Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Dica da Neila: quando não souber, coloque endocardite como diagnostico diferencial!
Epidemiologia
Menor incidência na era pós-antibióticos
Gravidade da End. Bacteriana: se não for reconhecida e tratada a tempo, costuma destruir a
válvula cardíaca acometida, levando o paciente a um quadro de insuficiência cardíaca aguda e
grave.
Classificação – Cronologia
Aguda (EIA): valvas normais sob agressão de bactérias de alta virulência; desenvolvimento
2-6 semanas,em média – pode ser em menos tempo
Tamara Bueno T97
1
Distúrbios que são um convite à colonização de bactérias
1. Valva mitral mixomatosa
2. Estenose valvular calcificada
3. Valva aórtica bicúspide
4. Valvas artificias (próteses)
5. Defeitos congênitos cardíacos (20%)
Obs.: Antigamente a cardiopatia reumática crônica era considerada o fator de risco principal
para a endocardite infecciosa.
Obs.: a endocardite adquirida em ambiente hospitalar é muito relevante devido à sua alta taxa
de mortalidade – Abreviar o tempo de internação hospitalar pós cirúrgico – elementos do meio
intra-hospitalar são mais “resistentes”, “diferenciados”
2
Morfologia
Vegetações de tamanhos variados
contendo células inflamatórias, células
mortas e microorganismos envoltos
por rede de fibrina (“trombos”)
Endocardite fúngica:
vegetações maiores, podendo chegar a
2cm
As vegetações podem
determinar o aparecimento ou o
agravamento das lesões cardíacas pré-
existentes, às vezes com graves
repercussões hemodinâmicas
As valvas do lado esquerdo (mitral e aórtica) são mais comprometidas; em 10% há o
comprometimento de ambas;
Nos casos de abuso de drogas, as válvulas do lado direito (tricúspide e pulmonar) são
mais acometidas Lembrar: Staphylococcus aureus é o agente mas comum nesses
casos.
Quadros clínicos
Com alto poder de virulência (S. aureus)
1. Febre alta, calafrios, mal-estar e fraqueza
2. Destruição precoce das valvas (sopros)
3. SINAIS PERIFÉRICOS: petéquias, nódulos dolorosos nos dedos, sufusões
hemorrágicas em palmas das mãos e plantas dos pés; hemorragia na retina e
conjuntiva
4. Êmbolos sépticos condicionando vasculite aguda e AVC
5. Complicações mediadas pelo sistema imunológico. Ex.: Glomerulonefrites
6. Alguns desenvolvem estado de choque – Séptico ou cardiogênico
Tamara Bueno T97
Sinais Periféricos:
o As embolias retinianas condicionam manchas de Roth
o Manifestações cutâneas incluem: petéquias, nódulos subcutâneos
eritematosos dolorosos nas pontas dos dedos nódulos de Osler; sufusões
hemorrágicas lesões de Janeway e hemorragias abaixo das unhas.
3
Baixa virulência (S. viridans)
“mais mascarado, menos expresso” – dificuldade no dx
1. Febre baixa a moderada; simula “estado gripal”
2. Fraqueza, emagrecimento, suor noturno
3. Mialgias e artralgias
4. Artrites e lombalgia
Evolução: complicações
Intra-cardíacas: insuficiência em aórtica, estenose em mitral, pericardite
fibrinopurulenta, perfuração e abcessos, que podem gerar IAM e ICC
As consequências SISTÊMICAS são principalmente decorrentes de embolia do material
infectado da valva cardíaca e aumentam nas de curso crônico, de fenômenos
imunomediados. São as seguintes:
o Tromboembolismo infecções mestastáticas (distantes do coração)/infartos
em baço, rins e cérebro
o Renais infarto embólico e GN pela formação de imunocomplexos
circulantes síndrome nefrótica, que pode evoluir para insuficiência renal
o SNC desde AVC (por ruptura de aneurismas “micóticos” embolia) a
estados confusionais e meningoencefalites
As lesões do lado direito tipicamente produzem êmbolos sépticos pulmonares, que
podem levar a infarto pulmonar, pneumonia ou empiema.
Diagnóstico Clínico
Sinais clínicos tradicionais: sopros cardíacos e febre*
Manifestações diversas
o Nas AGUDAS: DD com septicemias, meningites, AVC, abscessos cerebrais,
Tamara Bueno T97
4
Como deverá ser preenchido o atestado de óbito?
Causa básica, causa intermediária e o mecanismo de morte.
Ex.: Tu intestinal, endocardite, AVC.
Nos idosos, a febre pode estar ausente e pode ocorrer confusão mental, letargia,
anorexia e emagrecimento
Diagnóstico Laboratorial
Hemograma: leucocitose com neutrofilia e aumento de bastonetes nas formas
agudas severas: aumenta VHS e PCR (exuberante)
EAS: hematúria microscópica (cilindros hemáticos nas GN por imunocomplexos) e
proteinúria (em 50% dos casos)
Hemocultura: constitui o padrão ouro nas EB
o Coleta de 3 a 6 amostras de sangue venoso (10mL) com intervalo de 30
min entre elas. Incubação por 3 semanas
o Quais as justificativas para hemocultura negativa? Não citou
Ecocardiograma Trans-esofágico: sensibilidade para detecção de vegetações entre
75 e 95%
ECG/RX são importantes no registro das complicações cardíacas e evolução do
processo. Pouco fidedigno no diagnóstico – NÃO SERVEM PARA DX!
PROFILAXIA
Sendo a EBA e a EBSA as mais temidas, a profilaxia antibiótica é recomendada,
segundo a American Heart Association, nos casos de alto e médio riscos.
5
FATORES DE ALTO RISCO: válvulas cardíacas protéticas, endocardite infecciosa prévia,
doença cardíacas congênitas, shunts pulmonares e sistêmicos ou os construídos
cirurgicamente.
FATORES DE MÉDIO RISCO: disfunção valvar adquirida, cardiomiopatia hipertrófica,
prolapso de válvula mitral com regurgitação valvar.
PROCEDIMENTOS DE RISCO
Tratamento dentário – procedimentos que envolvam sangramento; procedimentos
periodônticos e endodônticos; extração, cirurgia e implante dentário; colocação de
aparelho ortodôntico; limpeza profilática.
Trato Respiratório - procedimentos: amigdalectomia, adenoidectomia, broncoscopia
com broncoscópio rígido
Trato Gastrointestinal - escleroterapia para varizes esofágicas, dilatação esofágica,
colangiografia endoscópica retrógrada, cirurgias gástricas ou intestinais
Trato Genitourinário – cirurgia da próstata, citoscopia, dilatação uretral.