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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

TRABALHO DE HISTÓRIA MODERNA - “O CRISTIANISMO REFORMADO”


MARIA CLARA BOTELHO DOS REIS – 2º ANO HISTÓRIA DIURNO

O Cristianismo, religião mais influente do mundo, teve seu início com os


ensinamentos de Jesus no contexto de expansão do Império Romano. Em seu
princípio, era uma religião que não tinha uma boa aceitação e a perseguição a Jesus
e seus fiéis era muito frequente, fato este tão pungente que Jesus morreu crucificado,
pois se dizia filho de Deus e era visto como possível ameaça ao Império Romano.
Entretanto, sua disseminação foi forte, principalmente após sua morte quando os
apóstolos que Jesus possuía saíram pelo mundo, para disseminar a palavra do Cristo.
Mesmo assim, a perseguição continuou e os fiéis tinham de se reunir em segredo, até
o ano de 312, quando Constantino publicou o Édito de Milão liberando o culto dos
cristãos. O cristianismo foi assim se fortalecendo, chegando a ser oficializado por
Teodósio no Império Romano em 380. Quando Teodósio morreu, o Império foi dividido
entre seus dois filhos, acarretando assim na conhecida divisão de Império Romano do
Ocidente e Império Romano do Oriente. Cada vez mais a religião se espalhava e se
institucionalizava, principalmente após o desenvolvimento das primeiras estruturas
episcopais e da realização de concílios.
Já durante a Idade Média, a Igreja continuou a prosperar e se disseminar,
ganhando cada vez mais poder e desenvolvendo mecanismos para manutenção de
seu poder. As Cruzadas e a Inquisição são grande exemplo disso; para combater a
expansão do islamismo e a prática e comunhão de seitas não cristãs, a Igreja criou
respectivamente esses dois mecanismos que tiveram grande ação no período
medieval. A partir disso e de outros acontecimentos, muitas pessoas passaram a
perceber e até questionar o poder da Igreja e suas ações perante a sociedade,
entretanto o silenciamento dessas questões sempre se fez muito presente, até que
em um dado momento, um homem chamado Martinho Lutero se levantou contra
vários dogmas do catolicismo, questionando – os e levando ao movimento de
Reforma, que se deu em vários países e teve várias implicações e consequências
como uma grande repartição entre vertentes do Cristianismo e também a
Contrarreforma, que foi um movimento iniciado pela Igreja quase como uma resposta
à Reforma.
A Reforma foi um movimento do século XVI que trouxe várias mudanças a
grande religião do mundo, o cristianismo. Assim, vários autores trouxeram suas visões
acerca da Reforma e de várias questões que a permearam. Um desses autores é o
historiador francês especialista em História Moderna que viveu a maior parte de sua
vida durante o século XX, Francois Lebrun. Em sua obra denominada “As Reformas:
devoções comunitárias e piedade pessoal” o autor trata de várias questões acerca do
Cristianismo e de como ele possui várias contradições, como ele mesmo diz “A
aparente contradição está, pois, no próprio âmago do cristianismo” e assim, trabalha
“o papel das Igrejas cristãs na emergência do foro íntimo e da vida privada” e em que
medida Igrejas protestantes e Igreja romana favoreceram ou frearam essa
emergência. A partir disso, o autor estabelece variadas comparações entre as duas
Igrejas, tratando de questões como a missa, as confissões e outros pontos em que as
duas Igrejas convergem ou divergem.
Já Lucien Febvre, influente historiador francês e co – fundador da “Escola dos
Annales”, escreveu em sua obra “Martinho Lutero, um destino” sobre o grande ícone
da Reforma Prostestante. Em seu texto, ele trata da história de Lutero e de como ele
se tornou um dos líderes do grande movimento de Reforma. Nesses escritos, vemos
como Martinho teve um difícil início de vida, em uma família simples e depois iniciou
e se doou inteiramente a vida monástica, realizando várias penitências e almejando
sua salvação, entretanto ele não se sentia bem, pois “depois de entrar no convento
para ali descobrir a paz, a ditosa certeza da salvação, Lutero só encontrou dúvida e
terror.”. Em um dado momento, Lutero volta a estudar e se torna bacharel em
Teologia. Em 1510, Martinho tem de fazer uma visita á Roma e vai com toda a
motivação e esperança de um fiel, entretanto, se desencanta totalmente ao ver a
realidade da moral cristã como explicitado por Febvre no trecho: “Em Roma, em 1510,
o que lhe aparecera em toda a sua nudez fora a terrível miséria moral da Igreja.”
Assim, a indignação daquele homem crescia e, quando se deu o escândalo do tráfico
de benefícios e indulgências, Lutero, cansado de todo aquele sentimento reprimido,
escreveu um documento com 95 pontos criticando a Igreja e o próprio papa. No
contexto daquele período, em que crescia cada vez mais a tensão entre reis e o poder
da Igreja e a população já estava também cansada dos abusos da mesma, Lutero e
seu ato de revolta tiveram logo uma ampla repercussão e causaram uma série de
complicações envolvendo a Igreja.
Um outro ponto abordado, é o da Inquisição frente aos prostestantes, que o
historiador Francisco Bethencourt trabalha em seu livro “História das Inquisições:
Portugal, Espanha e Itália – séculos XV-XIX”. O autor busca tratar do lugar da
Inquisição na repressão protestante e mostra como seus traços velhos e tradicionais
ainda estão em voga e como a disputa por poder é sempre uma questão central em
jogo.
Dessa maneira, percebemos como o Cristianismo passou por várias mudanças
e como a reforma se deu e trouxe ao Cristianismo várias consequências,
principalmente a sua divisão em variadas vertentes.

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