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4ª aula

Sumário:
Reflexão de ondas e leis da reflexão. Refracção de ondas e leis da refracção.

Reflexão de ondas e leis da reflexão

As frentes de onda são o lugar geométrico dos pontos que estão na mesma fase
de vibração (ver 2ª aula). A distância entre as frentes de onda é o comprimento de onda.
A Fig. 4.1 mostra frentes de ondas esféricas (a fonte que produz a onda é pontual) e de
ondas planas (a fonte que produz a onda é longa).

Figura 4.1

Na direcção perpendicular às frentes de onda podemos desenhar os raios que indicam a


direcção de propagação.
Se a onda for sinusoidal, é descrita genericamente por

y (x, t ) = A sin ϕ (4.1)

sendo ϕ a fase. Se se tratar de uma onda progressiva que se propaga no sentido positivo
do eixo dos xx, a fase é dada por ϕ = kx − ωt + α . Os pontos de intercepção dos raios
com uma frente de onda estão na mesma fase.
A representação das ondas pelas frentes de onda e/ou pelos raios é sugestiva e,
embora seja esquemática é suficientemente rica para permitir o estudo de alguns
fenómenos ondulatórios. Contam-se entre estes a reflexão e a refracção de ondas.
Vamos começar por estudar a reflexão de ondas, tomando uma onda plana que
incide obliquamente numa superfície reflectora plana (a que chamamos espelho plano
no caso da reflexão da luz). A onda pode ser representada pelos raios incidentes i e i’,
ou pelas frentes de onda. A Fig. 4.2 mostra estes raios incidentes (a vermelho) e
também os reflectidos (a azul).

1
i' r
Β
i r'

Α
d
Y T

X W

Figura 4.2

Os pontos A e B pertencem a uma mesma frente de onda, logo estão na mesma fase que
podemos considerar nula: ϕ A = ϕ B = 0 . Também os pontos X e Y estão na mesma fase
(X é um ponto onde se dá a reflexão): ϕ X = ϕ Y , tendo-se ϕ X = kd − ωt , sendo t o tempo
que a frente de onda demora a percorrer a distância d. Em X, o raio incidente é
reflectido, emergindo o raio r segundo uma direcção que, à partida, não conhecemos.
Mas essa direcção vai ser também a direcção do raio r’ que resulta da reflexão de i’ no
ponto W, pois os pontos X e W estão em pé de igualdade. Assim, se ii’ são raios
paralelos, também rr’ o são (embora, insistimos, não saibamos segundo que direcção se
propagam). Logo, os pontos T e W pertencem à mesma frente de onda e portanto estão
“em fase”: ϕ T = ϕ W . Para tal acontecer, o tempo t’ que a frente em Y demora a chegar a
W tem de ser igual ao tempo que a frente em T (já do raio reflectido) demorou a lá
chegar a partir de X. Explicitamente, as fases em T e Y são

ϕ T = ϕ X + k XT − ωt ' e ϕ W = ϕ Y + k YW − ωt ' (4.2)

Sendo estas duas fases iguais, as distâncias percorridas também terão de ser iguais:
XT = YW . A Fig. 4.3 representa com mais pormenor a parte de baixo da Fig. 4.2.
Como a hipotenusa XW é comum aos dois triângulos rectângulos e os catetos YW e XT
são iguais, segue-se que os ângulos α e β representados na figura são também iguais.

Y T

α β
X W

Figura 4.3

2
Na análise do fenómeno de reflexão é mais vulgar considerar os chamados
ângulos de incidência e de reflexão que são os ângulos que os raios incidente e
reflectido fazem com a direcção normal no ponto de incidência. São os ângulos i e r
indicados na Fig. 4.4. O ângulo i é o complementar de α e o ângulo r é o complementar
de β . Concluímos a seguinte lei da reflexão: o ângulo de incidência é igual ao ângulo
de reflexão, ou seja

ângulo i = ângulo r. (4.3)

i r

Figura 4.4

Este resultado é geral e não faz referência a aspectos muito específicos que possam
ocorrer no ponto de reflexão. A onda luminosa, por exemplo, por reflexão pode mudar a
fase de π radianos. Mas tais aspectos não comprometem os raciocínios seguidos pois o
que acontece em X para o raio i acontece da mesma maneira em W para o raio i’.
Um outro aspecto que vale a pena referir prende-se com a lei de reflexão das
ondas seguir a mesma lei de uma simples reflexão mecânica de uma partícula que incide
obliquamente numa parede rígida. Esta similitude levou Newton a desenvolver uma
teoria corpuscular para a luz que, no entanto se viria a revelar insatisfatória (não
explicava fenómenos de interferência e difracção, para além de ter outros problemas).
Não obstante, séculos mais tarde, Einstein viria a propor uma nova teoria corpuscular
para a luz (para explicar o efeito fotoeléctrico). Só a mecânica quântica viria a tornar
compatíveis as visões corpuscular e ondulatória (tanto para a luz como para a matéria).

Refracção de ondas e leis da refracção

Estudamos agora a situação em que uma onda incide na interface de dois meios
(que se considera plana). Os meios 1 e 2 têm propriedades diferentes, sendo em
particular diferentes as velocidades de propagação das ondas: v1 ≠ v 2 . O raio i ao atingir
o ponto X da interface propaga-se no meio 2 mudando de direcção (que vamos
determinar). Tem-se o mesmo desvio para o raio i’ ao atingir o ponto W (Fig. 4.5) pois
os pontos X e W estão em pé de igualdade. Logo, um feixe de raios paralelos no meio 1
propaga-se ainda como um feixe de raios paralelos no meio 2. Tal como no caso da
reflexão, os pontos X e Y estão em fase, ϕ X = ϕ Y , tal como os pontos T e W, ϕ T = ϕ W .
Se considerarmos fase nula nos pontos X e Y podemos escrever as fases em T e W do
seguinte modo

3
XT YW
ϕT = ω −t e ϕW = ω −t (4.4)
v2 v1

Para escrever esta expressão, tivemos em conta que a onda mantém a frequência em
qualquer meio onde se propaga, e o raio i’ demora o tempo t a percorrer a distância d1
de Y a W , o mesmo tempo que o raio já refractado demora a percorrer a distância d2 de
X a T (assim se garante a mesma fase em T e W).

i'
i

Y
d1

meio 1 X
meio 2 W
d2 T

rf rf'

Figura 4.5

A expressão anterior permite concluir que

YW XT
= (4.5)
v1 v2

A Fig. 4.6 mostra em pormenor a parte central da Fig. 4.5.

X α
W
β
β

T
Figura 4.6

Se dividirmos ambos os membros de (4.5) pela hipotenusa comum aos dois triângulos
rectângulos representados na Fig. 4.6, podemos escrever

4
sin α v1
= (4.6)
sin β v2

Como mostra a Fig. 4.6, o ângulo α é também o ângulo que o raio incidente forma com
a direcção normal no ponto de incidência − é pois igual ao ângulo de incidência i. Por
outro lado, o ângulo β é também o ângulo que o raio refractado forma com a normal −
é o ângulo de refracção R (ver Fig. 4.7).

meio 1
meio 2

R
rf

Figura 4.7

A expressão anterior pode escrever-se em função destes dois ângulos. Na situação


representada na Fig. 4.7, o ângulo de refracção é superior ao ângulo de incidência, o que
significa que a velocidade de propagação da onda no meio 2 é maior do que no meio 1.
Define-se o índice de refracção, n, como a razão entre a velocidade de
propagação da onda num meio de referência e no meio em questão. No caso da luz o
meio de referência é o vazio e

c
n=
, (4.7)
v
onde c é a velocidade da luz no vazio e v no meio em questão. A Eq. (4.6) passa a
escrever-se

sin i n 2
= (4.8)
sin R n1

que é uma lei da refracção. De uma maneira geral, o segundo membro desta equação é o
índice de refracção do meio 2 relativamente ao meio 1. Se n 2 > n1 , o raio refractado
aproxima-se da normal e vice-versa.
No caso da passagem da luz do ar para a água, nar ≈ 1 < nágua (diz-se que a água
é um meio mais refringente do que o ar) e o raio luminoso aproxima-se da normal. Se a
luz passar da água para o ar, afasta-se da normal, como se mostra na Fig. 4.8.

5
i r

i r rf
R
ar ar
água água
i r
R

rf i r

Figura 4.8

Quando a onda incide num interface vinda de um meio mais refringente pode ocorrer a
chamada reflexão total. Como o próprio nome indica, a onda é totalmente reflectida e
não há onda refractada. Quando a onda passa de um meio com maior índice de refracção
para um meio com menor índice de refracção, o raio afasta-se da normal. Esse
afastamento é máximo quando o ângulo de refracção vale 90º. Para um tal ângulo de
refracção , o correspondente ângulo de incidência chama-se ângulo limite.

ar rf
água
ilim

i r

Figura 4.9

Por outras palavras, para uma incidência no ângulo limite, o raio refractado é rasante.
Para incidências segundo ângulos superiores deixa de haver raio refractado. O ângulo
limite depende dos índices de refracção dos meios. Tomando na expressão (4.8) R =
90º, conclui-se que

n2
ilim = arcsin (4.9)
n1
sendo o meio 1, aquele onde se propaga a onda (o de índice de refracção maior). Para a
interface água-ar o ângulo limite é cerca de 50º.
A reflexão total tem a vantagem de a energia não se propagar para um outro
meio, mantendo-se no meio 1 − não há perda (degradação) de energia. Há muitas
aplicações tecnológicas da reflexão total. Uma delas é na fibra óptica que é um suporte
muito eficiente para a transmissão de informação.

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