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Corpo,
Alma e
Espírito
Edição 2008
Rogério SENA
http://rs15.blogspot.com
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ÍNDICE
1-Introdução 05
Nota; A versão predominante do texto bíblico utilizado é a João Ferreira de Almeida Re-
vista Atualizada, com acréscimo de outras versões quando necessário, sendo estas cita-
das nos trechos referentes. (grifos e itálicos acrescentados)
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Rogério SENA
É Permitida a Reprodução Total ou Parcial Desde que Citada a Fonte e Contatado o Editor
Introdução
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas nari-
nas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gn. 2:7) *
A palavra de Deus deve ser entendida como ela é, observe que foi usado o
verbo ser e não o verbo ter.
É crença firmada em muitas mentes que o homem tem uma alma vivente,
mas a palavra de Deus não aprova tal crença, pois afirma expressamente
que o homem é, e não, tem, uma alma, Eu tenho um amigo chamado Marcos
que é vendedor, Eu jamais poderia dizer que Marcos tenha um vendedor
dentro dele, porque ele apenas é, ou seja, a pessoa dele em si, a sua vida,
comportamento e atitudes o torna um vendedor, agora eu afirmo: Marcos tem
uma venda, uma loja de vendas de algum produto, não faria nenhum sentido
eu dizer que ele é uma venda, e sim que é um vendedor que possui uma
venda na qual ele comercializa algum produto; ora, isso é muito simples,
qualquer um entende a diferença entre ter e ser algo, entretanto as pessoas
continuam crendo que o homem tem uma alma que se desprende, e vai pro
céu ou pro inferno, ou ainda que vagueie por ai enquanto seu corpo está
noutro lugar, isso é um absurdo do ponto de vista bíblico, uma negação da
verdade, diria até uma abominável mentira, se duvida comprove por si mes-
mo diante dos indícios das evidências que passarei a mostrar-vos.
Como tudo no universo o homem é produto das mãos de Deus, o qual
usou uma fórmula preparada, composta de dois agentes básicos: O seu fôle-
go (de Deus) e o barro, que unidos deram origem ao ser humano, ou seja, à
alma humana, então o homem é um conjunto complexo de dois itens que em
fusão dão origem a um terceiro, que não existiria sem os dois primeiros, o
fôlego existe sem o corpo e sem a alma, o corpo também existe sem o fôlego
e sem a alma, pois é o barro, mas alma não há sem a presença combinada
dos dois anteriores, porque a alma em si não é uma entidade independente,
necessita ela de um corpo e de um espírito/fôlego para que seja real, vou de-
talhar os componentes da fórmula comparando com outra coisa concreta pa-
ra que fique mais fácil:
*Outras versões dizem: “... tornou-se, foi feito, Etc., mas nenhuma dá a entender que o homem tenha
uma alma, e sim que é apenas.
Interessante, quando uma mulher está para ter um filho, nós dizemos: ”vai
dar a luz”, e é exatamente isso que ocorre, se a mulher gerasse só o corpo
da criança na barriga não haveria possibilidade de vida, ou só o fôlego de
Deus também não seria possível dar-se a luz ao bebê, E o exemplo da luz
elétrica ilustra bem isso, agora imagine: quando alguém vai ao interruptor e
desliga a lâmpada, a luz foi pra onde? Pro céu? Pro inferno? Ficou vaguean-
do pelo nada? Ou simplesmente apagou-se? Acredito que todo mundo con-
cordaria comigo e diria no momento que ela apagou-se, isso é lógico, deixou
de existir, podendo voltar à existência novamente como a união da corrente
elétrica com a lâmpada através de um toque humano no interruptor, como a
existência da alma também só e possível pelo toque de Deus na união do
corpo com o espírito/fôlego o que ocorre por ocasião do nascimento ou da
ressurreição.
O homem nunca teve existência eterna, pois foi criado e como ser criado é
passível de ter fim assim como teve início, Só Deus é eterno, visto que nunca
teve início e não é passível, portanto, de ter fim, sempre existiu e sempre
existirá, Glórias ao eterno!
Você nunca vai encontrar na bíblia apoio para provar que o homem é eter-
no, ou que a sua alma não morre, pelo contrário, O Senhor nos fala através
do profeta Ezequiel:
“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é
minha; a alma que pecar, essa morrerá.” (Ez. 18:4).
Cavilações
Hb 4:12 cita:
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada
de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.”
“O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.” (Apo 21:7)
“... todosos que cometem perversidade serão como o restolho; o dia que vem os
abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem
ramo.” (Ml 4:1)
“Tão certo como a justiça conduz para a vida, assim o que segue o mal, para a sua
morte o faz.” (Pv. 11:19)
Ao nos formar um corpo e nos soprar seu espírito, o Senhor Deus conce-
de-nos a oportunidade única de vivermos, e a liberdade de permitir termos
moldada em nossa alma o seu caráter, sua vontade, seus desígnios, sua luz
através de sua palavra, ou de seguirmos com o curso normal da vida, preo-
cupando-nos apenas conosco mesmo de maneira egoísta e dando à nossa
alma a forma que bem entendermos, que pelo fato de ser diferente da que o
Pai planejou, vem a ser igual a que satanás deseja, sendo assim moldada
conforme a aparência do mal e, como sem falta por escolha própria, destina-
da ao lago de fogo.
Jesus disse:
“... Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes,
aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mat. 10:28)
Quem vive em constante comunhão com Deus está firme. Lendo a palavra
em oração e testificando visivelmente do poder de um Deus vivo nas suas
ações diárias diante de todos, Mostra que têm realmente sido o sal da terra,
a luz do mundo; sobre esses a morte tem efeito apenas no corpo físico, pois
a sua vida, ou seja, sua alma, que ai compõe a maneira de ser, caráter se-
melhante ao Pai, fica “guardada com Cristo em Deus” e na primeira ressur-
reição há de se manifestar juntamente com Ele em glória (Cl. 3:3, 4), o inverso
do ímpio, que escolheu voluntariamente afastar sua alma daquele que é po-
deroso para salvá-la, habituando-se assim a viver aquém da esperança da
salvação, e tende a ver perecer no inferno tanto seu corpo como a alma, e
por livre escolha conduz-se a segunda morte, o lago de fogo:
“E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para den-
tro do lago de fogo.” (Ap. 20:15)
Jesus disse que devemos temer aqueles que tem poder para lançar no
Inferno tanto o corpo quanto a alma, ora, o corpo é barro, mas a alma nós
optamos a quem submeter, caso a entreguemos a Deus, ninguém no univer-
so poderá atentar contra ela (Rm. 8:39), Pois o mestre nos garante:
“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo ne-
nhum o lançarei fora.” (Jo. 6:37)
Por isso ao cristão cabe temer a todo aquele que usado pelo diabo venha
usar de sedução para assolar-lhe a fé e sorrateiramente o induzir a outro
caminho, que não seja o estreito (Mt. 7:14) solapando a crença em um Deus
pessoal, ao fiel cumpre perseverar e opor-se as tentações, resistindo as mais
severas agruras, para manter-se ligado ao céu, por que:
Acreditar que o corpo fica aqui e que a alma suba para o céu por ocasião
da morte do justo é realmente infundado, só há margem para confuso racio-
cínio na mente de que alimenta tal crença, porque, na Bíblia, jamais se afir-
mou algo parecido, exceto em parábolas, uma das quais (a do rico e lázaro)
analisaremos mais tarde.
No quadro diagrama das fórmulas foi dito que alma, corpo e espírito fo-
ram feitos para glorificar a Deus, ao engravidar do menino Jesus Maria com-
pôs um cântico que começa da seguinte forma:
Primeiro: Sua alma, ou seja, sua pessoa, intelecto, o que ela era e enten-
dia, engrandecia ao Senhor, isso é certo. Segundo: Seu espírito, ou seja, a
presença de Deus nela, seu fôlego de vida colocado por Ele, a natureza do
eterno em seu ser expressou alegria em Deus, isso também está correto
“... o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor, para o corpo.”
“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em
vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co.6:13,19)
“Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso cor-
po.” (1Co. 6:20 )
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para
a glória de Deus.” (1Co. 10:31)
20 Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, disse consigo: Eis que meu senhor im-
pediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe desse alguma coisa do que trazia;
porém, tão certo como vive o SENHOR, hei de correr atrás dele e receberei dele
alguma coisa.
21 Então, foi Geazi em alcance de Naamã; Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou
do carro a encontrá-lo e perguntou: Vai tudo bem?
22 Ele respondeu: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que, agora mes-
mo, vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região monta-
nhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivais.
23 Disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. Instou com ele e amarrou dois talen-
tos de prata em dois sacos e duas vestes festivais; pô-los sobre dois dos seus mo-
ços, os quais os levaram adiante dele.
24 Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e
despediu aqueles homens, que se foram.
25 Ele, porém, entrou e se pôs diante de seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde
vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma.
26 Porém ele lhe disse: Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem
voltou do seu carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para to-
mares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?
27 Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então,
saiu de diante dele leproso, branco como a neve. (2Re. 5:20-27)
Como vimos, Geazi movido pela cobiça foi atrás dos presentes de Naamã
que Elizeu recusara receber, e ao retornar procedeu com a maior naturalida-
de, mentindo descaradamente quando interrogado por seu senhor, que, intri-
gantemente proferiu as interessantes palavras do Vs.26:
“... Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu
carro, a encontrar-te?...”
Quando o profeta Elias estava para passar seu ministério a Eliseu ocorreu
o seguinte:
“9 Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça,
antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança por-
ção dobrada do teu espírito.
10 Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de
ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará.
11 Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os
separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!
E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13 ¶ Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda
do Jordão.
14 Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o SE-
NHOR, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para um e ou-
tro lado, e Eliseu passou.”(I R. 2:9-14)
A “porção dobrada do teu espírito” não seria outra coisa senão a unção do-
brada de Deus. O espírita ou o fôlego é a parte que vem de Deus na consti-
tuição do ser humano, a outra parte, o barro vem da terra que também vem
indiretamente de Deus, o espírito de Elias não podia ter saído dele e entrado
em Eliseu pois este já havia recebido seu próprio espírito na sua concepção
no ventre materno, e a bíblia jamais afirma em nenhum lugar que o espírito
de um homem possa ser transferido a outro, isso seria incoerência com ela
mesma. Ainda que pudesse seria impossível do ponto de vista lógico, pois
Elias não parece ter morrido na ocasião, sendo, diferentemente, assunto ao
céu num carro com cavalos de fogo; se na verdade seu espírito o tivesse
deixado certamente havia morrido, isso é o que acontece de acordo com as
seguintes passagens:
“Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus
desígnios.” (Sl. 146:4)
Observe no primeiro verso a afirmação que o espírito “... volta a Deus, que o
deu.” e não para outro ser humano, e isso parece se dá também talvez até
com animais (Ec. 3:19-22), mas sem exceção entre os humanos.
O espírito que se diz ser de Elias (Vs9) na verdade era o Espírito Santo que
nele repousava e que caracterizou seu ministério com o comportamento, ca-
ráter, natureza e estilo de vida peculiar a tal ponto de ser chamado o espírito
de Elias, homem de Deus, que não só se refletiu em Eliseu, mas também em
João batista em o novo testamento (Mt. 3:4), o qual foi anunciado pelo anjo
Gabriel que disse a Zacarias:
“E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos
pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o
Senhor um povo preparado.” (Lc. 1:17)
“... espírito e poder de Elias...” não deve ser interpretado fora do seu contex-
to, significa expressamente o espírito e poder de Deus em Elias que viria a
futuramente João Batista, qualquer pessoa concordará comigo nesse aspec-
to, do contrário se colocaria na posição de admitir que tudo o que Elias reali-
zou foi com o poder do seu próprio espírito, o que vem a ser um absurdo, e é
negado pela boca dele mesmo:
“... Elias disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sa-
bido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra,
fiz todas estas coisas.” (1Re.18:36) (grifo acrescentado)
“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos...” (Tg. 5:17)
Portanto, Elias não tinha poder algum inerente a si mesmo, a na ser o po-
der a ele conferido pela unção vivificante do Espírito Santo.
Na passagem correlata em (1Re.17:1) o que podemos entender do fato de
Elias ter dito:” segundo a minha palavra?”
Bem, isso é para que você perceba e tenha uma noção de como Deus
atende a oração de um justo, como citado em (Tg. 5:17) à pouco, e semelhante
ao que Jesus disse:
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e
tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.”(Mt.18:18)
cido no monte com Moisés, pois veja o que diz Salomão acerca dos que já
morreram:
“... não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. (Ec. 9:5, 6)
“... Davi... morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.
(At.2:29)
“Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará
a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais.”
(Jó7: 9, 10)
“... o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do cor-
po de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário,
disse: O Senhor te repreenda!” (Jd.9)
A única maneira pela qual Moisés pôde estar presente no monte da trans-
figuração foi pela ressurreição, da qual ele se fazia representante, prefigu-
rando a segunda vinda de Cristo quando:
“... o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e res-
soada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão pri-
meiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com
eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sem-
pre com o Senhor.(1Ts.4:16, 17)
Na cena, ficou Elias como tipo dos justos que estiverem vivos sobre a ter-
ra, e Moisés, como citado,dos que ressuscitarão no grande Dia do Senhor,
ao vir o Filho do homem na glória do seu reino; isso por que a transfiguração
de Jesus foi um cumprimento de uma promessa feita aos discípulos seis dias
antes, e como tal era um retrato verdadeiro do ocorrerá no fim dos dias, o
que é confirmado a seguir:
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos
túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da
vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.”(Jo.5:28, 29)
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados sere-
mos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta.
A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transforma-
dos.”(1Co.15:51,52)
Elias como Eliseu eram revestidos do Espírito de Deus algumas vezes, segundo a
necessidade; um dia Eliseu quando consultado a respeito do desfecho de uma guerra
entre Israel e os moabitas disse:
Em seguida foi descrito o que iria ocorrer e de fato aconteceu com preci-
são.
Certamente essa foi uma revelação Divina ao povo, transmitida por meio
do seu profeta ungido, coisas semelhantes e mais surpreendentes se deram
com Miquéias, Isaías, Daniel, Jeremias etc. Como também em o novo testa-
mento, visões e sonhos foram recebidos por homens e mulheres eleitos e
santos, entre os quais tomaremos o exemplo de João para estudá-lo a se-
guir.
Achei-me em espírito
O poder de Deus veio sobre João como veio em Elias, Eliseu e Daniel, e
ele teve ali a visão do apocalipse.
Achar-se em espírito, significa o mesmo que receber uma visão, a qual é um
dom de Deus aos seus escolhidos para esse mister, isso é muito profundo,
além da compreensão humana, é como se ele estivesse sonhando, só que,
acordado, não quer dizer que seu espírito estivesse a desprender-se do cor-
po e viajasse até o local da visão, isso não; primeiro por que, assim João
morreria (conforme (Ec.12:7)e(Sl. 146:4)) e ao fim da visão teria de ser ressuscita-
do, o que ficaria difícil de entender e de ser verdadeiro, e ainda diante do fato
“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se
inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.”(Rm.8:5)
“Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não
obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam. Fiquei, pois, eu só
e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor
e se desfigurou, e não retive força alguma.” (Dn. 10:7-9)
contato muito mais próximo às revelações celestiais, mas Deus não deseja
algo menor para nós, pessoas normais, mesmo que pudermos receber vi-
sões como um profeta, devemos também andar em espírito, e ainda que en-
volvidos em muitos empreendimentos e à procura do sustento diário, temos
como prioridade buscar:
“... em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” (Mt.6:33)
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca.” (Mt.26:41)
“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais
do mal, nas regiões celestes.” (Ef. 6:12)
“Então, enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram
a cidade. Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que
tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai!
Meu senhor! Que faremos? Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão
conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que
lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o
monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.”(2Re.6:14-17)
O moço não via, contudo, mais eram os que estavam com Eliseu do que
os que estavam com os siros, e então comprovou depois da oração do ho-
mem de Deus.
Eu pergunto: era apenas o espírito de Eliseu que estava em visão? Ou ele
como um todo, corpo, alma e espírito? Será que as tropas dos siros também
viram os carros e cavalos de fogo? Creio que não, pois se os tivessem visto
teriam recuado, não acha?
Um grande conflito cósmico se desenrola à nossa volta do modo como vi-
mos com Eliseu, agentes invisíveis estiveram e estão em ação ferrenha, e ao
“achar-se em espírito” o profeta pôde perceber e até ver os acontecimentos
espirituais ao seu redor, sejam presentes, passados ou futuros, não é isso
desligar-se do corpo, mas receber a percepção de Deus, se nos fosse permi-
tido, enxergaríamos como as coisas realmente são à nossa volta.
“Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro
céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no
corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu pala-
vras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.”(2Co.12:2-4)
A questão é:
Apenas o espírito de Paulo foi arrebatado ao terceiro céu?
Digamos que sim, suponhamos que fosse; faria lógica com o restante das
escrituras ou mesmo com as leis da física?
Como então poderia ter ele guardado o registro de tudo que testemunhou
na mente se o seu cérebro não estava presente? E como poderia ter ouvido
o que quer que fosse se seu ouvido ficou aqui? Sim por que pelo que eu sai-
ba tanto o cérebro o ouvido são órgãos sensitivos afixados no corpo e não no
espírito humano, já o raciocínio é insígnia da alma a qual não existe sem um
corpo que teria de estar presente para que a alma tivesse consciência. E por
outro lado a audição é percepção sistêmica do organismo e necessita do
corpo como da alma para ser interpretada.
O mistério da visão de Paulo é profundo e complexo, o mais lógico seria
que ele tivesse recebido um corpo celestial (1Co.15:40e53) que o habilitasse a
entrar no terceiro céu e ouvir o que ouviu lá, admitir que ele estivesse lá ape-
nas com seu espírito/fôlego estaria contrário à palavra de Deus que não pode
errar(João 10:35), a qual deve ser entendida pelo seu contexto,“um pouco aqui,
um pouco ali.”(Is.28:10)
“... porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre...” (Dt.
29:29)
E pelo que o Senhor nos tem revelado em sua palavra sabemos que Paulo
ao fim de sua vida disse:
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará
naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”
(2Tm.4:8)
Deus é espírito
Não em carne, como muitos o tem feito hoje em dia, excitando o sistema
nervoso e atribuindo suas histerias ao Espírito santo, propagando a nulidade
da lei e ao mesmo tempo querer participar da graça, para que:
“a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a
carne, mas segundo o Espírito.”(Rm.8:4)
O Rei e a Feiticeira
3 Já Samuel era morto, e todo o Israel o tinha chorado e o tinha sepultado em Ramá, que era a sua
cidade; Saul havia desterrado os médiuns e os adivinhos.
4 Ajuntaram-se os filisteus e vieram acampar-se em Suném; ajuntou Saul a todo o Israel, e se acam-
param em Gilboa.
5 Vendo Saul o acampamento dos filisteus, foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu cora-
ção.
6 Consultou Saul ao SENHOR, porém o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por
Urim, nem por profetas.
7 ¶ Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium, para que me encon-
tre com ela e a consulte. Disseram-lhe os seus servos: Há uma mulher em En-Dor que é mé-
dium.
8 Saul disfarçou-se, vestiu outras roupas e se foi, e com ele, dois homens, e, de noite, chegaram à
mulher; e lhe disse: Peço-te que me adivinhes pela necromancia e me faças subir aquele que eu
te disser.
9 Respondeu-lhe a mulher: Bem sabes o que fez Saul, como eliminou da terra os médiuns e adivi-
nhos; por que, pois, me armas cilada à minha vida, para me matares?
10 Então, Saul lhe jurou pelo SENHOR, dizendo: Tão certo como vive o SENHOR, nenhum castigo
te sobrevirá por isso.
11 Então, lhe disse a mulher: Quem te farei subir? Respondeu ele: Faze-me subir Samuel.
12 Vendo a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher disse a Saul: Por que me enganaste?
Pois tu mesmo és Saul.
13 Respondeu-lhe o rei: Não temas; que vês? Então, a mulher respondeu a Saul: Vejo um deus que
sobe da terra.
14 Perguntou ele: Como é a sua figura? Respondeu ela: Vem subindo um ancião e está envolto nu-
ma capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou.
15 ¶ Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então, disse Saul: Mui angusti-
ado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se desviou de mim e já não me res-
ponde, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso, te chamei para que me reve-
les o que devo fazer.
16 Então, disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o SENHOR te desamparou e
se fez teu inimigo?
17 Porque o SENHOR fez para contigo como, por meu intermédio, ele te dissera; tirou o reino da
tua mão e o deu ao teu companheiro Davi.
18 Como tu não deste ouvidos à voz do SENHOR e não executaste o que ele, no furor da sua ira,
ordenou contra Amaleque, por isso, o SENHOR te fez, hoje, isto.
19 O SENHOR entregará também a Israel contigo nas mãos dos filisteus, e, amanhã, tu e teus filhos
estareis comigo; e o acampamento de Israel o SENHOR entregará nas mãos dos filisteus.
20 De súbito, caiu Saul estendido por terra e foi tomado de grande medo por causa das pala-
vras de Samuel; e faltavam-lhe as forças, porque não comera pão todo aquele dia e toda aquela
noite.(1Sm.28:3-20)
São contraditórias?
“assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acorda-
rá, nem será despertado do seu sono.” (Jó. 14:12)
“Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus
desígnios.” (Sl. 146:4)
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no
além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria
alguma.” (Ec.9:10)
Se ela diz que o morto não sabe nada é porque não sabe mesmo;
Você esteve dormindo esta noite?
Sabe dizer o que estava acontecendo a sua volta enquanto dormia?
É claro que não, só se estivesse fingindo que dormia!
Apresenta-se o perspicaz
Primeiro:
“... não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua
memória jaz no esquecimento... ( ) ... para sempre não têm eles parte em coisa alguma
do que se faz debaixo do sol.” (Ec. 9:5, 6)
Segundo:
Vê se não concorda comigo;
Se fosse Samuel de fato, então deveria “descer do céu” e não “subir da ter-
ra” (Vs13) não é mesmo?
Todos nós somos cientes de que Samuel era justo e como tal receberá a
sua herança no reino de céus, se você acredita que ao morrer, os justos re-
ceberão recompensa imediata, então como explica o fato de Samuel emergir
das regiões inferiores, e não celestiais?
Teria ele, porventura, descido do céu e passado por baixo da terra? Faça-
me o favor!
Terceiro:
A necromancia é condenada por Deus (Lv. 20:27)(Dt.18:11, 12) o próprio Saul
foi morto, entre outras coisas, também em conseqüência do pecado de con-
sultar uma necromante (1Cr.10:14).
É inconcebível aceitar que Samuel, profeta de Deus, santo homem esco-
lhido e puro, utilizasse tal meio para dar qualquer mensagem, ou que Deus o
permitisse assim fazer, isso seria contra o que Ele mesmo ensinou e asseve-
rou; uma comunicação com o verdadeiro Samuel teria sido indiretamente,
uma comunicação de Deus, devido ser ele seu representante, e tacitamente
é dito que:
“... o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profe-
tas.” (1Sm.28:6)
Veja:
O Senhor não dava resposta por nenhum meio;
Samuel era um dos meios que Ele usava para revelar sua vontade, portan-
to constata-se a incoerência.
Interessante notar a médium haver dito que era “Vejo um deus que sobe da
terra.” (Vs13)
Como um deus?
Há duas hipóteses consideráveis:
Uma que o mesmo vocábulo ai traduzido como deus em (Ex.21:6) e (22:8, 9) é
transcrito como “juízes”, direto do original hebraico, sendo aceitável do ponto
de vista que Samuel:
Exercendo assim, função de juiz, observe que Saul dessa forma o reco-
nheceu, além disso, esse vocábulo é usado em (Gn. 35:2) (Ex.12:12 e 20:13) e em
algumas outras passagens com referência a deuses falsos. Veja que assim,
a médium ao ver “... um deus que sobe da terra.” (Vs13) na verdade estava vendo
uma dessas entidades pagãs, que eram precisamente, um demônio personi-
ficado na pessoa de Samuel, como é próprio dele agir dessa forma, desde
quando usou a serpente no jardim do éden (Ap.12:9) passando pela tentação
de Jesus no deserto (Mt.4:1-11).
“E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e
o fim deles será conforme as suas obras.” (2Co.11:14)
O Samuel que a médium feiticeira “fez subir” e que conversou com Saul
era o famigerado príncipe das trevas, o Inimigo de nossas almas, “...o acusa-
dor de nossos irmãos...”(Ap.12:10), isso é comprovado nas escrituras, do contrá-
rio por que teria sido Saul rejeitado? Por que teria proibido Deus o contato
tais instrumentos? Não é exatamente por serem as armadilhas de Satanás?
Sim, toda a estrutura do mal e seus enganos são identificados na feitiçaria
antiga e espiritismo moderno, os fundamentos de suas avassaladoras menti-
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo.3:16)
“... o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profe-
tas.”(1Sm.28:6), e (1Cr.10:13, 14) diz que Saul consultou a necromante,
“e não ao SENHOR, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de
Jessé.” (1Cr.10:13, 14)
Ao falar de maneira dura, a entidade procurou zombar do rei e amaldiçoá-
lo de tal forma a destruir todas as suas esperanças, fazendo-o desprovido de
forças, apresentou a Deus como sendo o responsável por sua miséria, e de-
seja até hoje que muitos assim o pensem, quando ele mesmo havia incitado
o monarca a contínua rebelião, levando-o a fazer escolhas que o afastariam
cada vez mais do único que o poderia salvar.
Esse é um típico e triste exemplo do pecado contra o Espírito Santo
(Mt.3:29), Saul recusou ouvir a essa voz e obedecer durante tanto tempo, que
ele terminou por apagar-se em sua consciência, e no lugar satanás colocou
angústia e medo (Vs.20) fazendo sobrevir ao pobre homem tudo o que ele
mais temia, e ainda para concluir e caracterizar seus propósitos, fez parecer
que essa era a vontade de Deus, o que nunca foi verdade:
“Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto,
convertei-vos e vivei.” (Ez. 18:32)
Houvesse o arrependimento, é certo que a história não teria tido esse fim,
Deus não rejeitou aquele que, antes Ele havia ungido por preferência, mas
por que ele próprio se fez aborrecível, ele mesmo plantou e colheu, persistiu
na maldade rejeitando a justiça, sorveu o amargo cálice da rebelião por inici-
ativa individual, o Pai Eterno, que sonda mentes e corações e conhece o fim
desde o começo, sabia como tudo ia acabar e tratou de eleger Davi em seu
lugar, no entanto nunca interferiu nas decisões íntimas e particulares de Sa-
ul, ele morreu pelo seu próprio pecado.
Questões intrigantes
Por que Saul foi enganado e aceitou a mensagem falsa como sendo do
verdadeiro profeta? (Vs14)
E, porque a Bíblia no (Vs.15) usa a expressão: “... Samuel disse...”
Se não era ele mesmo que estava falando?
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt.7:21)
Dar uma fruta a uma criança não parece mal aos olhos de ninguém, no en-
tanto, se aquele que assim faz, não tem em seu íntimo a intenção de ganhar
a confiança para depois seqüestrá-la?
Saul caiu na armadilha satânica e foi enganado a ponto de, mesmo sem
ver, “entender que era Samuel, inclinar-se e prostrar-se” (Vs14) isso ocorreu
por tentar angariar a benção eximindo-se do compromisso exigido, deu cre-
dibilidade a quem não merecia, tornado-se presa fácil do maligno, que caço-
ou dele como bem quis, ao o ver cegado pelo ódio e inveja.
Segundo detalhe:
Espíritos em Prisão *
Vamos juntos escavar a verdade e nos debruçar no manancial da pala-
vra de Deus; o Texto em questão é dos mais polêmicos e alvo das mais
absurdas interpretações, reitero que o problema todo está na mente, ou
seja, na crença de quem insiste em ver as coisas sempre da sua forma; no
juízo final os ímpios serão condenados nem tanto por crerem na mentira,
mas:
“... porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.”
(2Ts.2:10)
Quem quer que tenha sido salvo no AT, o foi por que acreditou na re-
denção que Deus enviaria no futuro, todos os animais mortos para a re-
missão dos pecados, eram fiados no supremo ato de entrega que Deus
faria através de Cristo, em um único momento e de uma vez por todas,
visto ser o cordeiro perfeito não faria injustiça na expiação, sendo todo
suficiente. Veja: (Jó 19:25) (Sl. 6:4) (Gn. 15:6)
*Conteúdo Incompleto
O Rico e Lázaro
“19 Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que,
todos os dias, se regalava esplendidamente.
20 Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à por-
ta daquele;
21 e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vi-
nham lamber-lhe as úlceras.
22 Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; mor-
reu também o rico e foi sepultado.
23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lá-
zaro no seu seio.
24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro
que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou ator-
mentado nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida,
e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tor-
mentos.
26 E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27 Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem tam-
bém para este lugar de tormento.
29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, ar-
repender-se-ão.
31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco
se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”(Lc.16:19)
Teria o rico ido realmente para o inferno? E Lázaro pro céu, ou seio de
Abraão? A maioria das igrejas cristãs acredita que sim e baseiam-se nesse
relato a fim de justificarem a existência de um inferno de tormento eterno, a
mortalidade da alma e a consciência pós-morte; coisas que não fazem o me-
nor sentido escriturístico, podem soar semelhante ao platonismo, a mitologia
grega, ou a idolatria pagã, mas com a bíblia nunca! Nunca você encontrará
tal ensinamento dessa premissa na palavra de Deus; deve estar presente
sim na grande babilônia dentro do:
Ai sim ele pode estar na bíblia, mas sendo como um dos componentes do:
Então como diz Lucas, o rico vestia-se bem, se regalava ou fazia festas,
morreu e foi para o inferno, por outro lado, Lázaro era mendigo, cheio de fe-
ridas, morreu e foi para o seio de Abraão.
Agora responda:
O que o rico fez de tão mal pra ir pro inferno? Teria sido pelo fato de vestir-
se de linho finíssimo?
Creio que não:
“pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o li-
nho finíssimo são os atos de justiça dos santos.” (Ap.19:8)
E isso não parece ser uma coisa má, muito pelo contrário, é símbolo de
santidade.
Então teria sido por causa das festas que fazia?
Ora se você é rico, está alegre, que mal há em fazer uma festa? Bem tal-
vez ele tenha exagerado pois eram “todos os dias”(Vs19); mas os filhos de Jó
também faziam festas sucessivas e convidavam suas irmãs (Jó1:4) para come-
rem e beberem, e que mal tinha?
Vá lá que as festas do rico eram profanas, ai sim haveria razão que expli-
casse sua ida para o inferno, mas a passagem não diz assim, diz apenas
que: “se regalava esplendidamente.” Ou “todos os dias dava uma grande festa.”
(NTLH)
Então seu pecado foi porque ele não tratou melhor a Lázaro? Talvez sim,
por não compartilhar de sua riqueza como o pobre, todavia note o seguinte:
Lázaro era como diz o (Vs20) “coberto de chagas”, o que seria provavelmente
lepra, pústula ou doença do tipo, o que certamente não tinha cura nem tra-
tamento na época, inclusive existia uma lei levítica que proibia o acesso de
tais pessoas ao convívio do ambiente social, como exemplo leia:
“As vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e os seus cabelos se-
rão desgrenhados; cobrirá o bigode e clamará: Imundo! Imundo! Será imundo durante
os dias em que a praga estiver nele; é imundo, habitará só; a sua habitação será fora
do arraial.” (Lv. 13:45, 46)
Ainda que as feridas de Lázaro não fossem lepra, ou não contagiosas, se-
ria no mínimo horripilante vê-lo ali parado, pense no que você faria se todo
dia um mendigo canceroso batesse à sua porta para pedir comida? Por certo
daria, e quem sabe até o ajudasse a fazer um tratamento intensivo em um
“Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua
descendência a mendigar o pão.” (Sl. 37:25)
Lázaro recebeu os males durante sua vida terrena (Vs25), porém Jesus dis-
se:
“eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo. 10:10)
Não sei, mas acredito que se lázaro vivesse hoje, muitos líderes de igrejas
o reputariam como crente fraco, sem fé, que “não toma posse da benção de
Deus”, frio e acomodado, pois não “determina sua vitória” prefere mendigar e
não expulsa a doença de seu corpo!
Digamos entrementes que Lázaro tenha sido um pobre honrado, quando
posteriormente veio seguir a Jesus, aceitando-o e recebendo a salvação pela
fé! Todavia por mais contrariante e incrível que pareça, o texto bíblico nos
mostra um homem rico e aparentemente justo que foi pro inferno e outro po-
bre e aparentemente infiel que foi para o seio de Abraão! Veja bem, faz sen-
tido isso?
Espere, antes de continuarmos tentemos descobrir o que seria o “seio de
Abraão” (Vs22).
Seria o céu?
Seria algum paraíso intermediário entre terra e céu? Isso é pouco provável,
por que ao que parece estava mais próximo era do inferno, separado apenas
por um “grande abismo”, dando até para ver as almas queimando no tormen-
to.
Qual a referencia ao “seio de Abraão” (Vs22) no restante da bíblia? Por que
não aparece mais em nenhum outro lugar?
Será que todo justo que morre vai pra lá?
Para onde teria ido Abel, se, quando morreu, Abraão nem existia ainda?
E para onde teria ido Abraão? Pro seio dele mesmo?
Amigo, o patriarca Abraão está morto já há muito tempo (Gn. 25:8) e ainda se
quer, recebeu a sua herança (Hb.11:30), como pode servir ele de refúgio para
os justos que morrem?
Aguarda sim, juntamente com todos os justos mortos a esperança da res-
surreição como cita Jesus em (Mt.22:31) para viver na cidade que Deus lhe
preparou (Hb.11:16) (Jô.14:1) e não no seu próprio seio! Promessa dada Tam-
bém a todos que participam de sua fé e imitam o seu exemplo para um dia
chegarem ao “seio do pai” (Jo. 1:18) o único que realmente pode acolher a to-
dos.
“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para
que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”
(2Co5:10)
Observe também que os mortos não podem ter contato algum com os vi-
vos como sugeriu o rico (Vs30) a não ser por meio da ressurreição como Abra-
ão disse (Vs 31) .
Sendo assim, vamos estudar qual seja o sentido da estória tendo como
base a instrução do pregador:
“... conferindo uma coisa com outra, para a respeito delas formar o meu juízo...” (Ec.
7:27)
“Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes:
Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dig-
nos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a
Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abra-
ão.”(Mt.3:7-9)
“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na mi-
nha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; ... Responderam-lhe: Somos des-
cendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis li-
vres?... Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, por-
que a minha palavra não está em vós. ( )... Então, lhe responderam: Nosso pai é
Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abra-
ão.(Jo.8:31, 33, 37, 39)
Muitas pessoas rodeavam Jesus, mas foi especificamente aos judeus fari-
seus que o mestre dirigiu a parábola do rico e Lázaro (Lc. 16:14) que era a quin-
ta de uma seqüência começada no início do capítulo 15 de Lucas.
“... Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus. (Rm.
3:2)
“Habitando, pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus,
e ferezeus, e heveus, e jebuseus, tomaram de suas filhas para si por mulheres e deram
as suas próprias aos filhos deles; e rendiam culto a seus deuses. Os filhos de Israel
fizeram o que era mau perante o SENHOR e se esqueceram do SENHOR, seu Deus; e
renderam culto aos baalins e ao poste-ídolo.(Jz.3:5-7) veja também (Nm.25)
Por que:
“Assim diz o SENHOR Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda congre-
garei outros aos que já se acham reunidos. (Is. 56:6, 8)
“... que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas
as nações, começando de Jerusalém.” (Lc.24:47)
“... e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Sa-
maria e até aos confins da terra.” (At.1:8)
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante
dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!”
(Mt.23:13)
A lei levítica e a bíblia mesmo parece ser rígida no que tange a completa
exclusão dos “incircuncisos” gentios, tanto que a respeito dessa relação Jesus
chegou ao ponto de afirmar que:
“... Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” (Mt.15:26)
“... Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” (Mt.8:10)
“tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, ainda que Noé, Daniel e Jó estives-
sem no meio dela, não salvariam nem a seu filho nem a sua filha; pela sua justiça sal-
variam apenas a sua própria vida.” (Ez. 14:20)
Somente quem anda de acordo com a luz que possui, receberá luz maior,
para que, com a sabedoria do alto, torne-se:
“... que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abra-
ão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados
para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mt.8:11, 12)
“Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo
que lhe produza os respectivos frutos.”(Mt.21:43)
Todos os clamores do rico para que Abraão enviasse Lázaro “à minha (sua)
casa paterna” para dar testemunho a seus irmãos “a fim de não virem também
para este lugar de tormento.” foram em vão, por haverem rejeitado a palavra de
Deus como um todo, Moisés e os profetas, eram se não, a bíblia contempo-
rânea que tinham, da qual Jesus disse:
“Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque
não sois de Deus.” (Jo.8:47)
O rico tentou eximir-se pedindo um sinal sobrenatural para que seus ir-
mãos pudessem crer, mas se rejeitavam a própria palavra sagrada que car-
regavam, ficaria impossível reabilitar-se, é tanto verdade que algum tempo
depois Jesus ressuscitou um morto, também chamado Lázaro, que claro, não
era o mesmo, e ainda assim, ao invés de arrependerem-se, acreditando no
testemunho deste, como prometia (Vs30) tornaram-se mais duros e:
“... Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda
que ressuscite alguém dentre os mortos.” (Lc.16:31)
E ainda acerca da ressurreição desse outro Lázaro está escrito que Jesus
ao dirigir-se a tumba a fim de ressuscitá-lo orou ao pai, e depois:
“... tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!”(Jo.11:43)
Se viesse dos infernos seria mais lógico que Jesus dissesse: sobe daí! Ou
no céu, e haveria de dizer: desse depressa! Como disse a Zaqueu (Lc.19:5)
quando este se encontrava no sicômoro, todavia, não foi assim que o evan-
gelista João escreveu, mesmo no original grego Jesus apenas diz solene-
mente:
Dando a entender que ele não estava em nenhum outro lugar que não fos-
se ali, dentro do túmulo, é claro que seu espírito/fôlego estava em Deus con-
forme (Ec.12:7), e à ordem do Messias retornou para o corpo moribundo de Lá-
zaro, trazendo sua alma mais uma vez a existência, o que fez com que ele
despertasse do sono (Jo.11:11) levantando-se e saindo ainda enfaixado, isso
para testemunho do poder de Deus no ministério de Cristo.
Resposta:
Por que Ele sabia pra quem estava falando, note pelo contexto, que a pa-
rábola foi dirigida aos fariseus (Lc. 16:14), os quais junto com os herodianos e
saduceus formavam a mais forte influência do judaísmo, e entre os quais ha-
via muitos que não criam na ressurreição(Mt.22:23), e pela história secular
comprovamos que a literatura judaica era cheia de crendices, como a exem-
plificada na parábola, e o mestre, valendo-se dos artifícios dos expectantes,
usou a mentira em que acreditavam para ensinar uma verdade na qual não
criam.
Onde o intérprete da lei é forçado a admitir que o seu próximo poder ser
também inclusive e principalmente um samaritano, ou seja, o indivíduo a
quem menos se afeiçoa;
“... a outros lavradores que lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos.” (Vs41)
Subtensão interna
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, en-
tão, retribuirá a cada um conforme as suas obras.” (Mt.16:27)
“vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes.” (At.7:53)
Apelo Final
Amigo, siga firme na trilha reta do horizonte íngreme que conduz ao salva-
dor, assim como o Espírito Santo te mostra, toma tua cruz e segue a Jesus, e
onde estiveres Ele estará também, caminhe na senda estreita dessa luz e
aperte-se na porta para transpô-la, Jesus pode romper as barreiras, afastar
os espinhos, despedaçar as rochas, abrir estrada nas águas, extinguir a vio-
lência do fogo, repreender o vento e as ondas para te conduzir à salvo, incó-
lume até o fim.
Não olhe pra traz, negue-se a si mesmo, levante a cabeça e ande, não te-
mas, segura a bandeira, ergue o estandarte de quem deu a vida por ti, segue
os seus passos na via retilínea da abnegação e do sacrifício, a vitória será
daqueles que: “... mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”