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28ª aula

Sumário:

Lentes reais e aberrações. Lentes delgadas e imagens dadas por lentes delgadas.
Potência de uma lente

Lentes reais e aberrações

Quando um raio luminoso incide numa superfície de separação de dois meios


ópticos, reflecte-se e refracta-se. Nesta aula vamos estudar o percurso do raio
refractado.

Figura 28.1

Na Fig. 28.1 representam-se duas situações de incidência de um raio luminoso


numa superfície de separação de dois meios. No primeiro caso a superfície é plana; no
segundo caso essa superfície é curva. Em qualquer caso a relação do ângulo de
refracção com o ângulo de incidência é dada pelas leis da refracção (27ª aula).
Uma lente é feita de um material que permite a propagação da luz, sendo o seu
índice de refracção diferente do índice de refracção do meio onde se encontra
(normalmente, o ar). As superfícies de muitas lentes têm geralmente forma esférica ou
cilíndrica, mas podem ter outras formas. A luz que incide na lente é desviada ao
penetrar nela e volta a ser desviada ao abandoná-la pois encontra uma nova superfície
de separação de dois meios ópticos.
Na Fig. 28.1 representam-se dois tipos de lentes. Do lado esquerdo, temos uma
lente com os bordos delgados que faz convergir numa região limitada um feixe de raios
paralelos. No lado direito temos uma lente de bordos espessos que faz divergir um feixe
de raios paralelos.

Figura 28.2

1
No caso da lente convergente, acontece uma situação semelhante à que vimos na
aula anterior relativamente às aberrações por espelhos esféricos (Fig. 27.5). Falamos
agora em aberração central (para a distinguir de um outro tipo de aberração que a seguir
descreveremos). É devido à espessura da lente que a imagem de um objecto no infinito
não se reduz, em geral, a um só ponto. Dito de outra maneira, a lente representada não
foca um feixe de raios paralelos num só ponto. Também os prolongamentos dos raios
divergentes, depois de atravessarem a lente do lado direito da Fig. 28.2, não se
encontram num só ponto.
Nas lentes ocorre um outro tipo de aberração que se prende com o facto de a
velocidade de propagação da luz num meio material não ser única. De facto, a
velocidade da luz nos meios materiais depende do comprimento de onda. Como o índice
de refracção está directamente ligado à velocidade de propagação, segue-se que o índice
de refracção depende do comprimento de onda (ou da cor) da radiação. Assim, quando
luz azul incide na superfície de separação ar/vidro o seu desvio é maior do que o sofrido
pela luz vermelha, como se mostra na Fig. 28.3.

Figura 28.3

Assim, um mesmo raio luminoso de luz branca (luz policromática) vai-se desdobrar ao
encontrar um lente e emerge desta, não como um só raio, mas como uma banda
policromática. O foco deixa, também neste caso, de ser um ponto. Para a distinguir do
outro tipo de aberração esta é designada por aberração cromática.

Lentes delgadas e imagens dadas por lentes delgadas

Tal como para os espelhos esféricos, a aberração é praticamente inexistente se o


feixe de raios paralelos for pouco “espesso” ou, o que é equivalente, se as lentes forem
delgadas. Nas lentes delgadas os raios de curvatura das superfícies de separação são
grandes. Nestas lentes ideais um feixe de raios paralelos converge num ponto ou
diverge de um só ponto como mostra a Fig. 28.4: tem-se do lado esquerdo uma lente
delgada convergente e do lado direito uma divergente. Os pontos de
convergência/divergência (real ou virtual) chamam-se focos.

F C F F C F

lente delgada lente delgada


convergente divergente

Figura 28.4

2
Os focos estão de um e do outro lado da lente à mesma distância desta (ou melhor, do
ponto C que é o centro da lente).
Pelo princípio da reversibilidade dos raios luminosos, se um raio incidir numa
lente passando pelo foco, vai emergir como raio paralelo. Por outro lado, se o raio
incidir directamente no ponto C da lente, atravessa-a sem se desviar. Na Fig. 28.5
representamos o trajecto de três raios principais: um raio paralelo que é desviado
segundo uma direcção que passa pelo foco (1) (nele convergindo ou dele divergindo);
um raio que passa pelo foco e que emerge como raio paralelo (2); um raio que incide em
C e que não é desviado (3).

1
1 2
F
F C F C F
3 3
2

Figura 28.5

Para determinar a imagem de um ponto dada por uma lente, basta considerar dois raios.
Se os raios escolhidos forem raios principais a análise simplifica-se bastante.
Na Fig. 28.6 um objecto de altura ho está à distância xo de uma lente delgada
convergente. Para sabermos onde está a imagem do ponto P é conveniente escolher dois
dos três raios principais, como acabámos de sublinhar. No caso concreto da Fig. 28.6
consideramos um raio incidente paralelo (que é desviado para o foco) e um raio
incidente que passa pelo foco que emerge como raio paralelo ao eixo do sistema. Os
dois raios encontram-se no ponto P’ que é a imagem real do objecto P. Como se pode
concluir da figura a imagem do objecto vertical é invertida e menor do que o objecto.

ho
V
F F' hi
P'
f f
xo xi

Figura 28.6

As coordenadas do objecto e da imagem são x o , xi . Tal como para os espelhos esféricos


x o > 0 , mas agora consideramos que xi > 0 para a direita da lente, ou seja para o lado
onde os raios refractados se propagam. Se a imagem se formar do lado da lente onde
está o objecto tem-se xi < 0 . Também a distância focal f e a altura hi são tomadas com
valores algébricos. Para a lente convergente, como na Fig. 28.6, f > 0 (o contrário

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para a lente divergente). A “altura” da imagem é negativa se esta estiver invertida
relativamente ao objecto.
Vamos então relacionar entre si, com base na Fig. 28.6, as coordenadas da
imagem e do objecto e a distância focal. Da semelhança dos triângulos a verde (lado
direito) da lente (notar que hi < 0 !),

hi xi − f
− = (28.1)
ho f

e da semelhança dos triângulos amarelos

hi f
− = (28.2)
ho x o − f

Repetimos que, nestas duas expressões f > 0 , x o > 0 e xi < 0 . Dividindo uma
expressão pela outra obtemos
xi − f f
= (28.3)
f xo − f

ou ainda, e tal como para os espelhos,

1 1 1
+ = . (28.4)
xo xi f

Esta equação é válida para qualquer lente delgada − convergente ou divergente − desde
que se respeite a seguinte convenção:
- coordenada do objecto (lado esquerdo da lente com luz a vir da esquerda): xo > 0
- coordenada da imagem: xi > 0 se a imagem estiver do lado direito, ou seja, do lado da
lente para onde a luz refractada se propaga; xi < 0 se a imagem estiver do lado
esquerdo.
- valor de f: f > 0 , para uma lente convergente (como na Fig. 28.6); f < 0 , para a lente
divergente.
Ainda em analogia com os espelhos, define-se a ampliação como a razão entre
os tamanhos da imagem e do objecto:

hi
A= (28.5)
ho

E tal como para os espelhos, usando (28.8) e (28.4) obtém-se

xi
A=− (28.6)
xo

[confrontar com a expressão (27.13) da 27ª aula]. No caso da Fig. 28.6 xi é positivo e
menor do que x o , pelo que − 1 < A < 0 : a imagem é invertida e menor do que o objecto.

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A Fig. 28.7 mostra como se obtém a imagem de um objecto dada por uma lente
delgada divergente. A imagem é direita e menor do que o objecto: 0 < A < 1 (notar que
xi < 0 ). Na situação representada usou-se um raio paralelo (que diverge passando a sua
direcção pelo foco) e um outro directo ao centro da lente, o qual não sofre desvio.

F C F

Figura 28.7

Potência de uma lente

O poder convergente ou divergente de uma lente tem directamente a ver com a


sua distância focal. Define-se potência focal ou vergência de uma lente como o inverso
da distância focal:

1
P= . (28.7)
f

A unidade SI de potência focal é a dioptria (símbolo D). Uma dioptria é a potência focal
de uma lente cuja distância focal é 1 m. A potência focal é positiva para lentes
convergentes e negativa para lentes divergentes.

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