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UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof.

Luiz Antonio Bovo

1. CAPITULO 1 - ANALISE DE TENSÕES


1.1. Tensões Admissíveis
1.1.1. Coeficiente de segurança
1.1.1.1. Definição
É um numero que, modificando o critério de resistência adotado (tensão limite de
ruptura ou tensão limite de escoamento), fornece a base para o cálculo, isto é, a tensão
admissível. Em muitos países este coeficiente é chamado de ‘Fator de Segurança’ ou
ainda ‘Fator de Projeto’. Literalmente o Coeficiente de Segurança indica ‘quantas vezes o
projeto esta longe de falhar’.

1.1.1.2. Fatores e Incógnitas que afetam o Coeficiente de Segurança


O Coeficiente de Segurança depende da natureza do material e do tipo de
solicitação. A sua escolha depende da habilidade técnica do engenheiro de projetos, pois
é impossível equacionar todos os fatores e incógnitas que concorrem para a falha da
peça, a saber:
a) Tipo dos materiais: Em situações semelhantes, um material dúctil (baixo e médio teor
carbono SAE 1020) exigirá um coeficiente de segurança menor do
que o necessário para um material frágil (ferro fundido GG 25), isto
porque os materiais fundidos são mais propensos a apresentarem
trincas.
b) Tipos de Solicitações: Basicamente há 4 tipos de cargas:
- Carga Estática
P
Ocorre quando uma peça está sujeita a carga constante, invariável
ao decorrer do tempo e aplicada lenta e gradualmente.
EX: Vigas
t

- Carga Intermitente
P
Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga variável de zero
a um valor máximo, sempre com a mesma direção e sentido.
EX: dentes das engrenagens.
t

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- Carga Alternada
P
Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga variável na mesma
direção, mas com sentido contrario.
EX: Eixos Rotativos.
t

-Carga de Choque
P
Ocorre quando uma peça está sujeita a variação brusca ou a de
choque.
EX: Componentes de Prensas.
t

c) Distribuição de tensões:
N N Mf
As fórmulas convencionais de cálculo de tensão (ex.: σ t = ; σc = − ;σf = ;
A A ωf

Q M
τm = ; τ t = t ) fornecem como resultado a tensão média ou nominal da peça, que nem
A ωt
sempre, devido a distribuição de tensões, coincidem com a tensão atuante.
Irregularidade como furos, entalhes e variação da seção transversal provocam
concentração de tensões, resultando tensões muito superiores às calculadas pelas
fórmulas nominais.
Para cargas estáticas aplicadas em materiais dúcteis estas concentrações de
tensões possuem pequena influência, porque havendo alguns pontos com tensões
maiores do que a tensão de escoamento, o material devido à sua ductilidade, se deforma
e ocasiona uma redistribuição de tensão.
d) Possibilidade de Carga Acidental:
Uma peça deve ser bastante resistente para suportar um choque acidental que
possa ocorrer durante seu desempenho.
e) Corrosão e Abrasão (exposição a intempéries ou ambientes agressivos e desgaste)
f) Defeitos Imperceptíveis de Fabricação (falta de fusão, porosidade, etc.).
g) Perigo de Morte ou Danos Materiais:
Se a falha de uma peça pode colocar em perigo, vidas ou propriedades, é
recomendável que seja escolhido um Coeficiente de Segurança mais elevado.

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1.1.2. Tensão Admissível Normal


Há dois critérios para a definição da Tensão Admissível Normal:
a) Critério da Tensão Limite de Ruptura
σR kgf
σ = (1.1)
S cm 2

b) Critério da Tensão Limite de Escoamento


σE kgf
σ = (1.2)
S cm 2

onde: σ => Tensão admissível normal


σ R => Tensão limite de ruptura
σ E => Tensão limite de escoamento
S => Coeficiente de segurança

1.1.3. Tensão Admissível Transversal


Através de experiências com corpos-de-prova submetidos ao cisalhamento puro por
torção, observou-se que há uma relação entre a tensão de cisalhamento e a deformação
angular (semelhante à relação existente entre a tensão de tração e a deformação
específica).
As experiências mostram que τ = (0,57 à 0,6) ⋅ σ
Sendo que o valor mais usual é:
σ kgf
τ = (1.3)
3 cm 2

1.1.4. Tensão Admissível Composta ou Equivalente


A maioria das normas de cálculo, tais como DIN e ABNT admitem que a Tensão
Admissível Composta ou Equivalente seja a Tensão Admissível Normal majorada em
25%, então
kgf
σ comp = 1,25 ⋅ σ (1.4)
cm 2

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1.1.5. Valores Usuais para Coeficientes de Segurança


Muitos tipos de equipamentos já possuem normas de cálculo e projeto publicadas por
entidades mundialmente reconhecidas, como a DIN, ASME, FEM, etc, portanto, antes de
especificar o coeficiente de segurança, verifique se para o seu tipo de equipamento não
existe um coeficiente de segurança já estipulado.
Como ilustração, citaremos alguns exemplos:
- Comportas e Grades Hidráulicas – Norma DIN 19704.
σE σE
Parte Mecânica σ = Parte Estrutural σ =
2,5 1,5

- Condutos Forçados – Norma SHF.


σE
Parte Estrutural σ =
1,7

- Equipamentos de Levantamento – Norma FEM ou ABNT P-NB-283.


σE σE
Parte Mecânica σ = Parte Estrutural σ =
2,5 1,5

- Equipamentos Óleo-hidráulicos – Norma ASME.


σR σE
Parte Mecânica σ = ou σ = (adotar a menor Tensão Admissível).
5 3

Nota: No Brasil temos a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, que é uma
entidade sem fins lucrativos reunindo inúmeros profissionais de todas as categorias
profissionais, com a finalidade de executar normas para regerem todos os campos de
trabalho. No caso específico da Engenharia Mecânica, estas normas concentram-se no
Comitê Brasileiro de Mecânica – CBM, e hoje já existem praticamente todas as normas
acima publicadas também no âmbito da ABNT.

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TABELA (1.1) – Coeficientes de Segurança


Os coeficientes de segurança da tabela a seguir podem ser usados para a parte estrutural
dos equipamentos que não possuem normas específicas de cálculo.

TIPOS DE MATERIAIS
TIPOS DE
SOLICITAÇÃO FERRO FUNDIDO
AÇOS DÚCTEIS MADEIRAS
E AÇOS FRÁGEIS

ESTÁTICA 3 5 7

* INTERMITENTE 6 7 10

* ALTERNADO 8 10 15

* CHOQUE 10 15 20

Obs: em relação à Tensão Limite de Ruptura

* Estes valores do coeficiente de segurança não devem ser usados quando a base de
cálculo for o limite de resistência à fadiga, ou quando se considerar efetivamente o
fenômeno de concentração de tensões, que estudaremos adiante.

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1.2. Resistência
1.2.1. Geral
Resistência é uma propriedade interna de um material ou de elemento mecânico. A
resistência depende:
- Da escolha do Tratamento Térmico (têmpera, revenimento, etc).
- Do processo de fabricação (grandes soldas sem alívio de tensão, etc).
Muitas das resistências estáticas utilizadas, como por exemplo: tensão limite de
escoamento, tensão limite de ruptura, etc. dependem de informações obtidas através de
ensaios a tração com corpo-de-prova padronizado realizados em laboratórios
especializados, cujos resultados são plotados em um gráfico denominado “Diagrama
Tensão-Deformação”.

1.3. Tensão
É uma grandeza vetorial que foi introduzida na resistência dos materiais em 1822, por
Augustin Louis Cauchy. É definida como sendo a resistência interna de um corpo
qualquer, à aplicação de uma força externa por unidade de área, ou seja, é a força por
unidade de área.
P kgf
σ= (1.5)
A cm 2
onde:
σ => Tensão Normal uniforme que pode ser tração simples ou compressão simples
P => Força aplicada ao corpo [kgf ]

A => Área da seção transversal do corpo cm 2[ ]

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1.4. Diagrama Tensão-Deformação


A fim de melhor caracterizar o comportamento de um material dúctil ou tenaz, submetido
a solicitações de tração lentas e graduais, reproduzimos o Diagrama obtido através de
ensaios mecânicos, conhecido por Diagrama Tensão-Deformação.

Os pontos assinalados representam:


Ponto I – Tensão Limite de Proporcionalidade ( σ P )

Abaixo deste ponto, a tensão é proporcional à deformação específica ε,


portanto a Lei de Hooke, que estabelece que a tensão é proporcional à
deformação, vale somente até este ponto.
Ponto II – Tensão Limite de Escoamento ( σ E )
Caracteriza o ponto de escoamento, ou seja, a perda da propriedade elástica
do material.
Nos aços de médio e baixo teor de carbono, ocorre um visível alongamento do
corpo-de-prova praticamente sem aumento da tensão.
Ponto III – Tensão Limite de Ruptura ( σ R )
É a maior tensão que o corpo-de-prova pode suportar antes de se romper.

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1.5. Deformação Elástica


Quando um corpo-de-prova é submetido a uma carga de tração, ele se alonga, a
grandeza desse alongamento chama-se deformação.
Deformação Específica ou Deformação Unitária ou alongamento Unitário é o alongamento
por unidade de comprimento do corpo-de-prova.
δ
ε= [sem unidade] (1.6)
L
onde:
δ => Alongamento total do corpo-de-prova ou seja δ = L f − L [cm]
L => Comprimento inicial do corpo-de-prova [cm]
L f => Comprimento final do corpo-de-prova [cm]

1.6. Relações entre Tensão e Deformação


A Lei de Hooke (Robert Hooke 1678) estabelece que até a tensão limite de
proporcionalidade ( σ P ), ou seja até o ponto I do Diagrama Tensão-Deformação, a tensão
em um material é proporcional à deformação nele produzida. Devido a esta condição de
proporcionalidade pode se escrever que:

σ = E ⋅ε [kgf cm 2 ] (1.7)
onde:
σ => Tensão de tração
ε => Deformação específica
E => Coeficiente angular da parte reta (0 a I) do Diagrama Tensão-
Deformação ou
E => Módulo de elasticidade ou módulo de Young kgf cm 2 [ ] (ver tabela
(1.3))

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Analogamente, através de ensaios com corpo-de-prova submetido a cisalhamento puro


por torção, pode-se escrever que:

τ t = G ⋅γ [kgf cm 2 ] (1.8)

onde:
τ t => Tensão de cisalhamento por torção
γ => Deformação angular ou distorção que é a alteração sofrida em um
ângulo reto de um elemento
G => Coeficiente angular da parte reta (0 a I) do Diagrama Tensão-
Distorção ou
G => Módulo de elasticidade ao cisalhamento ou módulo de elasticidade
[ ]
transversal kgf cm 2 (ver tabela (1.3))

Substituindo as expressões (1.5) e (1.6) na expressão (1.7) e ordenando, tem-se a


equação para a deformação total:
P⋅L
δ= [cm] (1.9)
E⋅A

As experiências demonstram que um material, quando submetido à tração, sofre além da


deformação axial (alongamento), uma deformação transversal (afinamento).
Poisson demonstrou que estas duas deformações eram proporcional uma em relação à
outra, dentro dos limites da Lei de Hooke (até o ponto I do Diagrama Tensão-
Deformação).
Esta constante é dada por
Deformação Transversal
µ= [sem unidade] (1.10)
Deformação Axial
onde:
µ => Coeficiente de Poisson (ver tabela (1.3))

As três constantes se relacionam através da expressão:


E = 2G (1 + µ ) [kgf cm 2 ] (1.11)

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1.7. Tensão Normal de Tração ( σ t )

Ocorre quando uma barra é submetida a uma força normal (N),


atuando na direção do seu eixo, isto é, perpendicular à sua seção
transversal e no sentido de dentro para fora, produzindo uma tração na
barra.

N
σt =
N
A
[kgf cm 2 ] ≤ σ (1.12)

onde: σ t => Tensão Normal de Tração


N => Carga que age na direção longitudinal da barra [kgf ]

A => Área da seção transversal da barra cm 2 [ ]


Distribuição da Tensão Normal de Tração na Seção Resistente

1.8. Tensão Normal de Compressão ( σ C )

N Ocorre quando uma barra é submetida a uma força normal (N),


atuando na direção do eixo, isto é, perpendicular a sua seção
transversal e no sentido de fora para dentro, produzindo uma
compressão da barra.

σC = −
N
A
[kgf cm 2 ] ≤ σ (1.13)

onde: σ C => Tensão Normal de Compressão


Distribuição da Tensão Normal de Compressão na Seção Resistente

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Flambagem
Toda vez que a força normal de compressão N , atinge a situação onde a forma
reta de equilíbrio da barra deixa de ser estável, a barra perde a forma reta e torna-se
‘curva’, e adquire a forma instável. A carga axial que corresponde a esta mudança de
forma é denominada Carga Crítica de Flambagem ( N crit ) e a este fenômeno dá-se o

nome de flambagem.
- Carga Crítica de Flambagem

π 2 ⋅ E ⋅ If π 2 ⋅ E ⋅ If
N crit = N crit =
4 ⋅ L2 L2

De uma forma genérica a Carga Crítica de Flambagem é fornecida por

π 2 ⋅ E ⋅ If
N crit = [kgf ] < N (1.14)
l 2fl

onde:
N crit => Carga Crítica de Flambagem

E [
=> Módulo de Elasticidade kgf cm 2 (ver tabela (1.3)) ]
If => Momento de Inércia à flexão da seção transversal cm 4 [ ]
(ver tabela (1.4) e equação (1.20))
l fl => Comprimento fictício de flambagem [cm]

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Tipos de
Fixação
(a forma
flambada é
mostrada pela
linha
tracejada)

l fl 0,5 ⋅ L 0,7 ⋅ L L L 2⋅L 2⋅L

Sem rotação e sem translação


Representação
esquemática Com rotação e sem translação
das condições
de Sem rotação e com translação
extremidade

Com rotação e com translação

Tabela (1.2) – Comprimento Fictício de Flambagem

- Tensão Admissível Normal de Flambagem

N crit
σ fl = (a)
A
π 2 ⋅ E ⋅ If A
N crit = 2
⋅ (b)
l fl A
onde:
A => Área da Seção Transversal da Barra cm 2 [ ]

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Sabendo-se que

If
R= [cm] (1.15)
A
onde:
R => Raio de Giração (ver tabela (1.4))
A => Área da Seção Resistente cm 2 [ ]

e fazendo-se:
If
R2 = (c)
A

substituindo-se (c) em (b), tem-se:


R2
N crit = π 2 ⋅ E ⋅ A ⋅ (d)
l 2 fl

fazendo-se
l fl
λ= (1.16)
R

De acordo com a AISC, λ ≤ 200


Substituindo (1.16) em (d) e posteriormente em (a), tem-se:
π2 ⋅E kgf
σ fl = ≥ σC (1.17)
λ2 cm 2
ou
σ C ≤ σ fl (1.17A)

onde:
σ fl => Tensão Admissível Normal de Flambagem

E [
=> Módulo de Elasticidade Normal kgf cm 2 (ver tabela (1.3)) ]
λ => Fator de Flambagem [sem unidade] (ver equação (1.16))
σC [
=> Tensão Normal de Compressão kgf cm 2 (ver equação (1.13)) ]

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1.9. Tensão Normal de Flexão ( σ f )

Ocorre quando uma barra é submetida a uma


força P, atuando perpendicularmente ao seu eixo,
produzindo uma flexão na barra.

σf =±
Mf
Wf
[kgf cm 2 ] ≤ σ (1.18)

onde: σ f => Tensão normal de flexão

Mf => Momento fletor [kgf ⋅ cm] (ver tabela (1.6))

Wf =
If
a
[cm ] 3
(1.19)

Wf => Módulo de resistência à flexão (ver tabela (1.4))

If => Momento de Inércia à flexão da seção transversal cm 4 (ver tabela (1.4))[ ]


a => Distância da linha neutra a fibra externa [cm]

Distribuição da Tensão de Flexão na Seção Resistente

Para seções resistentes diferentes daquelas mostradas na tabela (1.4), calcula-se


o Momento de Inércia à Flexão pela expressão:

If = [If i + Ai (Y − d i )
2
] [cm ] 4
(1.20)

onde: If i => Momento de Inércia da figura i

Ai => Área da figura i [cm]

Y => Centro de gravidade da seção resistente [cm]

Ai ⋅ yi
Y= (1.20A)
Ai

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di => Centro de gravidade da figura i [cm]


i => Cada uma das figuras que compõem a seção resistente

Deflexão
Para todas as peças submetidas à flexão é necessário verificar a deflexão.
A deflexão atuante “ y máx ” é calculada utilizando-se as expressões da Tabela (1.6)

que é calculada em função do tipo de apoio e do tipo de carregamento.


A deflexão admissível é fornecida pela expressão abaixo:
L
y= [cm] (1.21)
NR

onde: L => Vão livre do elemento [cm]


NR => Número adimensional fornecido pelas Normas de Cálculo e Projeto
publicadas por entidades mundialmente reconhecidas, como a DIN,
ASME, FEM, ABNT, etc, portanto antes de especificar o número NR,
verifique se para o equipamento em dimensionamento não existe um
“NR” já normalizado.

Os “NR” a seguir podem ser usados para equipamentos que não possuem normas
específicas de cálculo:
Vigas sem grande importância: tampas, grades, etc............................................NR=500
Vigas estruturais importantes: comportas, pontes rolantes, etc. ..........................NR=750
Vigas estruturais muito importantes ...................................................................NR=1000
Árvores comandadas..........................................................................................NR=1000
Árvores de máquinas..........................................................................................NR=5000

então
y máx ≤ y [cm] (1.21A)

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1.10. Tensão Transversal de Cisalhamento ( τ )


Ocorre quando uma peça é submetida a uma força
P, atuando transversalmente ao seu eixo,
produzindo um cisalhamento.

τm =
Q
A
[kgf cm 2 ] ≤τ (1.22)

onde: τ m => Tensão transversal de cisalhamento média


Q => Esforço Cortante [kgf ] (ver tabela (1.6))

As tensões transversais de cisalhamento não se distribuem uniformemente sobre a seção


transversal, quando ela age em conjunto com a Tensão Normal de Flexão, ela pode ser
calculada através da expressão:

τ=
Q ⋅ Ms
If ⋅ b
[kgf ]
cm 2 ≤ τ (1.23)

onde:
τ => Tensão de cisalhamento para qualquer ponto de seção resistente
If => Momento de inércia à flexão da seção resistente cm 4 (ver tabela (1.4)) [ ]
b => Largura ou espessura da seção resistente no ponto considerado [cm]
Ms => Momento estático da área da face vertical até o ponto considerado
Ms = ( Ai ⋅ ( y − di) ) [cm ]
3
(1.24)

Ai => Área da face vertical até o ponto considerado cm 2 [ ]


y => Centro de gravidade da seção resistente [cm]
d i => Centro de gravidade da figura de área Ai [cm]

Distribuição da Tensão na Seção Resistente

a) retangular b) circular c) Tubular


3 3 4
τ max = ⋅ τ m τ max = ⋅ τ m τ max = ⋅ τ m
2 2 3

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1.11. Tensão Transversal de Torção


Ocorre quando uma barra é submetida a uma
força P, agindo no plano perpendicular ao
eixo da barra, que tenderá girar cada seção
transversal em relação às demais, produzindo
uma torção.

τt =
Mt
Wt
[kgf ]
cm 2 ≤ τ (1.25)

onde: τ t => Tensão transversal máxima de torção


Mt => Momento torçor
Mt = P ⋅ x [kgf ⋅ cm] (1.26)
P => Força aplicada [kgf ]
x => Distância entre a força aplicada e o centro de torção da peça [cm]

Wt => Módulo de resistência à torção ou módulo de resistência polar cm 3 [ ]


(ver tabela (1.5))

Wt =
It
R
[cm ]
3
(1.27)

[ ]
It => Momento de inércia polar cm 4 (ver tabela (1.5))
R => Distância da linha neutra à fibra externa [cm]
Distribuição da Tensão de Cisalhamento Torcional em Seções Resistentes
ητ t

ητ t

τt τt

τt

a) Seção Circular b) Retangular c) Retangular


h ≤ 3b h > 3b

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h 1 1,5 2 3 4 6 8 10 ∞
b

η 1,000 0,858 0,796 0,753 0,743 0,743 0,743 0,743 0,743

d) Para seções de perfis laminados ou soldados:


As seções transversais de perfis I, C e L, podem ser consideradas compostas de
retângulos com alturas h1 , h2 , h3 ... e larguras b1 , b2 , b3 ...

τt =
Mt ⋅ b
It
[kgf cm 2 ] (1.28)

onde: It =
3
(
1 3 3
)
b1 ⋅ h1 + b2 ⋅ h2 + ... => Momento de Inércia Polar cm 4 [ ] (1.28A)

b = b1 , b2 ,... => larguras nos pontos considerados [cm]

Ângulo de Torção da Seção Resistente


Para eixos relativamente longos é necessário verificar o ângulo de torção.
Na figura do início deste item observamos que:
ϕ ⋅ R =γ ⋅ L
então:
γ .L
ϕ= [rad ] (1.29)
R
onde: ϕ => Ângulo de torção resistente

L => Comprimento do eixo [cm]


R => Raio do eixo [cm]

τt Mt ⋅ b
Da equação (1.8) temos τ t = G ⋅ γ ou γ = , mas conforme equação (1.28) τ t =
G It
Mt ⋅ R
que substituindo na fórmula anterior fica γ = que substituindo em (1.29) fica
G ⋅ It
Mt ⋅ L
ϕ= [rad ] (1.30)
It ⋅ G

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O máximo ângulo admissível é dado por:

ϕ=
l
4
[ m] (1.31)

ou

ϕ=
π
720
[rad m] (1.32)

ou
π ⋅L
ϕ= [rad ] (1.33)
720
então
ϕ ≤ϕ [rad ] (1.33A)

1.12. Tensão Resultante e Tensão Composta


Quando houver mais que uma tensão agindo simultaneamente em uma peça, temos que
calcular as seguintes tensões:
1.12.1. Tensão Resultante ou Tensão Superposta
Quando as tensões são de mesmo tipo: Normal ou Transversal temos que superpor seus
efeitos, ou seja, somá-las vetorialmente.

σ Re = σ t + σ c + σ f [kgf ]
cm 2 ≤ σ (1.34)

onde: σ Re => Tensão Normal Resultante


σ t => Tensão Normal de Tração
σ c => Tensão Normal de Compressão
σ f => Tensão Normal de Flexão
σ => Tensão Admissível Normal

τ Re = τ + τ t [kgf ]
cm 2 ≤ τ (1.35)

onde: τ Re => Tensão Transversal Resultante

τ => Tensão Transversal de Cisalhamento


τ t => Tensão Transversal de Torção
τ => Tensão Admissível Transversal

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1.12.2. Tensão Composta ou Tensão Equivalente


Quando as tensões são de tipos diferentes: Normal e Transversal, temos que calcular a
tensão composta ou equivalente através do Círculo de Mohr, ou das equações a seguir,
chamadas equações de Von Mises.
No caso de tensões mono-axiais:

σ comp = σ Re 2 + 3 ⋅ τ Re 2 [kgf ]
cm 2 ≤ σ comp (1.36)

No caso de tensões bi-axiais: (usado em roscas, vigas, curvas, tubos, etc.)

σ comp = σ x 2 + σ y 2 − σ xσ y + 3 ⋅ τ Re 2 [kgf ]
cm 2 ≤ σ comp (1.37)

onde: σ comp => Tensão Composta ou Equivalente

σx => Tensão Normal Resultante na direção x

σy => Tensão Normal Resultante na direção y

τ Re => Tensão Transversal Resultante

1.13. Tabelas
Tabela (1.3) – Constantes físicas dos Materiais
Mód. Elasticidade Mód. Elasticidade Peso espec.
Coeficiente de
Material (kgf/cm2) Transversal (kgf/cm2) (kgf/dm3)
Poisson ” ”
”E” “G” “γ “

Aços 2.100.000 800.000 0,30 7,85

Alumínio 724.000 267.000 0,33 2,70

Bronze 1.132.000 422.000 0,35 8,80

Cobre 1.213.000 456.000 0,33 8,90

Ferro Fundido
1.020.000 422.000 0,21 7,20
Cinzento

Latão 1.080.000 408.000 0,32 8,50

Chumbo 372.000 133.000 0,43 11,40

Madeira
112.000 42.000 0,33 0,60
(Pinho)

Vidro 471.000 190.000 0,25 2,60


(Valores aproximados)

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Tabela (1.4) – Momento de Inércia, Módulo de Resistência e Raio de Giração


Raio de Giração
Módulo de Resistência
Momento de Inércia If
Seção If R=
If Wf = A
a
A = Área da seção

π ⋅d4 π ⋅d3 d
If = Wf = R=
64 32 4

π (D 4 − d 4 ) π (D 4 − d 4 ) D2 + d 2
If = Wf = R=
64 32 ⋅ D 4

a4 a3 a
If = Wf = R=
12 6 12

a4 a3 a
If = Wf = R=
12 6 2 12

a 4 − b4 a4 − b4 a 2 + b2
If = Wf = R=
12 6⋅a 12

a 4 − b4 2 ⋅ (a 4 − b 4 ) a 2 + b2
If = Wf = R=
12 12a 12

b ⋅ h2
Wf =
b ⋅ h3 24 h
If = R=
36 2 18
para y= ⋅h
3

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Raio de Giração
Módulo de Resistência
Momento de Inércia If
Seção If R=
If Wf = A
a
A = Área da seção

b ⋅ h3 b ⋅ h2 h
If = Wf = R=
12 6 12

I f = 0,06 ⋅ b 4 W f = 0,104 ⋅ b 3 R = 0,264 ⋅ b

I f = 0,06 ⋅ b 4 W f = 0,12 ⋅ b 3 R = 0,264 ⋅ b

BH 3 − ( B − e) ⋅ h 3 BH 3 − ( B − e) ⋅ h 3 1
If = Wf = R=
12 6⋅H S

BH 3 − ( B − e) ⋅ h 3 BH 3 − ( B − e) ⋅ h 3 1
If = Wf = R=
12 6⋅H S

eH 3 + ( B − e) ⋅ t 3 eH 3 + ( B − e) ⋅ t 3 1
If = Wf = R=
12 6⋅H S

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Tabela (1.5) – Momento de Inércia Polar e Módulo de Resistência Polar

Momento de Inércia Polar Módulo de Resistência Polar


Seção
It Wt

a4 2 3
It = = 0,16667 ⋅ a 4 Wt = a = 0,22 ⋅ a 3
6 9

b ⋅ h2
It =
(
b⋅h b + h 2 2
) Wt =
h
12 3 + 1,8
b

π ⋅d 4 π ⋅d3
It = Wt =
32 16

π π D4 − d 4
It = (D 4 − d 4 ) Wt =
32 16 D

b⋅ 3 4
It = a = 0,12 ⋅ b 4 Wt = 0,2 ⋅ b 3
8

π ⋅d4 a4 π ⋅d3 a4
It = − Wt = −
32 6 16 3⋅ d

π ⋅d4 5⋅ 3 4 π ⋅d3 5⋅ 3 4
It = − ⋅a Wt = − ⋅a
32 8 16 4⋅d

3 ⋅a4 a3
It = Wt =
48 20

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Tabela (1.6) – Esforço Cortante, Momento Fletor e Deflexão

1. Viga em balanço engastada em uma extremidade – carga concentrada na extremidade livre

2. Viga em balanço engastada em uma extremidade – carga concentrada intermediária

3. Viga em balanço engastada em uma extremidade – carga uniformemente distribuída

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4. Viga em balanço engastadas em uma extremidade – carga momento

5. Viga bi-apoiada – carga concentrada no centro

6. Viga bi-apoiada – carga concentrada intermediária

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7. Viga bi-apoiada – carga concentrada uniformemente distribuída

8. Viga bi-apoiada – carga momento

9. Viga bi-apoiada – carga concentrada em balanço

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10. Viga bi-apoiada – duas cargas concentradas iguais e igualmente espaçadas

11. Viga engastada em uma extremidade com apoio simples na outra – carga concentrada no centro

12. Viga engastada em uma extremidade com apoio simples na outra – carga concentrada intermediária

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13. Viga engastada em uma extremidade com apoio simples na outra – carga uniformemente distribuída

14. Viga bi-engastada – carga concentrada no centro

15. Viga bi-engastada – carga concentrada intermediária

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16. Viga bi-engastada – carga uniformemente distribuída

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1.14. Roteiro para dimensionamento de Peças Estáticas – Capítulo 1


σr σe
a) Tensão admissível normal: σ = ou σ =
S S
σ
b) Tensão admissível transversal: τ =
3
c) Tensão admissível composta: σ omp = 1,25 ⋅ σ

d) Croqui de carregamento: (tabelas (1.6))


e) Esforços solicitantes: N , Q , Mf , Mt (tabelas (1.6))
f) Características geométricas:
. Área: A
. Momento estático da área: Ms = [Ai ( y − d i )]
Ai ⋅ y i
. Centro de gravidade: y =
Ai

. Momento de inércia de flexão: If = [If i + Ai ( y − d i )


2
] ou tabela (1.4)
If
. Módulo de resistência à flexão: Wf = ou tabela (1.4)
a
1 3
. Momento polar de inércia: It = bi ⋅ hi ou tabela (1.5)
3
It
. Módulo de resistência à torção: Wt = ou tabela (1.5)
b
g) Tensões atuantes:
N
. Tração: σ t = ≤σ
A
N
. Compressão: σ c = − ≤ σ (ir para item (o))
A
Mf Mf ⋅ a
. Flexão: σ f = = ≤σ
Wf If
Q
. Cisalhamento médio: τ m = ≤τ
A
Q ⋅ Ms
. Cisalhamento: τ = ≤τ
If ⋅ b
Mt Mt ⋅ b
. Torção: τ t = = ≤τ
Wt It
. Resultante normal: σ Re = σ t + σ c + σ f ≤ σ

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. Resultante transversal: τ Re = τ + τ t ≤ τ

. Composta (mono-axial): σ comp = τ Re + 3 ⋅ τ Re ≤ σ comp


2 2

. Composta (bi-axial): σ comp = τ x + τ y − τ xτ y + 3 ⋅ τ Re ≤ σ comp


2 2 2

P⋅L
h) Alongamento: δ = E AÇO = 2.100.000 kgf cm 2
E⋅A
i) Deflexão: y max (tabelas (1.6))

L
j) Deflexão admissível: y =
NR
k) Verificação da Deflexão: y max ≤ y

Mt ⋅ L
l) Ângulo de torção: ϕ = G AÇO = 800.000 kgf cm 2
It ⋅ G
π ⋅L
m) Ângulo de torção admissível: ϕ =
720
n) Verificação do Ângulo de Torção: ϕ ≤ ϕ
o) Comprimento de Flambagem: l fl (tabela (1.2))

π 2 ⋅ E ⋅ If
p) Carga Crítica de Flambagem: N crit =
l 2 fl

If
q) Raio de Giração: R (tabela (1.4)) ou R =
A
l fl
r) Fator de Flambagem: λ =
R
π 2 ⋅E
s) Tensão Admissível Normal de Flambagem: σ fl =
λ2
t) Verificação da Tensão de Flambagem: σ C ≤ σ fl

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1.15. EXERCÍCIOS
1.15.1 A barra de aço representada na figura abaixo, deverá ser submetida a uma força
de tração de 2000 kgf e possui diâmetro de 2 cm e comprimento de 200cm. Determine o
alongamento total sofrido pela barra.

Resolução:
a. Cálculo da área
π ⋅d2 π ⋅ 22
A= => A = => A = 3,14cm 2
4 4
b. Definição do módulo de elasticidade
Material: Aço

Da tabela (1.3) => E = 2.100.000 kgf


cm 2
c. Cálculo do Alongamento
Da equação (1.9):
P⋅L 2.000 ⋅ 200
δ= => δ = => δ = 0,0607cm
E⋅A 2.100.000 ⋅ 3,14

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1.15.2 Numa barra de aço SAE1020 Laminado, de seção transversal retangular,


pretende-se aplicar uma carga estática de 1500 kgf. A barra possui um comprimento de
5 m. Sabe-se que por razões construtivas a largura deverá ser o dobro da espessura.
Determinar:
a) Os lados de ‘e’ e ‘b’ da seção transversal
b) O alongamento total
Adotar Coeficiente de Segurança S=4 em relação à σ R

Resolução:
a. Cálculo da tensão admissível normal
Da tabela (2.3), obtemos para material SAE1020 L => σ R = 39 − 45 kgf
mm 2

adota-se σ R = 3900 kgf


cm 2
σR 3900
Da equação (1.1): σ = => σ = => σ = 975 kgf
S 4 cm 2
b. Cálculo dos esforços solicitantes
N = P = 1500kgf
c. Cálculo das características geométricas
A = b ⋅ e => Como largura deverá ser o dobro da espessura b = 2 ⋅ e
A = 2 ⋅ e ⋅ e => A = 2 ⋅ e 2
d. Cálculo da tensão atuante
N 1.500
Da equação (1.12): σt = => σ T = ≤ σ = 975 kgf cm 2
A 2⋅e 2

e mín => σ t = σ

1.500
e= => e = 0,87cm (adota − se e = 3 8 " = 0,95cm) => b = 2 ⋅ e => (3 / 4" = 1,9cm)
2 ⋅ 975
e. Cálculo da tensão real atuante
N 1500
σt = => σ t = => σ = 831 kgf cm 2 ≤ σ = 975 kgf cm 2
A 0,95 ⋅ 1,9
f. Cálculo do alongamento total
P⋅L 1.500 ⋅ 500
Da equação (1.9): δ= => δ = => δ = 0,20cm
E⋅A 2.100.000 ⋅ 0,95 ⋅ 1,9

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1.15.3 A peça abaixo é de SAE1030 Laminado e possui as seguintes dimensões:


D1=40mm
D2=20mm
L1=1500mm
L2=1000mm
Adotar S=4 em relação à σ R
Pede-se:
a) A carga estática P que pode ser aplicada
com segurança
b) O alongamento total da peça para a carga
permissível
a. Cálculo da tensão admissível

Da tabela (2.3), obtemos para material SAE1030 L => σ R = 48 − 51 kgf .


mm 2

adota-se σ R = 4800 kgf


cm 2
σR 4800
Da equação (1.1): σ = => σ = => σ = 1.200 kgf
S 4 cm 2
b. Cálculo dos esforços solicitantes
N = Pmáx => Pmáx = carga procurada

c. Cálculo das características geométricas


π ⋅d2 π ⋅ 42
A1 = => A1 = => A1 = 12,57cm 2
4 4
π ⋅d2 π ⋅ 22
A2 = => A2 = => A2 = 3,14cm 2
4 4
d. Cálculo da tensão atuante ( A2 => seção resistente crítica)
N N
Da equação (1.12): σT = => σ T = ≤ σ = 1.200 kgf cm 2
A2 3,14

N = Pmáx => σ T = σ

P = 3,14 ⋅ 1.200 => P = 3770kgf


e. Cálculo do alongamento total
Da equação (1.9): δ T = δ1 + δ 2
P ⋅ L1 P ⋅ L2 3.770 ⋅ 150 3.770 ⋅ 100
δT = + => δT = + => δ T = 0,07cm
E ⋅ A1 E ⋅ A2 2.100.000 ⋅ 12,57 2.100.000 ⋅ 3,14

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1.15.4 As barras da estrutura abaixo são feitas de materiais diferentes, e o conjunto está
sendo solicitado pela força P. Calcular as forças absorvidas pelas 3 barras.
Dados:
L1 => comprimento da barra 1
L2 => comprimento da barra 2
A1 => área da seção da barra 1
A2 => área da seção da barra 2
E1 => módulo de elasticidade da barra 1
E 2 => módulo de elasticidade da barra 2
Resolução:
a) Estudo do equilíbrio do nó A
Fy = 0

P1 + 2 ⋅ P2 y − P = 0 como P2 y = P2 ⋅ cos α

temos P1 + 2 ⋅ P2 ⋅ cos α = P (a)


onde: P1 = força normal da barra 1
P2 = força normal da barra 2

cálculo do comprimento L1 em função de L2


L1 = L2 ⋅ cos α (b)

Fx = 0

P2 x − P2 x = 0
b) Estudo do alongamento do nó A
como δ 1 e δ 2 são muito pequenos β ≅ α
δ2
da figura cos β = => δ 2 = δ 1 ⋅ cos α (c)
δ1
P1 ⋅ L1
da equação (1.9) δ1 = (d)
E1 ⋅ A1

P2 ⋅ L2
e δ2 = (e)
E 2 ⋅ A2

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c) cálculo da forças
substituindo (d) e (e) em (c), tem-se:
P2 ⋅ L2 P ⋅L
= 1 1 ⋅ cos α
E 2 ⋅ A2 E1 ⋅ A1
substituindo-se (b) na equação acima, tem-se:
P2 ⋅ L2 P1 ⋅ ( L2 ⋅ cos α )
= ⋅ cos α
E 2 ⋅ A2 E1 ⋅ A1

P1 ⋅ E 2 ⋅ A2
P2 = ⋅ cos 2 α (f)
E1 ⋅ A1
substituindo-se (f) em (a), tem-se:
P1 ⋅ E 2 ⋅ A2
P1 + 2 ⋅ ⋅ cos 2 α ⋅ cos α = P
E1 ⋅ A1

P
P1 =
E 2 ⋅ A2
1 + 2 ⋅ cos 3 α
E1 ⋅ A1

P − P1
da equação (a) P2 =
2 ⋅ cos α
substituindo-se P1 e ordenando-se, tem-se:
P ⋅ cos 2 α
P2 =
A1 ⋅ E1
+ 2 ⋅ cos 3 α
A2 ⋅ E 2

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1.15.5. Na figura abaixo, determinar o diâmetro das barras 1 e 2, em aço SAE1020


laminado, para suportar com segurança uma carga estática de 5tf. Desprezar o efeito da
flambagem e adotar coeficiente de segurança S=1,5 em relação à Tensão Limite de
Escoamento (Norma DIN19704).
Dados:
L=100cm
α=30º
S=1,5 em relação à σ E

a. Cálculo da Tensão Admissível Normal

Da tabela (2.3), obtemos para material SAE1020 L => σ E = 21 − 26 kgf


mm 2

adota-se σ E = 2100 kgf


cm 2
σE 2.100
Da equação (1.2): σ = => σ = => σ = 1.400 kgf
S 1,5 cm 2

b. Cálculo dos Esforços Solicitantes

Fy = 0

− P − P1 ⋅ sen α = 0
−P − 5.000
P1 = = => P1 = −10.000kgf (N1)
sen 30° 0,5

Fx = 0

− P2 − P1 ⋅ cos α = 0 => P2 = − P1 ⋅ cos α => P2 = −(− 10.000) ⋅ cos 30° => P2 = 8.770kgf (N2)

c. Cálculo das Características Geométricas


π ⋅ d1 2 π ⋅ d22
A1 = A2 =
4 4

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d. Cálculo das Tensões Atuantes


Barra 1
Da equação (1.13):
N1 − 10.000 ⋅ 4
σC = => N 1 = P1 => σ c = ≤ σ = 1.400 kgf cm 2
A1 π ⋅d 2

10.000 ⋅ 4
d1 mín => σ C1 = σ ∴ d1 = => d1 = 3,02cm
π ⋅ 1.400

d 1 = 1 1 " = 31,75mm
4

Barra 2
Da equação (1.12):
N2 8.770 ⋅ 4
σT = => N 2 = P2 => σ T = ≤ σ = 1.400 kgf cm 2
A2 π ⋅ d2 2

8.770 ⋅ 4
d 2 => σ T 2 = σ ∴ d 2 = => d 2 = 2,81cm
π ⋅ 1.400

d 2 = 1 1 " = 28,575mm
8

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1.15.6 Calcular a altura h de uma viga de chapa (e=50mm) que está fixada a uma
estrutura, para suportar com segurança uma carga de 1000kgf concentrada em sua
extremidade livre, levando em consideração também a deflexão.
Dados:
L = 80cm
Material = Chapa ASTM A36
S = 1,5 em relação à σ E
NR = 750

a. Cálculo das Tensões Admissíveis

Da tabela (2.7), obtemos para material ASTM A36 => σ E = 25,31 kgf
mm 2

então σ E = 2531 kgf


cm 2
Tensão Admissível Normal
σE 2.531
Da equação (1.2): σ = => σ = => σ = 1.687 kgf
S 1,5 cm 2

Tensão Admissível Transversal


σ 1.687
Da equação (1.3): τ = => τ = => τ = 974 kgf
3 3 cm 2

Tensão Admissível Composta

Da equação (1.4): σ comp = 1,25 ⋅ σ => σ comp = 1,25 ⋅ 1687 => σ comp = 2109 kgf
cm 2

b. Cálculo dos Esforços Solicitantes


Da tabela (1.6), figura 1:
Q = P = 1.000kgf
Mf = P( x − l )
Mf = 1.000(0 − 80) Mf = 80.000kgf ⋅ cm

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c. Cálculo das Características Geométricas


A = e ⋅ h => A = 5 ⋅ h
Da tabela (1.4),
e ⋅ h3 5 ⋅ h3
If = => If =
12 12
e ⋅ h2 5 ⋅ h2
Wf = => Wf =
6 6

d. Cálculo das Tensões Atuantes


Equações (1.18), (1.22), (1.23) e (1.36):
Mf Q 3 3 Q
σf = τm = τ= ⋅τ m = ⋅ σ comp = τ f 2 + 3 ⋅ τ m 2
Wf A 2 2 A

Como o Momento Fletor é preponderante, dimensiona-se a altura pela flexão e faz-se


uma verificação das tensões atuantes.
Mf 80.000 ⋅ 6
Da equação (1.18): σf = => σ f = ≤ σ = 1687 kgf cm 2
Wf 5⋅h 2

h min => σ f = σ , então

80.000 ⋅ 6
h= => h = 7,54 => h = 7,6cm
5 ⋅ 1687

Verificação das tensões atuantes


Da equação (1.18):
Mf 80.000 ⋅ 6
σf = => σ f = => σ f = 1662 kgf cm 2 ≤ σ
5 ⋅ (7,6 )
2
Wf

Da equação (1.22):
Q 1.000
τm = => τ m = => τ m = 26 kgf cm 2 ≤ τ
A 5 ⋅ 7 ,6
Da equação (1.23):
3 Q 3 1.000
τ máx = ⋅ => τ máx = ⋅ => τ máx = 39 kgf cm 2 ≤ τ
2 A 2 5 ⋅ 7 ,6
Da equação (1.36):

σ comp = τ f 2 + 3 ⋅ τ m 2 => σ comp = 1662 2 + 3 ⋅ 26 2 => σ comp = 1663 kgf cm 2 ≤ σ comp

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e. Cálculo da Deflexão
Deflexão admissível
Da equação (1.21):
L 80
y= => y = => y = 0,106cm
NR 750

Deflexão máxima (da tabela (1.6))


P ⋅l3 1.000 ⋅ 80 3 ⋅ 12
y máx = => y máx = => y máx = 0,44cm
3 ⋅ E ⋅ If 3 ⋅ 2.100.000 ⋅ 5 ⋅ (7,6 )
3

Comparando y com y máx percebemos que devemos reprojetar

P ⋅l3
≤ y , daí tem-se:
3 ⋅ E ⋅ If

P ⋅ l 3 ⋅ 12 1.000 ⋅ 80 3 ⋅ 12
h=3 => h = 3 => h = 12,3cm
3⋅ E ⋅e⋅ y 3 ⋅ 2.100.00 ⋅ 5 ⋅ 0,106

Valor final da altura da viga h = 12,3cm

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1.15.7 Calcular as tensões atuantes e a deflexão na viga da figura abaixo:

Dados:
P= 3000kgf
a=50cm
b=150cm
L=200cm
ASTM A36
Dimensões em cm NR = 750
S = 1,5 em relação à σ E
a. Cálculo da Tensão Admissível

Da tabela (2.7), obtemos para material ASTM A36 => σ E = 25,31 kgf
mm 2

adota-se σ E = 2531 kgf


cm 2
σE 2.531
Da equação (1.2): σ = => σ = => σ = 1.687 kgf
S 1,5 cm 2

σ 1.687
Da equação (1.3): τ = => τ = => τ = 974 kgf
3 3 cm 2

Da equação (1.4): σ comp = 1,25 ⋅ σ => σ comp = 1,25 ⋅ 1.687 => σ comp = 2.109 kgf
cm 2

b. Cálculo dos Esforços Solicitantes


Da tabela (1.6), figura 6:

P ⋅b⋅ x 3.000 ⋅ 150 ⋅ 50


Mf = => Mf = => Mf = 112.500kgf ⋅ cm
l 200
P⋅b 3.000 ⋅ 150
Q1 = => Q1 = => Q1 = 2.250kgf
l 200
P⋅a 3.000 ⋅ 50
Q2 = => Q2 = => Q2 = 750kgf
l 200

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c. Cálculo das Características Geométricas


Da equação (1.20A):
Ai ⋅ y i A1 ⋅ y1 + A2 ⋅ y 2
YA = =
Ai A1 + A2

YA =
(10 ⋅ 1,9) ⋅ 0,95 + (1,25 ⋅ 15) ⋅ 9,4
(10 ⋅ 1,9) + (1,25 ⋅ 15)
Y A = 5,147cm

YB = 16,9 − Y A => YB = 16,9 − 5,147 => YB = 11,753cm

Da equação (1.20) e tabela (1.4):

If = If 1 + A1 (Y A − d 1 ) + If 2 + A2 (Y A − d 2 )
2 2

3 2 3
b ⋅h h b ⋅h
+ 2 2 + b2 ⋅ h2 (Y A − y 2 )
2
If = 1 1 + b1 ⋅ h1 Y A − 1
12 2 12

10 ⋅ (1,9 ) 1,25 ⋅ (15)


3 3
+ (10 ⋅ 1,9 ) ⋅ (5,147 − 0,95) + + (1,25 ⋅ 15) ⋅ (5,147 − 9,4 )
2 2
If =
12 12

If = 1.031,11cm 4

Da equação (1.19):
If 1.031,11
Wf A = => Wf A = => Wf A = 200,33cm 3
Ya 5,147

If 1.031,11
Wf B = => Wf B = => Wf B = 87,73cm 3
YB 11,753

Da equação (1.24):
MS A = MS B = 0

11,753
MS C = (1,25 ⋅11,753) ⋅ 11,753 − => MS C = 86,33cm 3
2

MS D = (10 ⋅ 1,9) ⋅ (5,147 − 0,95) => MS D = 79,74cm 3

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d. Cálculo das Tensões Atuantes


Mf 112.500
Da equação (1.18): σ fA = => σ fA =
Wf A 200,33

=> σ fA = 562 kgf cm 2 ≤ σ = 1687 kgf cm 2

Mf 112.500
σ fB = => σ fB =
Wf B 87,73

=> σ fB = 1.282 kgf cm 2 ≤ σ = 1687 kgf cm 2

Q ⋅ MS C 2.250 ⋅ 86,33
Da equação (1.23): τC = => τ C =
If ⋅ b 1.031,11 ⋅ 1,25

=> τ C = 151 kgf cm 2 ≤ τ = 974 kgf cm 2

Q ⋅ MS D 2.250 ⋅ 79,74
τD = => τ D =
If ⋅ 2a 1.031,11 ⋅ 2 ⋅ 0,3

=> τ C = 290 kgf cm 2 ≤ τ = 974 kgf cm 2

Da equação (1.36): σ comp = σ fb 2 + 3 ⋅ τ D 2 => σ comp = 1282 2 + 3 ⋅ 290 2

=> σ comp = 1.377 kgf cm 2 ≤ σ comp = 2190 kgf cm 2

e. Cálculo da Deflexão
Deflexão admissível
l 200
Da equação (1.21): y= => y = => y = 0,27cm
NR 750

Deflexão máxima (da tabela (1.6))


P⋅b⋅ x 3947 ⋅ 150 ⋅ 50
y máx = (
6 ⋅ E ⋅ If ⋅ l
)
x 2 + b 2 − l 2 => y máx = (
6 ⋅ 2.100.00 ⋅ 1.031 ⋅ 200
50 2 + 150 2 − 200 2 )

y máx = 0,17cm

Verificação da Deflexão
Da equação (1.21A): como y máx ≤ y => OK !!!

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1.15.8 Calcular o diâmetro da barra da figura abaixo, em aço SAE1030 laminado, para
suportar com segurança um momento torçor.
Dados:
Mt=120.000 kgf.cm
L=150cm
S=2,5 (em relação a σ E )

a) Cálculo das Tensões Admissíveis

Da tabela (2.3), obtemos para material SAE1030L => σ E = 26 − 31 kgf


mm 2

adota-se σ E = 2600 kgf


cm 2
Tensão Admissível Normal
σE 2.600
Da equação (1.2): σ = => σ = => σ = 1.040 kgf
S 2,5 cm 2

Tensão Admissível Transversal


σ 1.040
Da equação (1.3): τ = => τ = => τ = 600 kgf
3 3 cm 2

b) Cálculo dos Esforços Solicitantes


Mt=120.000 kgf.cm

c) Cálculo das Características Geométricas


π ⋅d3 π ⋅d4
Da tabela (1.5) Wt = e It =
16 32
d) Cálculo das Tensões Atuantes
Mt 120.000 ⋅ 16
Da equação (1.25): τt = => τ t = ≤ τ = 600 kgf cm 2
Wt π ⋅d 3

d min => τ t = τ

120.000 ⋅ 16
d =3 = 10,1 cm = 4"
π ⋅ 600

e) Cálculo do Ângulo de Torção


Mt ⋅ L 120.000 ⋅ 150 ⋅ 32
Da equação (1.30): ϕ= = = 0,0215 rad
It ⋅ G 800.000 ⋅ π ⋅ 10,16 4

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f) Cálculo do Ângulo de Torção Admissível


π ⋅L π ⋅ 1,5
Da equação (1.33): ϕ= = = 0,0065 rad
720 720

g) Verificação do Ângulo de Torção


Da equação (1.33A): como ϕ > ϕ (reprojetar)

então:
120.000 ⋅ 150 ⋅ 32
= 0,0065 rad
800.000 ⋅ π ⋅ d 4

120.000 ⋅ 150 ⋅ 32
d =4 => d = 13,7 cm = 5 1 "
800.000 ⋅ π ⋅ 0,0065 2

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1.15.9 A chave abaixo é utilizada para apertar peças na placa de torno. Dimensionar a
seção quadrada da peça (desprezar o ângulo de torção), e o diâmetro das barras
horizontais (desprezar a deflexão)

Dados:
P=10kgf
L=20cm
Material= SAE1050L
S=10 em relação a σ R

a) Cálculo das Tensões Admissíveis

Da tabela (2.3), obtemos para material SAE1050L => σ R = 63 − 75 kgf


mm 2

adota-se σ R = 6300 kgf


cm 2
Tensão Admissível Normal
σR 6.300
Da equação (1.1): σ = => σ = => σ = 630 kgf
S 10 cm 2

Tensão Admissível Transversal


σ 630
Da equação (1.3): τ = => τ = => τ = 364 kgf
3 3 cm 2

Tensão Admissível Composta

Da equação (1.4): σ comp = 1,25 ⋅ σ => σ comp = 1,25 ⋅ 630 => σ comp = 788 kgf
cm 2

b) Cálculo dos Esforços Solicitantes


Barra horizontal
Da tabela (1.6), figura 1:
Mf = P ⋅ ( x − L) = 10 ⋅ (0 − 9) = 90kgf ⋅ cm
Q = P = 10kgf

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Barra vertical
L L
Mt = P ⋅ + P ⋅ = P ⋅ L = 10 ⋅ 20 = 200kgf ⋅ cm
2 2

c) Cálculo das Características Geométricas


Das tabelas (1.4) e (1.5) respectivamente
Barra vertical

a4 2 3
It = e Wt = a
6 9

Barra horizontal
π ⋅d3
Wf =
32

d) Cálculo das Tensões Atuantes


Barra vertical
Mt 200 ⋅ 9
Da equação (1.25): τt = => τ f = ≤ τ = 364 kgf cm 2
Wt 2⋅a 3

a min => τ t = τ

200 ⋅ 9
a=3 = 1,35 cm
2 ⋅ 364

Barra horizontal
Como o momento fletor é preponderante, dimensiona-se o diâmetro pela flexão,
aproxima-se o diâmetro calculado para uma dimensão padronizada imediatamente
superior e faz-se uma verificação das tensões atuantes.
Mf 90 ⋅ 32
Da equação (1.18): σf = = ≤ σ = 630 kgf cm 2
Wf π ⋅d 3

d min => σ f = σ

90 ⋅ 32
d =3 = 1,13 cm => d = 1 / 2" (12,7mm)
π ⋅ 630

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Verificação das tensões atuantes nas barras horizontais


Mf 90 ⋅ 32
Da equação (1.18): σf = => σ f =
Wf π ⋅ (1,27 )3
σ f = 448 kgf cm 2 ≤ σ = 630 kgf cm 2

Q 10 ⋅ 4
Da equação (1.22): τm = => τ =
A π ⋅ 1,27 2
τ = 8 kgf cm 2 ≤ τ = 364 kgf cm 2

3 Q 3
Da equação (1.24): τ máx = ⋅ => τ máx = ⋅ 8
2 A 2
τ máx = 12 kgf cm 2 ≤ τ = 364 kgf cm 2

Da equação (1.36): σ comp = σ fb 2 + 3 ⋅ τ D 2 => σ comp = 448 2 + 3 ⋅ 8 2

σ comp = 448 kgf cm 2 ≤ σ comp = 788 kgf cm 2

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1.15.10 Dimensionar o braço da seção resistente quadrada do freio de sapata da figura


abaixo, para vencer um momento torçor de 2000 kgf.cm, sabe-se que este braço é de aço
SAE1020 Laminado.
Dados:
L1=15cm
L2=100cm
L3=115cm
d=30cm
Mt=2000 kgf.cm
µ=0,3
S=8 em relação a σ R

a) Cálculo das Tensões Admissíveis

Da tabela (2.3), obtemos para material SAE1020 L => σ R = 39 − 45 kgf


mm 2

adota-se σ R = 3900 kgf


cm 2
Tensão Admissível Normal
σR 3.900
Da equação (1.1): σ = => σ = => σ = 487 kgf
S 8 cm 2

Tensão Admissível Transversal


σ 487
Da equação (1.3): τ = => τ = => τ = 281 kgf
3 3 cm 2

Tensão Admissível Composta

Da equação (1.4): σ comp = 1,25 ⋅ σ => σ comp = 1,25 ⋅ 487 => σ comp = 609 kgf
cm 2

b) Cálculo dos Esforços Solicitantes


Sabe-se que a força tangencial resultante do torque é:
d 2 ⋅ Mt
Mt = F ⋅ x = Ft ⋅ => Ft = (a)
2 d

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Para que ocorra a frenagem é necessário que apareça uma força de atrito (Fa) de igual
intensidade e direção e sentido oposto à (Ft). Sabe-se da Física que a força de atrito é
dada por
Fa = Fn ⋅ µ (b)

onde Fn é a força normal à superfície de contato

Igualando as equações (a) e (b) para parar, Fa = Ft

2 ⋅ Mt 2 ⋅ Mt 2 ⋅ 2.000
Fn ⋅ µ = => Fn = => Fn = = 444,4kgf
d d ⋅µ 30 ⋅ 0,3
Para que apareça a força normal (Fn) é necessário aplicar à extremidade do braço uma
força F
Fn ⋅ L1 444,4 ⋅ 15
Fn ⋅ L1 = F ⋅ L3 => F = => = 58kgf
L3 115
Momento Fletor Máximo
Da tabela (1.6), figura 1: Mf = F ⋅ L2 => Mf = 58 ⋅ 100 => Mf = 5800kgf ⋅ cm

Esforço Cortante
Da tabela (1.6), figura 1: Q = Fn = 444,4kgf

c) Cálculo das Características Geométricas


a3
Da tabela (1.4) Wf = A = a2
6

d) Cálculo do lado da seção resistente


Como o momento fletor é preponderante, dimensiona-se o lado da seção resistente
pela Flexão, aproxima-se o valor calculado para uma dimensão padronizada
imediatamente superior e posteriormente faz-se uma verificação das tensões atuantes.
Mf
Da equação (1.18) σ f = para o lado “a” ser mínimo σ f = σ , substituindo-se
Wf
tem-se:
Mf 6 ⋅ Mf 6 ⋅ Mf 6 ⋅ 5800
σ = = => a=3 =3 = 4,2 cm
a3 a3 σ 487
6
adota-se barra quadrada de a=1 ¾” = 44,45mm

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e) Verificação das Tensões Atuantes

Características Geométricas
a 3 4,445 3
Da tabela (1.4): Wf = = = 14,6cm 3 A = a 2 = 4,445 2 = 19,8cm 2
6 6

Tensão Normal de Flexão


Mf 5800
Da equação (1.18): σf = => σ f = => σ f = 397 kgf cm 2 ≤ σ
Wf 14,6

Tensão Transversal de Cisalhamento


Q 444,4
Da equação (1.22): τ= => τ = => τ = 23 kgf cm 2 ≤ τ
A 19,8
3 Q 3
Da equação (1.23): τ máx = ⋅ => τ máx = ⋅ 23 => τ máx = 34 kgf cm 2 ≤ τ
2 A 2

Tensão Composta

Da equação (1.36): σ comp = τ f 2 + 3 ⋅ τ m 2 => σ comp = 397 2 + 3 ⋅ 23 2

σ comp = 399 kgf cm 2 ≤ σ comp

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1.15.11 Verificar a barra (1) do exercício 1.15.5 quanto à flambagem, sabendo-se que a
extremidade inferior está engastada (sem rotação e sem translação) e a extremidade
superior é articulada (com rotação e com translação).

a. Cálculo do Comprimento Real da Barra 1 ( L )


L 100
L1 = = => L1 = 115,5cm
cos α cos 30°

b. Definição do Módulo de Elasticidade ( E )


Material: Aço
Da tabela (1.3) => E = 2.100.000 kgf cm 2

c. Cálculo do Momento de Inércia à Flexão ( If )


Da tabela (1.4),
π ⋅d4 π ⋅ 2,8575 4
If = = => If = 3,27cm 4
64 64

d. Cálculo do Comprimento de Flambagem ( l fl )

Da tabela (1.2): l fl = 0,7 ⋅ L = 0,7 ⋅ 115,5 => l fl = 80,9cm

e. Cálculo da Carga Crítica de Flambagem ( N crit )

π 2 ⋅ E ⋅ If π 2 ⋅ 2100000 ⋅ 3,27
Da equação (1.14): N crit = 2
= => N crit = 10.368kgf
l fl 80,9 2

f. Cálculo do Raio de Giração da Barra ( R )


Da tabela (1.3), para barra circular,
d 2,8575
R= = => R = 0,71cm
4 4

g. Cálculo do Fator de Flambagem ( λ )


l fl 80,9
Da equação (1.16): λ= = => λ = 113,9
R 0,71

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h. Cálculo da Tensão Admissível Normal de Flambagem ( σ fl )

π 2 ⋅ E π 2 ⋅ 2100000
Da equação (1.17): σ fl = = => σ fl = 1598 kgf cm 2
λ2 113,9 2

i. Cálculo da Área ( A )
π ⋅d2 π ⋅ 2,8575 2
A= = => A = 6,41cm 2
4 4

j. Cálculo da Tensão Normal de Compressão ( σ C )

N P 8770
Da equação (1.13): σC = − =− 2 =− => σ C = −1368 kgf cm 2
A A 6,41

k. Verificação da Tensão de Flambagem


Da equação (1.17A): σ C = −1368 kgf cm 2 ≤ σ fl = 1598 kgf cm 2

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