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Roubine .

Introdução as grandes teorias do teatro

I. Aristóteles revisitado

1. Panorama sobre a Poética

Neste primeiro capítulo Roubine analisa as leituras que a renascença francesa faz de Aristóteles e do
pensamento trágico grego.

a- Uma leitura do verossímil

[Aristóteles]

a tragédia representa ações e não homens; os agentes são personagens em ação;

a ação não deve visaro realismo (poética --- ilusão/ história ---- realidade);

a ação não se baseia sobre o real, mas sobre o possível;

POSSÍVEL ---- VEROSSÍMIL---- NECESSÁRIO

o verossímil procede da experiência comum; verossímil é o que determinado grupo social acredita
possível;

o possível é persuasivo;

a representação trágica clássica exclui o irracional;

a Poética inaugura a tradição de desvalorização do espetáculo;

b. o incontestável e o persuasivo

aristóteles exclui da tragédia o irracional e o monstruoso. Porque essas categorias engendram reação
de incredulidade;

incredulidade entra em contradição com a persuasão --- que é o objetivo em aristóteles;

O MESMO ACONTECE COM A TRAGÉDIA FRANCESA DA RENASCENÇA;

--- uso da moderação como reposta aos exageros dos dramaturgos pré clássicos e barrocos;

--- fecha o campo cultural francês a estéticas diferentes; (demora dois séculos para os franceses
apreciarem o teatro de shakespeare);
--- “o papel do poeta não é dizer o que aconteceu realmente, mas o que poderia ter acontecido na
ordem do verossímil ou do necessário” aristóteles;

--- trágicos do século XVII: basta que um acontecimento fictício tenha uma capacidade de
persuasão para que ele seja admitido na estrutura de uma ação trágica;

--- o incontestável não é absolutamente excluido no campo da tragédia. O incontestável é dotado de


um poder de persuasão pelo meos tão forte quanto o possível e o necessário;

c- a idealização e a identificação

----uma obra de arte representa seu modelo ao idealiza-lo, ao imita-lo ou a degrada-lo. Para
aristóteles o modo próprio da tragédia deve ser o da idealização;

---- a tragédia não deve ser um espetáculo edificante; não deve mostrar o mundo purificado do mal
e submetido a virtude; ele deve mostrar ações próprias, provocar medo ou piedade;

---- mostra um mundo presa eterna do conflito --- do bem contra e do mal; o malvado não é
excluído da cena tragica. É igualmente idealizado.

--- esta é a origem estética da bela natureza (sec XVII e XVIII) antes de entrar a discusão do imitar
embelezando ou imitar de modo realista;

---- para aristóteles a obra de arte tem a função de provocar um prazer de natureza estética através
da representação do real. O prazer vem da própria representação e não do objeto representado;

---- o paradoxo da catarse é que o prazer da representação procede de duas emoções que são
experimentadas como desagradáveis;

---- sinto prazer diante do espetáculo de acontecimentos que, na realidade, teriam me enchido de
terror ou compaixão, porque, precisamente, esses acontecimentos são mediados por procedimentos
de representação;

---- o prazer é baseado na identificação. Espectador adere intimamente aos sofrimentos do


personagem trágico;

2.a transmissão da doutrina

o modelo aristotélico não influencia o teatro latino ou medieval;

a.traduções e comentários
----só depois do renascimento italiano que a poetica será redescoberta;

--- tradução em latim 1498/ grego 1503 e a leitura é cultuada nos meios intelectuais;

---porém esses leitores não se preocupam com a prática teatral; usam a poética como uma espécie
de manual de boa escrita;

---em tradução de 1536 (mais rigorosa) o interesse pelo modelo teatral aparece.

--- surgem edições comentadas;

--- castelvetro:
unidade de tempo (duração da ação)/
duração da representação (três horas) ---- quanto mais as duas unidades se aproximam maior a
verossimilhança;
unidade de lugar;

(itens não abordados por aristóteles)

frança ---- modelo aristótélico como regra;

b. o magitério de chapelain

Inquisidor do belo;

chapellain pronuncia sentença severa a corneille --- decreta culpado de lesa-aristotelismo


(tragicomédia);

mas chapellain tinha respeito e notoriedade;

deformações as normas eram ameaçadoras;

3.o aristotelismo à francesa

a.As “regras” do teatro

aristotelismo francês = tentativa de instaurar de maneira coerente e sistemática um realismo no


teatro;

pretensão questionada pelas tentativas posteriores (teoria do drama do sec xviii e romantismo);

porém aristóteles não reenvidicam uma representação absoluta do real; valorizam o inteligível - a
percepção que transpassa as aparências e que visam dar conta do objeto;

francceses: valorizam a narrativa que é sem dúvida, a forma do discurso teatral mais propício à
intelecção;

o aristotelismo francês impõe:


a ideia de que a obra de arte só pode atingir a perfeição com a condição de se conhecer e por em
prática o conjunto de leis que permitem tal realização;

nada é mais distante do espírito clássico do que a ideia de uma inspiração original que extrairia de
si mesmas as suas próprias regras. E ele faz dessas leis não meras orientações que cada um poderia
seguir ao seu bel prazer e adaptar a neccessidades específicas, mas imperativos que não podem ser
infrigidos.

Juizo crítico: para apreciar corretamente uma obra, é preciso, e basta, conhecer o conjunto das leis
que regem seu gênero, segundo arstóteles, e examinar o grau de adequação a essas leis;

“quanto mais se aproxima das regras, mais se aproxima da perfeição. Chapellain”

originalidade é excluída dos critérios críticos;

esse aristotelismo racionalista e dogmático será substituído no contexto ideologico de uma época
que combina mentalidade religiosa, culto das auctoritas, horror da heresia, e espírito científico: toda
criação humana supõe uma racionalidade que basta dominar para atingir seu objetivo;

imitação torna-se o único canal pelo qual os criadores contemporâneos poderão esperar rivalizar
com seus distantes predecessores;

b. o império da razão

regras entendidas como conhecimento científico da arte teatral/tecnologia que as obras primas
antigas já comprovaram;

elitismo intelectual --- foco no dramaturgo (que segue as regras e é erudito)

os juízes deste tipo de arte são os doutos; exercem poder legislativo (formulam regras que
apresentam como normas imperativas) --- e judiciário controlam pelo juízo crítico a aplicação da
lei. Esse doutos açabarcavam a totalidade do poder intelectual;

4.imitar e embelezar

a.imitar a natureza

imitação é o cerne do aristotelismo francês;

tal fluides conceitual em torno da própria ideia de natureza que quase não a obra que poderá receber
uma etiqueta da ortodoxia fundada neste princípio de imitação;
pascal: não se sabe o que é esse modelo natural que é preciso imitar...

furetiere: define essa natureza como a massa do mundo, a reunião de todos os seres.

Sec xviii se inclinará bem mais sobre o conceito de imitação; chapellain : a imitação no poema deve
ser tão perfeita que nenhuma diferença transpareça entre a coisa imitada e a que se imita;

o teatro com suas limitações daria conta?

Os teoricos se referem ao poema dramáticco e não a sua representação cênica;

aristóteles: objetivo é a catarse que opera a partir da confusão da imagem com o modelo;

chapellain: a representação teatral é um processo de alucinação- até mesmo alienação; o espectador


deve esquecer que está no teatro e acreditar que está presenciando um acontecimento verdadeiro;

b. embelezar a natureza

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