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USP - ECA - CTR

Montagem III

Hyun Woo No
9290411
Prof: Cecilia Antakly de Mello

Assista ao filme ​Couro de Gato​ de Joaquim Pedro de Andrade (1962) e escreva um


breve comentário comparativo entre o filme brasileiro e ​A Pequena Vendedora de
Sol ​(máximo de duas páginas). Leve em consideração de que forma a montagem
une elementos do conto e do documentário em ambos os filmes.

Em ambos os filmes, encontramos um retrato da vida de crianças em


situação de pobreza e como elas se relacionam com o ambiente onde vivem. Em ​A
Pequena Vendedora de Sol​, acompanhamos a trajetória de Sili, que vende jornais
para ajudar sua família. Já em ​Couro de Gato​, a narrativa é um pouco mais dispersa
e despreocupada em seguir apenas uma única personagem; é só a partir da
segunda metade do curta que observamos mais de perto um garoto e um gato
branco.
É interessante notar que os dois filmes se utilizam de músicas de
características muito distintas (nacionais x internacionais) para marcar a influência
estrangeira crescente dentro dos espaços em que se passam suas respectivas
histórias. Enquanto em ​Pequena Vendedora de Sol, c​ oexistem o canto regional
​ ue é tocado pela rádio do rapaz
tradicional (cantado pela avó de Sili) e o ​hip-hop, q
cadeirante; em ​Couro de Gato,​ podemos escutar estilos como o samba e o ​jazz
americano.
No que se refere à construção dos elementos do conto e do documentário
nos filmes, destaca-se a questão de como as sequências que remetem à
fantasia/conto estão distribuídos ao longo destes. No filme de Mambéty, esses
trechos se encontram bem distribuídos durante toda a narrativa; é possível apontar
cenas pontuais em que o teor de conto se sobrepõe ao de documentário: o homem
que compra todos os jornais de Sili; a conversa de Sili com os dois policiais (a
menina consegue persuadir os oficiais a liberarem a moça que foi presa
injustamente); Sili vai em direção à luz carregada por seu amigo e várias
crianças abrem caminho para os dois. Já em ​Couro de Gato​, não é possível fazer
essa seleção, ao invés disso, todo o último arco do personagem do menino com o
gato branco se configura como um conto em si.
Um recurso muito interessante utilizado por Mambéty para mesclar esses
dois universos, o documentário e o conto, é a fusão de ruídos sonoros (âmbito do
documentário) para compor uma música (âmbito do conto). Esse artifício pode ser
percebido na sequência do cais, em que os sons das buzinas dos navios e barcos
(melodia) se une aos sons do contato da muleta de Sili com o chão (percussão)
para formar uma música rítmica e melodicamente coerente.
Por fim, nota-se que, em ambos os filmes, as sequências marcadas por
elementos do documentário são retratadas com planos mais abertos e de maior
duração, conferindo aos mesmos uma maior correspondência com a vida vivida;
enquanto as sequências marcadas por princípios do conto são mais decupadas,
com planos mais próximos do objeto retratado e de duração menor, aproximando
estas da ficção e da fantasia.

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