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Direitos e

Deveres do
Cidadão
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Direitos e Deveres do Cidadão –


Brasília: SEST/SENAT, 2016.

115 p. :il. – (EaD)

1. Cidadão - direitos e deveres. 2. Direitos


fundamentais. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 342.7

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 7

Unidade 1 | Constituição Federal 9

1 Constituição Federal 10

1.1 Conhecer a Constituição Federal do Brasil 10

1.2 Título I – Princípios Fundamentais 11

1.3 Título II – Direitos e Garantias Fundamentais 11

1.4 Título III – Organização do Estado 13

1.5 Título IV – Organização dos Poderes 13

1.6 Título V – Defesa do Estado e das Instituições 14

1.7 Título VI – Tributação e Orçamento 14

1.8 Título VII – Ordem Econômica e Financeira 14

1.9 Título VIII – Ordem Social 15

1.10 Título IX – Disposições Constitucionais Gerais 15

2 Compreender a Importância da Carta Magna 16

Glossário 17

Atividades 18

Referências 19

Unidade 2 | O Que é Cidadania 22

1 O Que é Cidadania? 23

1.1 Conceitos e Evolução Histórica 23

1.2 Abordagem Atual da Cidadania 24

1.3 Aplicação Prática da Cidadania 25

1.3.1 A Cultura da Paz 25

1.3.2 Ética e Cidadania 30

1.4 Ética e Educação 31

3
Glossário 33

Atividades 34

Referências 35

Unidade 3 | Principais Direitos Constitucionais 38

1 Principais Direitos Constitucionais 39

1.1 Conceito de Direitos Constitucionais 39

2 Artigo 5º da Constituição 42

3 Principais Direitos Individuais 43

3.1 Direito à Vida 43

3.2 Direito à Liberdade 43

3.3 Direito à Segurança 44

3.4 Direito à Integridade Física 45

3.5 Direito à Propriedade 45

4 Principais Direitos Sociais 46

4.1 Direito à Saúde, à Moradia e ao Lazer 46

4.2 Direito ao Trabalho 46

4.3 Direito ao Livre Exercício Profissional 47

4.4 Direito à Liberdade Religiosa 47

Glossário 48

Atividades 49

Referências 50

Unidade 4 | Principais Deveres Constitucionais 53

1 Principais Deveres Constitucionais 54

1.1 Conceito dos Deveres Constitucionais 54

1.2 Dever do Voto 54

1.3 De Obedecer às Leis do País 56

4
1.4 Do Respeito aos Direitos Sociais e aos Demais Cidadãos 57

1.5 Da Proteção à Natureza e ao Patrimônio Público do País 57

Glossário 59

Atividades 60

Referências 61

Unidade 5 | Direitos Individuais e Coletivos 64

1 Direitos Individuais e Coletivos 65

1.1 Conceito de Direito Individual e Coletivo 65

1.1.1 Direito ao Acesso à Informação 66

2 Proteção da Coletividade 67

Glossário 68

Atividades 69

Referências 70

Unidade 6 | Direitos Como Cidadão Consumidor 73

1 Direitos Como Cidadão Consumidor 74

1.1 Código de Defesa do Consumidor 74

1.2 Direitos e Garantias Previstas no Código de Defesa do Consumidor 75

2 Deveres do Consumidor 77

2.1 Mecanismos Judiciais e Extrajudiciais de Solução de Conflitos 78

2.2 Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) 79

Atividades 80

Referências 81

Unidade 7 | Código Civil 84

1 Código Civil 85

1.1 Apresentação do Código Civil 85

1.2 Importância para a Sociedade e para o Cidadão 85

5
1.3 Capacidade e incapacidade civil 86

1.4 Direitos Civis 87

Glossário 88

Atividades 89

Referências 90

Unidade 8 | Direitos Específicos: da Criança, da Mulher e do Idoso 93

1 Direitos Específicos: da Criança, da Mulher e do Idoso 94

1.1 Estatuto da Criança e do Adolescente 94

1.2 Proteção à Maternidade e à Infância 95

1.3 Lei Maria da Penha 95

1.4 Crimes contra a Mulher 96

1.5 Medidas Protetivas 97

1.6 Estatuto do Idoso 98

Glossário 100

Atividades 101

Referências 102

Unidade 9 | Declaração Universal dos Direitos do Homem 105

1 Declaração Universal dos Direitos do Homem 106

1.1 Organização das Nações Unidas (ONU) 106

1.2 Declaração Universal dos Direitos do Homem 107

1.2.1 Objetivos da Declaração Universal do Direito do Homem 107

Glossário 108

Atividades 109

Referências 111

Gabarito 114

6
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Direitos e Deveres do Cidadão!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 9 unidades, conforme
a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária


Unidade 1 | Constituição Federal 5h
Unidade 2 | O Que é Cidadania 3h
Unidade 3 | Principais Direitos Constitucionais 3h
Unidade 4 | Principais Deveres Constitucionais 3h
Unidade 5 | Direitos Individuais e Coletivos 3h
Unidade 6 | Direitos como Cidadão Consumidor 3h
Unidade 7 | Código Civil 3h
Unidade 8 | Direitos Específicos: da Criança, da Mulher e do
4h
Idoso
Unidade 9 | Declaração Universal dos Direitos do Homem 3h

7
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.

Bons estudos!

8
UNIDADE 1 | CONSTITUIÇÃO
FEDERAL

9
1 Constituição Federal

1.1 Conhecer a Constituição Federal do Brasil

O primeiro passo para sabermos nossos


direitos e deveres enquanto cidadãos
brasileiros é conhecer a Constituição
Federal do Brasil. No processo de
abertura democrática do país, em 1988,
homens e mulheres, representantes de
diversas causas do povo, tornaram-se
deputados constituintes, estabelecendo
então um ordenamento jurídico para o
estado brasileiro. Em sua apresentação, é
possível sentir o “peso” desse importante
documento:

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia


Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático,
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a
solução pacificadas controvérsias, promulgamos, sob a proteção
de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do
Brasil. (BRASIL, 1988)

Tendo como pilares fundamentais a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa


humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político, é
a lei fundamental e suprema do Brasil, sendo a base para todas as outras redações
normativas aplicadas por todos os entes federativos. É distribuída em nove títulos (o
que podemos compreender como capítulos também), sendo:

10
1.2 Título I – Princípios Fundamentais

Os princípios fundamentais da CF consistem em:

• Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

• Garantir o desenvolvimento nacional;

• Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e


regionais; e

• Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Esses princípios fundamentais devem nortear nossas relações com a sociedade e com
o Estado, nossas atitudes diárias. Para exercermos nossa liberdade, em sua plenitude,
precisamos primeiramente respeitar o outro e seu espaço, respeitar a liberdade
do outro. Tem uma frase do filósofo inglês Herbert Spencer que diz o seguinte: “A
liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.”. Examine se seu
comportamento segue esses princípios.

1.3 Título II – Direitos e Garantias Fundamentais

Um cidadão tem direitos e garantias fundamentais, os quais estão expressos no artigo


5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL, 1988).

Podemos destacar os seguintes direitos:

• Individuais e Coletivos;

o Direito à privacidade;

o Direito à reunião;

11
o Direito à vida;

o Direito à igualdade;

o Direito à liberdade profissional;

o Direito à liberdade de expressão;

o Sigilo das comunicações telefônicas;

o Direito à inviolabilidade de domicílio;

o Direito ao devido processo legal;

o Direito à liberdade de associação;

o Direito de petição; e

o Direito de obtenção de certidões.

• Sociais;

o Direito à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho, à moradia, ao transporte1


, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade, à infância,
e à assistência aos desamparados; e

o Direitos sociais e coletivos dos trabalhadores.

• Direitos da nacionalidade;

• Políticos;

• Direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos.

1 O transporte foi inserido como um direito social pela EC 90/2015.

12
1.4 Título III – Organização do Estado

Esse título define a organização do Estado brasileiro, estabelecendo tal organização


nos seguintes aspectos:

• Organização Político-Administrativa;

• União;

• Dos Estados Federados;

• Dos Municípios;

• Do Distrito Federal e dos Territórios;

• Da Intervenção; e

• Da Administração Pública.

1.5 Título IV – Organização dos Poderes

Esse título traz a organização dos poderes, sendo:

• Legislativo;

• Executivo; e

• Judiciário.

13
1.6 Título V – Defesa do Estado e das Instituições

Esse título traz a organização do Estado e das Instituições, nos seguintes aspectos:

• Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio;

• Das Forças Armadas; e

• Da Segurança Pública.

1.7 Título VI – Tributação e Orçamento

Esse título traz a organização do Estado com foco em sua tributação e orçamento,
sendo:

• Do Sistema Tributário Nacional; e

• Das Finanças Públicas.

1.8 Título VII – Ordem Econômica e Financeira

Esse título traz a organização econômica e financeira do Estado brasileiro, sendo:

• Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica;

• Da Política Urbana;

• Da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária; e

• Do Sistema Financeiro Nacional.

14
1.9 Título VIII – Ordem Social

Em seu artigo 193, a CF expressa que a ordem social tem como base “o primado do
trabalho, e como objetivo e o bem-estar e a justiça sociais”.

1.10 Título IX – Disposições Constitucionais Gerais

Esse capítulo expressa as disposições constitucionais gerais da CF.

A CF traz também os princípios do Estado Democrático de Direito, os quais norteiam as


relações sociais e institucionais da nossa nação:

a) Princípio da constitucionalidade;

b) Princípio democrático;

c) Sistema de direitos fundamentais;

d) Princípio da Justiça Social;

e) Princípio da igualdade;

f) Princípio da separação dos poderes;

g) Princípio da legalidade; e

h) Princípio da Segurança Jurídica

15
2 Compreender a Importância da Carta Magna

A monarquia inglesa no século XIII


passava por momentos de conflitos. O
rei da Inglaterra João Sem-Terra (1.199
a 1.216) exercia abusivamente seus
poderes. Dessa forma, foi absolutamente
irascível em seu reinado, impondo a todo
o reino uma política tributária altamente
onerosa, cobrando de seus súditos
impostos cada vez mais elevados.

Forçado a uma negociação com a nobreza inglesa teve que renunciar a direitos,
devendo então respeitar os procedimentos legais acordados à época, reconhecendo
que a vontade do rei estaria sujeita à lei. Esse acordo, denominado de Carta Magna ou
Carta Maior, é um documento que trouxe os princípios do constitucionalismo.

A Constituição Federal Brasileira foi promulgada em 1988,

cc contando com a mobilização popular no processo de


redemocratização, é a Carta Magna do povo brasileiro.

gg
Leia na íntegra a nossa Constituição Federal, disponível no link
a seguir.

h t t p : / / w w w. p l a n a l t o . g o v. b r/ c c i v i l _ 0 3 / c o n s t i t u i c a o/
constituicaocompilado.htm

16
Glossário

Cidadania: qualidade de cidadão, membro do Estado que tem o direito de participar


da vida política.

Ente federativo: estados, municípios e distritos que compõem um país.

Íntegra: totalidade, todo, texto completo.

Irascível: que se irrita com facilidade, humor que se altera facilmente.

Normativa: prescreve regras, estabelece normas e procedimentos.

Onerosa: dispendiosa, que gera despesa, gasto.

Pilar: elemento estrutural, base.

Plenitude: completo, cheio.

Pluralismo: contempla e reconhece a diversidade, multiplicidade de fatores ou de


elementos.

Soberania: superioridade de autoridade ou de poder.

17
Atividades

aa
1) Indique a alternativa correta. Os nove títulos da
Constituição Federal são:

a. ( ) Princípios Fundamentais, Direitos e Garantias


Fundamentais, Organização do Estado, Organização dos
Poderes, Defesa do Estado e das Instituições, Tributação e
Orçamento, Ordem Econômica e Financeira, Ordem Social,
Disposições Constitucionais Gerais.

b. ( ) Princípios Fundamentais, Direitos e Garantias


Fundamentais, Organização do Estado, Organização dos
Poderes Legislativo e Executivo, Defesa do Estado e das
Instituições, Tributação e Orçamento, Ordem Econômica e
Financeira, Ordem Social, Disposições Constitucionais Gerais.

c. ( ) Princípios Fundamentais, Direitos e Garantias


Fundamentais, Organização do Estado, Organização dos
Poderes, Defesa do Estado e das Instituições, Tributação e
Custos, Ordem Econômica e Financeira, Ordem Social,
Disposições Constitucionais Gerais.

d. ( ) Princípios Fundamentais, Direitos e Garantias


Fundamentais, Organização da Federação, Organização dos
Poderes, Defesa do Estado e das Instituições, Tributação e
Orçamento, Ordem Econômica e Financeira, Ordem Social,
Disposições Constitucionais Gerais.

2) Indique a alternativa correta. O texto constitucional, em


seu art. 5.º, caput, prevê expressamente os direitos
fundamentais que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito:

a. ( ) À vida, à dignidade, à intimidade e à igualdade.

b. ( ) À vida, à liberdade, à segurança, à intimidade e à


dignidade.

c. ( ) À vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à


propriedade.

d. ( ) À vida, à igualdade, à liberdade e à fraternidade.

18
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
universal-dos-direitos-humanos-garante-igualdade-social>. Acesso em: 8 abr. 2016.

______. Senado. Código civil brasileiro e legislação correlata. 2. ed. Brasília: Senado
Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. Disponível em: <http://www2.
senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70327/C%C3%B3digo%20Civil%202%20ed.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 31 maio 2016.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Fundo Nacional de


Desenvolvimento da Educação. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na
sociedade. Brasília, 2007: p. 84. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/
pdf/Etica/liv_etic_cidad.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2016.

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______. Lei Federal nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do


Idoso e dá outras providências. Brasília, 2003.

______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, 2002.

______. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da


Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990.

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988.

BONAVIDES, Paulo. A quinta geração dos Direitos Fundamentais. Direitos


Fundamentais, Justiça, n. 3. abr./jun. 2008.

BONAVIDES, Paulo; MIRANDA, Jorge; AGRA, Walber de Moura. Comentários à


Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 7

CARDIA, Nancy. Percepção dos direitos humanos: ausência de cidadania e a exclusão


moral. In: ______. A cidadania em construção. São Paulo: Cortez, 1994.

CARTILHA DO CONSUMIDOR. Departamento de Proteção à Defesa do Consumidor.


Procon Alagoas/AL. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.procon.
al.gov.br/legislacao/cartilhadoconsumidor.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

19
COMPROMISSO E ATITUDE. Legislação sobre violência contra as mulheres no Brasil.
Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.compromissoeatitude.org.br/
legislacao-sobre-violência-contra-as-mulheres-no-brasil/>. Acesso em: 2 jun. 2016.

CONTEÚDO ESCOLA. Exclusão social. Que bicho é esse? Portal da internet, 2016.
Disponível em: <http://www.conteudoescola.com.br/artigos/28/95-exclusao-social-
que-bicho-e-esse-i>. Acesso em: 17 jun. 2016.

DIREITOS CIVIS. O que são Direitos Civis. Portal da internet, 2015. Disponível em:
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IACOCCA, Liliana. Você e a Constituição. São Paulo: Casa Amarela, 2003, p. 83.

MELO, Getúlio Costa. Evolução histórica do conceito de cidadania e a Declaração


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Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_
leitura&artigo_id=13959>. Acesso em: jun. 2016.

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______. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em: <http://
www.dudh.org.br/declaracao>. Acesso em: 2 jun. 2016.

QUEIROZ, Tayrine. Marco Civil da Internet: um estudo da sua criação sob a influência
dos direitos humanos e fundamentais, a neutralidade da rede e o interesse público
versus privado. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://tinyurl.com/jd62g9m>.
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SANTOS, L. L. Vilas Boas. O Princípio da Igualdade. Disponível em: <http://www.


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SCHMIEGUEL, Carlos. Conceito de lei em sentido jurídico. Portal da internet,


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SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 20. ed. São Paulo:
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SOARES, Antonio Mateus de Carvalho. Composição da sociabilidade violenta no Brasil.
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SORIANO, Ramón. Las liberdades públicas. Madri: Tecnos, 1990. p. 84.

VALENTE, Maria Jovita Wolney. Livro do cidadão. 3. ed. Brasília: AGU/MJ, 2006. p. 451.

ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares et al. Ética e Cidadania nas Escolas. João Pessoa:
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pdf/livro_edh_etica_cid_escolas_naza.PDF>. Acesso em: 7 abr. 2016.

ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2002.

21
UNIDADE 2 | O QUE É
CIDADANIA

22
1 O Que é Cidadania?

1.1 Conceitos e Evolução Histórica

Segundo Araújo (2007, p. 11), em seu


artigo “A educação e a construção da
cidadania: eixos temáticos da ética e
da democracia”, da coletânea Ética e
Cidadania – Construindo Valores na
Escola e na Sociedade, a cidadania é um
conceito bem mais amplo do que um
conjunto de direitos e de deveres. De
acordo com o autor, a cidadania permite
aos cidadãos o exercício de funções
públicas, o direito de participar da vida
política (podendo votar e serem votados), além de poderem participar ativamente na
elaboração das leis.

Em sua evolução histórica, a cidadania demonstra sua dinamicidade, a capacidade


de adaptação e de reflexo da sociedade. Do espaço público na polis2 e do exercício
político de um cidadão na Grécia antiga, passando pelos direitos civis conquistados
na Revolução Francesa (1789), a relação de cidadania foi construída e fortalecida na
consolidação de territórios, governo e população.

Nessa época, ser um cidadão significava ter o sentimento de pertencer a um povo, a


uma nação. Ou seja, um súdito, um lavrador ao se sentir pertencente a um povo, era
considerado também um cidadão. Segundo Melo (2013), no século XX, as duas guerras
mundiais foram importantes para a uma modificação no conceito de cidadania. Havia
o medo de que governos cometessem atrocidades respaldadas pela legalidade, o
que fez com que órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU)
passassem a entender cidadania como algo indissociável dos direitos humanos.

2 Cidades - estados antigas; tipo de organização a que é atribuído, pela maioria dos historiadores, o conceito tradicional
de cidadania. Nessa fase cidadania se restringia à participação política de determinadas classes sociais. Cidadão era
o que morava na cidade e participava de seus negócios (Evolução histórica do conceito de cidadania e a Declaração
Universal dos Direitos do Homem. Getúlio Costa Melo).

23
No século XIX, a conquista de direitos políticos associados à escolha de representação e
participação eleitoral ampliou o significado de cidadania. A universalização de direitos
sociais no século XX, com o consequente atendimento das necessidades de um povo,
ampliou o acesso de direitos políticos de parte da população mundial no exercício de
uma vida digna com o mínimo de qualidade e acesso às políticas.

A evolução do conceito de cidadania é acompanhada pela conquista e manutenção


de direitos sociais e pelo processo de maturidade de um povo. Ou seja, quanto
mais amadurecido o povo de uma nação, maior é o exercício pleno de cidadania,
contemplando o desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo, ideológico, científico e
cultural do cidadão, promovendo, assim, uma vida digna e saudável.

Dessa forma, o conceito de cidadania é dinâmico, em constante evolução e associado


ao exercício de liberdades essenciais.

1.2 Abordagem Atual da Cidadania

Hoje o conceito de cidadania contempla o cidadão além de suas


necessidades políticas e sociais (educação, saúde, segurança,
previdência, entre outros), sendo aplicado em uma incessante
busca por melhores condições para exercer uma vida digna.
Segundo Bonavides (2009), o conceito contemporâneo de
cidadania considera que o cidadão não é apenas aquele que
vota, mas aquele que o faz de maneira consciente e participativa
na construção da vida coletiva no Estado democrático.

24
Esse conceito clareia a necessidade
da luta diária e constante para o
fortalecimento da cidadania, pois grande
parte da população mundial ainda não
tem acesso aos direitos básicos enquanto
cidadãos. Ou seja, não basta os direitos
estarem promulgados e fundamentados
na Constituição e em seus instrumentos.
É necessário efetivá-los, ampliando o
acesso da população a uma vida digna e
saudável, por meio da garantia e do exercício dos direitos fundamentais da pessoa
humana.

1.3 Aplicação Prática da Cidadania

1.3.1 A Cultura da Paz

Desde os primórdios, a convivência humana é marcada pelo conflito baseado nas


diferenças entre os povos, seja pela diferença de cultura, classe, religião, ou visão
política. Dessa forma, cabe a cada um de nós lidarmos com o conflito de uma forma
saudável e direcionadora para uma cultura de paz e equilíbrio nas relações humanas.

A prática da violência nas sociedades pode ser motivada por alguns fatores, tais como:

25
Tabela 1: Razões Que Estimulam a Violência

Fator estimulador
Razões porque esses fatores estimulam a violência
da violência
O esvaziamento de conteúdos culturais impede o acesso às
Esvaziamento de
referências culturais que promovem a base para a construção de
conteúdos culturais
um pensamento crítico e pacificador.
A difusão de valores individualistas afeta negativamente a
construção de valores coletivos, em que o seu vizinho, o seu
Difusão de valores
colega de trabalho, a outra pessoa que está no ônibus ao seu lado,
individualistas
se torna um adversário, alguém com quem se deve competir, e
não auxiliar, trabalhar conjuntamente.
A segregação social e espacial das populações é caracterizada
Segregação social pela exclusão dos cidadãos de seus direitos fundamentais e pela
e espacial das distribuição dos cidadãos pelo espaço da cidade onde o acesso
populações às políticas públicas é precário. Favelas, periferias, bairros mais
afastados são exemplos de segregação espacial.
A sociabilidade é a capacidade que temos de viver em sociedade,
desde o nascimento até a nossa integração às instituições (família,
escola, igreja, estado, etc.), o que influencia nosso modo de viver
e fortalece os laços da vida em comunidade. Essas relações de
Relações de sociabilidade frágeis fomentam uma cultura da violência, em
sociabilidade que “a impunidade e a intolerância” ocupam lugar central no
frágeis esgarçamento do tecido social, pautando-se pelo uso de práticas
agressivas e constituição de uma “cultura da violência”, que se
manifesta pela ausência de ordem legal e insuficiência da inscrição
efetiva da lei, associada aos déficits do Estado na garantia da
cidadania e dos direitos sociais. (SOARES, 2014)
A cultura do medo é caracterizada pela soma dos valores,
comportamentos e do senso comum da sociedade que,
Cultura do medo conjuntamente com a percepção de crescimento da criminalidade
no dia a dia, transmiti a sensação de insegurança, de ausência do
estado e de distanciamento do modo de vida comunitário.

26
A cultura do medo fomenta a individualidade e, consequentemente,
O outro, o o entendimento de que o vizinho, o colega de trabalho, o estranho
diferente como na rua é inimigo, pois são diferentes do modo de vida que eu levo.
inimigo O outro, por ser diferente de mim mesmo, ele é representa uma
ameaça.
Em uma sociedade na qual a cultura do medo está presente, por
exemplo, ao ver uma pessoa pedindo dinheiro ou alimento em
Utilização de
um sinal de trânsito você fecha os vidros do carro, a utilização
soluções violentas
de soluções violentas como resolução de conflitos do nosso dia
como resolução de
a dia é vista de uma forma natural. Frases como “Bandido bom
conflitos
é bandido morto” são exemplos da utilização da violência como
resposta aos conflitos sociais.

Percebemos que comportamentos violentos estão sendo


naturalizados quando ficamos insensíveis às notícias de jornal de
A naturalização de
uma chacina, em que um cidadão matar o outro se torna banal
comportamentos
e a vida parece sem valor. Vem o sentimento de que as coisas
violentos
sempre foram assim e não tem como mudar, se torna banal, e a
vida gradativamente perde seu valor.

O aumento de casos de pornografia infantil, tráfico de pessoas,


tráfico e consumo de drogas, aumento da mortandade de jovens
de baixa renda na periferia das cidades, aumento da violência
pessoal exemplificam a transformação do ser humano em objeto.
A transformação
Afinal, é mais fácil categorizar um cidadão em condições de
do ser humano em
precariedade como um morador de rua como um objeto incômodo
coisa, objeto
ou sem utilidade que pode ser jogado no lixo, do que oferecer
auxilio e apoio para que aquele cidadão que está morando na rua
tenha condições de reestruturar sua vida, podendo exercê-la com
dignidade.

27
A exclusão social é caracterizada por cidadãos que estão à margem,
sem possibilidade de participação da vida social em sua plenitude.
Podemos listar alguns tipos de exclusões (site conteúdo escola,
2004):

• Excluídos no nível de grupos sociais:

o minorias étnicas (indígenas, negros);

o minorias religiosas;

o minorias culturais.

• Excluídos de gênero: mulheres e crianças.

• Excluídos em termos de opção sexual: homossexuais e bissexuais.

• Excluídos por idade: crianças e idosos.

• Excluídos por aparência física: obesos, deficientes físicos,


Exclusão social
pessoas calvas, mulatas ou pardas, portadores de deformidades
físicas e mutiladas.

• Excluídos do universo do trabalho: desempregados e


subempregados, pessoas pobres em geral.

• Excluídos do universo sociocultural: pessoas pobres em geral,


habitantes de periferia dos grandes centros urbanos.

• Excluídos do universo da educação: os pobres em geral, os sem


escola, as vítimas da repetência, da desistência escolar, da falta de
escola junto a seus lares; deficientes físicos, sensoriais e mentais.

• Excluídos do universo da saúde: pobres em geral, doentes


crônicos e deficientes físicos, sensoriais e mentais.

• Excluídos do universo social como um todo: os portadores


de deficiências físicas, sensoriais e mentais, os pobres, os
desempregados.

28
Exclusão Moral é “... a perda da capacidade de indignação
com o sofrimento do outro, e a aparente aceitação de
práticas de violações contra o outro” (CARDIA, 1994). Essa
perda de capacidade afeta diretamente a nossa percepção
Exclusão Moral
da importância dos direitos da pessoa humana para todo
e qualquer cidadão do mundo em que vivemos. Todos,
sem exceção, têm direitos iguais, mesmo cada um sendo
diferente um do outro.
O exercício do poder nas relações sociais em alguns casos
é entendido como a autorização para o uso da violência
contra o outro, contra o diferente. Quando movimentos
Violência como
sociais e o Estado, por meio do uso das forças policiais,
excesso de poder
entram em confronto, é um exemplo de que não houve o
diálogo necessário para promover uma construção conjunta
da solução do problema social objeto do confronto.
Quando os direitos universais da pessoa humana são
agredidos seja pelo Estado, seja pelo cidadão, a cultura do
Violação dos
medo e da violência é estimulada, prejudicando o convívio
direitos da pessoa
social. A violência dos direitos da pessoa humana de um só
humana
cidadão é uma ameaça e um prejuízo à estabilidade social de
toda uma nação.

Fonte: Adaptação baseado em conceitos Zenaide, 2003.

Gandhi quando nos trouxe o exemplo de resolução de conflitos com o estado britânico
na Índia, pelo princípio da não agressão, traz à luz das relações sociais uma forma
de convivência pacífica entre os povos, com bases nos princípios da verdade e não
violência.

A comunicação é a chave do fracasso ou sucesso de qualquer

cc relação humana. Ela vai muito além das palavras. Um gesto, um


olhar, um tom de voz às vezes diz muito mais do que palavras. E
a percepção desses diferentes tipos de comunicação é
importante para tentarmos resolver as situações conflituosas
da melhor maneira.

29
A técnica da comunicação não violenta criada por Rosenberg (2006), baseada no princípio
da não agressão de Mahatma Gandhi, é utilizada para aprimorar relacionamentos
pessoais e profissionais, auxiliando na forma como nos expressamos e ouvimos o
outro, promovendo o respeito, a atenção e a empatia. Os passos da técnica são:

• Observação: as ações concretas que estamos observando e que afetam nosso


bem-estar;

• Sentimento: como nos sentimos em relação ao que estamos observando;

• Necessidades: as necessidades, valores, desejos etc. que estão gerando nossos


sentimentos; e

• Pedido: as ações concretas que pedimos para enriquecer nossa vida.

Como se pode observar, a comunicação não violenta vem com o objetivo de promover
o equilíbrio nas relações humanas, auxiliando a quebrar aquele círculo- vicioso da
violência e dominação.

1.3.2 Ética e Cidadania

A ética é um importante valor para o exercício da cidadania.

cc Agora, o que é ética? A ética depende da situação? Ou é algo


muito bem definido: ou você não é um cidadão ético ou você é
um cidadão ético?

A ética é uma preocupação antiga da humanidade, sendo expressa de forma vigorosa


pelos gregos no século VI a.C., no qual ethos (modo de ser ou caráter) representa
o lugar em que o cidadão da polis (cidade) é abrigado. Na coletividade ou em sua
individualidade, o cidadão se relaciona com o estado pelo respeito às leis e pela moral.
Dessa forma, a ética ocupa o lugar de Ciência da Moral. Segundo Pequeno (2003), a
moral pode ser definida como conjunto de regras, princípios e valores que determinam
a conduta de uma pessoa e tem sua origem nas virtudes ou ainda na obrigação de
seguir as normas que orientam o seu comportamento.

30
Agora, há um conflito que se estabelece entre a objetividade das normas, leis e a
subjetividade das convicções pessoais de cada indivíduo no exercício de sua cidadania.
Um cidadão tem o direito de não exercer a ética, seus valores morais, se a situação não
for favorável a ele? Ética é flexível ou é imutável?

E você? É um cidadão ético? Faça uma pequena reflexão: você compraria um carro de si
mesmo? Ou seja, o carro que você utiliza em seu dia a dia, quando você for vender, qual
a sua postura com o comprador? Descrever o histórico de uso do carro, contando todos
os detalhes do que precisa ser feito e avisa sobre a forma muitas vezes displicente que
você dirigiu seu carro? Em uma negociação de compra e venda do automóvel, é ético
esconder determinada informação para ter um melhor ganho na venda? Essa reflexão
é um alerta para que cada vez mais entendamos o significado do dito popular “o que
eu não quero que façam comigo, eu não faço com os outros”.

1.4 Ética e Educação

A educação, seja formal ou não, é uma


importante ferramenta para que o
indivíduo tenha condições de modificar
a sua realidade. Como exemplo,
os conhecimentos a respeito de
saneamento básico auxiliam o indivíduo
a prevenir doenças. Dessa forma, com o
conhecimento adquirido pelo processo
de educação, o indivíduo tem condições
de exercer sua cidadania e seus direitos
de uma forma consciente e, assim,
construir sua vida de uma forma digna e saudável.

A educação ajuda minimizar os impactos negativos do meio o qual o cidadão vive. É por
sua formação educacional formal ou não que o cidadão pode realizar escolhas de vida
que contemplem a sua comunidade, a valorização da sua relação com seu vizinho, de
batalhar pela implantação de políticas públicas em seu bairro.

31
Quando um cidadão desenvolve sua capacidade de diálogo com a realidade cotidiana
(exemplos: o salário do mês não dá para pagar todas as contas, levar o filho doente no
posto de saúde e não ter médico de plantão, o vizinho ao lado foi morto em uma briga
de gangues, o filho passou no vestibular mesmo estudando em escola pública etc.),
é por meio de sua formação educacional, que ele consegue realizar escolhas dignas,
mesmo em um ambiente adverso.

Quando um cidadão tem à sua disposição normas e leis sociais e morais inclusivas
(Lei Maria da Penha, Estatuto da Criança, Lei do Idoso, Lei do Consumidor etc.), esse
mesmo cidadão tem a possibilidade de minimizar preconceitos e discriminações das
mais diversas em suas relações sociais cotidianas.

A educação transforma um indivíduo desde sua infância até a melhor idade. A formação
de um cidadão (formal ou não) possibilita que mesmo que ele tenha nascido em um
local onde a cultura da violência é presente, pela sua própria força de vontade em
construir um mundo melhor, tenha condições de transformar sua vida e daqueles que
estão ao seu redor.

Essa transformação da realidade por meio de escolhas positivas feitas pelo próprio
cidadão, somente é permitida porque ele teve e tem acesso a parâmetros educacionais
formais (escola, universidades etc.) ou não formais (comunidade, igreja, família etc.)
que lhe permitiram desenvolver um pensamento crítico de sua realidade e também
compreender como pode modificar as coisas que acontecem em sua vida.

gg
Acesse o portal e-Cidadania, do Senado Federal e saiba como
participar da vida legislativa do país.

https://www12.senado.leg.br/ecidadania/sobre.

32
Glossário

Atrocidades: crueldade, truculência.

Respaldadas: ancoradas, fundamentadas.

Indissociável: inseparável.

Primórdios: início, começo.

33
Atividades

aa
1) Indique a alternativa correta. O conceito de cidadania é
dinâmico, em constante evolução e associado ao exercício de
liberdade essenciais. Dessa forma, podemos afirmar que:

a.( ) Cidadania é a condição de acesso à direitos essenciais,


sendo eles educação, saúde, segurança, previdência.

b.( ) Os direitos econômicos de salário justo, emprego são os


únicos direitos que permitem uma vida digna ao cidadão.

c.( ) Quanto mais amadurecido o povo de uma nação, menor é


o exercício pleno de cidadania, contemplando o desenvolvimento
físico, psíquico, cognitivo, ideológico, científico e cultural do
cidadão, promovendo assim uma vida digna e saudável.

d.( ) Todas as alternativas estão incorretas.

2) Indique a alternativa correta. Com relação à cidadania,


podemos afirmar que:

a. ( ) A comunicação é a chave do fracasso ou sucesso de


qualquer relação humana. Desta forma, a comunicação não
violenta é uma importante ferramenta no combate aos fatores
de produção de violência, o que auxilia no exercício de uma vida
digna e saudável.

b. ( ) Mesmo nascido em um local onde a cultura da violência é


presente, pela força de vontade em construir um mundo melhor,
um cidadão pode transformar sua vida e dos que estão ao seu
redor.

c. ( ) Há um conflito ético que se estabelece entre a objetividade


das normas, leis e a subjetividade das convicções pessoais de
cada indivíduo no exercício de sua cidadania.

d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

34
Referências

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Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
universal-dos-direitos-humanos-garante-igualdade-social>. Acesso em: 8 abr. 2016.

______. Senado. Código civil brasileiro e legislação correlata. 2. ed. Brasília: Senado
Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. Disponível em: <http://www2.
senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70327/C%C3%B3digo%20Civil%202%20ed.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 31 maio 2016.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Fundo Nacional de


Desenvolvimento da Educação. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na
sociedade. Brasília, 2007: p. 84. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/
pdf/Etica/liv_etic_cidad.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2016.

______. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Brasília, 2006.

______. Lei Federal nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do


Idoso e dá outras providências. Brasília, 2003.

______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, 2002.

______. Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da


Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990.

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988.

BONAVIDES, Paulo. A quinta geração dos Direitos Fundamentais. Direitos


Fundamentais, Justiça, n. 3. abr./jun. 2008.

BONAVIDES, Paulo; MIRANDA, Jorge; AGRA, Walber de Moura. Comentários à


Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 7

CARDIA, Nancy. Percepção dos direitos humanos: ausência de cidadania e a exclusão


moral. In: ______. A cidadania em construção. São Paulo: Cortez, 1994.

CARTILHA DO CONSUMIDOR. Departamento de Proteção à Defesa do Consumidor.


Procon Alagoas/AL. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.procon.
al.gov.br/legislacao/cartilhadoconsumidor.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

35
COMPROMISSO E ATITUDE. Legislação sobre violência contra as mulheres no Brasil.
Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://www.compromissoeatitude.org.br/
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CONTEÚDO ESCOLA. Exclusão social. Que bicho é esse? Portal da internet, 2016.
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IACOCCA, Liliana. Você e a Constituição. São Paulo: Casa Amarela, 2003, p. 83.

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QUEIROZ, Tayrine. Marco Civil da Internet: um estudo da sua criação sob a influência
dos direitos humanos e fundamentais, a neutralidade da rede e o interesse público
versus privado. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://tinyurl.com/jd62g9m>.
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SANTOS, L. L. Vilas Boas. O Princípio da Igualdade. Disponível em: <http://www.


ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
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SCHMIEGUEL, Carlos. Conceito de lei em sentido jurídico. Portal da internet,


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SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 20. ed. São Paulo:
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36
SOARES, Antonio Mateus de Carvalho. Composição da sociabilidade violenta no Brasil.
Revista de C. Humanas, Viçosa, v. 14, n. 1, p. 175-190, jan./jun. 2014.

SORIANO, Ramón. Las liberdades públicas. Madri: Tecnos, 1990. p. 84.

VALENTE, Maria Jovita Wolney. Livro do cidadão. 3. ed. Brasília: AGU/MJ, 2006. p. 451.

ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares et al. Ética e Cidadania nas Escolas. João Pessoa:
Universitária, 2003, p. 259. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/dados/livros/a_
pdf/livro_edh_etica_cid_escolas_naza.PDF>. Acesso em: 7 abr. 2016.

ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2002.

37
UNIDADE 3 | PRINCIPAIS
DIREITOS CONSTITUCIONAIS

38
1 Principais Direitos Constitucionais

1.1 Conceito de Direitos Constitucionais

O direito constitucional é o ramo do Direito Público que estuda


os princípios indispensáveis à organização do Estado, à
distribuição dos poderes, os órgãos públicos e os direitos
individuais e coletivos.

Dentre os direitos constitucionais


temos os direitos fundamentais que
foram o resultado de uma grande luta
de um momento histórico de nosso
país, quando grande parte da sociedade
considerou necessária a proteção de tais
direitos e, então, houve um consenso de
âmbito nacional que foi documentando e
aprovado tendo como base o princípio da
dignidade da pessoa humana.

No sistema jurídico brasileiro, os direitos fundamentais dos cidadãos estão descritos


nos primeiros artigos da CF e apresentam como principais características:

• Historicidade – os direitos fundamentais apresentam natureza histórica;

• Mutabilidade – está relacionada quanto à estabilidade dos direitos fundamentais,


ou seja, sua alterabilidade ou consistência;

• Inalienabilidade – não existe possibilidade de transferência, a qualquer título,


desses direitos;

• Imprescritibilidade – são direitos que não se perdem com o passar do tempo;

• Irrenunciabilidade – desses direitos não pode haver renúncia, pois ninguém pode
abrir mão da própria natureza;

39
• Universalidade – alcançam todos os cidadãos brasileiros; e

• Relatividade ou limitabilidade – os direitos não são absolutos, sofrendo


restrições nos momentos constitucionais de crise (Estado de Sítio) e também
frente a interesses ou direitos que, acaso confrontados, sejam mais importantes
(Princípio da Ponderação).

Esses direitos constitucionais possuem os seguintes tipos de eficácia:

• Eficácia vertical dos direitos fundamentais, que são aplicados nas relações entre
particular e estado; e

• Eficácia horizontal dos direitos fundamentais, que são aplicados nas relações
entre particulares.

Os Direitos Fundamentais possuem as seguintes dimensões:

• 1ª dimensão – direitos civis e políticos

o Os direitos dessa dimensão expressam a imposição de limites aos poderes


públicos em favor do indivíduo, no qual o estado não pode interferir na liberdade
individual do cidadão, sendo classificado também como direito de resistência ou
de oposição perante o Estado.

• 2ª dimensão – direitos sociais, econômicos e culturais

o Os direitos dessa dimensão dependem de prestações de serviços do Estado para


a satisfação das necessidades sociais, econômicas e culturais do cidadão, ou seja,
o Estado é obrigado a fazer e a garantir esses direitos ao indivíduo.

• 3ª dimensão – direitos coletivos e difusos

o Os direitos de terceira dimensão são os direitos coletivos em sentido amplo,


incluindo os direitos difusos, os coletivos em sentido estrito e os direitos
individuais homogêneos. Esses direitos são expressos por meio de sentimentos
como a solidariedade e a fraternidade, contribuindo para a proteção e
emancipação dos cidadãos.

• 4ª dimensão – democracia direta/biotecnologia e patrimônio genético

40
o Os direitos de quarta dimensão envolvem o direito à democracia direta, assim
como a informação e ao pluralismo em nossa sociedade. A preocupação com a
temática da biotecnologia e do patrimônio genético expressa a preocupação com
o futuro das relações sociais, na qual a manipulação genética de genes humanos,
vegetais e/ou animais podem influenciar o modo de viver do cidadão.

• 5ª dimensão – direito à paz (universal) / direitos “virtuais” ou “cibernéticos”

o Segundo Paulo Bonavides (2008), essa dimensão destaca a paz como um direito
fundamental que legitima o estabelecimento da ordem, da liberdade e do bem
comum.

o Segundo Augusto Zimmermann (2002), os direitos “virtuais” ou “cibernéticos” são


direitos essenciais à realidade virtual, compreendendo o grande desenvolvimento
da Internet. O Marco Civil promulgado pela Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014,
estabelece direitos e deveres relativos ao uso da Internet no Brasil e determina
as diretrizes para atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios em relação à matéria. Dessa forma, é considerado um meio pelo qual
o cidadão realiza o exercício da cidadania em meios digitais.

Há algumas situações que os direitos fundamentais se chocam, por exemplo: um


jornalista que veicula uma matéria (direito individual da livre manifestação do
pensamento, sendo vedado o anonimato) que afeta negativamente a imagem de um
político (direito individual de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem). O que fazer? A doutrina jurídica estabelece
o princípio da harmonização, que traz para a mediação do conflito a ponderação de
interesses, para assim decidir o prevalecimento de um sobre o outro. Mas mesmo
prevalecendo um direito fundamental o outro não deve ser negado, devendo ambos
respeitar o seu núcleo de origem.

O reconhecimento desses direitos fundamentais pelos constituintes (àqueles que


tiveram a missão de elaborar a constituição do nosso país) foi um passo importante
para o ordenamento jurídico de nosso país. Porém, sem o esforço do Estado por meio
da implementação de políticas públicas que garantam ao cidadão o exercício pleno
desses direitos e sem o esforço do indivíduo na aplicação desses direitos em sua vida
e na sua relação com o outro cidadão, não é possível ter a aplicação real das garantias
desses direitos humanos fundamentais.

41
2 Artigo 5º da Constituição

A Constituição Federal era denominada


por Ulysses Guimarães de “Constituição
Cidadã” pelos avanços sociais que
contribuíram para que homens e mulheres
sejam reconhecidos como cidadãos com
direitos e deveres, consolidando assim
a formação do Estado democrático de
direito no Brasil.

Ulysses Guimarães foi o presidente da


Assembleia Constituinte que promulgou
a nova Constituição democrática para o Brasil após 21 anos sob regime militar.

O artigo 5º da CF é o principal guia desse exercício da cidadania em nosso país,


resguardando os princípios de isonomia do cidadão brasileiro, garantindo-lhe direitos
fundamentais para o exercício de uma vida digna e saudável. Esse artigo expressa que
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Esse artigo é considerado cláusula pétrea de nossa Constituição, não podendo ser
abolida do texto constitucional nem por decreto, nem por emenda.

42
3 Principais Direitos Individuais

3.1 Direito à Vida

O que é ter direito à vida? É o direito de continuar vivo ou o direito a uma vida digna?
Esse direito fundamental possui dupla acepção, ou seja, dependendo do contexto,
pode ter um significado ou outro significado, sendo o Estado responsável em assegurar
esse direito.

3.2 Direito à Liberdade

Todo cidadão tem o direito à liberdade e à inviolabilidade. Tem-se, a seguir, os tipos de


liberdades e inviolabilidades:

• Liberdades:

o Expressão da atividade intelectual;

o Artística;

o Científica e de comunicação;

o Livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão;

o Culto;

o Reunião;

o Associação;

o Comunicação; e

o Manifestação do pensamento.

43
As liberdades estão presentes em nosso cotidiano, no momento que uma organização
social realiza um manifesto de seus interesses em locais públicos, em postagens nas
redes sociais, assim como na liberdade de culto, mesmo o Brasil sendo um estado Laico.

Cada liberdade traz consigo a responsabilidade, pois o uso indevido das mesmas pode
acarretar em sanções ao cidadão que feriu algumas dessas liberdades expressas na CF.

• Inviolabilidades:

o À intimidade;

o À vida privada;

o À honra e a imagem das pessoas;

o À casa (asilo inviolável do indivíduo);

o Ao sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas; e

o De dados e das comunicações telefônicas.

A inviolabilidade deve ser resguardada, salvo, no último caso, por ordem judicial,
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal.

3.3 Direito à Segurança

O direito à segurança é caracterizado pelo sentimento de um cidadão de não se


sentir vulnerável em relação aos outros homens e à sociedade, garantindo, assim, à
manutenção de outros direitos fundamentais, seja por meio da segurança individual (a
garantia de uma vida plena, com o gozo dos direitos e liberdades individuais), ou por
meio da segurança coletiva, que se caracteriza pela proteção de toda a sociedade, por
meio de ações de prevenção ou de repressão.

44
3.4 Direito à Integridade Física

O direito à integridade física é o direito do cidadão de não ter o seu corpo violado
fisicamente (danos corporais, agressão, ferimentos). Esse direito é tipificado pelo
Código Penal, sendo:

• Lesão corporal leve;

• Grave; e

• Gravíssima (cp).

Também em seu inciso XLIII do art. 5º, a CF rege a “integridade psíquica, a exemplo
da proibição de uso de provas obtidas por meios que agridam a integridade psíquica
do indiciado (ou acusado), como uso de alucinógenos etc., e mormente pelo uso da
tortura, crime inafiançável”. Tem relação direta com o Direito ao corpo e o Direito à
saúde.

3.5 Direito à Propriedade

O direito à propriedade privada é ao mesmo tempo um direito e uma garantia


fundamental no ordenamento jurídico brasileiro. Porém, a CF também assegura a
função social da propriedade. Dessa forma, um proprietário de imóvel invadido/
ocupado por um movimento social encontrará entendimentos jurídicos distintos a
respeito desse tema.

O direito à propriedade é a imputação a um cidadão do direito de posse de um bem,


sendo um direito absoluto (assegura a liberdade de dispor da coisa do modo que melhor
lhe aprouver), exclusivo e perpétuo (não desaparece com a vida do proprietário).

45
4 Principais Direitos Sociais

4.1 Direito à Saúde, à Moradia e ao Lazer

O direito à saúde, à moradia e ao lazer são direitos fundamentais

ee na garantia de uma vida digna e saudável. Dessa forma, o Estado


deve garantir o mínimo existencial para a proteção social dos
cidadãos e esses mesmos direitos não podem ter retrocesso. Ou
seja, o direito de hoje tem que obrigatoriamente ser melhor que
os direitos de outrora.

Pense bem, com a saúde fortalecida, com um cantinho para morar e acesso à arte, à
cultura e ao lazer, um cidadão tem mais condições de contribuir positivamente com a
sociedade?

4.2 Direito ao Trabalho

O direito ao trabalho fornece ao cidadão o direito à sua subsistência, pois, por meio
de seu esforço, ele tem a condição de se sustentar e sustentar sua família por meio
da monetização de sua força laboral. Expressa os mecanismos constitucionais de
proteção ao trabalhador, sendo:

• Seguro-desemprego;

• Salário Mínimo;

• Irredutibilidade do salário;

• Salário-família;

• Duração da Jornada de Trabalho;

46
• Hora Extra;

• Licença à gestante;

• Repouso semanal remunerado;

• Férias remuneradas; e

• Idade mínima para o trabalho.

4.3 Direito ao Livre Exercício Profissional

O direito ao livre exercício profissional ou livre exercício da profissão é direito de todo


cidadão desde que atendidas às qualificações profissionais que a lei estabelecer.

4.4 Direito à Liberdade Religiosa

O Brasil é declarado em sua constituição como um Estado Laico.

cc Porém, também assegura ao cidadão a liberdade religiosa.


Ramón (1990) explica que o Estado deve proteger o pluralismo
religioso criando condições para um exercício sem problemas
quanto aos atos religiosos das mais diversas religiões,
respeitando, dessa forma, o princípio de igualdade religiosa.

gg
No link disponível a seguir você encontrará mais detalhes a
respeito do direito de propriedade.

http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direitos-Reais/7/aula/7

47
Glossário

Abolida: acabar, tornar extinto.

Acepção: sentido em que se toma uma palavra; interpretação, significado.

Emenda: retificar, corrigir.

Estado Laico: um Estado secular ou estado laico é um conceito do secularismo no qual


o poder do Estado é oficialmente imparcial em relação às questões religiosas, não
apoiando nem se opondo a nenhuma religião.

Imputação: atribuir responsabilidade.

Inciso: termo comum no meio jurídico que diz respeito a uma parte do artigo.

Isonomia: princípio segundo o qual todos são iguais perante a lei.

Monetização de sua força laboral: recompensa financeira dada em troca do esforço e


tempo que um indivíduo investe em uma determinada atividade contratada por outro
indivíduo.

Pétrea: artigos da Constituição que não podem ser modificados.

Rege: orienta, guia.

48
Atividades

aa
1) Indique a alternativa correta. As principais características
dos direitos fundamentais são:

a. ( ) historicidade e mutabilidade, inalienabilidade,


imprescritibilidade, irrenunciabilidade, universalidade,
relatividade ou limitabilidade.

b. ( ) Princípio da constitucionalidade, Princípio democrático,


Sistema de direitos fundamentais, Princípio da Justiça Social,
Princípio da igualdade, Princípio da separação dos poderes,
Princípio da legalidade, Princípio da Segurança Jurídica.

c. ( ) Eficácia vertical e eficácia horizontal.

d. ( ) Historicidade e mutabilidade, inalienabilidade,


imprescritibilidade, ineditabilidade, universalidade, utilidade ou
limitabilidade.

2) Com relação ao direito à vida, é CORRETO afirmar:

a. ( ) É somente o direito de continuar vivo.

b. ( ) É somente o direito à uma vida digna.

c. ( ) É tanto o direito de continuar vivo quanto o direito à uma


vida digna, ou seja, possui dupla acepção.

d. ( ) O direito à vida é de responsabilidade inteiramente do


indivíduo, devendo cuidar da sua própria vida, e não da de outras
pessoas.

49
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
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Idoso e dá outras providências. Brasília, 2003.

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SCHMIEGUEL, Carlos. Conceito de lei em sentido jurídico. Portal da internet,


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Malheiros, 2001, p. 182-183.

51
SOARES, Antonio Mateus de Carvalho. Composição da sociabilidade violenta no Brasil.
Revista de C. Humanas, Viçosa, v. 14, n. 1, p. 175-190, jan./jun. 2014.

SORIANO, Ramón. Las liberdades públicas. Madri: Tecnos, 1990. p. 84.

VALENTE, Maria Jovita Wolney. Livro do cidadão. 3. ed. Brasília: AGU/MJ, 2006. p. 451.

ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares et al. Ética e Cidadania nas Escolas. João Pessoa:
Universitária, 2003, p. 259. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/dados/livros/a_
pdf/livro_edh_etica_cid_escolas_naza.PDF>. Acesso em: 7 abr. 2016.

ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2002.

52
UNIDADE 4 | PRINCIPAIS
DEVERES CONSTITUCIONAIS

53
1 Principais Deveres Constitucionais

1.1 Conceito dos Deveres Constitucionais

Assim como são assegurados ao cidadão


os direitos fundamentais expressos na
Constituição, também são assegurados
os deveres constitucionais fundamentais,
tais como: o dever do voto, de obedecer
às leis do país; de respeito aos direitos
sociais e aos demais cidadãos; de
proteção à natureza e ao patrimônio
público do país.

O Estado também possui o dever na efetivação e aplicação imediata dos direitos


fundamentais. O dever constitucional é regido pelo conjunto de leis existentes e
legislado nos âmbitos federal, estadual, municipal e leis e normas internacionais as
quais o Brasil está submetido.

Schmieguel (2010) destaca a importância da lei no Estado de Direito, sendo um


texto oficial, um conjunto de normas feitas pelo Poder Legislativo cuja elaboração é
disciplinada pela Constituição Federal.

1.2 Dever do Voto

O Brasil possui como forma de governo a República, tendo como forma de estado a
Federação e um regime de governo ou político denominado democracia, que pode ser
mista ou semidireta. Atualmente, o sistema de governo do Brasil é o Presidencialismo
(art. 84 da CF).

O dever do voto se estabelece nesse cenário democrático e constitucionalista. Esse


dever é caracterizado como o instrumento específico para exercício do sufrágio
(eleições).

54
No Brasil o voto é direto, secreto, universal, periódico e

cc obrigatório, com valor igual para todos.

O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo


para analfabetos; maiores de 70 anos; e maiores de 16 e menores
de 18 anos. Essas condições são denominadas de capacidade
eleitoral ativa.

A capacidade eleitoral passiva, que é o direito de ser votado, pode ser exercida desde
que as seguintes condições sejam satisfeitas:

• Nacionalidade brasileira:

o Ser brasileiro nato ou naturalizado.

• Pleno exercício dos direitos políticos:

o O pleno exercício dos direitos políticos é quando o cidadão mantém seu direito
em exercer a soberania popular por meio de plebiscito, referendo, iniciativa
popular, voto e todas as implicações deles decorrentes. Consequentemente, a
perda dos direitos políticos é quando o cidadão incorre na perda ou suspensão
de direitos de acordo com o artigo 15 da CF:

o Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

o Incapacidade civil absoluta;

o Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

o Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos


termos do art. 5º, VIII;

• Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Alistamento eleitoral

o O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os alfabetizados entre 18


e 70 anos;

o O alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos, para quem estiver


entre 16 e 18 anos e para os maiores de 70 anos de idade.

55
• Domicílio eleitoral na circunscrição

o Possuir domicílio eleitoral na mesma circunscrição a qual estará concorrendo ao


pleito.

• Filiação Partidária

o O candidato deve ser filiado a um partido oficialmente registrado no Tribunal


Superior Eleitoral.

• Idade mínima

o Cargos de Presidente e de Vice-Presidente da República – idade mínima de trinta


e cinco anos;

o Cargos de Governador e Vice-Governador de Estado, bem como do Distrito


Federal – idade mínima de trinta anos;

o Cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-


Prefeito – idade mínima de vinte e um anos; e

o Cargos de Vereador – idade mínima de dezoito anos.

1.3 De Obedecer às Leis do País

Todo cidadão tem o dever em obedecer às leis do país para garantir a manutenção dos
direitos fundamentais expressos na CF.

Uma lei estabelece o juízo a respeito de determinado assunto, buscando um melhor


entendimento para a manutenção da ordem e da paz pública e da garantia dos direitos
individuais e coletivos fundamentais.

Caso um cidadão não obedeça às leis vigentes, sofrerá a aplicação de uma pena
promulgada por uma autoridade visível da instituição que é o Estado brasileiro. Essa
pena pode acarretar consequências econômicas, civis e criminais indesejáveis.

56
1.4 Do Respeito aos Direitos Sociais e aos Demais Cidadãos

hh
O cidadão deve respeitar os direitos sociais, sejam eles brasileiros
ou estrangeiros. Lembrando Confúcio, sábio chinês, que dizia
“Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você”,
podemos entender a importância do respeito ao espaço do
outro, a individualidade do outro.

Quando um cidadão, por exemplo, quer que sua liberdade de crença seja respeitada,
é necessário que respeite a liberdade de crença de outro cidadão, mesmo que essa
crença seja distinta da sua.

Esse dever promove a dignidade do ser humano, pois afirma a necessidade que temos
enquanto cidadãos de respeitarmos uns aos outros.

1.5 Da Proteção à Natureza e ao Patrimônio Público do País

O cidadão tem o dever de promover a proteção à natureza, garantindo assim o bom


uso de nossos recursos naturais. Quando um fazendeiro desmata uma mata ciliar ou
provoca queimadas para “limpar” o terreno, ele está afetando o ciclo de vida de um
rio e o ciclo de uso do solo, afetando não só sua propriedade, mas as de todos os que
estão ao redor.

O dever de proteger o patrimônio público do país é de extrema importância, pois é


com o dinheiro dos impostos do povo brasileiro que esse patrimônio é construído.
Depredar prédios públicos, por exemplo, é uma quebra do dever de um cidadão.

Por isso, o dever de proteção à natureza e ao patrimônio público do país é essencial


para contribuir com o zelo do Estado na gestão e manutenção de seus ativos.

57
gg
Saiba como ficam os direitos do cidadão com o novo Marco Civil
da Internet assistindo ao vídeo feito pela Câmara dos Deputados
disponível no link a seguir.

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/materias/
PODER-E-QUERER/473980-MARCO-CIVIL-DA-INTERNET---
DIREITOS-CONSTITUCIONAIS.html

58
Glossário

Democracia: governo em que o povo exerce a soberania. Sistema político em que os


cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas.

Depredar: destruir, arruinar.

Facultativo: deixa ou não dá a prerrogativa de fazer alguma coisa.

Federação: Federação (do latim: foederatio, de foedus: “liga, tratado, aliança”) ou


Estado Federal a um Estado composto por diversas entidades territoriais autônomas
dotadas de governo próprio.

Improbidade: desonestidade.

Mata ciliar: vegetação ribeirinha.

Nato: nascido.

Plebiscito: consulta feita diretamente ao povo com uma pergunta específica.

Presidencialismo: regime político em que a chefia do governo é prerrogativa do


presidente da República, que escolhe seus ministros, e com a independência dos
três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); sistema presidencial; regime
presidencialista.

Referendo: colocar para aprovação ou rejeição do povo uma medida proposta pelo
Poder Legislativo.

República: a República (do latim res publica, “coisa pública”) é uma estrutura política de
Estado ou forma de Governo em que, segundo Cícero, são necessárias três condições
fundamentais para caracterizá-la: um número razoável de pessoas (multitude); uma
comunidade de interesses e de fins (communio); e um consenso do direito (consensus
iuris).

Sufrágio: voto em eleição.

Texto oficial: texto regulamentar e doutrinário homologado pelo Poder Legislativo


federal, estadual e municipal.

59
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa correta. Todo cidadão possui deveres
constitucionais, sendo eles:

a. ( ) O dever do voto, de obedecer às leis do país; de respeito


aos direitos sociais e aos demais cidadãos; de proteção à
natureza e ao patrimônio público do país.

b. ( ) O dever do voto, de obedecer às leis do país; de respeito


aos direitos sociais e aos demais cidadãos; de proteção à
propriedade privada e o dever de usar armas quando
necessário.

c. ( ) O dever do voto, de desobedecer às leis do país; de


respeito aos direitos sociais e aos demais cidadãos; de proteção
à natureza e ao patrimônio público do país.

d. ( ) À vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à


propriedade.

2) Com relação do dever do voto, é correto afirmar que:

a. ( ) O voto é direto, secreto, universal, periódico e obrigatório,


com valor igual para todos

b. ( ) A capacidade eleitoral ativa é o direito de ser votado,


desde que o cidadão esteja quite com o alistamento eleitoral.

c. ( ) A capacidade eleitoral passiva está relacionada à


obrigatoriedade do voto para os maiores de 18 anos e facultativo
para analfabetos; maiores de 70 anos; e maiores de 16 e menores
de 18 anos.

d. ( ) Sua elaboração é disciplinada por norma constitucional,


derivada do poder discricionário o Estado garante sua execução
compulsória.

60
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
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id=7039>. Acesso em: 10 abr. 2016.

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pdf/livro_edh_etica_cid_escolas_naza.PDF>. Acesso em: 7 abr. 2016.

ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2002.

63
UNIDADE 5 | DIREITOS
INDIVIDUAIS E COLETIVOS

64
1 Direitos Individuais e Coletivos

1.1 Conceito de Direito Individual e Coletivo

Os direitos individuais e coletivos são o


que denominamos de cláusulas pétreas
da Constituição, estando presentes ao
longo de todo o texto constitucional, ou
seja, são garantidos pelo ordenamento
jurídico-constitucional brasileiro.

A proteção dos direitos fundamentais


individuais e coletivos é reservada a
todos os indivíduos, independentemente
de sua nacionalidade ou situação no
Brasil, podendo categorizar esses direitos da seguinte forma macro: direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Todo cidadão no trato com a lei para o exercício de seus direitos possui isonomia formal
(todos os cidadãos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei) e isonomia
material (tratar desigualmente os desiguais para reduzir as desigualdades). Assim
como também possui igualdade perante a lei (aplicação da lei sem fazer distinções) e
igualdade na lei (elaboração da lei sem fazer distinções).

Dentre os direitos individuais e coletivos, destacam-se os seguintes:

• Direito à privacidade;

• Direito à reunião;

• Direito à vida;

• Direito à igualdade;

• Direito à liberdade profissional;

• Direito à liberdade de expressão;

65
• Sigilo das comunicações telefônicas;

• Direito à inviolabilidade de domicílio;

• Direito ao devido processo legal;

• Direito à liberdade de associação;

• Direito de petição; e

• Direito de obtenção de certidões.

1.1.1 Direito ao Acesso à Informação

O acesso à informação promove a transparência na divulgação e acesso a informações


públicas, sejam gerenciais ou analíticas. Todo cidadão tem o direito de receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

A evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) vem auxiliando cada


vez mais no estabelecimento de um governo eletrônico, no qual o cidadão possui
acesso por meio da rede mundial de computadores a dados das políticas públicas
executadas em sua região, por exemplo.

A pressão de movimentos civis por meio de portais de transparência não oficiais


também auxilia aos gestores públicos na execução de boas práticas, mesmo de forma
reativa, e não proativa. A relação entre Estado e cidadão por meio da transparência
de informações modifica a relação entre esses entes, pois dá ao cidadão o poder
de fiscalização que na época da promulgação da CF, em 1988, não era nem possível
imaginar.

66
2 Proteção da Coletividade

A proteção da coletividade está relacionada à proteção que o Estado e os cidadãos são


obrigados a fazer para garantir a expressão dos direitos fundamentais expressos em
nossa constituição.

Um exemplo característico da necessidade de proteção coletiva é a proteção ao Meio


Ambiente e de seus diversos biomas. O uso e a preservação em equilíbrio garantem
a fruição do meio ambiente saudável às futuras gerações. E, dessa forma, também
garante o desenvolvimento sustentável de nossa economia, com a preservação e o uso
racional de nossos recursos naturais.

Essa proteção é promovida, por exemplo, com a criação de Unidades de Conservação


(UC) como o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, que é uma UC de proteção
integral.

gg
Saiba mais sobre os direitos individuais e coletivos lendo o artigo
escrito pela Juíza Oriana Piske de Azevedo Magalhães Pinto
“Direitos Individuais, Coletivos e Sociais?” disponível no link a
seguir.

http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/artigos/2008/
direitos-individuais-coletivos-e-sociais-juiza-oriana-piske-de-
azevedo-magalhaes-pinto

67
Glossário

Fruição: ato, processo ou efeito de fruir. Posse, usufruto de vantagem ou oportunidade.

Unidades de conservação3 (UC): são espaços territoriais com características


naturais relevantes que têm a função de assegurar a representatividade de amostras
significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e
ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio
biológico existente.

3 Conforme informações disponíveis em: <http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/o-que-


sao>. Acesso em: 12 ago. 2016.

68
Atividades

aa
1) Indique a alternativa correta. Com relação aos direitos
fundamentais individuais e coletivos é correto afirmar:

a. ( ) São cláusulas pétreas da Constituição.

b. ( ) Podem ser categorizados de forma macro como direito à


vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

c. ( ) A proteção dos direitos fundamentais individuais e


coletivos é reservada a todos os indivíduos, independente de
sua nacionalidade ou situação no Brasil.

d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2) Indique a alternativa correta. Com relação ao direito ao


acesso á informação, podemos afirmar que:

a. ( ) O acesso à informação promove a transparência na


divulgação e acesso à informações de empresas privadas, sejam
gerenciais ou analíticas.

b. ( ) O Governo eletrônico contribui com a promoção da


transparência necessária para exercer o direito ao acesso à
informação.

c. ( ) O Estado pode negar o direito ao acesso à informação de


todo e qualquer tipo de informação.

d. ( ) O Estado pode responder as requisições de acesso à


informação à qualquer momento, sem prazo definido.

69
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
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72
UNIDADE 6 | DIREITOS COMO
CIDADÃO CONSUMIDOR

73
1 Direitos Como Cidadão Consumidor

1.1 Código de Defesa do Consumidor

Com a evolução do ordenamento jurídico-


político brasileiro foi possível a criação
do Código de Defesa do Consumidor,
promulgado em 11 de setembro de
1999, por meio da Lei nº 8.078 de 11
de setembro de 1990. Esse código é um
marco no avanço de conquistas sociais
em nosso país, estabelecendo normas
de proteção e defesa do consumidor, de
ordem pública e interesse social.

Ou seja, esse código é um mediador legal entre as relações de consumo estabelecidas


entre consumidor (pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final. Equipara-se também a categoria de consumidor a coletividade
de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo)
e fornecedor (pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira,
bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços).

Em seu artigo 12, expressa que “o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou


estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação
ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização e riscos”.

É relativamente fácil percebermos o impacto desse código em nosso dia a dia, pois
vivenciamos a todo o momento relações de consumo, bem-sucedidas ou não. Mesmo
que você ainda não tenha se utilizado das proteções previstas, é importante ter a
ciência para poder obter relações de consumo cada vez melhores.

74
1.2 Direitos e Garantias Previstas no Código de Defesa do
Consumidor

Segundo o Código do Consumidor no Capítulo III (Dos Direitos Básicos do Consumidor),


em seu art. 6º, os direitos básicos do consumidor são:

I. a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos


provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos;

II. a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos


produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a
igualdade nas contratações;

III. a informação adequada e clara sobre os diferentes


produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade e preço, bem como sobre
os riscos que apresentem;

IV. a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,


métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra
práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de
produtos e serviços;

V. a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam


prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI. a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e


morais, individuais, coletivos e difusos;

VII. o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com


vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica,
administrativa e técnica aos necessitados;

VIII. a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a

75
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando,
a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

IX. (Vetado);

X. a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em


geral.

Os direitos previstos pelo código não excluem outros direitos decorrentes de tratados
ou convenções internacionais em que o Brasil é signatário.

As relações de consumo realizadas tanto na esfera pública ou privada são regidas pelo
Código de Defesa do Consumidor.

Conhecer os direitos e deveres básicos de todo consumidor é

cc importante, pois auxilia ao cidadão consumidor a requerer o


cumprimento do seu direito, por meio de medidas judiciais e
extrajudiciais.

O consumidor tem que ter atenção à presença de vícios ocultos (não perceptíveis no
ato da compra), cujo prazo de devolução é de 90 dias para bens duráveis e 30 dias para
bens não duráveis.

Com relação ao prazo de reclamação ou desistência de uma compra, temos:

Prazo 1: o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar


de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre
que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

Prazo 2: no prazo de 30 dias, o consumidor pode solicitar:

• A substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições


de uso; e

• A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo


de eventuais perdas e danos; o abatimento proporcional do preço.

76
Prazo 3: na seção IV, Da Decadência e da Prescrição, em seu art. 26, § 2º, I, no prazo
de 90 dias o consumidor tem direito:

• A reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o


fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que
deve ser transmitida de forma inequívoca.

2 Deveres do Consumidor

O consumidor possui também deveres nas relações de consumo, devendo planejar


seus gastos, comparar preços e qualidade, identificar promessas falsas de facilidade
de crédito ou de benefícios de produtos/serviços, reclamando quando se sentir
lesado. Honrar com as dívidas e ônus consequentes de uma relação de consumo justa
e saudável também é um dever do consumidor.

Além disso, o consumidor deve também desenvolver cada vez mais a sua
responsabilidade socioambiental, buscando ter:

• Consciência dos impactos provocados pelo seu consumo;

• Saber exigir seus direitos;

• Proteger o ambiente;

• Preferir produtos reciclados e recicláveis; e

• Não consumir produtos agressivos ao ambiente.

77
2.1 Mecanismos Judiciais e Extrajudiciais de Solução de
Conflitos

Os mecanismos judiciais e extrajudiciais de solução de conflitos agem por meio de


arbitragem e mediação, podendo ser:

• Mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo criados por


fornecedores;

• As entidades civis de consumidores


e as associações de fornecedores
ou sindicatos de categoria
econômica podem regular, por
convenção escrita, relações de
consumo que tenham por objeto
estabelecer condições relativas ao
preço, à qualidade, à quantidade,
à garantia e características de
produtos e serviços, bem como
à reclamação e composição do
conflito de consumo; e

• Tribunal arbitral – tribunal privado autorizado pela Lei nº 9.307, de 23 de setembro


de 1996, tendo todas as obrigações, direitos e deveres de uma empresa comum,
com o diferencial de poder utilizar instrumentos jurídicos legais para mediar e
decidir discussões comerciais ou cíveis. Possui a figura do juiz arbitral que tem
força de lei para emitir sentença, não cabendo recurso.

78
2.2 Instituto de Defesa do Consumidor (Procon)

O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) é uma fundação


jurídica de direito público que tem como função realizar a
elaboração e executar diferentes políticas estaduais que
protegem e defendem os consumidores.

O objetivo do Procon é mediar os conflitos existentes entre empresa e consumidor,


buscando um acordo entre as partes, com vistas à proteção da relação de consumo.
Caso o acordo não seja possível, o processo é encaminhado ao juizado competente.

gg
Assista ao vídeo feito pelo Ministério Público de Pernambuco
que ensina direitos básicos do consumidor por meio de situações
cotidianas, disponível no link a seguir.

https://www.youtube.com/watch?v=UTER-AYOC88

79
Atividades

aa
1) Indique a alternativa correta. O consumidor possui deveres,
não sendo um deles:

a. ( ) Consciência dos impactos provocados pelo seu consumo.

b. ( ) Negociar seus débitos com o fornecedor, porém, se não


conseguir honrar, ele tem o direito à dívida.

c. ( ) Proteger o ambiente e Não consumir produtos agressivos


ao ambiente.

d. ( ) Planejar seus gastos, comparar preços e qualidade.

2) Indique a alternativa correta. São mecanismos Judiciais e


Extrajudiciais de solução de conflitos os seguintes:

a. ( ) Associação Pro Teste, entidade civil de consumidores sem


fins lucrativos para a defesa dos direitos do consumidor.

b. ( ) Procon.

c. ( ) Tribunais Arbitrais.

d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

80
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
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ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2002.

83
UNIDADE 7 | CÓDIGO CIVIL

84
1 Código Civil

1.1 Apresentação do Código Civil

O Código Civil, ideário do jurista Miguel


Reale, promulgado em 10/1/2002, sob o
comando da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro
de 2002, é um importante instrumento
de pesquisa e utilização pela sociedade
nas suas relações jurídicas, objetivando a
obtenção de maior justiça e equidade na
convivência social.

É composto por 2.046 artigos, regendo


as relações jurídicas no âmbito privado.

1.2 Importância para a Sociedade e para o Cidadão

O Código Civil é expressão máxima do Direito Civil, ramo do


direito privado que tem como objetivo educar, ensinar,
aperfeiçoar a vida em coletivo, estruturando de forma ética e
moral por meio dos seus dispositivos legais .

85
1.3 Capacidade e incapacidade civil

Segundo o Código Civil, temos as seguintes definições de pessoa e personalidade civil:

• Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

• Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

A capacidade civil de uma pessoa está relacionada à aptidão do cidadão de ser titular de
direitos e deveres e de poder exercer pessoalmente esses mesmos direitos e deveres
na ordem civil. Aqueles que não têm capacidade ainda de exercer pessoalmente os
direitos e deveres são considerados incapazes civilmente.

A incapacidade civil é caracterizada por aqueles que são inaptos a exercer os atos da
vida civil. São eles:

I – os menores de dezesseis anos;

II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o


necessário discernimento para a prática desses atos;

III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir


sua vontade.

São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los:

I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por


deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV – os pródigos.

86
1.4 Direitos Civis

Os direitos civis nacionais e internacionais são os privilégios e garantias dadas


aos cidadãos pelo Estado e pelos acordos ao qual está submetido. Os direitos civis
agrupam as prerrogativas de liberdade individual, liberdade de palavra, manifestação,
pensamento e fé, liberdade de ir e vir, defesa, propriedade, contrair contratos válidos
e o direito à justiça. Os tribunais são as instituições públicas por excelência para
salvaguarda dos direitos civis.

Para a garantia da estabilidade social, o Código Civil promove a segurança jurídica das
relações por meio da mediação dos direitos e obrigações e de seus referidos prazos de
requisição de direitos.

gg
Conheça na íntegra o Código Civil brasileiro acessando o link
disponível a seguir.

www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm

87
Glossário

Ébrio: significa embriagado ou bêbado. O termo é utilizado para designar aquele


indivíduo que se embriaga por hábito, que é dado ao vício de beber.

Discernimento: capacidade de compreender situações, de separar o certo do errado.

Capacidade de avaliar as coisas com bom senso e clareza; juízo, tino.

Excepcional: esse conceito tem emprego na pedagogia e não na medicina, destinando-


se a identificar alunos com demandas especiais de aprendizados, inclusive em função
de portarem deficiência mental leve.

Pródigos: é aquele que dilapida de forma imoderada seus bens e dinheiro colocando
em risco ou a efetiva perda de seu patrimônio.

88
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa correta. Com relação ao código civil,
podemos afirmar que:

a. ( ) É expressão máxima do Direito Civil, ramo do direito


privado que tem como objetivo educar, ensinar, aperfeiçoar a
vida em coletivo, estruturando de forma ética e moral por meio
dos seus dispositivos legais.

b. ( ) É expressão máxima do Direito Empresarial, ramo do


direito privado que tem como objetivo educar, ensinar,
aperfeiçoar a vida em coletivo, estruturando de forma ética e
moral por meio dos seus dispositivos legais.

c. ( ) É expressão máxima do Direito Civil, ramo do direito


público que tem como objetivo educar, ensinar, aperfeiçoar a
vida em coletivo, estruturando de forma ética e moral por meio
dos seus dispositivos legais.

d. ( ) É expressão máxima do Direito Civil, ramo do direito


privado que tem como objetivo educar, ensinar, aperfeiçoar a
vida individual, estruturando de forma ética e moral por meio
dos seus dispositivos legais.

2) Assinale a alternativa correta. Com relação a personalidade


civil, podemos afirmar:

a. ( ) A personalidade civil começa após um ano de nascido


vivo.

b. ( ) A personalidade civil possui apenas deveres.

c. ( ) Uma pessoa de 35 anos recentemente foi picado pelo


mosquito Aedes Egypti e é contaminada pelo vírus Chikunguya.
Desta forma, é incapaz permanentemente de exercer atos da
vida civil.

d. ( ) A personalidade civil é incapaz no início da nossa


existência, sendo denominado incapacidade civil.

89
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
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91
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Lumen Juris, 2002.

92
UNIDADE 8 | DIREITOS
ESPECÍFICOS: DA CRIANÇA, DA
MULHER E DO IDOSO

93
1 Direitos Específicos: da Criança, da Mulher e do Idoso

1.1 Estatuto da Criança e do Adolescente

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é regido pelo Direito da Criança e do


Adolescente, não sendo, porém, seu único instrumento, compondo também seu leque
de aplicação jurídica os seguintes dispositivos: Convenção Internacional dos Direitos
da Criança, a Constituição Federal brasileira de 1988, o Código Civil brasileiro, o Código
Penal brasileiro etc.

O ECA foi criado em 13 de julho de 1990, promulgado pela Lei nº 8.609/1994, dispondo
sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Reconhece-se como criança aquele cidadão que tem até doze anos de idade incompletos,
e adolescente entre doze e dezoito anos de idade incompletos.

O ECA se fundamenta em 6 princípios norteadores:

• Prioridade Absoluta;

• Melhor Interesse;

• Municipalização;

• Cidadania;

• Bem comum; e

• Desenvolvimento.

94
1.2 Proteção à Maternidade e à Infância

A proteção à maternidade e à infância são


dispositivos essenciais para a garantia do
exercício de uma vida digna.

A Lei nº 11.770, de 9 de setembro de


2008, cria o Programa Empresa Cidadã,
destinado à prorrogação da licença-
maternidade mediante concessão de
incentivo fiscal, e altera a Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991. Dessa forma,
garante à mãe e à criança maior convívio
e oportunidade de criação de vínculo maternal.

1.3 Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340, foi instituída em de 7 de agosto de 2006, dispondo
sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação
dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de
Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

Essa lei é aplicada à violência doméstica que cause morte, lesão, sofrimento físico
(violência física), psicológico (violência psicológica), sexual (violência sexual) e dano
moral (violência moral) ou patrimonial (violência patrimonial).

Esse projeto de lei foi amplamente debatido no Poder Legislativo federal, mobilizando
a população, com o intuito de implantar um projeto de lei que protegesse as mulheres
das agressões no âmbito familiar, acabando, assim, com a impunidade.

95
1.4 Crimes contra a Mulher

A Lei Maria da Penha é apenas um


instrumento jurídico com foco no
combate a crimes contra a mulher,
existindo outros que contribuem para
essa competência. São eles:

• Lei nº 11.340, de 7/8/2006 – Lei


Maria da Penha, cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher.

• Lei nº 13.104, de 9/3/2015 – altera o art. 121 do Código Penal, para prever o
feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da
Lei de Crimes Hediondos, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos.

• Lei nº 10.778, de 24/11/2003 – Lei da Notificação Compulsória dos casos de


violência contra a mulher que for atendida em serviço de saúde pública ou
privada.

• Lei nº 12.015, de 7/8/2009 – dispõe sobre os crimes contra a dignidade sexual.

• Lei nº 12.845, de 1/8/2013 – dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral


de pessoas em situação de violência sexual.

• Lei 13.285/2016, de 10/5/2016 – dispõe sobre a preferência de julgamento dos


processos concernentes a crimes hediondos.

• Resolução nº 1, de 16/1/2014 – dispõe sobre a criação da Comissão Permanente


Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional.

• Lei Estadual nº 14.478, de 23/01/2014 – dispõe sobre o monitoramento eletrônico


de agressor no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

• Código Penal Brasileiro – Decreto-Lei nº 2.848, de 7/12/1940.

• Constituição Federal, § 8º do art. 226 – dispõe que o Estado criará mecanismos


para coibir a violência no âmbito das relações familiares.

96
• Lei Orgânica da Defensoria Pública (Lei Complementar nº 80, de 12/1/94)

• Decreto nº 7.958, de 13/3/2013 – estabelece diretrizes para o atendimento às


vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e da rede de
atendimento do Sistema Único de Saúde.

• Decreto nº 7.393, de 15/12/2010 – dispõe sobre o funcionamento do Ligue 180 –


Central de Atendimento à Mulher.

• Decreto nº 1.973, de 1/8/96, (que promulgou a Convenção Interamericana para


prevenir, punir e erradicar a violência contra a Mulher, Belém do Pará, 9/6/1994).

• Decreto nº 89.460, de 20/3/1984, (que promulgou a Convenção sobre a Eliminação


de todas as formas de Discriminação Contra a Mulher/CEDAW, 1979).

• Decreto nº 5.017, de 12/3/2004, que promulgou o Protocolo de Palermo


(Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado
Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas,
em Especial Mulheres e Crianças).

• Decreto nº 678, de 6/11/1992, promulgou o Pacto de São José da Costa Rica


(Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 22/11/1969).

1.5 Medidas Protetivas

As medidas protetivas são todas aquelas que têm o objetivo de


proteger vítimas atingidas no exercício de seus direitos
fundamentais.

Tomemos como exemplo medidas protetivas a vítimas de violência doméstica, por


exemplo. As medidas projetivas de urgência são providências garantidas por lei, às
vítimas de violência doméstica, que tem a finalidade de garantir a sua proteção e de
sua família.

97
1.6 Estatuto do Idoso

O Estatuto do Idoso, promulgado pela Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, tem


como objetivo regular sobre os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou
superior a sessenta anos.

É garantido ao idoso o direito à prioridade, compreendendo em:

I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos


órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;

II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais


públicas específicas;

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas


relacionadas com a proteção ao idoso;

IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação


e convívio do idoso com as demais gerações;

V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família,


em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a
possuam ou careçam de condições de manutenção da própria
sobrevivência;

VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de


geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;

VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação


de informações de caráter educativo sobre os aspectos
biopsicossociais de envelhecimento;

VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência


social locais;

IX – prioridade no recebimento da restituição do imposto de renda.

98
Com relação à proteção em casos de violência e abandono, o idoso é amparado também
pelo código civil, que rege sobre o abandono de incapaz.

gg
Acesse o link disponível a seguir e leia uma cartilha com
perguntas e respostas sobre a Lei Maria da Penha.

https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/proc-
publicacoes/cartilha-lei-maria-da-penha-perguntas-e-respostas

99
Glossário

Aspectos biopsicossociais de envelhecimento: aspectos físicos, emocionais e sociais


originados pelo processo de envelhecimento da pessoa.

Atendimento asilar: atendimento realizado ao idoso em abrigo, amparo ou proteção


em lugar seguro.

Geriatria: especialidade médica que estuda e trata das doenças ligadas ao


envelhecimento.

Gerontologia: é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano com


atenção às necessidades físicas, emocionais e sociais que surgem com a idade.

100
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa correta. O ECA se funda em 6
Princípios norteadores:

a. ( ) Prioridade , Melhor Interesse, Municipalização, Cidadania,


Bem comum, Desenvolvimento.

b. ( ) Prioridade , Melhor Interesse, Federalização, Cidadania,


Bem comum, Desenvolvimento.

c. ( ) Prioridade , Menor Interesse, Municipalização, Cidadania,


Bem comum, Desenvolvimento.

d. ( ) Prioridade , Melhor Interesse, Municipalização, Cidadania,


Bem individual, Desenvolvimento.

2) Assinale a alternativa correta. O Estatuto do Idoso,


promulgado pela Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, tem
como objetivo de regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a sessenta anos. Desta forma, o
idoso tem garantidos os seguintes direitos à prioridade:

a. ( ) Atendimento priorizado em hospitais públicos.

b. ( ) Atendimento priorizado pela família.

c. ( ) Prioridade no recebimento do imposto de renda.

d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

101
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
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Idoso e dá outras providências. Brasília, 2003.

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Lumen Juris, 2002.

104
UNIDADE 9 | DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DOS DIREITOS DO
HOMEM

105
1 Declaração Universal dos Direitos do Homem

1.1 Organização das Nações Unidas (ONU)

Fundada em 24 de outubro de 1945, a


Organização das Nações Unidas (ONU) é uma
organização internacional formada por países
que se reuniram voluntariamente para trabalhar
pela paz e o desenvolvimento mundial. A Carta
das Nações Unidas, documento de fundação
dessa organização, estabelece os pilares de sua
existência, os quais se fundamentam no respeito
às obrigações decorrentes de tratados e de
outras fontes de direito internacional.

As Nações Unidas têm representação fixa no Brasil desde 1947.

ee Diversos acordos de cooperação técnica para o desenvolvimento


humano, social, econômico e ambiental estão firmados hoje.

106
1.2 Declaração Universal dos Direitos do Homem

1.2.1 Objetivos da Declaração Universal do Direito do


Homem

A Declaração Universal do Direito do Homem tem como objetivo:

Atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que


todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a
constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela
educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades
e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e
internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e
efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros
como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição. (ONU,
1993).

Promovendo o combate à discriminação e à opressão, defendendo a igualdade


e dignidade das pessoas, e lutando pela garantia das liberdades fundamentais, a
declaração universal dos direitos humanos é um importante instrumento social de
mitigação de mazelas sociais e de desenvolvimento do homem no exercício de uma
vida digna e saudável.

gg
Conheça a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)
disponível no link a seguir.

http://www.dudh.org.br/declaracao/

107
Glossário

Mazelas: desvio moral.

Mitigar: diminuir a intensidade.

108
Atividades

aa
1) Assinale a alternativa correta. Com relação à Declaração
Universal dos Direitos Humanos, podemos afirmar que:

a. ( ) Promovendo o combate à discriminação e à opressão,


defendendo a igualdade e dignidade das pessoas, e lutando
pela garantia das liberdades fundamentais, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos é um importante instrumento
social de mitigação de mazelas sociais e de desenvolvimento do
homem no exercício de uma vida digna e saudável.

b. ( ) Promovendo o apoio à discriminação e à opressão,


defendendo a igualdade e dignidade das pessoas, e lutando
pela garantia das liberdades fundamentais, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos é um importante instrumento
social de mitigação de mazelas sociais e de desenvolvimento do
homem no exercício de uma vida digna e saudável.

c. ( ) Promovendo o combate à discriminação e à opressão,


defendendo a igualdade e dignidade das pessoas, e lutando
pela garantia das liberdades fundamentais da constituição
federal brasileira, a Declaração Universal dos Direitos Humanos
é um importante instrumento social de mitigação de mazelas
sociais e de desenvolvimento do homem no exercício de uma
vida digna e saudável.

d. ( ) Promovendo o combate à discriminação e à opressão,


defendendo a igualdade e dignidade das pessoas, e lutando
pela garantia das liberdades fundamentais, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos é um importante instrumento
social de aprimoramento de mazelas sociais e de desenvolvimento
do homem no exercício de uma vida digna e saudável.

109
2) Assinale a alternativa correta. A Declaração Universal dos
Direitos do Homem tem como princípios:

a. ( ) Todos são iguais perante a lei e, sem qualquer


discriminação, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm
direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole
a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.

b. ( ) Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou


exilado.

c. ( ) Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as


liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção
alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna,
nascimento ou outro estatuto.

d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.

110
Referências

BRASIL. Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social. 2009.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
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VALENTE, Maria Jovita Wolney. Livro do cidadão. 3. ed. Brasília: AGU/MJ, 2006. p. 451.

ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares et al. Ética e Cidadania nas Escolas. João Pessoa:
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ZIMMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. Rio de Janeiro:


Lumen Juris, 2002.

113
Gabarito

Questão 1 Questão 2

Unidade 1 A C

Unidade 2 D D

Unidade 3 A C

Unidade 4 A A

Unidade 5 D B

Unidade 6 B D

Unidade 7 A D

Unidade 8 A D

Unidade 9 A D

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