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Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Teorias da aprendizagem e conectivismo 06
Assista a suas aulas 28
Unidade 2: Estudo dos ambientes virtuais 34
Assista a suas aulas 54
Unidade 3: Modalidades de educação mediada pela tecnologia 61
Assista a suas aulas 78
Unidade 4: O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial 85
Assista a suas aulas 104
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Gestão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens
Autoria: Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Como citar este documento: ALEIXO, Tayra C. N. Gestão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens.
Valinhos: 2017.
Sumário
Unidade 5: Aspectos estruturais de alguns AVAs 111
Assista a suas aulas 130
Unidade 6: A aprendizagem colaborativa e outros recursos 138
Assista a suas aulas 157
Unidade 7: A avaliação somativa e formativa em AVAs 165
Assista a suas aulas 184
Unidade 8: Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva 192
Assista a suas aulas 210
3
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Apresentação da Disciplina principais teorias de aprendizagem. As mais
antigas serão apresentadas rapidamente,
A presente disciplina vai tratar, basica- enquanto o conectivismo, nova proposição
mente, da gestão dos Ambientes Virtuais teórica para entender a aprendizagem na
de Aprendizagens. Para tanto, irá traçar um era da internet, receberá maior atenção.
caminho teórico para articular e tencionar
Na segunda unidade, tendo em vista as dif-
os pontos nefrálgicos acerca desse tema.
erentes formas de aprender, você irá obser-
Em primeiro lugar, diferente do termo que a var a evolução dos ambientes virtuais e co-
maior parte dos autores vem trabalhando, laborativos. Também será possível entender
a ementa desta disciplina propõe o termo o que é o Learning Management System (LMS),
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) bem como o impacto dele na educação con-
com a palavra “aprendizagem”, no plu- temporânea.
ral, indicando a forma como a virtualidade
As diferentes modalidades de educação
pode atender e disponibilizar novas formas
mediadas pela tecnologia constarão na
de aprender, extrapolando a linearidade da
Unidade 3, em especial, o ensino mediado
oralidade e da cultura escrita de outrora
por computador e como essa nova forma
presentes nos suportes educacionais.
de aprender impacta a rotina das pessoas e
Na primeira unidade serão apresentadas as também a rotina da escola. Sistemas e am-
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bientes de gerenciamento também estarão para compor o quadro iniciado na unidade
nesse item. anterior, tencionando as finalidades destas
na educação esperada para o futuro.
Já o confronto entre ambientes virtuais e
presenciais ocorrerá na Unidade 4 e como Por fim, a Unidade 4 traz os ambientes vir-
a ideia de “presença” tem sido modificada tuais de aprendizagens à luz da perspectiva
com a internet. Enquanto isso, a unidade inclusiva. Dentro desse tema, alguns desa-
cinco trará alguns aspectos estruturais de fios e tendências serão colocados na pau-
Ambientes Virtuais de Aprendizagens pre- ta de discussões para aprofundar o debate
viamente selecionados, como o Moodle, acerca da função social e política da educa-
Blackboard. ção nos dias atuais.
A Unidade 6 reserva o debate sobre a apren- Bons estudos!
dizagem colaborativa e como o ambiente
virtual proporciona a interação liberta das
amarras de tempo e de espaço. Além dis-
so, traz algumas técnicas educativas para
acompanhar o processo de ensino-aprendi-
zagem do aluno. Na mesma esteira, a Unida-
de 7 traz as avaliações somativa e formativa
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Unidade 1
Teorias da aprendizagem e conectivismo
Objetivos
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Introdução
O presente capítulo tem por função apre- o atual contexto, no qual a educação está
sentar as principais teorias de aprendiza- imersa, ou seja, como os alunos de hoje es-
gem, articulando-as umas com as outras. tão apropriando-se das tecnologias da in-
Vale ressaltar que existem diferentes for- formação e comunicação (TICs) para cons-
mas de aprender e algumas delas ainda não truir seu próprio conhecimento.
foram cientificamente estruturadas, tam- Em contrapartida, como as escolas vêm en-
pouco este texto dará conta de apresentar carando a apropriação desordenada das
todas as demais teorias existentes. TICs por parte dos alunos, coordenadores e
Portanto, haverá uma breve visita às linhas professores. Nesse sentido, a construção da
teóricas de maior reconhecimento para, realidade passa convidar as TICs e colocá-
em seguida, apresentar e tencionar a teo- -las em um lugar de privilégio.
ria conhecida como conectivismo. De outro A unidade se dividirá em introdução, apre-
modo, como a emergência da internet tem sentação das teorias clássicas e apresenta-
influenciado as novas formações e media- ção da teoria do conectivismo. Perpassan-
ções do ser humano, especialmente, na po- do todos os tópicos haverá uma perspectiva
sição de aluno. comunicacional, delineando as novas me-
Não obstante, o conectivismo é identificado diações, possíveis, hoje.
como uma teoria alternativa para explicar
7/217 Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo
1. Contexto contemporâneo e as teúdos televisivos associados à criminali-
novas mediações dade, maior a distorção delas em relação à
realidade – passam a acreditar em um maior
Desde o começo do século passado, o con- envolvimento das pessoas com os crimes,
texto social convive com a presença cada seja como vítimas, delegados ou advogados
vez maior da mídia. Seja através da televi- (MARTINO, 2013).
são, rádio, internet ou jornal, as pessoas po- A mídia, portanto, compõe o rol de elemen-
dem e, sim, aprendem com tal disposição de tos que constroem a realidade, em especial,
informações e de conteúdos audiovisuais. ela própria pauta conversações públicas e
Nesse sentido, a mídia faz parte da reali- casuais. Essa ideia refere-se à hipótese do
dade social das pessoas e da construção Agenda Setting, proposta na década de
dessa realidade compartilhada. Por exem- 1970 por Maxwell McCombs e Donald Shaw,
plo, conforme mostraram as pesquisas re- pesquisadores da Universidade de Austin,
alizadas pelo pesquisador norte-americano no Texas (WOLF, 2001).
George Gerbner na década de 1970, as pes- No entanto, as pessoas não aprendem so-
soas tendem a acreditar que as produções mente através da mídia. A relação interpes-
televisivas são reflexo da realidade, ou seja, soal e das pessoas com a mídia faz com que
quanto mais expostos a programas e con- os conteúdos midiáticos sejam constante-
8/217 Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo
mente ressignificados, ou seja, o convívio social imerso no ambiente midiático permite a circula-
ção pulverizada das informações. Confira o trecho a seguir que faz a ponte entre esses conceitos:
3. O conectivismo
O conectivismo propõe uma teoria de aprendizagem voltada à era digital. Seu pressuposto bási-
co, como o próprio nome sugere, é a conectividade entre os agentes envolvidos no processo de
aprendizagem.
Esses agentes são, propriamente, os “nós” especializados ou fontes de informações, conforme
esclarece Siemens (2006, p. 29):
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Considerações Finais
• As teorias de aprendizagem podem ser divididas em comportamentalismo
(foco no comportamento), cognitivismo (foco na cognição) e humanismo
(foco na pessoa).
• O conectivismo surge para tentar explicar os processos de aprendizagem na
era digital.
• As mediações fazem parte do processo de aprendizagem das pessoas e de-
vem, juntamente à mídia, serem consideradas no ensino.
• Alguns princípios do conectivismo resgatam a noção de comunidade, pro-
movendo a colaboração no ambiente virtual.
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Referências
ARAÚJO, Isabel Maria Torres Magalhães Vieira de. Será possível dissociar o conectivismo do
contexto do ensino superior actualmente? Indagatio Didactia, vol. 2(2), dez. 2010, pp. 104-
118.
BARROS, Laan Mendes. Recepção, mediação e midiatização: conexões entre teorias europeias
e latino-americanas. IN: JANOTTI JUNIOR, Jeder; MATTOS, Maria Ângela; JACKS, Nilda (Orgs). Me-
diação & Midiatização. Salvador: EDUFBA; Brasília: Compós, 2012.
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet.
Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
DOWNES, S. An introduction to connective knowledge. Disponível em: <http: //www. downes.
ca/cgi-bin/page.cgi?post=33034>. Acesso em 16 out. 2009.
SIEMENS, G. Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. In: International Journal of In-
structional Technology & Distance Learning. Disponível em http://www.itdl.org/Journal/Jan_05/
article01.htm. Acesso em: 23 fev. 2014.
Aula 1 - Tema: Teorias da Aprendizagem e Co- Aula 1 - Tema: Teorias da Aprendizagem e Conec-
nectivismo. Bloco I tivismo. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
56d6fbac720939f7218d1ceaaceba6fc>. 653d8a354143e7943338eb892fdc0ea3>.
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Questão 1
1. Qual a teoria de aprendizagem também conhecida por comportamenta-
lismo?
a) Behaviorista.
b) Construtivista.
c) Congestionista.
d) Conectivista.
e) Direitista.
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Questão 2
2. Qual a teoria de aprendizagem que focaliza a estrutura de conhecimen-
to do ser humano?
a) Conhecentista.
b) Behaviorista.
c) Cognitivista.
d) Conectivista.
e) Conhecista.
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Questão 3
3. Qual a teoria de aprendizagem que focaliza na pessoa?
a) Behaviorista.
b) Pessoísta.
c) Individualista.
d) Renascentista.
e) Humanista.
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Questão 4
4. Propriamente, as mediações são:
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Questão 5
5. O conectivismo surge como uma teoria alternativa para explicar o pro-
cesso de aprendizagem na era digital. Nesse sentido, assinale a alternativa
que não condiz com um dos princípios desta teoria:
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Gabarito
1. Resposta: A. aprendizagem. A pessoa, nessa perspectiva,
configura o ponto de partida para entender
O behaviorismo refere-se ao comporta- o processo de aprendizagem.
mentalismo, ou seja, aos estudos voltados
à observação dos comportamentos no pro-
4. Resposta: A.
cesso de aprendizagem. Mediações são formas variadas de decodi-
ficar o mundo para além dos processos de
2. Resposta: C. recepção, ou seja, de entender e de compre-
ender a realidade vivida.
A palavra “cognição” pode ser entendida
como sinônimo de “conhecimento”. O cog- 5. Resposta: D.
nitivismo refere-se aos estudos que foca-
lizavam as estruturas cognitivas dos seres A capacidade de adquirir novas aprendiza-
humanos no processo de aprendizagem. gens é diretamente proporcional à postura
crítica. Em outras palavras, quanto maior a
3. Resposta: E. capacidade de aprender novas coisas, maior
será a sua postura crítica frente às novas si-
O humanismo reconhece esferas humanas tuações.
até então negligenciadas pelas teorias de
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Unidade 2
Estudo dos ambientes virtuais
Objetivos
Esta unidade propõe estudar os ambientes De qualquer forma, esse ambiente virtual
virtuais. Mediante às diferentes técnicas promove a auto formação, sustentada pela
existentes em cada época, como esses es- necessidade e curiosidade dos alunos, afas-
paços têm evoluído e proposto novas for- tando-os da perspectiva de meros reposi-
mas de organização social e colaborativa. tórios de informação (FREIRE, 1967) e loca-
Nesse sentido, como os novos caminhos do lizando-os em comunidades cada vez mais
aprendizado têm agendado desafios aos Le- integradas e colaborativas.
arning Management System. De outro modo, Tanto por isso, o tem 2.1 traz aspectos da
como a gestão da educação tem apropria- transição que ocorre hoje na educação: o
do-se da tecnologia para atender a um pú- aluno como centro do processo de apren-
blico cada vez mais conectado e autônomo. dizagem tanto no ensino informal, como
Esse novo pensar virtual, e não humano, também o necessário reconhecimento da
tem sido interpretado de duas diferentes instituição escolar acerca desse fato.
formas: pelos olhos dos tecnófilos e pelos
olhos dos tecnófobos (RUDIGER, 2013), ou
seja, pode ser tanto visto com otimismo,
como também através de lentes pessimis-
tas.
35/217 Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais
1. Os ambientes virtuais de aprendizagens
A literatura acadêmica enxerga uma bifurcação entre os ambientes virtuais e os ambientes vi-
venciados concretamente. Enquanto os primeiros são próprios de uma realidade outra que não a
vida real, os ambientes “reais” exigem a presença física da pessoa humana (KENSKI, 2007).
Acerca dos ambientes virtuais voltados para aprendizagem, Almeida (2003, p. 331; grifo da au-
tora) define:
2. A aprendizagem colaborativa
A aprendizagem colaborativa escapa dos limites da escola para compor uma nova ética, voltada
à aprendizagem mútua. A expressão webness traz a ideia de que a colaboração no processo de
aprendizagem é algo intrínseco à sociedade digital (KENSKI, 2007).
O trabalho em conjunto promoveria vantagens cognitivas aos envolvidos, corroborando com a
importância do conectivismo (estudado na unidade anterior) à diversidade de opiniões. Segundo
Crook (1998, p. 168):
Link
A plataforma Professores lista docentes de diversas áreas que oferecem cursos particulares. Para conhecer,
acesse: <https://www.superprof.com.br/> Acesso em: 30 out. 2017.
Sua abordagem implica que o ensino seja centrado no aluno, que a at-
mosfera da sala de aula tenha o estudante como centro. Implica confiar na
potencialidade do aluno para aprender, em criar condições favoráveis para
o crescimento e auto-realização do aluno, em deixa-lo livre para apren-
der, manifestar seus sentimentos, escolher suas direções, formular seus
próprios problemas, decidir sobre seu próprio curso de ação, viver as con-
sequências de suas escolhas. O professor passa a ser um facilitador, cuja
autenticidade e capacidade de aceitar o aluno como pessoa e de colocar-
-se no lugar do aluno são mais relevantes, para criar condições para que
o aluno aprenda, do que sua erudição, suas habilidades e o uso que faz de
recursos instrucionais.
45/217 Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais
Perceba que essa nova concepção de a escassez de oportunidades de fala para os
educação, centrada no aluno, promove a alunos (KENSKI, 2007).
autonomia intelectual das pessoas. Existe a Dentro da perspectiva de relacionamento
latente necessidade de trabalhar e formar aluno-professor, enquanto Vygotsky preo-
uma consciência ética e colaborativa para cupa-se com a interação social entre con-
figurar nesse cenário. Essas premissas texto e indivíduo, Jean Piaget foca na qua-
devem figurar entre as funções da lidade da transmissão do conhecimento, ou
educação (para o futuro). seja, a consideração do professor em co-
No entanto, a maior parte das salas de nhecer e respeitar a estrutura cognitiva do
aula, reais ou virtuais, possuem o professor aluno pode revelar formas mais eficazes de
ainda como elemento central. Tanto a ar- aprendizagem (MOREIRA, 1999), dessa for-
quitetura das salas de aula, quanto o tempo ma:
meticulosamente distribuído entre os con-
teúdos da disciplina, revelam a centralida-
de do professor no processo educacional de
hoje. O primeiro, com espaços maiores para
o professor circular, geralmente de frente
com a sala, enquanto o segundo demonstra
46/217 Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais
O professor não pode simplesmente usar seus esquemas de assimilação
e ignorar os do aluno. Se a assimilação de um tópico requer um grande
desequilíbrio, passos intermediários devem ser introduzidos para reduzir
esse desequilíbrio. Ensino reversível não significa eliminar o desequilíbrio,
e sim, passar de um estado de equilíbrio para outro por meio de uma su-
cessão de estados de equilíbrio muito próximos, tal como em uma trans-
formação termodinâmica reversível (MOREIRA, 1999, p. 104).
Em outras palavras, o professor deve mapear sua sala, conhecer as realidades sociais vividas por
seus alunos para, então, conseguir explicar o conteúdo sem desrespeitar a estrutura cognitiva
dos discentes. Isso significa trazer exemplos práticos e conhecidos por quem ouve, criando pon-
tes entre aquilo que se conhece daquilo que está sendo apresentado de inédito.
Não obstante, na perspectiva vygotskyana, o conhecimento é social, cultural e historicamente
construído. Seria na própria interação que residiria a construção dinâmica do conhecimento, a
estruturação dos significados compartilhados (MOREIRA, 1999).
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Considerações Finais
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Referências
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 40ª edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e
Terra, 1967.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Pa-
pirus, 2007.
LEVY, Pierre. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Editora 34, 2001.
SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. 8 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
TAPSCOTT, D. Growing up digital: the rise of new generation. Nova York: McGraw Hill, 1998.
Aula 2 - Tema: Estudo dos Ambientes Virtuais. Aula 2 - Tema: Estudo dos Ambientes Virtuais.
Bloco I Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
1d/5b26d13183b416ae28197e78b7b72b0f>. 3699f6327e1e82e128b67cf042aa41ca>.
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Questão 1
1. O que significa Learning Management System?
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Questão 2
2. O termo webness refere-se ao conjunto de características que definem a
web. Dito isso, o que a webness reconhece como sendo próprio do ambien-
te online voltado para a aprendizagem?
a) Refinamento.
b) Aglomeração.
c) Colaboração.
d) Reconhecimento.
e) Debates.
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Questão 3
3. As comunidades colaborativas revelam formas de atualizar conhecimen-
tos através de nós especializados. Quais são as duas principais característi-
cas dessa forma de organização social que atende aos públicos atuais?
a) Velocidade e conveniência.
b) Velocidade e pertinência.
c) Virtualidade e conhecimento.
d) Conexão e mensuração.
e) Conveniência e pertinência.
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Questão 4
4. Qual é o nome do autor humanista elencado para tratar do alinhamento en-
tre as estruturas de assimilação do professor em detrimento das estruturas cog-
nitivas dos alunos?
a) Paul Anderson.
b) Jefferson Marinho.
c) Ricardo Carvalho.
d) Carl Rogers.
e) Vani Kenski.
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Questão 5
5. Quem deve ser, segundo Carl Rogers, o protagonista do processo de
aprendizagem?
a) Aluno.
b) Professor.
c) Tecnologia.
d) Mídia.
e) Comunidade.
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Gabarito
1. Resposta: B. de de aprendizagem dos interagentes e são,
respectivamente, conveniência e pertinên-
Sistema de Gestão da Aprendizagem são cia.
sistemas voltados para controlar, manter e
administrar recursos voltados para aprendi- 4. Resposta: D.
zagem.
Carl Rogers é um dos expoentes da teoria
2. Resposta: C. humanista, focada no crescimento pessoal
dos indivíduos.
Sistema de Gestão da Aprendizagem são
sistemas voltados para controlar, manter e 5. Resposta: A.
administrar recursos voltados para aprendi-
zagem. O aluno deve desenvolver habilidades cog-
nitivas para decidir o que é pertinente estu-
3. Resposta: E. dar e em qual momento, revelando os cami-
nhos pelos quais a educação deve envergar
As comunidades colaborativas possuem nos próximos anos.
duas diferentes características que aten-
dem aos limites de tempo e de necessida-
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Unidade 3
Modalidades de educação mediada pela tecnologia
Objetivos
1. Traçar uma linha do tempo, identificando os diferentes tipos de educação a distância que
emergiram até então.
2. Identificar a diferença entre as noções de Ambiente Virtual de Aprendizagem e de Learning
Management System.
3. Definir o que é educação “mediada” por tecnologias.
4. Apontar o necessário desenvolvimento da autonomia do aluno em seu processo de apren-
dizagem mediado.
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Introdução
No decorrer do século XX, com exceção do jornal impresso que foi inventado anteriormente, di-
versos meios de comunicação passaram a integrar o que se entende hoje por mídia. O termo
“mídia”, por sua vez, refere-se propriamente ao plural de meios (KENSI, 2008).
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Considerações Finais
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Referências
AMARAL, Ana Lúcia. Gestão da sala de aula: o “manejo de classe” com nova roupagem? IN: Ges-
tão educacional: novos olhares, novas abordagens. Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira (org.). 5.
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, pp. 87-99.
BALBINO, Jaime. AVA e LMS são sinônimos? Disponível em: <https://www.listas.unicamp.br/pi-
permail/ead-l/2011-March/077857.html> Acesso: 13 nov. 2017.
DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2004.
KENSKI, Vani Moreira. Democratização das mídias e a gestão em educação à distância. IN: Ges-
tão educacional: novos olhares, novas abordagens. Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira (org.). 5.
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, pp. 100-116.
LEVY, Pierre. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Editora 34, 2011.
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC do EAD. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
SARMIENTO, G.P. P. Escola e TICs: Desafios educomunicativos para a escola atual. IN: Educomu-
nicação: caminhos da sociedade midiática pelos direitos humanos. Claudia Lago e Claudemir
Edson Viana (Orgs.). São Paulo: ABPEducom, Universidade Anhembi Morumbi/NCE-USP, 2015.
VELOSO, Renato. Tecnologias da informação e da comunicação: desafios e perspectivas. Edi-
ção especial Anhanguera. São Paulo: Saraiva, 2012.
77/217 Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Modalidades de Educação Me- Aula 3 - Tema: Modalidades de Educação Me-
diada Pela Tecnologia. Bloco I diada Pela Tecnologia. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ea62398014aa9c9f4df5ca12b8f82813>. dc5864630c7ed9a88f6a8a6ce2e876f1>.
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Questão 1
1. Comunicar (do latim comunicare, resgata a ideia de compartilhamento;
colocar no terreno do comum) e educar (do latim e-ducere) significa:
a) “Tirar de dentro”.
b) Resgatar do inconsciente.
c) Negligenciar o dever de casa.
d) Construir interações.
e) Tecer relacionamentos.
79/217
Questão 2
2. O significado da palavra “tecnologia” refere-se ao conjunto de técnicas
e ferramentas de cada época, permitindo o surgimento de diferentes gera-
ções de educação a distância. Quais os dois tipos de elementos que podem
fazer parte da tecnologia?
a) Tangentes e perpendiculares.
b) Diretos e indiretos.
c) Variáveis e fixos.
d) Seculares e inovadores.
e) Tangíveis e intangíveis.
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Questão 3
3. Segundo Vani Kenski (2008), o termo “mídia” refere-se ao plural de:
a) Métodos.
b) Metodologias.
c) Meios.
d) Mediações.
e) Veículos.
81/217
Questão 4
4. Segundo Maia e Mattar (2007), qual é o veículo que permitiu o desenvol-
vimento da primeira geração do ensino a distância?
a) Revista.
b) Correspondência.
c) Internet.
d) Jornal impresso.
e) Rádio.
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Questão 5
5. Existem dois tipos de gestão tratados ao longo do último item. Além da
dimensão institucional, qual a outra gestão necessária à execução do pro-
cesso de ensino-aprendizagem nos ambientes virtuais?
a) A autonomia do aluno.
b) A ingestão do aluno.
c) A conferência dos tutores.
d) A relação entre tutores e alunos.
e) A aprovação do curso no MEC.
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Gabarito
1. Resposta: A. visão, rádio, revista, jornal, internet, dentre
outros.
Educar, do latim e-ducere, significa “tirar de
4. Resposta: B.
dentro”, ou seja, significa criar pontes para
assimilação do novo conteúdo. Graças ao desenvolvimento dos transportes
e dos meios de comunicação, em meados
2. Resposta: E. do século XIX, foi possível promover cursos
através das correspondências (MAIA e MAT-
Tecnologia pode ser composta por elemen- TAR, 2007).
tos tangíveis (equipamentos, máquinas,
aparatos tecnológicos) e intangíveis (meto- 5. Resposta: A.
dologias, técnicas).
A autonomia do aluno refere-se ao outro
enfoque dado à gestão no texto da unidade.
3. Resposta: C.
Objetivos
85/217
Introdução
Como forma de resumir essa reflexão acerca da presença do aluno no ambiente de aprendiza-
gem, segue o trecho da Vani Kenski (2007, p. 121):
Não obstante, Pierre Levy (1993) aponta a existência de duas condições para que uma pessoa
seja capaz de resgatar uma memória:
• Uma representação passível de ser acessada por nosso consciente, ou seja, é preciso que
ao menos uma representação seja conservada.
• Existência de um caminho de associações que possa guiar a memória até o evento que se
quer resgatar.
91/217 Unidade 4 • O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial
Dessa forma, torna-se imprescindível o de-
senvolvimento da competência de criar re- Para saber mais
presentações na mente para que, posterior-
mente, a pessoa possa acessar as informa- A educação para o século XXI prevê o desenvolvi-
ções para quaisquer fins (LEVY, 1993). mento de competências até então negligenciadas
por nossas escolas. Nesse sentido, interações em
rede podem contribuir para as novas recomen-
dações. Para se aprofundar no assunto, acesse:
Link <http://porvir.org/especiais/socioemocio-
Leia o texto de Siemens acerca dos princípios da nais/> Acesso em: 08 nov. 2017
teoria de aprendizagem nomeada conectivismo:
<http://www.itdl.org/Journal/Jan_05/arti-
cle01.htm>. Para incluir legendas em português, É justamente nesse ponto que a linguagem
basta clicar no recurso posicionado na parte infe- hipertextual mostra-se efetiva, revelan-
rior da direita. Acesso em: 08 nov. 2017. do a pertinência da criação dessa teoria de
SIEMENS, G. Connectivism: A Learning Theory for aprendizagem (conectivismo) simultânea à
the Digital Age. In: International Journal of Ins- explosão da internet.
tructional Technology & Distance Learning, 2(1),
2005.
Perceba que a proposta da multimídia na educação é algo incorporado nesse material didático.
Os elementos “link” e “para saber mais” convidam o aluno para fugir da linearidade intrínseca
ao texto.
Nesse sentido, e convidando Jean Piaget Em outras palavras, não adianta equipar a
(apud MOREIRA, 1999), tanto na intera- sala de aula com tecnologia de ponta se o
ção mediada quanto na interação em sala professor não enxergar a pertinência de sua
de aula ou com um livro impresso, o aluno apropriação na aula ou, ainda, não ter com-
pode encontrar conexões que o auxiliem na petência para manejá-las. Além do pro-
construção do conhecimento através das fessor, os alunos também podem preferir
pontes de assimilação. trabalhar com metodologias analógicas ao
94/217 Unidade 4 • O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial
invés de manipular um computador (exemplo geralmente associado a crianças e adultos em pes-
quisas empíricas).
Por outro lado, como você viu no item anterior, os recursos multimidiáticos permitem aos alunos
navegar em rede, saltando de conteúdo para conteúdo, conforme seu interesse e necessidade.
Pessoas que se predisporem a mergulhar na rede, desbravando o conhecimento, poderão aces-
sar novas formas de aprendizagem, ou seja, de qualquer forma, as novas tecnologias permitem
novas experiências sensóriomotoras potencialmente ricas na construção do conhecimento:
Entre os conectados, será possível o acesso a aulas que se realizam em
qualquer lugar do mundo. Assistir a uma cirurgia em tempo real, estar no
meio de uma excursão na floresta amazônica ou nas geleiras dos polos po-
dem ser atividades de uma aula do futuro, agregadas a novas formas de
ensinar e aprender (KENSKI, 2007, p. 121).
Um exemplo prático e pioneiro no Brasil foi a criação de um modelo instrucional via browser por
uma faculdade privada de São Paulo. Esse modelo serviu como inspiração para diversos outros
ambientes virtuais, resgatando a ambiência de campus tradicionais físicos, com salas de aula,
100/217
Considerações Finais
• O significado da presença, em ambientes de aprendizagem, pode dar-se
tanto a distância quanto fisicamente. Cursos mediados por tecnologias po-
dem, inclusive, verificar a presença dos estudantes em interações sincrôni-
cas.
• O processo de memorização por repetição é efetivo apenas no curto prazo.
Em contrapartida, se o objetivo é aprender e memorizar os conteúdos a lon-
go prazo é necessário criar conexões com a realidade na qual o aluno esteja
imerso.
• Os processos de representação mental de novos conteúdos aproximam-se
dos princípios da teoria de aprendizagem conectivista.
• A gestão educacional deve ponderar não somente sobre questões tecnoló-
gicas disponíveis, como também características políticas e culturais do re-
corte de alunos que pretende atender.
101/217
Referências
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tão educacional: novos olhares, novas abordagens. Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira (org.). 5.
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p. 87-99.
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distance? In: Revue Française de Pédagogie, n. 102, jan-fev-mar, 1993.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Pa-
pirus, 2007.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio
de Janeiro: Editora 34, 1993.
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC do EAD. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes, redes. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2014.
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SIEMENS, G. Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. In: International Journal of
Instructional Technology & Distance Learning. Disponível em <http://www.itdl.org/Journal/
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102/217 Unidade 4 • O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial
Referências
SIEMENS, G. Learning Ecology, Communities, and Networks Extending the classroom. Dis-
ponível em: http://www.elearnspace.org/Articles/learning_communities.htm. Acesso em: 23 fev.
2014
Aula 4 - Tema: O Ambiente Enriquecido com Aula 4 - Tema: O Ambiente Enriquecido com Tec-
Tecnologia Versus o Ambiente Presencial. Bloco nologia Versus o Ambiente Presencial. Bloco II
I Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ d3165b15039c1590a5c1286b2330999c>.
a2b78b119c9c58d01ca4b4147d100b40>.
104/217
Questão 1
1. A educação mediada por tecnologia abala a noção de presença anterior-
mente definida. Hoje, a presença conectada é uma realidade que busca su-
primir a distância:
a) Geográfica.
b) Psicológica.
c) Educacional.
d) Reticular.
e) Extraterrena.
105/217
Questão 2
2. Você está passando de carro pelo imóvel que pretende comprar muito
em breve e precisa anotar o número indicado na placa da corretora fixada
no portão da casa. Para tanto, você fica repetindo o número até o momen-
to que encosta o carro, mais adiante, para digitá-lo em seu smartphone.
Esse processo de memorização funciona apenas:
a) No longo prazo.
b) No prazo do relógio.
c) No prazo reticular.
d) No prazo circular.
e) No curto prazo.
106/217
Questão 3
3. Ao criar representações de novas informações seu cérebro cria cami-
nhos que associam esse novo conteúdo a conteúdos já presentes na sua
estrutura cognitiva atual. Desse modo, essa estratégia é mais eficaz do
que o método da repetição, configurando um conhecimento a longo pra-
zo. Qual a teoria de aprendizagem pode ser aproximada a esta linha de
pensamento articulada nesta unidade?
a) Conhecentista.
b) Conectivista.
c) Cognitivista.
d) Behaviorista.
e) Construtivista.
107/217
Questão 4
4. No que se refere à gestão de ambientes educacionais, a decisão acerca
de recursos tecnológicos deve levar em consideração tanto as inovações
dos aparatos e recursos disponíveis no mercado, como também as dimen-
sões:
a) Social e cultural.
b) Reticular e circular.
c) Econômico e financeiro.
d) Político e cultural.
e) Familiar e cognitivo.
108/217
Questão 5
5. Qual a característica da multimídia interativa, identificada por Pierre
Levy (1993)?
a) Reticular.
b) Circular.
c) Cognitiva.
d) Crescente.
e) Sensorial.
109/217
Gabarito
1. Resposta: A. Levy (1993) no texto aproxima-se bastante
à proposição de rede, conexões e “nós” in-
A distância geográfica é uma das principais dicada na teoria de aprendizagem conecti-
distâncias atacadas pela educação mediada vista.
por tecnologias. Pessoas que não dispõem
de tempo suficiente para cumprir o trajeto 4. Resposta: D.
até polos presenciais ou que moram em lo-
cais distantes podem acessar conteúdos a Além da dimensão tecnológica, as esferas
distância, sanado o problema entre tempo política e cultural também devem ser pon-
e espaço. deradas se a gestão pretende que o modelo
pedagógico seja eficaz.
2. Resposta: E. 5. Resposta: A.
A memorização por repetição refere-se a A dimensão reticular da multimídia interati-
um método eficiente apenas no curto prazo. va permite aos alunos caminhar por entre os
conteúdos, de acordo com seus interesses e
3. Resposta: B. necessidades.
Objetivos
111/217
Introdução
Fazendo a ponte com o tópico anterior, os ambientes virtuais fazem parte do rol tecnológico a
serviço da inteligência em curso na sociedade da informação. Considerando as distâncias de Ja-
cquinot, apresentadas na Unidade 4 desta disciplina, a educação a distância buscaria, justamen-
te, encurtar as distâncias existentes. No que se refere à gestão dos ambientes virtuais no EAD,
nas palavras de Rossini (2007):
Não há um modelo único para o Brasil. Com sua pluralidade cultural e diver-
sidade socioeconômica, o país pode conviver com diferentes projetos, desde
os mais avançados em termos tecnológicos até os mais tradicionais como
os impressos. O importante na hora de definir a mídia é pensar naquela que
chega ao aluno onde quer que ele esteja (IDEM, 2007, p. 77).
118/217 Unidade 5 • Aspectos estruturais de alguns AVAs
Graças às novas possibilidades permitidas que, por sua vez, o auxilia a fazer conexões
pelo computador, alunos podem desenvol- mentais com diferentes categorias teóricas
ver seu conhecimento de forma imersiva. O ou práticas (LEVY, 1993).
uso de simuladores e a flexibilidade dos cur-
sos a distância revelam uma aprendizagem
multimídia com alto índice de interativida-
de (LEVY, 1993).
Para saber mais
Sociedades cultural e socialmente baseadas na
A possibilidade de explorar os variados nós escrita possuem uma forma de pensar orientada
apresentados por todo hipertexto, permi- para criação de categorias. Por outro lado, so-
te ao aluno poder trilhar os caminhos mais ciedades majoritariamente orais possuem uma
pertinentes a seus propósitos. Nesse senti- forma diferente de associar as representações,
do, o professor torna-se um guia, respon- organizando-as de maneira situacional (martelo,
sável por estimular e orientar o aluno nesse serra, troncos, árvores são elementos do trabalho
processo (LEVY, 1993). com a madeira) (LEVY, 1993).
O que os ambientes virtuais permitem é jus-
tamente o acesso ao conteúdo de maneira
renovada. Utilizando representações icôni-
cas o aluno é guiado pela própria interface
119/217 Unidade 5 • Aspectos estruturais de alguns AVAs
A interface do computador foi desenvolvida de maneira intuitiva, visando sua viabilidade comer-
cial. Essas interfaces passaram a ser chamadas de amigáveis, pois revelam ícones e símbolos, ou
seja, signos semióticos capazes de comunicar mensagens universais (LEVY, 1993). Por exemplo,
ícones de pasta para indicar documentos, ícones de autofalantes para indicar regulagem de som,
dentre outros.
Perceba que o paradigma dos sistemas imersa na ideia de gestão, figura como elemento cen-
tral nas organizações, inclusive nas organizações educativas (ROSSINI, 2007; AFONSO, 2001), ou
seja, a gestão deve assistir as novas formas de organização em torno da aprendizagem, hoje, co-
laborativa e alinhada, em termos de objetivos comuns, a todos os integrantes das comunidades
que têm surgido (AFONSO, 2001).
127/217
Considerações Finais
128/217
Referências
AFONSO, Ana Paula V. P. Comunidades de Aprendizagem: um modelo para a gestão da aprendi-
zagem. II Conferência Internacional Challenges’2001/Desafios’2001 – Universidade do Minho,
p. 428-433, 2001.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Tecnologias e Gestão do Conhecimento na Esco-
la. IN: Alexandre Thomaz Vieira, Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, Myrtes Alonso (Orgs.)
Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003, pp. 113-130.
COUTINHO, Clara Pereira; BOTTENTUIT JR., João Batista. Utilização da plataforma Blackboard
num curso de pós-graduação da Universidade do Minho. In: V Conferência Internacional de
Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação, p. 305-313, maio, 2007.
LEGOINHA, Paulo; PAIS, João; FERNANDES, João. O Moodle e as comunidades virtuais de apren-
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LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
MARQUES, Célio Gonçalo; CARVALHO, Ana Amélia Amorim. Contextualização e evolução do
e-learning: dos ambientes de apoio à aprendizagem às ferramentas da web 2.0. VI Conferência
Internacional de TIC na Educação, maio, 2009.
MCLUHAN, Herbert M. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cul-
trix, 1964.
ROSINI, Alessandro Marco. As novas tecnologias da informação e a educação a distância. São
Paulo: Thomson Learning, 2007.
Aula 5 - Tema: Aspectos Estruturais de Alguns Aula 5 - Tema: Aspectos Estruturais de Alguns
AVAS. Bloco I AVAS. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
bbd6aba2775afb043835e3a7739aaf61>. 472d90486e53b3e7d73d92f8a5555e79>.
130/217
Questão 1
1. O conjunto de técnicas tangíveis e intangíveis de cada época influencia,
de maneira direta, a ....................... coletiva da sociedade.
a) Inteligência.
b) Mecânica.
c) Hermenêutica.
d) Assembléia.
e) Retórica.
131/217
Questão 2
2. O ............ refere-se a uma plataforma open source de base modular.
a) Blackboard.
b) WebCT.
c) Moodle.
d) SecondLife.
e) Headset.
132/217
Questão 3
3. O ................ refere-se a uma plataforma de gestão educacional paga.
a) Moodle.
b) Headset.
c) SecondLife.
d) Blackboard.
e) Riot Games.
133/217
Questão 4
4. A fim de encurtar distâncias, a gestão educacional deve primar por di-
ferenças socioeconômicas e culturais dos públicos que pretende atingir.
Para tanto, as inovações tecnológicas devem ser:
134/217
Questão 5
5. Para igualar as oportunidades de acesso aos alunos que moram distan-
tes dos centros urbanos, a instituição escolar deve criar:
135/217
Gabarito
1. Resposta: A. 3. Resposta: D.
136/217
Gabarito
5. Resposta: B.
137/217
Unidade 6
A aprendizagem colaborativa e outros recursos
Objetivos
138/217
Introdução
Mediante à penetração da internet, que vem ocorrendo desde a última década do século XX,
através de aparatos tecnológicos constantemente atualizados, as pessoas podem organizar-se
de maneira autônoma.
O meio de comunicação internet interconecta pessoas e organizações em todo o mundo. A or-
ganização em torno de conhecimentos comuns, portanto, é facilitada nessa dinâmica em rede.
Na educação, essa lógica reticular permite o aparecimento de uma nova estratégia educacional:
a aprendizagem colaborativa. Nas palavras de Rosini (2007):
Link
O projeto PhET permite simulações gratuitas nas áreas de matemática e ciências. A finalidade é criar um am-
biente lúdico de descoberta, fomentando a curiosidade do aluno. Disponível em: <https://phet.colorado.
edu/pt_BR/> Acesso: 16 nov. 2017.
153/217
Considerações Finais
154/217
Referências
SIEMENS, G. (2005). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. In: International Jour-
nal of Instructional Technology & Distance Learning. [Disponível em <http://www.itdl.org/Jour-
nal/ Jan_05/article01.htm>. Acesso em: 23 fev. 2014.
157/217
Questão 1
1. A internet permite uma nova estratégia educacional que extrapola os limi-
tes formais das instituições escolares.
158/217
Questão 2
2. É um recurso que permite a criação e desenvolvimento contínuo de
conteúdo. À qual recurso a frase anterior refere-se?
a) Podcast.
b) Chats.
c) Wikis.
d) Fóruns.
e) AVAs.
159/217
Questão 3
3. O ............ refere-se a um recurso de disponibilização de arquivos sono-
ros na rede. Qual alternativa completa, adequadamente, a frase?
a) Podcast.
b) Streamcast.
c) Sonorocast.
d) Audiocast.
e) Hearcast.
160/217
Questão 4
4. As videoaulas podem ser transmitidas de duas diferentes formas, são
elas:
a) Simultâneas e gravadas.
b) Simultâneas e síncronas.
c) Gravadas e assíncronas.
d) Reveladas e gravadas.
e) Em tempo real ou simultâneas.
161/217
Questão 5
5. Quais são as finalidades apontadas nesta unidade quanto à apropriação
dos recursos digitais?
162/217
Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: A.
A aprendizagem colaborativa pode ser en- O podcast refere-se a um arquivo de som,
tendida como uma estratégia educacional possível de ser disponibilizado em sites,
alinhada às novas possibilidades interativas serviços de streaming, softwares ou plata-
presentes na internet. formas específicas.
2. Resposta: C. 4. Resposta: A.
Os wikis são recursos que permitem a cons- As videoaulas podem ser transmitidas ao
trução do texto em conjunto com os mem- vivo, ou seja, ocorrer simultaneamente ao
bros de determinado grupo (educacionais horário de aula ou, então, gravadas, sem
ou empresariais) e também de maneira pú- compartilhar o mesmo tempo do evento da
blica (Wikipédia). aula propriamente dita.
163/217
Gabarito
5. Resposta: D.
Avaliação, monitoramento, interação, pro-
dução e desenvolvimento de conteúdo fo-
ram as finalidades apontadas na presente
unidade quanto à configuração de ambien-
te ou de plataformas de aprendizagem.
164/217
Unidade 7
A avaliação somativa e formativa em AVAs
Objetivos
165/217
Introdução
Uma das principais reflexões que devem ser al, mas, ainda, considerando-o como parte
feitas em relação ao processo de aprendi- do todo. Essa linha de ação distancia-se da
zagem diz respeito à avaliação. Segundo o avaliação enquanto método de controle de
autor Pedro Demo (2002), apesar da apren- turma, aproximando-se da relação dialó-
dizagem não ser linear, os métodos de ava- gica entre professor-aluno, este último no
liação estão baseados em pressupostos li- singular.
neares. Nesse sentido, a avaliação deve ser vis-
A avalição, seja ela quantitativa ou quali- ta como mais uma oportunidade do aluno
tativa, deve focar o processo de aprendi- aprender do que, na perspectiva da autora
zagem do aluno de modo a diagnosticar os Hoffmann (2005), uma prestação de contas.
pontos de fragilidade de cada um. Desse Essa unidade traz as definições acerca das
modo, ações podem ser empreendidas para avaliações somativa e formativa, bem como
sanar possíveis defasagens nesse proces- o papel delas no processo de ensino-apren-
so de construção do conhecimento (DEMO, dizagem em ambientes virtuais de aprendi-
2002). zagens. Além disso, assinala a importância
Segundo Moretto (2001), o acompanha- de expressar feedbacks de maneira cons-
mento da aprendizagem é complexo, pois tante, permitindo ao aluno fazer sua auto-
assiste a cada aluno, de maneira individu- apreciação.
166/217 Unidade 7 • A avaliação somativa e formativa em AVAs
1. A avaliação: finalidades e mo- Na primeira finalidade, a avaliação geral-
dalidades mente é aplicada ao final do período letivo,
pois verifica a aquisição e apreensão dos
A título de uma prévia definição, a avalia- conteúdos transmitidos ao longo de todo o
ção enquanto dimensão educacional refe- curso. Na segunda função, a avaliação re-
re-se “a uma investigação sistêmica para vela-se formativa, cujo caráter pedagógico
determinar o mérito e a pertinência de um permeia todo o processo de aprendizagem,
conjunto de atividades e ações no processo não somente o final (JORBA; SANMARTÍ,
de ensino e aprendizagem” (FAVA, 2014, p. 2003).
219). Há ainda uma terceira modalidade de ava-
De outro modo, a avaliação busca atestar liação. Aquela avaliação que é aplicada no
a aquisição de conhecimentos de determi- início do processo de ensino é chamada
nado período, permitindo o aluno cursar a avaliação diagnóstica, que busca mapear o
etapa seguinte ou, ainda, busca diagnos- conhecimento prévio dos alunos (diagno-
ticar as falhas na aprendizagem do aluno, se) ou o conhecimento da turma (prognose)
servindo como subsídio para adequar as (JORBA; SANMARTÍ, 2003).
atividades ministradas pelo professor (JOR-
BA; SANMARTÍ, 2003).
167/217 Unidade 7 • A avaliação somativa e formativa em AVAs
der é um longo processo por meio do qual o
Link aluno vai reestruturando seu conhecimento
a partir das atividades que executar” (JOR-
Manual de Avaliação Formativa e Somativa do BA; SANMARTÍ, 2003, p. 30).
Aprendizado Escolar, de Bloom, Hastings e Ma-
daus (1971), sugeriu a categorização da avalia- Além disso, o fracasso na avaliação somati-
ção (diagnóstica, somativa e formativa) para fins va geralmente é atribuído a questões atitu-
de aprendizagem logo na segunda metade do sé- dinais, como falta de interesse ou de esforço
culo passado, influenciando gerações e gerações e déficit de concentração, e a desigualdades
quanto a gestão e planejamento educacional socioculturais. No entanto, “os desafios que
acerca da avaliação. a criança e o jovem enfrentam precisam ser
encarados com maior seriedade em termos
da sua compreensão” (HOFFMANN, 2005, p.
A maior parte das instituições de ensino
65), reestruturando os processos avaliativos
utiliza apenas a avaliação somativa, ou seja,
institucionais.
aquela que atesta os conhecimentos adqui-
ridos ao longo de um determinado período.
No entanto, esta prática negligencia a “con-
cepção do ensino que considera que apren-
Mais que uma formalidade legal, a avaliação deve permitir ao aluno sentir-
-se seguro quanto aos resultados que vai alcançando no processo de ensi-
no-aprendizagem. A avaliação do aluno feita pelo professor deve somar-
-se à auto-avaliação, que auxilia o estudante a tornar-se mais autônomo,
responsável, crítico e capaz de desenvolver sua independência intelectual
(ROSINI, 2007, p. 80).
Por outro lado, a concepção mecanicista da avaliação é um ponto a ser superado, inclusive, nos
ambientes virtuais de aprendizagens. Muitos métodos avaliativos são baseados em verificação
quantitativa, como número de acesso e aplicação de questionários de múltipla escolha, tornan-
do difícil a identificação de gaps na aprendizagem do aluno (CALDEIRA, 2004).
No entanto, apesar da maior parte das avaliações em ambiente virtual ser baseada em testes com
resultados quantitativos, o registro digital das atividades e das diversas avaliações realizadas por
parte dos tutores, permite aplicação de métodos de análise qualitativos baseados em portfólios
de cada aluno (LAGUARDIA; PORTELA; VASCONCELLOS, 2007).
O professor é incumbido da tarefa de promover a avaliação a um novo patamar. Não mais ins-
trumento de verificação da aprendizagem, mas sim como estratégia pedagógica, auxiliando a
construção de conhecimento do aluno. Por outro lado, a instituição escolar ou mesmo os recur-
sos do sistema virtual devem subsidiar esta mudança, apoiando e possibilitando novas práticas
avaliativas (CALDEIRA, 2004).
180/217
Considerações Finais
181/217
Referências
Aula 7 - Tema: A Avaliação Somativa e Formati- Aula 7 - Tema: A Avaliação Somativa e Formativa
va em AVAS. Bloco I em AVAS. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/pA-
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/fc-
1d/2eddc917e240777ce3012684e79b7ec7>. 879d08eaebb0d174b4cca1f902c61b>.
184/217
Questão 1
1. A avaliação ............................ busca verificar o nível de apreensão do aluno
com relação aos conteúdos ministrados ao longo de todo o curso.
a) Somativa.
b) Formativa.
c) Diagnóstica.
d) Mediadora.
e) Contínua.
185/217
Questão 2
2. A avaliação .................................. refere-se a eventos educativos espalha-
dos ao longo de todo o curso, buscando a construção do conhecimento.
a) Somativa.
b) Formativa.
c) Diagnóstica.
d) Mediadora.
e) Contínua.
186/217
Questão 3
3. A avaliação ................................. busca verificar os pontos de maior dificul-
dade do aluno, de maneira individualizada. Sua aplicação é realizada ao
longo do curso.
a) Somativa.
b) Formativa.
c) Diagnóstica.
d) Mediadora.
e) Contínua.
187/217
Questão 4
4. A avaliação ...................................... é aplicada no início do período letivo,
buscando mapear o repertório dos alunos (prognose) ou de cada aluno
individualmente (diagnose).
a) Somativa.
b) Formativa.
c) Diagnóstica.
d) Mediadora.
e) Contínua.
188/217
Questão 5
5. A avaliação faz parte do processo de aprendizagem em si. Enquanto
evento educativo, a avaliação deve ser construída e encarada como es-
tratégia pedagógica, aliada aos objetivos do curso de forma a promover a
autonomia e aprendizagem do aluno.
189/217
Gabarito
1. Resposta: A. 3. Resposta: B.
190/217
5. Resposta: D.
191/217
Unidade 8
Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva
Objetivos
192/217
Introdução
A educação ocupa-se em formar pessoas, para tanto, formula materiais didáticos, tece métodos
avaliativos, dentre outras dimensões educacionais que servem aos propósitos do processo ensi-
no-aprendizagem.
Em especial, a educação a distância busca atender diversas demandas, muitas delas voltadas ao
trabalhador. Kenski (2008) identifica, ainda, o atendimento da EaD às pessoas com deficiência,
dificuldades de locomoção, problemas de saúde, demandas de tempo de profissionais que tra-
balham viajando, como artistas de circo e caminhoneiros, dentre outros.
Acerca do atendimento da EaD voltado ao trabalhador, talvez esse tenha sido a grande sacada
dessa modalidade de ensino, pois ela apresentou soluções para um público até então ignorado
pelas grandes instituições de ensino (MAIA; MATTAR, 2007). Nas palavras dos autores:
As diferenças regionais, culturais e sociais podem ser negligenciadas pela gestão da educação a
distância. O tratamento individual das demandas no AVA deve ser meticulosamente executado,
a fim de sanar possíveis impasses descritos no trecho acima.
Por outro lado, conforme a própria autora reconhece, a educação a distância guarda o potencial
inclusivo, mesmo partindo da análise dos “tropeços” da área. De outro modo, ao utilizar os re-
cursos de um ambiente virtual, a equipe de tutores pode atender demandas individualmente. O
treinamento para esta equipe, no entanto, é de suma importância para conscientizar sobre tais
diferenças acerca dos costumes, habilidades, conhecimentos, limitações etc.
196/217 Unidade 8 • Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva
A regionalidade mencionada pode também ser articulada com a globalização. Independente das
decisões gerenciais das instituições escolares, há uma linguagem sendo construída no espaço
online. Essa linguagem busca fomentar o entendimento das pessoas entre si ao redor do globo.
Nas palavras de Kenski (2007):
O uso da voz e a presença da imagem real ou de um clone virtual, o avatar,
vão levar à predominância da oralidade nas comunicações, hoje realizadas
por escrito nos ambientes virtuais. Como é possível que pessoas de dife-
rentes idiomas se encontrem em rede, vai aumentar significativamente o
uso de um idioma criativo e que está em franco desenvolvimento nas re-
des. Uma formulação híbrida entre a linguagem digital, o inglês vulgar e a
linguagem icônica dos emoticons (KENSKI, 2007, p. 121).
Aliada a linguagem das imagens, o inglês “fácil”, no ambiente online, pode atender a diversos
níveis de aprendizado em todo o mundo. Nessa perspectiva, o fenômeno social conectado dá
largos passos sem nenhum “alvará” formal das instituições públicas ou mesmo de ensino.
Em linhas gerais, a perspectiva da inclusão pode ser no nível econômico, social, cultural, político
ou cognitivo. São desafios que precedem a EaD e devem ser, constantemente, resgatados para
debate, com intuito de encontrar soluções para saná-los.
Ausubel, por outro lado, recomenda o uso de organizadores prévios que sir-
vam de âncora para a nova aprendizagem e levem ao desenvolvimento de
conceitos subsunçores que facilitem a aprendizagem subsequente. O uso
de organizadores prévios é uma estratégia proposta por Ausubel para, de-
liberadamente, manipular a estrutura cognitiva, a fim de facilitar a apren-
dizagem significativa. Organizadores prévios são materiais introdutórios
apresentados antes do material a ser aprendido em si. Contrariamente a
sumários, que são, em geral, apresentados ao mesmo nível de abstração,
generalidade e inclusividade, simplesmente destacando certos aspectos
do assunto, organizadores são apresentados em um nível mais alto de
abstração, generalidade e inclusividade. Segundo o próprio Ausubel, no
entanto, a principal função do organizador prévio é a de servir de ponte
entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber, a fim de que o mate-
rial possa ser aprendido de forma significativa, ou seja, organizadores pré-
vios são úteis para facilitar a aprendizagem na medida em que funcionam
como “pontes cognitivas” (MOREIRA, 1999, p. 155; grifo do autor).
199/217 Unidade 8 • Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva
Em resumo, independentemente do ponto uma economia e um sistema de adminis-
onde encontra-se o nível intelectual do seu tração baseados na internet, qualquer país
aluno, você poderá fazer com que ele che- tem pouca chance de gerar os recursos ne-
gue até o entendimento do conteúdo. Seja cessários para cobrir suas necessidades de
com exemplos de ópera ou funk, o professor desenvolvimento”.
pode fazer a classe entender a teoria, bas-
ta saber mapear e falar a “língua” dos que o 1. Um novo divisor: a exclusão
ouvem. Na EaD, o material instrucional deve digital
subsidiar essa mesma “fala” com recursos
diversos, seguindo linguagens universais Assim como em outras esferas da socie-
como a icônica. dade, como o desenvolvimento econômi-
co, por exemplo, a exclusão digital deve ser
O próximo tópico trata de um dos maiores
combatida não somente no nível técnico,
desafios postos à Era da Informação: a ex-
mas também nas dimensões sociais e cul-
clusão digital. Enquanto muitos consideram
turais do desenvolvimento humano susten-
o acesso à internet como um preterido pro-
tável (ROSINI, 2007).
blema nos países que não possuem sequer
saneamento básico ou sistema de saúde
pública, Castells (2003, p. 220) alerta: “sem
200/217 Unidade 8 • Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva
Link Link
No site da Organização para Cooperação e De- Para conhecer os dados atualizados acerca da di-
senvolvimento Econômico (OCDE), você pode ve- visão digital, você pode também acessar o banco
rificar e acompanhar relatórios detalhados acer- de dados do Banco Mundial. Para alterar o idioma
ca da exclusão digital dentro de uma perspectiva do site, basta rolar a barra até o rodapé do mesmo
global, com dados específicos de cada país. O site e alterar o idioma em “this site in” e clicar em Por-
está disponível apenas nos idiomas inglês e fran- tuguês. Disponível em: <www.worldbank.org>
cês. Disponível em: <http://www.oecd.org/> Acesso em: 22 nov. 2017.
Acesso em: 22 nov. 2017.
A tecnologia deve ser apropriada também
com a finalidade de suprimir a pobreza e a
exclusão, servindo para alcançar o cresci-
mento das pessoas (ROSINI, 2007). Espe-
cialmente depois da educação começar a
ser entendida como fator de desenvolvi-
mento econômico, fomentando a máxima:
Não há um modelo único para o Brasil. Com sua pluralidade cultural e di-
versidade socioeconômica, o país pode conviver com diferentes projetos,
desde os mais avançados em termos tecnológicos até os mais tradicionais
como os impressos. O importante na hora de definir a mídia é pensar na-
quela que chega ao aluno onde quer que ele esteja (ROSINI, 2007, p. 77).
Perceba que a composição midiática do projeto pedagógico também deve ser estudada com
base na demanda plural dos conjuntos de alunos. O desafio prolonga-se em incluir gerações de
imigrantes digitais, visto que a relação entre idade e acesso à internet é inversamente proporcio-
nal (CASTELLS, 2003).
Difícil é a tarefa de lidar com alunos com o estômago roncando, sem pos-
sibilidades de acesso ao lazer, muitas vezes sem um livro sequer dentro de
casa, com pais e mães analfabetos ou semi-analfabetos, com a socializa-
ção feita, em grande medida, na rua, vivendo e sobrevivendo do comércio
nos sinais e no tráfico etc., etc. (ARANHA, 2008, p. 77).
A educação frente à tecnologia deve servir ao propósito de incluir todos, independentemente
das diferenças e limitações individuais e grupais. As novas tecnologias têm potencial de prover a
ambiência necessária para alcançar tal propósito. De outro modo, “a dinâmica e a infinita capa-
cidade de estruturação das redes colocam todos os participantes de um momento educacional
em conexão, aprendendo juntos, discutindo em igualdade de condições, e isso é revolucionário”
(KENSKI, 2008, p. 47).
203/217 Unidade 8 • Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva
Diversas limitações foram listadas neste tó-
pico, no entanto, talvez a maior delas seja Para saber mais
a falta de respaldo estrutural que depende Para maiores detalhes acerca da Declaração Uni-
de instâncias governamentais e de grandes versal dos Direitos Humanos, acesse para fazer o
concessionárias para, então, munir a popu- download do documento, disponível em: <http://
lação de países terceiro-mundistas de aces- www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf>
so à informação. Acesso em: 22 nov. 2017.
A falta de acesso a informação não fere so-
mente as possibilidades de desenvolvimen-
to comercial e econômico de um país, mas
negligencia também um dos direitos bási-
cos previstos na Declaração Universal dos
Direitos Humanos: direito de acessar, re-
ceber e transmitir informações, bem como
comunicar-se por quaisquer meios disponí-
veis.
206/217
Considerações Finais
• Ao priorizar o atendimento dos trabalhadores, o ensino a distância pode se
desenvolver e alcançar visibilidade no mercado.
• A andragogia refere-se ao estudo acerca do ensino voltado ao adulto. Essa
perspectiva andragógica é amplamente vinculada à EaD por conta da confi-
guração de seu público (maior parte são adultos).
• A pluralidade de pessoas com acesso à internet revela uma preocupação
acerca do desenvolvimento de materiais instrucionais. Por outro lado, os re-
cursos hipertextuais permitem ao aluno estudar em seu próprio ritmo, res-
gatando conhecimentos e construções eventualmente defasados ou não
conhecidos.
• A exclusão digital refere-se a um fenômeno atual de extrema preocupação
mundial. Sem o acesso à informação, pessoas, empresas e, até mesmo, paí-
ses inteiros ficam em desvantagem em relação ao restante do mundo.
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Referências
Aula 8 - Tema: Os Ambientes Virtuais de Apren- Aula 8 - Tema: Os Ambientes Virtuais de Aprendi-
dizagens dentro de uma Perspectiva Inclusiva. zagens dentro de uma Perspectiva Inclusiva. Blo-
Bloco I co II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/pA-
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/f1f-
0cac6733df545eb4a2bdcd7cd9897907>. 5de28e717a9dc7c79c8a5eebefeb8>.
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Questão 1
1. Qual a classe de pessoas que, majoritariamente, a EaD atende?
a) Copistas.
b) Cinegrafistas.
c) Caminhoneiros.
d) Mães chefes de família.
e) Trabalhadores.
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Questão 2
2. Andragogia refere-se ao estudo do ensino voltado a:
a) Crianças.
b) Adolescentes.
c) Trabalhadores.
d) Adultos.
e) Jovens.
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Questão 3
3. ...................................................... são pontes cognitivas criadas através de
elementos educativos, permitindo a construção de novos conhecimentos.
Funciona, propriamente, como uma estratégia para manipular a aquisição
de novos conteúdos.
a) Conectores.
b) Plugues.
c) Dispositivos de cognição.
d) Reconhecedores informacionais.
e) Organizadores prévios.
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Questão 4
4. A ............................. é um sinônimo para divisão digital. Essa é uma preo-
cupação de nível mundial, pois impacta dimensões econômica e social de
diversos países com potencial de desenvolvimento latente.
a) Exclusão digital.
b) Informação digital.
c) Exclusão informática.
d) Organização mundial.
e) Mediação digital.
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Questão 5
5. A linguagem ..................... juntamente ao inglês vulgar representam a for-
ma como as pessoas vêm comunicando-se a nível mundial através da in-
ternet.
a) Fílmica.
b) Icônica.
c) Fotográfica.
d) Visual.
e) Textual.
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Gabarito
1. Resposta: E. conteúdos em detrimento ao repertório
preexistente na cognição do indivíduo.
Os trabalhadores referem-se a classe de
pessoas que a EAD mais atende, por isso a 4. Resposta: A.
proximidade da andragogia na literatura
acerca do ensino a distância. A exclusão digital impossibilita pessoas e
empresas de países subdesenvolvidos a de-
2. Resposta: D. senvolverem negócios e conhecimento co-
letivo e individual, devido à falta de acesso
A andragogia é o estudo do ensino voltado informação.
ao adulto. Em detrimento do termo peda-
gogia, foi criado esse novo termo para dar 5. Resposta: B.
conta das peculiaridades desse grupo de
pessoas (adultos). A linguagem icônica refere-se à linguagem
dos ícones. Ícones são signos não-verbais,
3. Resposta: E. ou seja, imagens que representam algo
além dela, guardando uma semelhança
Organizadores prévios funcionam como fundamental para a decodificação feita pe-
pontes cognitivas, organizando os novos las pessoas.
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