportador recebe a confirmação do
pedido ou assina o contrato mercantil.

Abertura do crédito

O importador (tomador) abre o crédito em banco de sua praça (banco emissor).

O banco da praça do importador comunica ao banco da praça do exportador a


existência do crédito sob determinadas condições.

O banco da praça do exportador comunica ao exportador comunica ao


exportador a existência do crédito e suas condições.

Embarque da mercadoria

O exportador (beneficiário) ciente das exigências, providencia o despacho e


embarque da mercadoria.

A mercadoria é embarcada ao país do importador.

Documentação e utilização do crédito

O exportador recebe o Conhecimento de Embarque (Bill of Lading ou B/L) que,


juntamente com os demais documentos exigidos pelo crédito, constituem a
documentação a ser apresentada ao banco negociador.

O banco recebe os documentos do exportador, examina-os e, se estiverem em


ordem, efetua o pagamento de imediato ao exportador, caso o crédito seja à
vista.
O banco do exportador remete os documentos ao banco do importador (banco
emissor).

O banco emissor entrega os documentos ao importador e reembolsa o banco do


exportador.

As modalidades de pagamento são influenciadas pelas condições do mercado e


pelo grau de confiança entre as partes – empresas, bancos e países envolvidos.
Assim, quando há condição de mercado e maior oferta, os exportadores são
obrigados a melhorar suas condições de venda. Quando a situação se inverte e
a procura é maior, os exportadores têm mais poder de barganha, aproximando-
se da condição ideal que é a de receber o pagamento antecipado.

Quando o importador é desconhecido ou encontra-se num país sem estabilidade


política e econômica, as condições para o exportador não serão favoráveis, ao
contrário do que ocorreria com importadores tradicionais. Outros fatores que
interferem nas condições de venda são a margem de lucro desejada, a
possibilidade de financiamento e os controles do governo. As modalidades de
pagamento são estabelecidas em contratos de compra e venda internacional ou
equivalente, e determinam a maneira pela qual o exportador receberá o
pagamento por sua venda ao exterior.

Incoterms

Os Incoterms surgiram em 1936, quando a Câmara de Comércio Internacional,


com sede em Paris, resolveu editar um livreto consolidando e interpretando as
várias fórmulas contratuais que vinham há muito tempo sendo utilizadas pelos
comerciantes internacionais. Esse conjunto de normas ficou conhecido como
“Incoterms 1936”. Alterações e edições foram feitas em 1953, 1967, 1976, 1980,
1990. Atualmente temos um novo conjunto de regras, denominado “Incoterms
2000”, em vigor a partir de 01/01/2000.
Os Incoterms estipulam 13 fórmulas ou termos, que são:

a. EXW – Ex works – entregue no estabelecimento do vendedor (local


designado);
b. FCA – free carrier – franco transportador ou livre transportador
(local designado);
c. FAS – free alongside ship – livre no costado do navio (porto de
embarque designado);
d. FOB – free on board – livre a bordo do navio (porto de embarque
designado);
e. CFR – cost and freight – custo e frete (porto de destino designado);
f. CIF – cost, insurance and freight – custo, seguro e frete (porto de
destino designado);
g. CPT – carriage paid to – transporte pago até ( local de destino
designado);
h. CIP – carriage na insurance paid to – transporte e seguro pagos
até (local de destino designado);
i. DAF – delivered at frontier – entregue na fronteira (local
designado);
j. DES – delivered ex ship – entregue no navio (porto de destino
designado);
k. DEQ – delivered ex quay – entregue no cais (porto de destino
designado);
l. DDU – delivered duty unpaid – entregue direitos não-pagos (local
de destino desegnado);
m. DDP – delivered duty paid – entregue direitos pagos (local de
destino designado).

Grupo Incoterms
E de Ex (PARTIDA – mínima obrigação EXW
para o exportador)
F de Free (TRANSPORTE PRINCIPAL FCA
NÃO PAGO PELO EXPORTADOR) FAS
FOB
C de Cost ou Carriage (TRANSPORTE CFR
PRINCIPAL PAGO PELO EXPORTADOR) CIF
CPT
CIP
D de Delevery (CHEGADA – máxima DAF
obrigação para o exportador) DES
DEQ
DDU
DDP

Nem as “Definições Americanas” nem os Incoterms procuram interpretar todos


os termos ou fórmulas utilizadas no comércio internacional, mas apenas os mais
importantes.

Exportadores e importadores, por sua vez, podem adotar essas fórmulas


padronizadas como base geral para seus contratos, como também podem
especificar alterações ou adições a essas fórmulas, de modo adaptá-las ao ramo
de comércio específico ou às suas necessidades individuais. É necessário,
porém, que fiquem claramente definidos, previamente os direitos e obrigações
de cada parte.

Ao proceder à escolha desta ou daquela fórmula, tanto importadores como


exportadores deverão cuidar para que a utilização não venha a infringir
determinados dispositivos legais ou administrativos vigentes em seus
respectivos países.

Embora os Incoterms estejam sendo cada vez mais utilizados, alguns


comerciantes ainda aplicam as “Definições Americanas”. Assim, para evitar
possíveis confusões, ao entabularem negociações comerciais na área
internacional procurem sempre deixar bem claro se as fórmulas ou termos a
serem utilizados referem-se aos Incoterms ou às “Definições Americanas”.
EXW (Ex Works)
Esta cláusula significa que a mercadoria é entregue ao comprador no
estabelecimento do vendedor. Em lugar de ex works pode-se utilizar uma
denominação mais específica, como, por exemplo: ex factory, ex mill, ex
plantation, ex warehouse, etc. (na fábrica, no moinho, na plantação, no depósito,
etc.)

A obrigação básica do vendedor é colocar na mercadoria à disposição do


comprador em seu estabelecimento (vendedor). Não lhe cabe responsabilidade
alguma por despesas ou por riscos pelo carregamento da mercadoria em veículo
a ser fornecido pelo comprador, a não ser que haja acordo específico nesse
sentido.

Cabem ao comprador todas as despesas e riscos o recebimento da mercadoria


no local designado até o destino final.

Correm, também, por sua conta, as despesas com eventuais direitos de


exportação e despesas com a obtenção de licenças de exportação (se houver)
no país do vendedor. Isto porque uma venda ex works é considerada uma venda
no país de exportação. Assim, o comprador estrangeiro tem, em princípio,
naquele país, a mesma posição de um comprador nacional.

Esta fórmula é, portanto, a que apresenta o mínimo de obrigações para o


vendedor.

FCA (Free Carrier)


Compete ao vendedor entregar a mercadoria, liberada para exportação, à
custódia do transportador indicado pelo comprador, no local determinado. A
partir desse momento, todas as despesas, bem como a responsabilidade por
perdas e danos que a mercadoria posso vir sofrer, correm por conta do
comprador.

Essa fórmula pode ser utilizada para qualquer modalidade de transporte,


inclusive para transporte multimodal também denominado intermodal, que é
aquele que utiliza, de maneira combinada, diferentes meios (rodoviário,
ferroviário, marítimo, aéreo, fluvial, lacustre, etc.).

FAS (Free Alongside Ship)


Sob essa condição, correm por conta do vendedor, ao preço contratado, todas
as despesas até a colocação de mercadoria, liberada para exportação, no cais
do porto de embarque, ao lado do costado do navio, no seu ponto de atracação,
cabendo-lhe, também, a responsabilidade por quaisquer perdas ou danos
sofridos pela mercadoria até a sua colocação no cais.

Correm também por sua conta as despesas com providências e documentos


necessários para a saída da mercadoria de seu país (licença e direitos de
exportação, formalidades aduaneiras, etc.). Compete-lhe, inclusive, fornecer ao
comprador, a seu pedido e conta, assistência na obtenção de documentos no
país de origem ou de embarque (certificados de origem, de inspeção, etc.)
necessários à entrada da mercadoria no país de destino ou, ainda, para seu
trânsito através de um terceiro país.

Ao comprador cabe, por sua vez, arcar com todas as despesas e


responsabilidades por quaisquer perdas e danos, a partir do momento em que a
mercadoria é colocada à sua disposição, ao lado do costado do navio. Assim,
correm por sua conta os gastos com carregamento, a contratação e pagamento
do seguro e do frete e despesas com a obtenção dos documentos citados no
tópico anterior. Compete-lhe, ainda, cientificar o vendedor do nome do navio, do
ancoradouro e das datas de entrega da carga do navio.

Esta fórmula é utilizada apenas no caso de transporte marítimo ou aquaviário


interior (lacustre, fluvial, etc.).

FOB (Free On Board)


É a fórmula mais utilizada na exportação brasileira.
Correm por conta do vendedor, ao preço contratado, todas as despesas e riscos
por perdas e danos, até a colocação da mercadoria a bordo do navio indicado
pelo comprador, no porto de embarque.

Da mesma maneira que para a cláusula FAS, compete ao vendedor fornecer


assistência ao comprador, a seu pedido e conta, para obtenção de documentos
no país de origem ou de embarque (certificado de origem, documentos
consulares, conhecimento marítimo, etc.), de que o comprador tenha
necessidade, excetuando-se os gastos com licença de exportação e
conhecimento de embarque a bordo, os quais correm por conta do vendedor.
Cabe-lhe, também o pagamento de quaisquer emolumentos, taxas ou impostos
cobrados em razão da exportação.

Ao comprador procede contratar e pagar o valor do frete, dando aviso ao


vendedor do nome do navio, local de atracação e época em que a mercadoria
deverá ser entregue para embarque, bem como contratar e pagar o valor do
seguro e arcar com todas as despesas e riscos a partir do momento em que a
mercadoria transpõe a murada do navio transportador (ship´s rail) no porto de
embarque. Isto significa que o comprador tem de pagar o preço da venda
independente do que possa acontecer à mercadoria, em qualquer caso, desde
que a ocorrência não possa ser atribuída ao vendedor (caso de embalagem
inadequada, por exemplo). Além disso, correm também por sua conta os gastos
com a obtenção de documentos emitidos no país de origem ou de embarque que
sejam necessários para a mercadoria poder entrar em seu país ou transitar
através de outro.

Deve-se ressaltar que, no caso de atrasos na chegada do navio ou no seu


carregamento, todas as despesas e riscos passam a correr por conta do
comprador, a partir do momento em que o vendedor colocou a mercadoria à sua
disposição.

Esta clausula deve ser utilizada somente para transporte marítimo ou aquaviário
interior. Para transporte rodoviário, ferroviário ou aéreo, deve ser aplicada a
cláusula FCA.
Uma outra observação faz-se também necessária. Embora sob as condições
FAS e FOB deva o comprador contratar e pagar o frete e o seguro, bem como
dar ciência ao vendedor do nome do navio, local de atracação, etc., ocorre
muitas vezes, que, por acordo prévio entre as partes, o próprio vendedor se
encarregue de, por conta do comprador, escolher o navio e providenciar a
atracação e o pagamento do frete e do seguro.

CFR (Cost na Freight)


Pela condição CFR correm por conta do vendedor, ao preço contratado, todas
as despesas necessárias para a colocação da mercadoria a bordo do navio, bem
como o valor do frete até o porto de destino.

Ao vendedor compete contratar e pagar o frete, enviando imediatamente ao


comprador o conhecimento de embarque “limpo” (significa que o documento não
deve conter qualquer cláusula ou anotação sobreposta, que declare qualquer
defeito ou imperfeição da mercadoria ou da embalagem) e arcar com a
responsabilidade por quaisquer danos ou perdas até que a mercadoria
transponha a murada do navio transportador.

Correm também por conta os gastos com documentos de exportação,


formalidades aduaneiras, bem como impostos e taxas de exportação, caso haja.
Outrossim, deverá auxiliar o comprador, a seu pedido e conta, na obtenção de
quaisquer documentos emitidos no país de origem ou de embarque, necessários
para que a mercadoria possa entrar no país de destinou transitar através de outro
(faturas consulares, certificados de origem, etc.).

O comprador deverá contratar e pagar o seguro da mercadoria e os gastos com


o seu embarque incluindo alvarengagem (lighterage) e despesas de atracação
(wharfage), direitos ou quaisquer outros impostos no lugar de destino, além das
despesas com obtenção de documentos emitidos no país do vendedor. Toda e
qualquer responsabilidade por riscos e danos, a partir do momento em que a
mercadoria é colocada a bordo do navio, no porto de embarque, é atribuída ao
comprador.
Note-se, pois, que os chamados “pontos críticos” para a divisão de despesas e
riscos, respectivamente, não coincidem. Isto porque, embora o vendedor seja
responsável pelo transporte até o destino, não o é, entretanto, por risco de perda
ou dano da mercadoria, responsabilidade essa que já se transfere ao comprador
no próprio porto de embarque.

Esta cláusula é utilizável apenas para o transporte marítimo ou aquaviário


interior. Para outras modalidades, utilizar a cláusula CPT (carriage paid to).

CIF (Cost, Insurance and Freight)


Trata-se de cláusula de universal aplicação. Sob essa condição, ocorrem por
conta do vendedor, ao preço contratado, todas as despesas, inclusive o seguro
marítimo e frete, até a chegada da mercadoria ao porto de destino
convencionado.

Compete ao vendedor contratar e pagar o frete e o seguro da mercadoria até o


porto de destino, despachando imediatamente ao comprador o conhecimento de
embarque (“limpo”) e a apólice de seguro. Correm por sua conta os gastos com
quaisquer taxas, impostos ou documentos necessários à exportação (licença de
exportação, etc.) formalidades aduaneiras, bem como o carregamento da
mercadoria. A exemplo do que ocorre para com outras cláusulas já examinadas,
deverá prestar assistência ao comprador, por solicitação e por sua conta, na
obtenção de documentos emitidos no país de origem ou de embarque e que
sejam necessários para que a mercadoria passar entrar no país de destino ou
transitar através de outro (faturas consulares, certificados de origem, etc.). Cabe-
lhe, também, a responsabilidade por quaisquer riscos até que a mercadoria
tenha sido colocada a bordo do navio no porto de embarque.

O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e arcar com todas


as despesas daí por diante tais como: desembarque da mercadoria, impostos,
taxas, direitos aduaneiros e quaisquer outros gastos, além dos relativos aos
documentos já citados. Todos os riscos, a partir do momento em que a
mercadoria transpõe a murada do navio, no porto de embarque, correm por conta
do comprador. Portanto, da mesma maneira que ocorrem em relação à cláusula
CFR, também aqui os “pontos críticos” para a divisão de despesas e riscos,
respectivamente, não coincidem.

A cláusula CIF é utilizável apenas para transporte marítimo ou aquaviário interior.


Para outros tipos de transporte, utilizar a cláusula CIP (carriage and insurace
paid to).

A condição CIF não é permitida nas importações brasileiras, uma vez que, de
acordo com a Resolução CNSP nº 03/71, de 18/01/71, do Conselho Nacional de
Seguros Privados, o seguro de transporte internacional de mercadorias
importadas deve ser realizado através de sociedades seguradoras estabelecidas
no Brasil. Excepcionalmente, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) poderá
autorizar a realização do seguro, no todo ou em parte, no exterior.

É de notar que, embora nas condições CFR e CIF, os gastos com faturas
consulares, certificados de origem e outros documentos ocorram por conta do
comprador muitas vezes o próprio vendedor dispõe-se a arcar com tais
despesas.

CPT (Carriage Paid to)


O vendedor é responsável pelo custo de transporte da mercadoria até o destino
indicado. Porém, os riscos por perdas e danos que as mercadorias possam vir a
sofrer, bem como quaisquer despesas adicionais, correm por conta do
comprador, a partir do momento em que forem entregues à custódia do
transportador.

Esta fórmula pode ser utilizada para qualquer modalidade de transporte,


inclusive transporte multimodal.
CIP (Carriage and Insurance Paid to)
O vendedor possui as mesmas responsabilidades que as indicadas nas
cláusulas CPT, às quais deve ser adicionado o pagamento do seguro até o
destino. As responsabilidades do comprador permanecem as mesmas.
Pode ser utilizada para qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal.

DAF (Delivered at Frontier)


Compete ao vendedor entregar a mercadoria no ponto combinado na fronteira,
mas antes da divisa aduaneira do país limítrofe. A partir desse momento, toda a
responsabilidade, seja por despesas, seja por perdas e danos, é do comprador.

Embora esse termo seja, em princípio, utilizável para transporte rodoviário, pode
ser aplicado para qualquer modalidade de transporte.

DES (Delivered Ex Ship)


Compete ao vendedor colocar a mercadoria à disposição do comprador a bordo
do navio, não desembaraçada, no porto de destino designado. È também
responsável por perdas e danos que a mercadoria possa vir a sofrer durante o
seu transporte até o porto de destino. A partir desse ponto, a responsabilidade é
do comprador.

Essa condição deve ser utilizada apenas para transporte marítimo ou aquaviário
interior.

DEQ (Delivered Ex Quay)


Compete ao vendedor entregar a mercadoria desembaraçada ao comprador no
cais do porto de destino. São de sua responsabilidade quaisquer despesas bem
como os riscos por perdas ou danos até a entrega da mercadoria no local
designado. A partir desse ponto, a responsabilidade é do comprador, inclusive
pelo pagamento dos direitos aduaneiros.

Esse termo somente deverá ser utilizado para transporte marítimo ou vias
aquáticas interiores.

DDU (Delivered Duty Unpaid)


O vendedor deverá colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto
designado do país de importação. Deverá, portanto, assumir todas as despesas
e riscos envolvidos até a entrega da mercadoria, exceto quanto ao pagamento
de direitos, impostos e outros encargos oficiais devidos em razão da importação.
A responsabilidade por esse pagamento caberá ao comprador.

Esse termo poderá ser utilizado para qualquer modalidade de transporte.

DDP (Delivered Duty Paid)


Competirá ao vendedor colocar a mercadoria desembaraçada à disposição do
comprador, no ponto designado do país de importação. Compete-lhe, portanto,
assumir todos os riscos e custos, incluindo direitos, impostos e outros encargos
até a entrega da mercadoria.

Observa-se que, enquanto o termo EXW representa o mínimo de obrigação para


o vendedor, o termo DDP representa o máximo de obrigações.
Esse termo poderá ser utilizado para qualquer tipo de transporte.

Incoterms e Transportes

Qualquer tipo de transporte:


 EXW
 FCA
 CPT
 CIP
 DAF
 DDU
 DDP

Transporte marítimo e aquaviário interior SOMENTE:


 FAS
 FOB
 CFR
 CIF
 DES
 DEQ
Condições de frete marítimo

Prepaid: essa cláusula indica que o pagamento do frete internacional será feito
no porto de origem (país exportador) pelo vendedor.

Collect: essa cláusula indica que o pagamento do frete internacional será feito
no porto de destino (país importador) pelo comprador.

Importação

Denomina-se importação a entrada de mercadorias em um país, provenientes


do exterior. Da mesma forma como ocorre na exportação, essa importação,
poderá compreender, também, os serviços ligados à aquisição desses produtos
no exterior (fretes, seguros, serviços bancários, etc.).

A aquisição que uma região, localizada em um país, efetue de produtos de outra


região, também localizada no mesmo país, é denominada importação interna.

Da mesma maneira que a exportação, a importação poderá ser com cobertura


cambial, conforme implique ou não um pagamento a ser efetuado pelo
importador nacional.

Impostos que incidem sobre a mercadoria importada

II - Imposto de Importação,
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados,
ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços,
AFRMM - Adicional do Frete para Renovação da Marinha Mercante,
COFINS -
PIS - Programa de Integração Social,
IOF -
Documentos necessários para a Importação

Fatura pro forma


Fatura comercial
Certificado de Origem ou Peso
Packing list
Conhecimento de Embarque
Apólice de seguro
Licença de Importação - LI
Contrato de Câmbio
Saque ou Cambial de Importação
Declaração de Importação - DI
Nota Fiscal de Entrada

Desembaraço/Parametrização

1. O importador, através de um despachante aduaneiro ou representante da


empresa, registra sua Declaração de Importação (DI), onde estarão os
dados sobre a mercadoria.
2. O SISCOMEX realiza a parametrização da DI, indicando qual o tipo de
conferencia pelo qual a carga irá passar:

 Canal Verde – desembaraço é feito automaticamente


 Canal Amarelo – são examinados apenas os documentos da carga
 Canal Vermelho – os documentos são verificados e a carga é
inspecionada no local onde está armazenada.
 Canal Cinza – Além do exame documental e da inspeção física, a
carga tem também conferido o preço que foi declarado e se há
elementos indiciários de fraude.

No caso da DI “cair” nos canais amarelo ou vermelho, os processos são


distribuídos para auditores fiscais e o importador deve apresentar os
documentos das mercadorias para a Alfândega iniciar a análise do despacho.
Se nenhuma irregularidade for detectada durante a inspeção, a carga é liberada
e seu desembaraço é registrado no SISCOMEX.
3. O importador providencia a retirada da mercadoria diretamente no recinto
alfandegado.

Prazos para liberação da carga

Se os documentos são entregues de manhã na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Amarelo No mesmo dia
Vermelho No dia seguinte
Cinza Não há prazo

Se os documentos são entregues à tarde na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Amarelo No dia seguinte
Vermelho Em dois dias
Cinza Não há prazo

Regimes Aduaneiros

No regime comum de importação e de exportação de mercadorias ocorre, via de


regra o pagamento de tributos.

Entretanto, devido à dinâmica do comércio exterior e para atender algumas


peculiaridades, o governo criou mecanismos que permitem a entrada ou a saída
de mercadorias do território aduaneiro com suspensão ou isenção de tributos.
Esses mecanismos são denominados:
 Regimes Aduaneiros Especiais: assim chamados por não se
adequarem à regra geral do regime comum de importação e de
exportação. Podemos citar como exemplo:

Trânsito aduaneiro (DTA), admissão temporária, drawback, entreposto


aduaneiro, exportação temporária, etc.

 Regimes Aduaneiros Atípicos: criados para atender a determinadas


situações econômicas peculiares, de polos regionais e de certos setores
ligados ao comércio exterior. Podemos citar como exemplo:

Loja franca, depósito especial alfandegado (DEA), depósito afiançado (DAF),


depósito franco, depósito alfandegado certificado (DAC), etc.

Trânsito Aduaneiro (DTA)

É o regime especial que permite o transporte de mercadorias, sob controle


aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de
tributos.

O regime subsiste do local de origem (ponto inicial do itinerário), ao local de


destino (ponto final do itinerário), e desde o momento do desembaraço para
trânsito aduaneiro efetuado pela repartição da Receita Federal que jurisdiciona
o local de origem até o momento em que a repartição que jurisdiciona o local de
destino certifica a chegada da mercadoria.

O transporte de mercadorias em operação de trânsito aduaneiro poderá ser


efetuado por empresas transportadoras previamente habilitadas, em caráter
precário, pela Secretaria da Receita Federal.

A autoridade aduaneira, sob cuja jurisdição se encontrar a mercadoria a ser


transportada, concederá o regime de trânsito aduaneiro, estabelecendo rota,
prazo para execução de operação, prazo para a comprovação da chegada e
cautelas julgadas necessárias.

As obrigações fiscais relativas a mercadoria em regime especial de trânsito


aduaneiro será constituída em termo de responsabilidade que assegure sua
eventual liquidação e cobrança.

Exportação Temporária

Considera-se exportação temporária a saída do país de mercadoria nacional ou


nacionalizada, condicionada a reexportação em prazo determinado, no mesmo
estado ou após submetida a processo de conserto, reparo ou restauração.

O regime aplica-se a:
 Mercadorias destinadas a feiras, competições esportivas ou exposições,
no exterior;
 Produtos manufaturados e acabados, inclusive para conserto, reparo ou
restauração para seu uso ou funcionamento;
 Animais reprodutores para cobertura, em estação de monta, com retorno
cheia, no caso de fêmea, ou com a cria ao pé, bem como animais para
outras finalidades;
 Veículos para uso de seu proprietário ou possuidor.
Podendo ainda ser concedido, em caso de conveniência para o país, a:
 Minérios de metais para fins de recuperação ou beneficiamento;
 Matérias-primas ou insumos para fins de beneficiamento ou
transformação.

A concessão do regime de exportação temporária poderá ser requerida à


repartição que jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída dos
bens para o exterior.
A verificação da mercadoria, para efeito de instrução do processo, poderá ser
feita no estabelecimento do exportador ou em qualquer outro local, a juízo da
autoridade competente para decisão.
Quando se trata de mercadoria sujeita ao imposto de exportação, a obrigação
tributária será objeto de termo de responsabilidade.

Existe também uma modalidade chamada de exportação temporária para


aperfeiçoamento passivo que é um sistema que permite a saída do país, por
tempo determinado, de mercadoria nacional ou nacionalizada, para ser
submetido à operação de transformação, elaboração, beneficiamento ou
montagem no exterior e sua reimportação na forma de produto resultante dessas
operações, com pagamento do imposto incidente sobre o valor agregado, quer
dizer, são exigíveis os tributos incidentes na importação dos materiais e serviços
empregados naquelas operações.

Drawback

O regime de drawback é um estímulo (incentivo) às exportações com o objetivo


de proporcionar melhores condições de competitividade do produto brasileiro no
exterior. Compreende as modalidades de suspensão, isenção e restituição dos
tributos incidentes na importação de mercadorias utilizadas na industrialização
de produto exportado ou a exportar.
 Suspensão: é a modalidade de drawback que envolve a suspensão dos
tributos incidentes na operação de importação (Imposto de Importação –
II, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, Adicional do Frete para
Renovação da Marinha Mercante – AFRMM) de mercadoria a ser
exportada após financiamento ou destinada à fabricação,
complementação, recondicionamento ou acondicionamento de outra a ser
exportada, sendo concedido pelo Departamento de Operações de
Comércio Exterior (DECEX) através da Secretaria do Comércio Exterior
(SECEX).
 Isenção: é a modalidade de drawback que envolve a isenção de tributos
incidentes na importação de mercadoria, em qualidade e quantidade
equivalentes, destinadas à reposição de mercadoria anteriormente
importada com recolhimento integral dos tributos e utilizada na
industrialização de produto exportado, sendo competência da Secretaria
de Comércio Exterior (SECEX).
 Restituição: é a modalidade de drawback que envolve a restituição, total
ou parcial, dos impostos pagos por ocasião de importação de mercadoria
utilizada na industrialização de produto exportado, sendo concedido pela
Secretaria da Receita Federal.

Entreposto Aduaneiro

É o regime que permite, na importação e na exportação, o depósito de


mercadorias, em local determinado, com suspensão do pagamento de tributos e
sob controle fiscal. O regime tem como base operacional unidade de entreposto
de uso público ou de uso privativo, onde as mercadorias ficarão depositadas.
Poderão ser permissionárias do regime as empresas de armazéns gerais; as
empresas comerciais exportadoras que trata o Decreto-Lei 1248/72 (trading
companies), e as empresas nacionais prestadoras de serviços de transporte
internacional de carga. A exploração de entreposto de uso privativo será
permitida apenas na exportação e exclusivamente pelas empresas comerciais
exportadoras. As mercadorias que podem ser admitidas no regime são
relacionadas pelo Ministério da Fazenda.

Containers
O Container é, primordialmente, uma caixa, construída em aço, alumínio ou fibra,
criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para
resistir ao uso constante.
O container é identificado com marcas do proprietário e local de registro, número,
tamanho, tipo, bem como definição de espaço e peso máximo que pode
comportar etc.

Ele foi se transformando na sua concepção e forma, deixando de ser apenas


uma caixa fechada, para apresentar diversos tipos, dependendo da exigência de
cada mercadoria.
Sistemática de Importação e Exportação dentro da Empresa

A empresa tem foco na importação de equipamentos para a construção de


Sistemas de Combate a Incêndio, para a empresa os desafios consistem no
processo de legalização da empresa para poder operar em regime de
importação (RADAR), após a regularização não enfrentam grandes dificuldades
na importação pois já tem o processo formado, com despachantes aduaneiros
e empresas especializadas.

Com relação a barreiras legais, não é comum no caso da empresa, porém


quando importam produtos que envolvem gás, é necessária uma liberação do
IBAMA para a nacionalização.

Por conta de imprevistos ocorridos no Porto, muitas empresas já tiveram que


mandar contêineres de volta para local de origem, este tipo de acontecimento
gera prejuízos e provoca incertezas sobre o mercado brasileiro e a capacidade
de manipulação de determinados produtos, a New Safety felizmente não
convive com tais problemas devido ao tipo de produto importado, e que mesmo
com atrasos e problemas no porto o material é resistente e não possui uma
validade curta fazendo assim uma importação segura para a empresa.

Já no método de importação a empresa, não se utiliza tanto dos incoterms, o


que é comum em empresas que trabalham com o mercado americano
adotando a filosofia americana para importar e facilitar a comunicação com as
empresas americanas.

A importação é feita por meio de terceiros de modo que, a empresa tenha total
segurança em relação a importação, a New Safety conta com diversos
parceiros nacionais entre eles Klabin, Volkswagen, Samsung, Avon, Medley e
muitos outros o que torna uma empresa com bastante prestigio.

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