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CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DE UM KART INDOOR

José Roberto Moreira

O kart indoor tem características muito particulares que fazem com que sua pilotagem
tenha aspectos únicos. Muitas vezes nem nos apercebemos dessas singularidades.
Carros de passeio também apresentam diferenças entre si, que afetam sua condução.
Pilotar um veículo com motor e tração dianteiras é muito diferente de pilotar outro com
motor e tração traseiras. O conhecimento e a compreensão das características
particulares do kart e de suas conseqüências podem ajudar no nosso rendimento na
pista.

Algumas das características do kart também são comuns a outros veículos. O exemplo
mais claro é um daqueles citados acima – o kart tem motor posicionado na traseira e
tração traseira. Isto faz com que a maior parte da distribuição do peso encontre-se
sobre as rodas traseiras. Em alguns casos, esta característica pode levar à
sobreesterção e, em outras, à subesterção (ver “Glossário”). Outra característica que
afeta o rendimento do kart nas curvas é a inexistência de suspensão e de
amortecedores. Obviamente, não
podemos esquecer que o kart apresenta
apenas dois pedais - acelerador e freio.

O kart possui, também, bitolas de


tamanhos difer entes. A bitola do eixo
dianteiro é um pouco menor do que a do
eixo traseiro. Portanto, não se deve usar
a roda dianteira como padrão limite, pois
parte da roda traseira ficará fora da
pista. Isto também poderá causar toques
involuntários da roda traseira nos pneus
de proteção.

Entretanto, as três características particulares do kart, que mais afetam a sua forma de
pilotagem são:
1) apresentar marcha única (apesar de existirem categorias com marchas
múltiplas, mas estes são a minoria absoluta entre os karts existentes);
2) o freio estar posicionado apenas nas rodas traseiras;
3) o eixo traseiro de tração ser fixo.

Uma das regras mais importantes para pilotar um kart, que possui uma única marcha, é
a manutenção alta do giro do motor. Procure não perder giro do motor quando fizer
uma curva. Se você perde giro, demorará muito para recuperá-lo.

Como o freio age apenas nas rodas traseiras, ele diminui o giro de seu motor. Procure
não frear quando estiver fazendo uma curva. Isto pode desequilibrar o kart, reduzindo a
aderência nas rodas traseiras. Se for necessário reduzir a velocidade no meio da curva,
é mais adequado apenas retirar o pé do acelerador.

Em um eixo traseiro fixo as rodas sempre giram na mesma velocidade. As duas


principais conseqüências desta característica são:
1) O kart tem uma tendência a andar em linha reta, fazendo com que as curvas
sejam pesadas para o volante, quando as rodas dianteiras estão tentando
manter aderência. Isto faz com que uma largada com as rodas dianteiras
viradas seja muito lenta, exigindo mais força do motor. Nunca dê a largada
com as rodas dianteiras viradas;
2) Ao fazer uma curva, uma das rodas traseiras do kart gira em falso.

Quando qualquer veículo de quatro rodas


percorre um trecho em curva, as rodas
posicionadas na parte interna da curva
percorrem uma distância menor que as rodas
externas. Imaginemos um veículo que possua
uma bitola de 1 metro. Em uma curva de 1
metro de raio interno, enquanto a roda interna
percorre 1,57m, a externa percorre 3,14m (ver
figura ao lado). Portanto, as rodas posicionadas
na parte interna devem dar um número menor
de voltas do que as rodas externas, para
percorrer a mesma curva. Os carros de passeio
possuem um dispositivo chamado “diferencial”,
que permite a compensação da diferença de
velocidade entr e as duas rodas traseiras nas
curvas. No kart, com seu eixo traseiro fixo forçando as duas rodas a apresentarem a
mesma rotação, a conseqüência é o giro em falso de uma das rodas traseiras. A roda
que gira em falso, que derrapa, é geralmente aquela posicionada na parte interna da
curva. Obviamente, se ambas as rodas estiverem em contado com a pista, fazer com
que uma roda gire em falso significa que o kart perde potência. Com a aderência
existente nos pneus modernos, é exigida muita energia do motor para que isto
aconteça. Esta é a principal razão para o kart ter mais facilidade de andar em linha reta
e ser difícil de largar com as rodas dianteiras viradas.

Para facilitar que a roda gire em falso


e evitar que o kart perca potência, é
importante que esta roda não se
encontre em sua plena aderência
com a pista. A geometria da direção
de um kart é complexa e esta
complexidade advém justamente da
necessidade de fazer uma roda
traseira girar em falso, quando em
curva. Para que o kart possa fazer
uma curva tendo o seu eixo traseiro
fixo, é necessário que a roda interna
traseira seja levantada. A geometria
da direção do kart praticamente
transforma-o em um triciclo nas
curvas. Levanta ligeiramente a roda traseira interna, permitindo que a mesma tenha
menos aderência e possa girar em falso. Preste atenção, quando seu kart está parado
que, se você girar o volante, a roda dianteira interna move-se para baixo e a externa
para cima. Isto é o que faz com que a roda traseira interna seja levantada ligeiramente.
Obviamente, se o seu estilo de pilotagem facilitar que a roda traseira interna fique com
menos aderência quando em curva, você perderá menos torque e terá uma maior
velocidade de saída de curva.

Existe ainda uma conseqüência da geometria da direção do kart fazer com que a roda
interna traseira seja levantada. É uma particularidade do kart que não é vista em outros
veículos. É perceptível, quando um kart é acelerado em curvas fechadas, que há uma
maior facilidade para se fazer a
curva. Isto, aparentemente, é
um contr a-senso, se levarmos
em consideração que a
aceleração transfere peso para
as rodas traseiras e reduz a
aderência das rodas dianteiras
(ver “Entendendo a Aderência
em um Kart”). Entretanto, como
o kart levanta a roda traseira
interna quando em curva, e
apresenta tração apenas na
roda traseira externa, há a
geração de um torque em torno
do centro de gravidade. É
como um barco onde rema-se
apenas em um lado – ele gira em círculos. A conseqüência da aceleração de um kart
em curva é o empurrão das rodas dianteiras no sentido da curva.

São justamente estes detalhes do kart que definem as características particulares de


sua pilotagem. Para fazer uma curva pilotando um kart, o ideal é frear forte
imediatamente antes da curva, ainda em linha reta. Então, acelerar quando estiver
fazendo a curva, empurrando as rodas dianteiras em seu sentido, e permitir que estas
guiem melhor o kart. Após uma leve derrapagem, que permite que o peso seja
transferido para as rodas externas e que a roda traseira interna gire em falso, as rodas
dianteiras poderão ficar retas e apontadas para a saída da curva. A partir daí, é só
continuar acelerando. Quando esta técnica é feita adequadamente, ela permite que as
rodas traseiras tenham maior aderência e que acelerem mais forte e mais cedo, na
saída de curva. Na realidade, é surpreendente quão pouco se tem que frear os karts
nos circuitos indoor.

Compilado de:

Some Kart Driving Hints, de Gil Williamson


http://www.amazonsystems.co.uk/data/drivhint.htm#revs

A Guide to Karting, de Keith Collantine


http://www.cam.ac.uk/societies/cuac/karting_guide.htm e

Kart Steering, Physical Forces and Setup - Theory and Practice, de James Hughes
http://www.karting.co.uk/KandK/Tech/KartSetup.html

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