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CARTA-CIRCULAR Nº 3.

235

Estabelece critérios para a classificação de


cédulas e moedas nacionais, o recolhimento de
numerário à Instituição Custodiante e ao
Banco Central do Brasil e dá outras
providências.

O Banco Central do Brasil, no exercício das atribuições que lhe confere o art. 10,
inciso II, da Lei nº 4.595, de 31.12.1964, tendo em vista uniformizar procedimentos para a
manutenção do bom estado do meio circulante, que é requisito fundamental para assegurar o
reconhecimento de suas características de segurança, vem estabelecer critérios para a
classificação do numerário a ser encaminhado pelas instituições financeiras bancárias à
Instituição Custodiante.

DOS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DO NUMERÁRIO

2. As cédulas a serem encaminhadas à Instituição Custodiante deverão ser


classificadas em:

I - utilizáveis;

II - não-utilizáveis;

III - dilaceradas; e

IV - mutiladas.

3. Cédulas utilizáveis são aquelas adequadas à circulação, por se apresentarem em


bom estado de conservação e com tamanho original.

4. Cédulas não-utilizáveis são aquelas inadequadas à circulação que, apesar de se


apresentarem com tamanho original, encontram-se desgastadas pelo uso.

5. As cédulas dilaceradas são aquelas inadequadas à circulação que apresentam, pelo


menos, um dos seguintes indicadores:

I - caracteres estranhos (marcas, desenhos, rabiscos, carimbos, etc.);

II - fitas adesivas ou grampos metálicos;

III - áreas fragmentadas, rasgadas, furadas, cortadas ou emendadas, com mais da


metade do tamanho original em um único fragmento;

IV - áreas manchadas ou desbotadas;

V - falta parcial ou integral de elemento de segurança; e

VI - áreas enrugadas ou encolhidas (em cédulas de polímero).


6. As cédulas mutiladas são aquelas que não têm valor por não apresentarem um
fragmento com mais da metade do tamanho original. Havendo dúvidas em relação à perda de
valor, as cédulas poderão ser encaminhadas ao Banco Central do Brasil para análise, na forma
desta Carta-Circular.

7. O Banco Central do Brasil considerará, para efeito de uniformização de critério no


processo de seleção, os seguintes níveis para as cédulas utilizáveis e não-utilizáveis:

I - nível 1 - cédulas novas;

II - nível 2 - cédulas em ótimo estado de conservação, sem dobras, sem manchas,


sem rasgaduras, com as bordas intactas e com caracteres e símbolos legíveis, definidos e
perceptíveis pelos exames diretos;

III - nível 3 - cédulas em bom estado de conservação, em substrato (papel ou


polímero) ainda rígido, com dobras, onde a marca tátil é percebida com dificuldade;

IV - nível 4 - cédulas com dobras bem marcadas, substrato menos rígido e tinta
ainda persistente na área da dobra, embora com um princípio de desgaste. A impressão
calcográfica ainda pode ser percebida ao exame tátil direto. O exame visual direto não permite a
percepção da imagem latente. A marca tátil não é percebida;

V - nível 5 - cédulas com várias dobras, com a tinta esmaecida e o substrato


enfraquecido. As cédulas podem estar sujas ou manchadas. O papel já está gasto e não mais
possui a rigidez original. A tinta dos caracteres e símbolos encontra-se desgastada. A imagem
latente e a marca tátil não são mais percebidas. As áreas impressas em calcografia são
dificilmente identificadas; e

VI - nível 6 - constitui uma exacerbação do nível anterior: o substrato encontra-se


mais flácido, a tinta dos caracteres e símbolos mais desgastada. Essas cédulas, em geral,
apresentam-se mais sujas.

8. As cédulas classificadas de acordo com os critérios descritos nos níveis 1, 2 e 3 do


parágrafo 7, são consideradas adequadas para circulação e deverão ser identificadas como
cédulas utilizáveis. As classificadas nos demais níveis são inadequadas à circulação e deverão
ser identificadas como não-utilizáveis.

9. As moedas deverão ser classificadas em:

I - utilizáveis: são as moedas íntegras e sem defeitos e que devem continuar em


circulação;

II - danificadas: são as moedas inadequadas à circulação em decorrência de:

a) superfície torta ou perfurada ou desfigurada;

b) dimensões diferentes das especificadas originalmente; e

c) dificuldade em identificar a denominação.

Carta-Circular nº 3.235, de 17 de maio de 2006 2


DO RECOLHIMENTO DE CÉDULAS JUNTO AO PÚBLICO E
ENCAMINHAMENTO À INSTITUIÇÃO CUSTODIANTE

10. Quando da apresentação de cédulas dilaceradas pelo público, as instituições


financeiras bancárias deverão considerá-las inadequadas para a circulação e substituí-las por seu
valor integral ou acatá-las em pagamentos ou depósitos e, posteriormente, encaminhá-las -
separadas das demais - para troca junto à Instituição Custodiante.

11. As instituições financeiras bancárias deverão acolher do público em geral cédulas


mutiladas e moedas danificadas a serem encaminhadas ao Banco Central do Brasil para exame.
Tais cédulas e moedas deverão ser encaminhadas em volumes separados, identificados por
etiqueta que contenha a expressão "MUTILADO" ou "DANIFICADO", respectivamente.

12. Ao receber cédulas mutiladas e moedas danificadas, a instituição financeira


bancária deverá fornecer recibo ao interessado e informá-lo, posteriormente, do resultado,
ressarcindo-o no valor que eventualmente lhe couber.

13. Ao efetuarem depósitos na Instituição Custodiante, as instituições financeiras


deverão:

I - formar grupos de 100 unidades (centena) em posição normal de leitura e com


idêntica:

a) denominação; e

b) critério de classificação das cédulas - se utilizáveis, não-utilizáveis ou


dilaceradas;

II - envolver cada centena com uma cinta de papel resistente, aplicada na metade
esquerda das cédulas;

III - empacotar grupos de 10 centenas (milheiro), com a mesma denominação e


idêntico critério de classificação, que deverá ser amarrado com barbante, fio de plástico ou
náilon, sem, contudo, danificar as cédulas;

IV - encimar as centenas ou milheiros com etiqueta (espelho) de papel,


confeccionada de acordo com as especificações do documento "etiqueta para acondicionamento
de cédulas", constante do CADOC como modelo nº 39001-1, onde constará a identificação da
instituição recolhedora, o valor total, a data do acondicionamento e o critério de classificação do
numerário, conforme estabelecido no parágrafo 2; e

V - acondicionar os milheiros em sacos de polipropileno fechados com dispositivo


aprovado pelo Departamento do Meio Circulante, observando que:

a) cada saco deverá conter 30 (trinta) milheiros de uma única denominação e com
a mesma classificação; e

b) o dispositivo de fechamento deverá conter lacre com numeração e etiqueta, na


qual constará a identificação da instituição recolhedora, a denominação, a numeração do lacre, o
valor total e o critério de classificação registrados de forma legível.

Carta-Circular nº 3.235, de 17 de maio de 2006 3


14. As instituições financeiras bancárias deverão recompor as cédulas dilaceradas que
não se apresentarem inteiras ou que se encontrarem rasgadas, da seguinte forma:

I - os exemplares que não se apresentarem inteiros deverão ser recompostos com


papel branco, reconstituindo seu formato original, mantido visível o anverso; e

II - os rasgados deverão ser, previamente, recompostos com fita ta adesiva


transparente.

15. O numerário dilacerado deverá ser encaminhado pelas instituições financeiras


para depósito ou troca junto à Instituição Custodiante, acondicionado separadamente e
identificado por meio de etiqueta contendo a expressão "DILACERADO" em caracteres
vermelhos.

16. As cédulas mutiladas deverão ser encaminhadas ao Banco Central apartadas das
cédulas suspeitas, que deverão ser enviadas para exame de legitimidade.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

17. As cédulas mutiladas a serem submetidas a exame no Banco Central, para


determinação de valor, e que apresentem resquícios da ação do fogo, de traças, cupins ou outros
agentes de destruição, deverão receber cuidados especiais no acondicionamento e transporte,
visando à preservação desses elementos, sendo contra-indicada sua reconstituição antes da
análise por esta Autarquia.

18. A Instituição Custodiante poderá recusar o depósito que estiver em desacordo


com os critérios definidos nesta Carta-Circular.

19. Eventuais diferenças apuradas pela Instituição Custodiante ou pelo Banco Central
do Brasil na conferência de numerário recolhido serão levadas a crédito ou a débito, conforme o
caso, da conta RESERVAS BANCÁRIAS da instituição financeira recolhedora, em
conformidade com o disposto na Carta-Circular 3.214, de 1º de novembro de 2005.

20. Os procedimentos descritos nesta Carta-Circular deverão ser igualmente


observados quando do encaminhamento de numerário pelas instituições financeiras bancárias
diretamente ao Banco Central do Brasil.

21. As imagens das cédulas dilaceradas, das mutiladas, dos seis níveis de seleção de
cédulas e do modelo de recibo, referidos nos itens 5, 6, 7 e 12, respectivamente, poderão ser
consultadas na Internet, na página www.bcb.gov.br, item "legislação e normas - normas com
anexos".

22. O Banco Central do Brasil poderá, a qualquer tempo, regular o fluxo de


recolhimento de numerário, de acordo com as necessidades do meio circulante.

23. Ficam revogadas as Cartas-Circulares 2.368, de 28 de maio de 1993, e 2.813, de


28 de agosto de 1998.

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24. Esta Carta-Circular entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 17 de maio de 2006.

Departamento do Meio Circulante


João Sidney de Figueiredo Filho
Chefe

Este texto não substitui o publicado no DOU de 2/6/2006, Seção 1, p. 13, e no Sisbacen.

Carta-Circular nº 3.235, de 17 de maio de 2006 5


Anexo à Carta-Circular nº 3.235, de 17.5.2006 - Item 5

1) Exemplos de cédulas DILACERADAS (com valor para troca)

Essas cédulas possuem valor para troca. Devem ser recolhidas pela rede bancária, identificadas
por meio de etiqueta contendo a expressão "DILACERADO", em caracteres vermelhos, e
encaminhadas ao custodiante separadamente de cédulas classificadas como utilizáveis, não-
utilizáveis ou mutiladas (itens 10 e 15 da Carta-Circular 3.235).

I - Cédula danificada por traças, cupins ou agente químico:

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II - Cédula danificada pelo fogo que apresenta um único fragmento com mais da metade do
tamanho original da cédula:

III - Cédula rasgada que apresenta um único fragmento com mais da metade do tamanho original
da cédula:

IV - Cédula cortada que apresenta um único fragmento com mais da metade do tamanho original
da cédula:

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V - Cédula cortada, com cortes nas bordas ou no interior:

VI - Cédula marcada com quaisquer caracteres estranhos:

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VII - Cédula de polímero submetida ao calor excessivo, fogo, alguns ácidos:

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Anexo à Carta-Circular nº 3.235, de 17.5.2006 - Item 6

2) Exemplos de cédulas MUTILADAS (sem valor)

As cédulas mutiladas não têm valor por não apresentarem um fragmento com mais da metade do
tamanho original. Entretanto, havendo dúvida, conforme os exemplos a seguir, as cédulas
poderão ser encaminhadas ao Banco Central para análise e posterior valorização, se for o caso.
Essas cédulas devem ser encaminhadas em volumes separados, apartadas das demais e
identificados por etiqueta que contenha a expressão "MUTILADO” (itens 11 e 16 da Carta-
Circular 3.235).

I - Cédula rasgada, cortada ou queimada:

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Carta-Circular nº 3.235, de 17 de maio de 2006 11
Anexo à Carta-Circular nº 3.235, de 17.5.2006 - Item 7

NÍVEL 1 NÍVEL 2

NÍVEL 3 NÍVEL 4

NÍVEL 5 NÍVEL 6

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NÍVEL 1 NÍVEL 2

NÍVEL 3 NÍVEL 4

NÍVEL 5 NÍVEL 6

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NÍVEL 1 NÍVEL 2

NÍVEL 3 NÍVEL 4

NÍVEL 5 NÍVEL 6

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Anexo à Carta-Circular nº 3.235, de 17.5.2006 - Item 12
MODELO DE RECIBO A SER FORNECIDO PELA INST. FINANCEIRA. AO PÚBLICO

Relatório de Encaminhamento de Numerário para Exame

I - Remessa

Nome do depositante:

Endereço:

Identidade: Órgão emissor:

CPF:

Conta-corrente (se correntista):

Data:

Nº de controle:

Denominação Quantidade

II - Assinaturas

Estou ciente de que a confirmação do valor correspondente aos exemplares depositados dependerá do
resultado do exame a ser efetuado pelo Banco Central do Brasil.

Assinatura do depositante

Recebemos, em / / .

Assinatura:

Carimbo da instituição financeira:

1ª via - Depositante

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