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[COM858]
60h – OP M/D
Prof. André Brasil
_Ementa
A dimensão política das imagens. As imagens como constitutivas da experiência
histórica. A análise das mediações, tendo em vista seus aspectos expressivos
(materiais, técnicos e formais) e políticos. Os modos de apreensão e construção do
real e as experiências de fruição das imagens. Possíveis articulações entre as
dimensões semiótica, política, histórica e antropológica das imagens.
_Enfoque:
[“Os povos estão sempre expostos a desaparecer. Que fazer neste estado de
perpétua ameaça? Como fazer para que os povos se exponham a si mesmos e não
ao seu desaparecimento?” Provocados pela questão de Didi-Huberman – cuja
resposta nos exigiria religar a mediação das imagens aos processos
emancipatórios -, dividimos o percurso deste curso em dois momentos: o primeiro
– Políticas da imagem – atenta-se aos modos como, no interior da polis (tal como
forjada e compreendida pela tradição ocidental), as imagens participam de
processos de subjetivação política vinculados a movimentos sociais e históricos.
Fraturados pelo dissenso, esses processos exigem pensar as imagens em seu
anacronismo, abrigo de tempos heterogêneos, não submissos à linearidade do
progresso.
_Programa
2. Políticas da imagem
2. 1. Cenas do dissenso e da emancipação
2.2. Anacronismos
2. 3. Da hospitalidade
3. Cosmopolíticas da image
3.1. A arte de prestar atenção!
3.2. A imagem equívoca
3.3. Máscaras, armadilhas, quimeras
3.4. Por uma critica xamânica da economia política das imagens
_Cronograma
23 de março
Abertura e apresentação do programa
30 de março
Rostos, multiplicidades, diferenças, intervalos
HUBERMAN-DIDI, George. Coisa pública, coisa dos povos, coisa plural. In:
Silva, R. (Org.). A república por vir: Arte, política e pensamento para o
Século XXI. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2011.
Leitura complementar:
ARENDT, Hannah. A vida do espírito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
6 de abril
Povos, inumeráveis, dentre outros
GUIMARÃES, César. A estética que vem. In: Anais do XXVI Encontro Anual da
Compós, São Paulo, jun. 2017.
20 de abril
Convidado.
27 de abril
Cenas do dissenso e da emancipação
4 de maio
Cenas do dissenso e da emancipação
Leitura complementar:
RANCIÈRE, Jacques. O tempo da emancipação já passou? In: Silva, R. (Org.). A
república por vir: Arte, política e pensamento para o Século XXI. Lisboa:
Calouste Gulbenkian, 2011.
11 de maio
Anacronismos
RANCIÈRE, Jacques. A história em pedaços. In: Folha de São Paulo, 11 nov.
2001.
18 de maio
Convidado.
25 de maio
Da hospitalidade
MONDZAIN, Marie José. Quand tout autre arrive qu’est-ce qui nous arrive?
(Sessão comentada durante o Forumdoc.bh - 2o anos, em torno do filme
L’ordre (Jean Daniel Pollet,1973), Belo Horizonte, 2016.
1o de junho
A arte de prestar atenção!
Leitura complementar:
SZTUTMAN, Renato. Cosmopolíticas transversais: a proposta de Stengers e o
mundo ameríndio. (Palestra no Museu Nacional da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, em 29 de novembro de 2013).
8 de junho
A imagem equívoca
Leitura complementar:
VIVEIROS DE CASTRO, E. A floresta de cristal: notas sobre a ontologia dos
espíritos amazônicos. In: Cadernos de campo, São Paulo, n.14/15, 2006.
22 de junho
Máscaras, armadilhas, quimeras
LAGROU, Els. Podem os grafismos ameríndios ser considerados quimeras
abstratas? Uma reflexão sobre uma arte perspectivista. In: Lagrou, E. e
Severi, C. (Orgs.) Quimeras em diálogo: grafismo e figuração nas artes
indígenas. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.
Leitura complementar:
SEVERI, Carlos. O espaço quimérico: percepção e projeção nos atos de olhar. In:
Lagrou, E. e Severi, C. (Orgs.) Quimeras em diálogo: grafismo e figuração nas
artes indígenas. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.
29 de junho
Máscaras, armadilhas, quimeras
Leitura complementar:
GELL, Alfred. "Vogel's net: Traps as artworks and artworks as traps". In: The
Art of Anthropology: Essays and Diagrams. London: The Athlone Press,
1999. Pp. 187-214.
6 de julho
Por uma critica xamânica da economia política das imagens
Convidado. Leitura de A queda do céu.
13 de julho
Por uma critica xamânica da economia política das imagens
BRASIL, André. Ver por meio do invisível: o cinema como tradução xamânica. In:
Novos Estudos CEBRAP, v. 35, n. 3, São Paulo, nov. 2016, pp. 125-146.
Leitura complementar:
ALBERT, Bruce. O ouro canibal e a queda do céu. Uma crítica xamânica da
economia política da natureza. In: Albert, B. e Ramos, A. Pacificando o
branco: cosmologias do contato Norte-Amazônico. São Paulo: Ed.
Unesp/Imprensa Oficial, 2002.
_Avaliação
Em princípio, a disciplina demandará a elaboração de um artigo acadêmico, a ser
entregue no último dia de aula, 6 de julho. Há ainda a possibilidade de se propor
outras formas de escrita: um ensaio, um texto em notas, uma
entrevista/conversa, um filme, um ensaio audiovisual.
_ Bibliografia básica