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Sérgio Duque Castilho1, Alex Fernando Sousa Antonio1, Delano Luiz Gnaspini
Lamparelli1
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Faculdade de Tecnologia de Ourinhos
RESUMO: Existem varias marcas e modelos de roteadores sem fio disponíveis no mercado
contendo tecnologias diferentes de fabricação, podendo chegar a diferenças em relação à
capacidade máxima do fluxo das informações. Através de testes de bancada utilizando o padrão
IEEE 802.11g, pretende-se analisar e verificar a taxa máxima real de transferência que cada
modelo escolhido consegue sustentar e se todas as informações em relação a suas funções e
recursos condizem com as especificações do fabricante do produto. Pretende-se com este
trabalho identificar por meio de testes se as tecnologias distintas empregadas na fabricação das
marcas e modelos dos roteadores sem fio utilizados podem levar a diferenças significativas na
capacidade máxima do fluxo das informações. Com o grande e rápido desenvolvimento das
tecnologias de rede sem fio, o surgimento de novos equipamentos e um numero cada vez maior
de usuários aderindo ao uso devido à facilidade e rapidez com que as redes sem fio são
implementadas, surge à necessidade de verificar sua real capacidade e se os equipamentos se
enquadram corretamente em relação as características passadas na hora de sua aquisição.
Serão realizados testes funcionais em laboratório utilizando alguns programas de
benchmarking com roteadores e adaptadores sem fio, para poder medir as taxas de
transferência, possibilitando obter informações e afirmações de até que ponto um roteador sem
fio tem seu funcionamento correto.
Palavras-chave: Redes, Taxa de Transferência, Sem Fio.
ABSTRACT: There are several brands and models of wireless routers on the market containing
different manufacturing technologies, reaching differences in the capacity of the flow of
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information. Through bench testing using the IEEE 802.11g standard is intended to analyze and
verify the actual maximum transfer rate that each chosen model can sustain and that all
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information in relation to its functions and features are consistent with the manufacturer's
product. The aim of this work was identified by testing whether the different technologies used
in manufacturing of brands and models of wireless routers used may lead to significant
Introdução
Tecnologias de rede sem fio são indispensáveis nos dias atuais. Vários padrões
de comunicação sem fio têm evoluído e tentam
fornecer protocolos e padrões para controle de acesso de redes sem fio, dentre estes o
IEEE 802.11é o mais utilizado.
Sousa (2002) define “uma conexão sem fio como qualquer forma de conexão
entre dois sistemas transmissor e receptor de dados que não requeira o uso de fios” onde
são utilizados frequências de rádio.
Apesar da grande vantagem das redes sem fio, os fabricantes nem sempre
implementam todas as possíveis características nos equipamentos como roteadores e
APs (Pontos de Acesso) para redes sem fio. São comuns esses equipamentos não
atingirem sua capacidade de transferência nominal especificada no momento de
implantá-los
especificadas.
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Segundo Torres (2010) dentre os padrões de redes sem fio mais populares
encontra-se o 802.11a, 802.11b e o 802.11g, e desses padrões o que foi adotado para a
Evolução da Tecnologia
O início da utilização dos serviços sem fio nos remetem até o começo do século
XIX, quando o físico italiano Guglielmo Marconi, deixou sua marca no mundo das
tecnologias sem fios, em 1894 ele começou a efetuar inúmeros testes utilizando as
ondas de rádio, pois tinha como objetivo produzir e detectar ondas de rádio a longa
distância. Em 1896 o físico italiano conseguiu, obteve a patente e criou a primeira
fábrica de rádios do mundo.
Assim, as redes sem fios que conhecemos hoje, estão presentes dentro, salas de
aula, e empresas pelo mundo. Essa mobilidade e facilidade fizeram com que ao passar
dos anos o homem busca-se o desenvolvimento e aperfeiçoamento de se comunicar
através de recursos que não necessitassem de cabos para ligar um ponto ao outro, e
assim dando uma maior flexibilidade e uma alta conectividade.
Toda essa tecnologia vem conquistando notoriamente cada vez mais ambientes
corporativos e domésticos devido as suas facilidades. Conseguindo suprir as
necessidades dos seus usuários, se tornando mais acessível e cada vez mais vantajoso.
Wi-Fi e IEEE 802.11 não são a mesma coisa [...] Wi-Fi é uma marca
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O padrão IEEE 802.11 teve sua primeira versão lançada no ano de 1997, após
sete anos de testes, pesquisas e estudos, até sua total implementação. As especificações
do padrão IEEE 802.11 como um padrão para redes sem fio foi aprovada então, pelo
IEEE no ano de 1997. Como todos os outros padrões IEEE 802, o IEEE 802.11 foca as
duas primeiras camadas do modelo OSI, a camada física e a camada de enlace.
Segundo Forouzan (2008) ele descreve que o padrão define dois tipos de
serviços, que são o Basic Service Set (BSS) e o Extended Service Set (ESS). O BSS
possui uma estação base central conhecida como AP (Access Point), enquanto o ESS é
composto a partir de duas ou mais BSSs, conectadas por meio de um sistema de
distribuição com fio LAN.
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Mesmo com o nome muito semelhante ao usado por outras arquiteturas como na
IEEE 802.3, IEEE 802.5 e na arquitetura FDDI. Ela tem seu funcionamento bem
distinto.
Segundo Torres (2010), o MAC IEEE 802.11 é responsável por gerar o quadro
de dados a ser transmitido, além de dividir os pacotes de dados em quadros. Ele ainda
verifica se o meio está disponível para transmissão, também confirmando se os dados
foram recebidos corretamente que se dá pelo quadro controle chamado ACK, e sendo
responsável pela criptografia caso a mesma esteja habilitada.
Sistemas de Modulação
Introdução a Radiofrequência
Compreender o meio físico é uma das formas para poder entender melhor as
comunicações e sistemas wireless onde o recurso fundamental são as técnicas de
transmissão de dados através do espectro de frequência eletromagnético, redes IEEE
802.11 podem usar três técnicas diferentes para transmissão de dados: FHSS, DSSS e
OFDM. Como as redes sem fio utilizam sinais de rádio para se comunicarem, precisam
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usar uma frequência para transmissão. São duas as faixas de frequência livre do espectro
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eletromagnético que podem ser usadas, a faixa de 2,4 GHz e a faixa de 5 GHz, sendo
Antenas
Ainda segundo Sousa, existem dois tipos de antenas para aplicações sem fio:
omnidirecional e direcional. As omnidirecionais cobrem 360º no plano horizontal e
trabalham bem em áreas amplas ou em aplicações multiponto enquanto as direcionais
concentram o sinal em uma única direção podendo ter alcance curto e amplo ou longo e
estreito onde quanto mais estreito o sinal maior a distância que ele alcançará.
As redes sem fio nada mais são do que redes que não fazem o uso de fios para
poder realizar a transmissão de dados, mas sim unicamente pelo ar, assim efetuando
essa transmissão por meios de raios infravermelho, rádio, microondas ou laser.
Os tipos de redes sem fio são: Redes Pessoais (WPANs - Wireless Personal Area
Networks), Redes Locais (WLANs - Wireless Local Area Networks), Redes
Metropolitanas (WMANs - Wireless Metropolitan Area Networks) e Redes Celulares
(2.5G, 3G, 4G e 5G)
Testes
Nos testes realizados foram utilizados 3 (tres) programas de medida de
desempenho para medir as taxas de transferência. Normalmente os testes de
transferência de TCP é medida em megabits por segundo (Mbps) e em qualquer direção,
do uplink para transmitir dados do cliente para o AP ou downlink do AP para o cliente.
O desempenho do downlink utilizando o TCP é a métrica mais relevante, pois reflete o
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O primeiro passo é decidir quais os produtos serão testados e com quais pontos
de acesso, qual modelo de Roteadores sem fio e de qual fabricante.
Primeiro foram escolhidos dois modelos de Roteadores Sem Fio para realizar os
testes e serem os pontos de acesso, ambos do padrão G (54 Mbps), e com antenas de 5
(cinco) dbi, nos testes realizados foram rotulados como roteador 1 com o chipset
Marvell 88F5180NB1 e roteador 2 com o chipset Atheros AR2318.
Foi adotada uma regra para começar os testes com os programas, como dois
deles só disparam os testes sendo um servidor e o outro cliente, foi feito a seguinte
regra:
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Para cada comando disparado entre servidor e cliente tanto no IPERF quanto no
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NETPERF, foram repetidos três vezes, ou seja, assim podendo fazer uma média
dos três resultados no IPERF e uma média do NETPERF com seus três
resultados também.
IPERF
PRIMEIRO COMANDO IPERF TCP:
Comando dado no servidor (192.168.1.100). O mesmo só dispara esse comando e
aguarda o cliente:
iperf -s -f k
NETPERF
PRIMEIRO COMANDO NETPERF:
Comando dado no servidor: (192.168.1.100). O servidor só dispara esse comando e
aguarda o cliente:
netserver
VNSTAT
Comando dado para o VNSTAT monitorar o fluxo de dados da rede:
vnstat -l -i wlan0
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Resultados
Pacote – 122061
Pacote – 97670
Após chegar aos resultados finais foi efetuado um teste entre os dois adaptadores
sem fio modelo Atheros Communications, Inc. AR9271/AR9002U utilizados nos
notebooks. Foi feito uma configuração adhoc entre os dois notebooks e executamos uma
vez os comandos do IPERF, do NETPERF e VNSTAT. E os Resultados foram os
seguintes:
Pacote – 83500
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Considerações Finais
Observamos que apesar de o roteador 1 ter trabalhado mais rápido, ele também
teve uma perda maior de pacotes enviados levando em consideração que o tempo de
disparo para ambos os testes realizados e o tamanho dos arquivos eram idênticos para
cada equipamento, com isso acreditamos que por serem aparelhos de valores comerciais
bem acessíveis e destinados a uso doméstico e não empresarial, tanto um equipamento
como o outro apresentaram o mesmo desempenho.
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futuros testes práticos para verificar numero máxima de clientes que os equipamentos
Referências
BORDIM, Jacir Luiz. Padrões para redes sem Fio. Universidade de Brasília, 2006.
ENGST, Adam & FLEISHMAN, Glenn. Kit do Iniciante em Redes Sem Fio. 2ª
Edição. Editora Makron Books, 2005.
SILVA, Luiz Antonio F. da, DUARTE, Otto Carlos M. B. RADIUS em Redes sem Fio.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. RJ – 2003, Disponível em:
<http://tinyurl.com/83wqjz4> Acesso em 27 de set 2011, 11h10min.
SILVA, Marcel Willian Rocha da. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
Ciências Em Engenharia Elétrica, assunto: Alocação de canal em redes sem fio
IEEE 802.11 independentes. Universidade Federal do Rio de Janeiro – 2006.
Disponível em <http://www.gta.ufrj.br/ftp/gta/TechReports/Marcel06/tese.pdf>
SOUSA. Maxuel Barbosa de – Wireless - Sistemas de rede sem fio – Rio de Janeiro:
Brasport., 2002.
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