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Livro Eletrônico

Aula 06

Obras Rodoviárias p/ Polícia Federal (Perito-Engenharia Civil) Com videoaulas -


Pós-Edital

Professor: Marcus Campiteli


Aula 06: Estabilidade de Taludes e Estruturas de Arrimo ................................................... 2
1 Introdução ................................................................................................................... 2
2 Empuxos de Terra ........................................................................................................ 3
2.1 Introdução (Lima, 1998) ........................................................................................................... 3
2.2 Empuxos de Terra (Moliterno, 1980) ....................................................................................... 4
2.2.1 Causas do Empuxo Ativo ....................................................................................................... 5
2.2.2 Cálculo do Empuxo ................................................................................................................ 9
2.2.3 Fatores determinantes do valor do empuxo (Lima, 1998) .................................................. 13
2.2.4 Estados de Equilíbrio (Lima, 1998) ...................................................................................... 13
3 Estruturas de Arrimo .................................................................................................. 18
3.1 Muros...................................................................................................................................... 18
3.2 Cortinas................................................................................................................................... 25
3.3 Escoramentos ......................................................................................................................... 26
3.4 Paramentos ............................................................................................................................ 27
4 Questões Comentadas ............................................................................................... 33
5 Questões Apresentadas Nesta Aula............................................................................ 45
6 Gabarito ..................................................................................................................... 50
7 Referências Bibliográficas .......................................................................................... 50

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Aula 06

AULA 06: ESTABILIDADE DE TALUDES E ESTRUTURAS DE ARRIMO


Olá pessoal,
Esta aula trata do assunto de Estabilidade de Taludes e Estruturas de Arrimo, que complementa a
aula anterior.
Boa aula!

1 INTRODUÇÃO
Quando uma massa de solo ou rocha apresenta uma superfície permanentemente inclinada com a
horizontal, diz-se que ela constitui um TALUDE.
Todos os taludes apresentam a tendência natural de buscar uma forma mais estável, em direção à
horizontal ou seja, encontram-se numa situação de instabilidade, sujeitos a movimentos e a
rupturas.
Contenção é todo elemento ou estrutura destinado a contrapor-se a empuxos ou tensões geradas
em maciço cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou aterro.
As contenções devem suportar os empuxos exigidos pelo terreno, para garantir sua estabilidade,
fazendo as funções de paramento e de escoramento. O paramento está ligado à estabilidade local
e o escoramento à estabilidade global.
A relação entre a resistência do maciço e a resultante das ações (peso do maciço, água,
sobrecargas etc), evolui desfavoravelmente com o aumento da profundidade (usualmente com o
quadrado da profundidade).
Muros são estruturas corridas de contenção constituídas de parede vertical ou quase vertical
apoiada numa fundação rasa ou profunda. Podem ser construídos em alvenarias (de tijolos ou
pedras) ou em concreto (simples ou armado) ou ainda, de elementos especiais. Sua fundação
pode ser direta, rasa e corrida ou profunda, em estacas ou tubulões.
Escoramentos são estruturas provisórias executadas para possibilitar a construção de outras
obras. São utilizados mais comumente para permitir a execução de obras enterradas ou o
assentamento de tubulações embutidas no terreno.
Cortinas são contenções ancoradas ou apoiadas em outras estruturas, caracterizadas pela
pequena deslocabilidade.
Reforços do terreno são construções em que um ou mais elementos são introduzidos no solo com
a finalidade de aumentar sua resistência para que possa suportar as tensões geradas por um
desnível abrupto. Nesta categoria enquadram-se o Solo Reforçado, a Terra Armada e o Solo
Grampeado ou Pregado.

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2 EMPUXOS DE TERRA

2.1 INTRODUÇÃO (LIMA, 1998)

As estruturas de arrimo são utilizadas quando se necessita manter uma diferença de nível na
superfície do terreno, mas o espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível através de
taludes.
As estruturas podem ser:
- rígidas: a forma da estrutura não se altera com a pressão lateral de terra e experimenta,
somente, rotação e translação como um todo.

Muro de arrimo de gravidade


Utilização Definitiva

- flexíveis: estruturas que apresentam distorções decorrentes da pressão de terra.

Cortinas de estacas pranchas


Estrutura provisória

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a) Contenção

É todo elemento ou estrutura destinado a contrapor-se a empuxos ou tensões geradas em maciço


cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou aterro.
As contenções devem suportar os empuxos exigidos pelo terreno, para garantir sua estabilidade,
fazendo as funções de paramento e de escoramento. O paramento está ligado à estabilidade local
e o escoramento à estabilidade global.
A relação entre a resistência do maciço e a resultante das ações (peso do maciço, água,
sobrecargas etc), evolui desfavoravelmente com o aumento da profundidade (usualmente com o
quadrado da profundidade).

b) Muros

São estruturas corridas de contenção constituídas de parede vertical ou quase vertical apoiada
numa fundação rasa ou profunda. Podem ser construídos em alvenarias (de tijolos ou pedras) ou
em concreto (simples ou armado) ou ainda, de elementos especiais. Sua fundação pode ser direta,
rasa e corrida ou profunda, em estacas ou tubulões.

c) Escoramentos

São estruturas provisórias executadas para possibilitar a construção de outras obras. São
utilizados mais comumente para permitir a execução de obras enterradas ou o assentamento de
tubulações embutidas no terreno.

d) Cortinas

São contenções ancoradas ou apoiadas em outras estruturas, caracterizadas pela pequena


deslocabilidade.

e) Reforços do terreno

São construções em que um ou mais elementos são introduzidos no solo com a finalidade de
aumentar sua resistência para que possa suportar as tensões geradas por um desnível abrupto.
Nesta categoria enquadram-se o Solo Reforçado, a Terra Armada e o Solo Grampeado ou
Pregado.

2.2 EMPUXOS DE TERRA (MOLITERNO, 1980)

Empuxo de terra é o esforço exercido pela terra contra o muro. O empuxo de terra pode ser ativo
ou passivo.
O empuxo é passivo quando atuar do muro contra a terra (escoramentos de valas e galerias).

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O empuxo é ativo designa-se pela resultante da pressão da terra contra o muro, o qual é chamado
simplesmente de empuxo.

2.2.1 CAUSAS DO EMPUXO ATIVO

a) Corte do Terreno

A figura a seguir mostra um caso hipotético de um terreno no seu estado natural de repouso. O
maciço se mantém no seu equilíbrio estável indefinido, desde que não seja afetado pela erosão.

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Realiza-se um corte no maciço conforme a figura a seguir:

Decorrido certo intervalo de tempo (dias, meses ou anos), o terreno adjacente ao corte, na parte
superior, apresenta as primeiras fendas. Isto representa o início da manifestação do empuxo;
observa-se também o começo da desagregação do solo, com ligeiro deslocamento da superfície
cortada, o que já é uma situação de equilíbrio instável.

Segue-se, a qualquer instante, a ruptura, com o deslizamento de uma cunha de terra, tomando o
corte a forma da figura a seguir. Nesta situação a ação do empuxo foi total.

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Observando-se a superfície de escorregamento da figura acima, constata-se que o terreno


procurou se adaptar ao seu estado inicial de repouso, isto é, voltou a ter sua declividade, fazendo o
mesmo ângulo àcom a horizontal.
O equilíbrio entre os grãos de um solo, desconsiderando a presença de água, é expresso pela
equação de resistência, determinada em laboratório:

Desprezando-se o valor de c (coesão), ou admitindo seu valor muito baixo, temos:

Para que não haja ruptura, é necessário que à à , sendo também designado como ângulo de
repouso do material ou talude natural ou ângulo de atrito interno do material (solo).
Na situação limite, tg =

b) Aterro

O empuxo ativo, nos casos dos aterros, assemelha-se ao caso anterior, porém, com ação mais
imediata quando se atinge a altura prevista no projeto ou um valor de altura crítica, a depender do
tipo de solo.
Seja, por exemplo, o caso em que se deseja aplainar um terreno, executando-se o movimento de terra pela compensação
do corte C, transportando e depositando a terra em A, conforme a figura a seguir.

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A retirada da terra, naturalmente adensada do corte C, após a escavação, sofre expansão.


Ao ser lançada e depositada como material solto no aterro A, comporta-se procurando um estado
de repouso; isto só poderá ocorrer em parte e o restante atuará diretamente como carga no
paramento do muro provocando empuxo.
Para melhor esclarecer, consideramos o caso de uma caixa, onde vamos depositando areia em
várias etapas, sem provocar vibração e somente nivelando a superfície no final da operação do
enchimento, conforme a seguir:

À medida que a areia vai sendo depositada, naturalmente vai se amontoando e assumindo a
inclinação de talude, formando o ângulo à com a horizontal. Nesta situação, as paredes não
recebem empuxo.
Prosseguindo-se no enchimento da caixa, o material fora da zona de talude natural passa a fazer
pressão nas paredes da caixa.
Fato semelhante ocorre com os aterros junto aos muros de arrimo (embora no caso do solo, a
pressão seja aliviada em parte pela coesão, lembrando a equação de resistência ( = c + tg ).
Voltando ao caso do aterro, compactando ou apiloando a terra junto ao muro, podemos chegar às
condições idênticas de resistência ( = c + tg ), como primitivamente se encontravam os grãos
de solo no corte (grau de compactação 90%).

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A boa norma de execução recomenda o apiloamento com soquete manual ou mecânico (sapo) em
camadas sucessivas de 20 cm, com um grau de umidade que dê ao solo seu maior peso específico,
conforme representado a seguir:

Convém lembrar que o excesso de umidade e o encharcamento d'água no solo, aumentam o efeito
do empuxo, razão pela qual se coloca obrigatoriamente a drenagem de brita e barbacans (tubos)
ao longo da altura do muro.

2.2.2 CÁLCULO DO EMPUXO

As primeiras teorias foram formuladas por Coulomb em 1773, Poncelet em 1840 e Rankine em
1856, conhecidas como Teorias Antigas, e que ainda tem dado resultados satisfatórios para o caso
de muros de peso, construídos de alvenaria ou concreto ciclópico.
Abordando o problema do empuxo à luz da teoria matemática da elasticidade para muros
elásticos, construídos em concreto armado, há as chamadas Teorias Modernas, entre elas as de
Resal, Caquot, Boussinesque, Müller Breslau, sendo que, nos últimos 30 anos, as recomendações
de Terzaghi e seus adeptos apresentaram resultados práticos.

a) Teoria de Coulomb

A teoria de Coulomb baseia-se na hipótese de que o esforço exercido no paramento do muro é


proveniente da pressão do peso parcial de uma cunha de terra, que desliza pela perda de
resistência a cisalhamento ou atrito.
O deslizamento ocorre frequentemente ao longo de uma superfície de curvatura, em forma de
espiral logarítmica. Nos casos práticos, é válido substituir a curvatura por uma superfície plana, que
chamaremos de plano de ruptura, plano de deslizamento ou plano de escorregamento (Winkler).
Admite-se como conhecida a direção do empuxo. Segundo Coulomb, o empuxo faz com a normal
ao paramento do lado da terra à à 1, cuja tangente é igual ao coeficiente de atrito entre a
terra e o muro.
à 1 = coeficiente de atrito da terra contra o muro
1 = é chamado ângulo de rugosidade do muro.

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A direção da componente Q do peso da cunha forma com a normal ao plano de ruptura um ângulo
, cuja tangente é igual ao ângulo de atrito do terreno.
à à àcoeficiente de atrito terra contra terra
Temos, portanto:
O peso P da cunha decomposta em E e Q.
E aluando no muro.
Q atuando no plano de ruptura, também chamado plano de escorregamento ou deslizamento.
Para o projeto do muro, interessa saber o valor do empuxo E.
A grandeza de E pode ser considerada como uma pressão distribuída a longo da altura do muro,
cujo diagrama de distribuição, para simplificação do cálculo, admite-se linear, em analogia com o
empuxo proveniente da pressão hidrostática, e cuja área representa o valor de E.

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Se tivéssemos uma coluna de líquido, o empuxo seria dado pela expressão:

Para levar em conta, no caso do solo, o atrito entre as partículas, a rugosidade do muro e a
inclinação do terreno em relação à horizontal, introduz-se um coeficiente K, a saber:

O valor do coeficiente K, designado por coeficiente de empuxo ou de Coulomb, é dado pela


expressão, segundo Rebhann:

: ângulo de inclinação do terreno adjacente.


àângulo de inclinação do paramento interno do muro com a vertical.
à= 90 - .
àângulo de repouso da terra, ângulo de talude natural ou ângulo de atrito interno.
1: ângulo de atrito entre a terra e o muro ou ângulo de rugosidade do muro.
Usualmente adota-se:
1 = 0 Paramento do muro liso (cimentado ou pintado com pixe)
1 à à Paramento do muro parcialmente rugoso
1 à à Paramento do muro rugoso
Simplificação de K para paramento interno liso, vertical e terreno adjacente horizontal (Caso usual
dos muros de concreto armado):

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b) Empuxo de Terra para Solos Coesivos

Os solos considerados até estes pontos foram aqueles cuja equação de resistência se dá pela
expressão = tg à à à à
Nos solos coesivos, argilas, a equação de resistência será acrescida do valor da coesão c, portanto
= à à tg
A coesão pode ser considerada como uma carga negativa que reduz o valor do empuxo E.
Segundo Coulomb:

Na prática, geralmente não se leva em conta o valor da coesão, pois a mesma pode ser alterada
com o decorrer do tempo. Só será considerada em obras de controle técnico permanente da
drenagem do terreno superficial, como no caso de estradas.
Devido às variações climáticas do grau de umidade, os solos coesivos variam de volume.
Durante a estação seca, o solo perde umidade e se contrai, formando-se fissuras.
Com as chuvas, a água penetra no solo. Este sofre inchamento e exerce nos muros pressões com
ação do empuxo ativo, muito maior do que aquele inicialmente calculado, pondo em risco a
estabilidade do muro.

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2.2.3 FATORES DETERMINANTES DO VALOR DO EMPUXO (LIMA, 1998)

à à à à à
à à à à à à
à à à à à à
à à à à reático no terreno
à à à à
As determinações dos empuxos de terra seguem os seguintes tipos de tratamento:
- teórico: tratamento matemático, através de modelos que traduzem a relação tensão x
deformação dos solos (dificuldades no processo matemático);
- empírico-experimental: apoiado em recomendações colhidas em observações em modelo de
laboratório e em obras instrumentadas.

2.2.4 ESTADOS DE EQUILÍBRIO (LIMA, 1998)

Na experiência da figura foi colocada areia pura, atrás de um anteparo vertical, que pode sofrer
movimentos de translação.

Foram determinadas as forças resultantes da pressão da areia sobre os anteparos (EMPUXO), nas
seguintes situações:

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- Empuxo no Repouso: força necessária para manter o anteparo estático (E0)


- Empuxo Ativo: força atuante no anteparo, no instante da ruptura, quando é afastado da areia.
(EA)
- Empuxo Passivo: força atuante no anteparo, no instante da ruptura, quando é empurrado contra
a areia. (EP)
Esta experiência conduz às seguintes conclusões:
- quando o anteparo movimenta-se, livremente, para a direita ou para a esquerda (por translação
ou rotação), estabelecem-se as condições extremas que definem limiares de ruptura do solo,
conhecidos como estados de equilíbrio limite;
- os valores dos empuxos, no intervalo entre as condições ativa e passiva, situam-se em um estado
de equilíbrio elástico: os deslocamentos do anteparo são insuficientes para provocar a ruptura. No
estado de equilíbrio elástico, as tensões em qualquer ponto, podem ser representadas pelo Círculo
de Mohr;
- após o corpo ter atingido, num determinado plano, a resistência do material, um pequeno
aumento da tensão causará um acréscimo permanente na deformação, produzindo uma situação
conhecida como escoamento plástico. Imediatamente antes de atingir a condição de escoamento
plástico, diz-se que o corpo está no estado de equilíbrio plástico e a ruptura está para ocorrer em
toda a massa de solo.

a) Empuxo de Terra no Repouso


Para a solução matemática, nas situações extremas de equilíbrio (estado ativo e passivo), a
equação introduzida é a que traduz o critério de ruptura ou de resistência do solo.
No estado de repouso, quando as deformações laterais são impedidas, o solo não pode mobilizar
sua resistência ao cisalhamento nem atingir qualquer condição de equilíbrio limite.
A figura seguinte representa um maciço de solo contido pelo muro AB, de paredes lisas, estático. A
massa de solo está em equilíbrio elástico.

O coeficiente de pressão de terra no repouso K0 é a relação entre a tensão horizontal e a tensão


vertical.

C à v à

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O valor de K0 depende do:


- tipo de solo
- processo geológico de suas formação;
- densidade relativa das areias;
- grau de preadensamento das argilas.
Valores médios de alguns tipos de solos, determinados por correlações empíricas ou ensaios de
laboratórios e de campo:

Relações empíricas para determinação de K0:

b) Teoria de Rankine

O método de RANKINE (1856) consiste na integração, ao longo da altura do muro, das tensões
horizontais atuantes, calculadas através expressões analíticas obtidas a partir de construções
gráficas dos Círculos de Mohr, tangentes à envoltória de resistência ao cisalhamento.
Assume as seguintes hipóteses básicas:
- maciço homogêneo de extensão infinita e de superfície plana horizontal.
- maciço num dos estados possíveis de plastificação, ativo ou passivo (estados de plastificação de
Rankine).
- muro de parede vertical, perfeitamente lisa.

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b.1) Estado Ativo de Rankine

No estado ativo o elemento de solo sofre uma expansão:

A expressão KA = tg2 (45 - à à ada COEFICIENTE DE PRESSÃO ATIVA.


Nos solos não coesivos, A à à 2
(45 - à à àKA corresponde à relação KA à A v.

Numa massa de solo plastificada, estabelecem-se planos de ruptura denominados planos de


plastificação ou de deslizamento. No estado ativo esses planos formam um ângulo de ± (45 + à
com a direção do plano da maior tensão principal, isto é, o horizontal.

Distribuição dos Esforços Laterais Estado Ativo:

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b.2) Estado Passivo de Rankine

No estado passivo o elemento sofre uma compressão:

A expressão KP = tg2 (45 + à à COEFICIENTE DE PRESSÃO PASSIVA.


Nos solos não coesivos, P à .h. tg2 (45 + à à àKP corresponde à relação KP à P v.

No estado passivo de Rankine, os planos de ruptura formam um ângulo de ± (45 - graus com a
direção do plano horizontal.

Distribuição dos Esforços Laterais Estado Passivo:

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3 ESTRUTURAS DE ARRIMO

3.1 MUROS

a) Muros de Gravidade são estruturas corridas, massudas, que se opõem aos empuxos horizontais
pelo peso próprio. Em geral são empregadas para conter desníveis pequenos ou médios, inferiores
a cerca de 5 m. Podem ser construídos de concreto simples, ciclópico ou com pedras,
argamassadas ou não.
A largura da seção transversal é da ordem de 40% da altura a ser arrimada.

Concreto Ciclópico ou Pedra Argamassa


Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP

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Solo compactado, solo-cimento compactado, Enrocamento, Solo Ensacado ou Saco com Argamassa de Cimento
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP

Solo envelopado
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP

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Solo Reforçado com Fitas Metálicas


Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP

Fonte: <http://www.maccaferri.com.br >

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Concreto Ensacado
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP

Fonte: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf >

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Fonte: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf >

b) Muros "Atirantados" são estruturas mistas em concreto e alvenaria de blocos de concreto ou


tijolos, com barras quase horizontais, contidas em planos verticais perpendiculares ao paramento
do muro, funcionando como tirantes, amarrando o paramento a outros elementos embutidos no
maciço, como blocos, vigas longitudinais ou estacas. São construções de baixo custo utilizadas para
alturas até cerca de 3 m.
c) Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas, com seção transversal em forma de "L" que
resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço arrimado, que se
apóia sobre a base do L , para manter-se em equilíbrio. No mais das vezes são construídos em
concreto armado, tornando-se, em geral, antieconômicos para alturas acima de 5 a 7 m, conforme
a figura a seguir:

d) Mistos - São muros com características intermediárias entre os supracitados, que funcionam,
portanto, parcialmente pelo peso próprio e parcialmente a flexão, utilizando parte do terrapleno
como peso para atingir uma condição geotêxtil de equilíbrio.

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e) Muros de Contrafortes são os que possuem elementos verticais de maior porte, chamados
contrafortes ou gigantes, espaçados, em planta, de alguns metros, e destinados a suportar os
esforços de flexão pelo engastamento na fundação. O paramento do muro, nesse caso, é formado
por lajes verticais que se apoiam nesses contrafortes, conforme a figura a seguir:

Como nos muros de flexão, o equilíbrio externo da estrutura é conseguido tirando-se proveito do
peso próprio do maciço animado, o qual se apóia sobre a sapata corrida ou laje de fundação. A
diferença em relação aos muros de flexão é essencialmente estrutural. Os gigantes ou contrafortes
podem ser construídos para o lado externo do paramento vertical ou embutidos no terrapleno
animado.
A largura das fundações, no caso de se tratar de sapata corrida é, em média, da ordem de 40% da
altura a ser arrimada.
Com fundação direta, em geral a condição crítica de equilíbrio é a relativa à translação, o que pode
exigir a construção de um dente vertical na fundação para mobilizar uma parcela maior de
resistência a esse deslocamento.
f) Muros de Gabiões são muros de gravidade constituídos pela superposição de "gaiolões" de
malhas de arame galvanizado cheios com pedras cujos diâmetros mínimos devem ser superiores à
abertura de malha das gaiolas. São empregados para faixas de alturas da mesma ordem de
grandeza das dos muros de gravidade.
São construídos posicionando-se os gabiões no local em que deverão ficar, enchendo-os com
pedras de mão para formar as sucessivas fiadas que formarão um arrimo de gravidade.
Tipos de Muros de Gabiões:
- Caixa: em forma de paralelepípedo retângulo
- Colchões Reno: reduzida espessura: 15, 20 ou 30 cm.
- Cilíndricos ou dos tipos sacos ou bolsa: constituídos por um único pano de tela que forma um
cilindro aberto em uma extremidade (do tipo saco), ou do lado (do tipo bolsa).

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Fonte: <http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf >

Gabião
Fonte: IP-DE-C00/005 - DER/SP

g) "Crib Wall" (Parede de engradados) são estruturas formadas por elementos pré-moldados de
concreto armado ou de madeira ou aço, que são montados no local, em forma de "fogueiras"
justapostas e interligadas longitudinalmente, cujo espaço interno é cheio de preferência com
material granular graúdo.
São construídas montando-se as peças pré-moldadas das sucessivas "fogueiras", no próprio local e
enchendo os espaços centrais, de preferência, com material granular graúdo (brita grossa ou
pedras de mão). São estruturas capazes de se acomodar a recalques das fundações e funcionam
como arrimos de gravidade.

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Fonte: <http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Crib_wall>

3.2 CORTINAS

Cortinas são contenções que, pelo fato de serem ancoradas ou acopladas a outras estruturas, mais
rígidas, apresentam menor deslocabilidade, o que pode levar os maciços contidos a comportar-se
em regime elastoplástico, dando origem a solicitações maiores do que as calculadas no equilíbrio
limite. Nessas condições, a "rigidez relativa" da cortina tem influência na distribuição e na
intensidade dos empuxos sobre a cortina, os quais, por sua vez, dependem dos deslocamentos e
das deformações na interface "solo-cortina".
Qualitativamente, diz-se que uma cortina ou parede é flexível quando seus deslocamentos, por
flexão, são suficientes para influenciar significativamente a distribuição de tensões aplicadas pelo
maciço. Rígidas são cortinas cujas deformações podem ser desprezadas.

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As ancoragens são barras ou tirantes embutidos no próprio maciço a ser arrimado, localizadas em
planos perpendiculares a uma cortina, funcionando a tração, com um comprimento que lhe confira
capacidade para se contrapor aos empuxos gerados por esse maciço, servindo, na extremidade
livre, de apoio à própria cortina de arrimo.

Fonte: <http://www.geosonda.com.br/cortina.php>

3.3 ESCORAMENTOS

Os escoramentos compõem-se, de um modo geral, dos seguintes elementos: "paredes",


"longarinas", "estroncas" e "tirantes".
a) Parede: é a parte em contato direto com o solo a ser contido. E, mais comumente, vertical e
formada por materiais como madeira, aço ou concreto. Quando formada por pranchas de madeira,
pode ser contínua ou descontínua.
b) Longarina: é um elemento linear, longitudinal, em que a parede se apoia. Em geral é disposta
horizontalmente e pode ser constituída de vigas de madeira, aço ou concreto armado.
c) Estroncas ou escoras: são elementos de apoio das longarinas. Dispõem-se, portanto, no plano
horizontal das longarinas, sendo perpendiculares às mesmas. Podem ser constituídas de barras de
madeira ou aço.
Têm o mérito de não utilizar os terrenos adjacentes à contenção e de serem reutilizáveis.

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d) Tirantes: são elementos lineares introduzidos no maciço contido e ancorados em profundidade


por meio de um trecho alargado, denominado bulbo. Trabalhando a tração, podem suportar as
longarinas em lugar das estroncas, quando essa solução for mais adequada ou econômica.
Em certas circunstâncias é o único sistema de escoramento exequível como, por exemplo, em
muitos casos de contenção de encostas.
As perfurações para instalação dos tirantes podem provocar recalques nas edificações vizinhas, as
injeções para fixação dos mesmos levantamentos do terreno e a protensão destes pode introduzir
esforços horizontais nas fundações das edificações adjacentes.

3.4 PARAMENTOS

a) Estacas-Prancha

As estacas-prancha metálicas são implantadas através de cravação por percussão ou por vibração.
Devido ao sistema de ligação entre as estacas pranchas, elas formam um paramento estanque que
evita o fluxo d'água e o carreamento de material para o interior das escavações e, portanto,
dependendo do comprimento de sua "ficha'' e das características do subsolo, podem dispensar,
muitas vezes, a utilização de sistemas de rebaixamento do lençol freático.
Podem ser utilizadas com qualquer tipo de escoramento.
O escoramento inferior das estacas-prancha é proporcionado pelas próprias "fichas" que, também,
suportam os esforços verticais atuantes no paramento.

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b) Perfil Pranchado

Este tipo de paramento é muito utilizado em obras de contenções implantadas acima do lençol
freático e em solos que podem, por um efeito de arqueamento (areias) ou devido à sua coesão
(siltes e argilas), permanecer estáveis, ao menos temporariamente, de modo a permitir a
escavação do terreno, entre perfis, para instalação do prancheamento.
O espaço necessário para a sua implantação é, geralmente, pequeno (20 cm a 40 cm).
O perfil pranchado pode ser utilizado com qualquer tipo de escoramento.
Abaixo do N.A., geralmente só podem ser implantadas com auxílio de sistemas de rebaixamento
do lençol freático.

Fonte: <http://sete.eng.br>

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==f3d2d==

Fonte: <http://sete.eng.br>

c) Paramentos com Estacões

São cortinas constituídas por estacões escavados com lama bentonítica, estacões revestidos com
camisas metálicas e também cortinas de tubulões executados a céu aberto.
Solução muito adotada na execução de contenções em que o solo a ser contido é constituído por
argilas médias, rijas e duras ou solos, acima do N.A., que apresentam uma certa coesão que
permite espaçar os estacões ou tubulões para compensar o maior consumo de concreto e aço, por
m2 de paramento, decorrente de sua forma circular.
No caso de estacões justapostos, sempre haverá entre eles um espaço de pelo menos 5 cm a 10
cm ou até mais, no caso de contenções profundas (problema de vertical idade), por onde fluirá
para dentro da escavação água e solo. Este problema pode ser resolvido fazendo-se um
tratamento das juntas através de injeções químicas (injeções de cimento são pouco eficazes) ou
através de colunas Jet Grout.

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d) Cortinas com Microestacas ou Estacas Tipo Raiz

Estacas de pequeno diâmetro não são os elementos mais apropriados para serem utilizados como
paramento de uma contenção, pois, tendo pouca capacidade para resistir a momentos fletores
devido a sua reduzida seção transversal, exigem um maior número de pontos escorados, e
apresentam, como no caso dos estacões, os mesmos problemas de justaposição com o agravante
de se ter um maior número de juntas por m2 de paramento.
Seu emprego tem sido limitado a situações onde outros sistemas se mostram inviáveis.

e) Cortinas com Estacas Tipo Hélice Contínua

Tudo o que foi dito com relação às cortinas constituídas por estacões se aplica às cortinas
executadas com estacas tipo hélice.
Devido ao processo executivo, elas apresentam como vantagem em relação aos estacões o fato de
não utilizarem lama bentonítica e ou camisas metálicas para conter o terreno e ter uma velocidade
de execução bem maior.
O processo de colocação da armadura, neste tipo de estaca, não permite que ela, dependendo do
seu comprimento, seja totalmente armada. Por este motivo a sua utilização em contenções fica
limitada a paramentos cuja altura incluindo o comprimento da ficha seja igual ou inferior ao
comprimento da estaca possível de ser armado.

f) Colunas "Jet Grout"


As colunas "Jet Grout" nada mais são que colunas de solo/cimento e, como tal, têm pouca
resistência à tração, não sendo, por este motivo, muito utilizadas como paramento, a não ser em

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casos de contenção de pequena altura ou em paramentos cuja forma induza tensões


predominantemente de compressão como no caso de contenções de paredes de poços circulares.
Podendo ser executadas secantes umas às outras, as colunas "Jet Grout" formam um paramento
"estanque".
Elas são estruturas provisórias e, portanto, não substituem a contenção definitiva.

g) Estruturas de Gravidade

Muros de concreto, muros de "gabiões", "Crib Walls".


Estes tipos de contenção, devido sua concepção estrutural, dispensam a utilização de
escoramentos.
De construção relativamente simples e econômica, são pouco utilizadas em obras de fundação,
uma vez que, na maioria das vezes, o espaço disponível para a implantação destas estruturas é
insuficiente.
Para serem implantadas abaixo do N.A. exigem a instalação de sistemas de rebaixamento. Têm
sido utilizadas como estruturas definitivas em contenções com alturas até 6m.

h) Muros de Flexão

Como as estruturas de gravidade, dispensam a utilização de escoramentos.


São, também, de construção relativamente simples, mas, como sua implantação quase sempre
implica escavações a maior e reaterros, têm sido pouco utilizados em obras de fundação.
Necessitam ser implantados em terrenos com boas características de fundação ou sobre fundações
profundas.
Para serem implantados abaixo do N.A., exigem a instalação de sistemas de rebaixamento.
Têm sido utilizados como estruturas definitivas em contenções com altura geralmente não
superior a 8 metros.

i) Cortinas

Este sistema consiste na execução de paramentos de concreto armado ou concreto projetado


armado (com tela), por trechos ou em "cachimbos", geralmente escorados por tirantes ou bermas
durante a fase executiva e pela estrutura definitiva quando da obra pronta.
Tem sido utilizado para conter escavações em solos, acima do N.A., que tenham suficiente
resistência para permanecerem estáveis, ao menos temporariamente, até a instalação da
contenção.
O processo executivo é geralmente lento e demanda muita mão de obra para as escavações
confinadas e acertos dos taludes.
As cortinas têm sido muito utilizadas (com tirantes definitivos) como estrutura permanente na
contenção de encostas.

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j) Paredes-diafragma

O processo executivo de paredes-diafragma (moldadas "in loco" ou pré-moldadas) permite


executar da superfície do terreno ao longo de todo o perímetro da contenção uma parede
contínua de concreto armado, sem provocar vibrações ou desconfinar o terreno adjacente
praticamente em qualquer tipo de solo, acima ou abaixo do N.A..
Permite realizar com relativa facilidade, segurança e economia escavações profundas mesmo junto
a edificações já existentes.
As paredes-diafragma têm um desempenho melhor que os outros tipos de paramento, pois:
à ser implantadas em quase qualquer tipo de terreno, mesmo em areias finas submersas,
sem rebaixamento do lençol freático;
à à à à à à mesmo em camadas de areias muito compactas
e argilas muito duras;
à à à nto "estanque", evitam o fluxo de água para o interior da escavação
possibilitando que esta, entre os paramentos, seja executada, na maioria das vezes, somente com
esgotamento superficial.
à à à à à de 30 cm até 120 cm (em obras especiais já
foram executadas paredes com espessuras de 240 cm), podem ser utilizadas em contenções de
pequena ou grande altura.
à à à à à à à e podem ser utilizadas com qualquer tipo de
escoramento.
No caso em que se utilizam tirantes como escoramento, dispensam a execução das vigas
(longarinas metálicas ou de concreto) para distribuição das cargas.
Na implantação de subsolos, abaixo do N.A., elas podem trazer grande economia adicional quando,
penetrando em camada de baixa permeabilidade, situada abaixo dos subsolos, formam com esta
uma caixa "estanque", permitindo substituir a laje de subpressão por um sistema de drenagem.

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O processo executivo de paredes-diafragma exige a utilização de equipamentos pesados e de


grande porte e, portanto, não é possível executá-las em locais onde estes equipamentos não
conseguem ter acesso. A presença de matacões é outro fator que pode inviabilizar a utilização das
paredes-diafragma.

4 QUESTÕES COMENTADAS
1. (70 - EBSERH/2018 Cespe/Cebraspe)
Os muros de gravidade e os muros de flexão são estruturas de contenção que devem ser
executadas conjuntamente com um sistema de drenagem adequado para controlar a pressão
da água e evitar o aumento do empuxo.
Comentários:
Conforme vimos na aula, o excesso de umidade e o encharcamento d'água no solo aumentam o
efeito do empuxo, razão pela qual se coloca obrigatoriamente a drenagem de brita e barbacans
(tubos) ao longo da altura do muro.
Gabarito: Correta

2. (85 PF Adm/2014 CESPE)


Muros de contenção de encosta com gabiões são altamente permeáveis, ao contrário dos
muros de concreto ciclópico.
Comentários:
E à“ à à à à à à à Oà à à à à à
Nos muros com gabiões, a permeabilidade elevada deve- à à à à à
Gabarito: Correta

3. (26 DEMAE/2017 UFG)


O muro de contenção ilustrado na figura deve garantir a estabilidade de um talude de solo
argiloso, puramente coesivo.

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A distância entre o ponto de aplicação da resultante do empuxo do solo no muro de


contenção e sua base (B) será de:
(A) H / 3
(B) H / 2
(C) 2 H / 3
(D) B / 3
Comentários
A Teoria de Rankine considera a seguinte distribuição dos Esforços Laterais no muro de arrimo, no
estado ativo:

No caso de solos não coesivos, o ponto de aplicação do empuxo ocorre a 1/3.z a partir da base e
no caso de solos coesivos, verifica-se o ponto de aplicação a 1/3 da altura da área de aplicação dos
esforços sobre o muro, o que resulta em altura inferior a 1/3.z a partir da base.

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Contudo, segundo Moliterno (1980), na prática, geralmente não se leva em conta o valor da
coesão, pois a mesma pode ser alterada com o decorrer do tempo. Só será considerada em obras
de controle técnico permanente da drenagem do terreno superficial.
Com isso, pode-se considerar o ponto de aplicação a 1/3 da altura do muro a partir da base.
Gabarito: A

4. (54 MPE-AM/2013 FCC)


Considere o muro de arrimo da figura a seguir:

Dados:
àá à à à à à à à à à à à à à à à
àM à à à à à à à N 3
.
à à à à à à à à à 30º
K0 à à
onde: K0 = coeficiente de empuxo em repouso.
à à à à à à à à
O empuxo total, em kN, que a areia média exerce sobre o muro de arrimo na situação de
repouso é
(A) 109,20.
(B) 54,60.
(C) 40,95.
(D) 13,65.

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(E) 4,55
Comentários
Conforme vimos:

O valor da coesão na areia = 0, logo:

E = 0,5.18,2.(1 sen 30o).32 = 40,95 kN


GABARITO: C

5. (41 - Pref. Caldas Novas/2015 UFG)


Uma determinada cortina vertical, com altura de 3 m e largura de 5 m, contém um solo com
peso específico de 18 kN/m³, ângulo de atrito interno de 30 graus e coesão nula. Admitindo-
se que não haja atrito entre o solo e a cortina e que o terrapleno é horizontal, o empuxo total
de terra atuante na cortina, segundo a teoria de Rankine, é igual a
(A) 105 kN
(B) 135 kN
(C) 165 kN
(D) 195 kN
Comentários
O valor do empuxo no caso da questão é dado por:

De acordo com Moliterno (1980), para paramento interno liso, vertical e terreno adjacente
horizontal (caso usual dos muros de concreto armado), pode-se adotar a seguinte fórmula para o
coeficiente K:

K = tg2 (45º - 30º/2) = tg2 (30º) = ( /3)2 = 1/3


E = 0,5.18.(1/3).32 = 27 kN/m

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Empuxo total = 27kn/m x 5 m = 135 kN


Gabarito: B

6. (112 FUB/2008 - Cespe)


As cortinas atirantadas são estruturas de arrimo executadas em concreto armado que
aumentam a estabilidade de taludes fundamentalmente devido ao seu elevado peso.
Comentários
Conforme vimos, as cortinas atirantadas consistem na execução de paramentos de concreto
armado escorados por tirantes.
As ancoragens são barras ou tirantes embutidos no próprio maciço a ser arrimado, localizadas em
planos perpendiculares a uma cortina, funcionando a tração, com um comprimento que lhe confira
capacidade para se contrapor aos empuxos gerados por esse maciço, servindo, na extremidade
livre, de apoio à própria cortina de arrimo.
Portanto, a estabilidade é garantida pelas ancoragens embutidas no maciço e não peso seu peso,
até porque são estruturas esbeltas e leves.
A descrição da questão refere-se aos muros de gravidade.
Gabarito: Errada

7. (40 TRF3/2014 FCC)


Considere a afirmação:
áà -diafragma são painéis de concreto, geralmente armado, pré-fabricados ou
moldados in loco com a função de contenção em escavações de subsolo. Os painéis são
executados por meio do preenchimento de trincheiras escavadas com o uso contínuo de lama
( I ) , cuja função é estabilizar as paredes de escavação e contrabalançar o empuxo causado
pelo lençol freático no terreno. Para a escavação, é empregado o equipamento ( II ) à
As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, por
(A) montmorilo àà àà à à à
Bà àà à à
Cà àà àà à à à
Dà àà à
Eà à àà àà à à
Comentários
D à à à à à F àT à àP à da PINI, o processo executivo de paredes-
diafragma (moldadas in loco ou pré-moldadas), que permite executar da superfície do terreno ao
longo de todo o perímetro da contenção uma parede contínua de concreto armado, sem provocar
vibrações ou desconfinar o terreno adjacente praticamente em qualquer tipo de solo, acima ou
abaixo do N.A. revolucionou, desde a sua introdução, no fim dos anos 50, a Engenharia de

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Fundações por permitir realizar com relativa facilidade, segurança e economia, escavações
profundas mesmo junto a edificações já existentes.
As paredes-diafragma têm um desempenho melhor que os outros tipos de paramento, pois:
- podem ser implantadas em quase qualquer tipo de terreno, mesmo em areias finas submersas,
sem rebaixamento do lençol freático;
- podem ser implantadas sem provocar vibrações, mesmo em camadas de areias muito compactas
e argilas muito duras;
- formando um paramento "estanque", evitam o fluxo de água para o interior da escavação
possibilitando que esta, entre os paramentos, seja executada, na maioria das vezes, somente com
esgotamento superficial;
- executadas usualmente com espessuras variando de 30 cm até 120 cm (em obras especiais já
foram executadas paredes com espessuras de 240 cm), podem ser utilizadas em contenções de
pequena ou grande altura;
- se conformam melhor ao perímetro da contenção e podem ser utilizadas com qualquer tipo de
escoramento.

A presença de matacões pode inviabilizar a utilização


das paredes-diafragma.
Acerca da execução, de acordo com o livro
F T à àP à à PINI à à execução da
parede-diafragma pressupõe a estabilização das
paredes da escavação, já que esta é feita sem
revestimento. Desta forma deve-se utilizar durante a
escavação lama bentonítica, que é uma mistura de bentonita e água em proporção conveniente.
C à à à à à à à à à à à F à àC à à
Revista Infraestrutura Urbana, o clamshell é um equipamento amplamente empregado para
escavação do solo na execução de paramentos com paredes-diafragma. A ferramenta, que está
presente em grandes obras de infraestrutura urbana (como as do metrô, por exemplo), tem como
principal característica a capacidade de executar paredes retangulares com espessura entre 30 cm
e 1,40 m.

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<http://www.infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/15/artigo258468-1.aspx>

Gabarito: C

8. (83 MJ/2013 Cespe)


As paredes-diafragma, constituídas de concreto simples ou armado, podem ser utilizadas na
construção de estruturas de contenção para prevenção de deslizamentos.
De acordo com o livro Fundações: Teoria e Prática, da PINI, o sistema de escoramento pode ser
combinado às fundações de pilares de divisa. Exemplos clássicos são:
- perfis metálicos de fundação de pilares e que servem para contenção da escavação pelo sistema
de perfis e pranchões;
- paredes-diafragmas que servem de fundação e de contenção;
- paredes de estacas justapostas que servem de fundação e de contenção.
De acordo com Barbosa (2003), a parede-diafragma tem como objetivo conter a água do lençol
freático e consequentemente conter também o solo. A utilização de paredes diafragma vem
crescendo muito na construção civil, pelo motivo de resolver problemas de difícil ou impossível
solução pelo método tradicional, principalmente em obras com subsolo e presença de água do
lençol freático, a parede diafragma poderá ter função estática e de intercepção hidráulica,
podendo ser constituída de concreto simples, armado ou de concreto plástico e impermeável
conforme a sua destinação.
Gabarito: Correta

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9. (45 Defensoria-SP/2013 - FCC)


A solução de estabilização de taludes cujo princípio é restringir os deslocamentos e transferir
os esforços de uma zona potencialmente instável para uma zona estável através da inserção
de barras de aço envolvidas por calda de cimento no maciço de solo natural, na direção
horizontal ou oblíqua, é conhecida por
(A) geossintético.
(B) gabião.
(C) terra armada.
(D) muro de arrimo.
(E) solo grampeado.
Comentários
D à à à à à F àT à àP à à PINI à à o grampeado constitui-se em
estabilização rápida, temporária ou permanente, de taludes naturais e escavações por meio da
introdução de reforços no maciço, aliada normalmente a revestimento de concreto projetado
armado com tela de aço eletrossoldada ou fibras de aço.
Segundo o mesmo livro, os reforços são instalados no solo sem tensão, sendo a mesma mobilizada
somente após a deformação do conjunto.

“ à à à F à àC à “ àG à àR àI àU ào
grampeamento de solo é um procedimento de contenção aplicado a cortes em maciços de terra. O
sistema utiliza, basicamente, chumbadores, concreto projetado e drenagem, e tem como objetivo
estabilizar taludes de corte de forma temporária ou, o que é mais comum, permanente. Tem
execução relativamente rápida e custo relativamente baixo se comparado a outras tecnologias. A
contenção ocorre por conta da ancoragem de chumbadores sub-horizontais, que atuam de forma
passiva, e são introduzidos no maciço e depois fixados com calda de cimento.

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<http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/2/artigo213006-2.aspx>

Na contenção com solo grampeado, a ancoragem é feita em toda a extensão do chumbador e não
apenas no nicho final. A superfície é recoberta com uma tela metálica e revestida com concreto
projetado. A aplicação do sistema permite a contenção de taludes por meio da instalação de uma
ancoragem passiva, ou seja, que só atua quando o terreno se movimenta. É uma solução associada
a cortes na encosta, embora possa ser utilizado em aterros instáveis. A técnica é menos
dispendiosa que a cortina atirantada e aplicável apenas em solos firmes; do contrário, a terra pode
escorrer por entre os grampos. Pode ser empregada em diversas situações, principalmente em
taludes ou escavações íngremes em solos, sendo um meio mais econômico quando comparado
com sistemas de contenção atirantados.
Gabarito: E

10. (39 TRF3/2014 FCC)


A instalação de barras sub-horizontais de aço ou de materiais resistentes à tração em um
maciço de terra tem a finalidade de estabilizar taludes de corte ou de escavação, sendo que
essas inserções funcionam de forma ativa ou passiva. Como exemplo de contenção com
ancoragem passiva NÃO se pode citar
(A) a cortina atirantada.
(B) a terra armada.
(C) o solo grampeado.
(D) o solo reforçado com geossintéticos.
(E) o muro de gabiões.
Comentários
“ à à à F à àC à C àá à àR àI à
Urbana, as cortinas atirantadas são muros robustos feitos principalmente com concreto e que, em
paralelo, exigem intervenções no solo para dar sustentação à obra. As cortinas ancoradas são
usadas quando o espaço disponível é restrito e a instalação da ancoragem ativa (tirantes) não irá
interferir em outras estruturas. Vale lembrar que a cortina atirantada é um método de ancoragem

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que se apoia no interior do solo. Por isso, é imprescindível aprofundar os tirantes até que fiquem
fora da zona de movimentação. Do contrário, a estrutura é carregada em caso de deslizamento.
Por isso, embora seja citada pelos especialistas como uma estrutura de contenção em áreas
urbanas, é preciso observar as condições do terreno para sua execução. As desvantagens ainda são
o alto custo e o prazo (longo) de execução.
Gabarito: A

11. (86 PF Adm/2014 CESPE)


Devido ao processo executivo, as cortinas atirantadas são utilizadas para a contenção de
taludes em corte, não sendo indicadas para região de aterros.
“ à à à à à à à áà à à à à à à
são executadas tanto em região de corte, por meio do método descendente, quanto em aterros,
à à à à
Gabarito: Errada

12. (68 Petrobras/2004 Cespe)


Em um muro de arrimo feito com gabiões e reaterro executado com solo
predominantemente siltoso não é necessário sistema de drenagem ou filtro, devido ao nível
de compactação conseguido nos gabiões.
Comentários
Os muros de gabiões são muros de gravidade constituídos pela superposição de gaiolas de malhas
de arame galvanizado cheios com pedras cujos diâmetros mínimos devem ser superiores à
abertura de malha das gaiolas.
Portanto, a desnecessidade de sistema de drenagem deve-se à elevada permeabilidade do muro
de gabião, por ser preenchido por pedras com diâmetros elevados.
Gabarito: Errada

13. (45 TCM-GO/2015 FCC)


Quando a escavação não puder ser contida apenas com a presença de taludes, deve ser
previsto o escoramento das paredes do corte. A figura a seguir indica dois elementos que
compõem uma estrutura provisória de escoramento.

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As indicações (1) e (2) são denominadas, respectivamente,


(A) longarina e estroncas.
(B) estronca e longarinas.
(C) longarina e tirantes.
(D) berma e tirantes.
(E) estronca e tirantes.
Comentários
A Longarina é um elemento linear, longitudinal, em que a parede se apoia. Em geral é disposta
horizontalmente e pode ser constituída de vigas de madeira, aço ou concreto armado.
As Estroncas ou escoras são elementos de apoio das longarinas. Dispõem-se, portanto, no plano
horizontal das longarinas, sendo perpendiculares às mesmas. Podem ser constituídas de barras de
madeira ou aço.
Portanto a longarina é representada pelo elemento (1) e as estroncas pelo elemento (2).
Gabarito: A

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14. (105 MPOG/2012 Cespe)


As estroncas trabalham à tensão de tração na ancoragem de escoramentos de escavações no
solo.
Comentários
Conforme vimos, as estroncas ou escoras são elementos de apoio das longarinas, conforme a
figura a seguir:

Podem ser constituídas de barras de madeira ou aço.


Têm o mérito de não utilizar os terrenos adjacentes à contenção e de serem reutilizáveis.
Conforme se pode ver na figura, as estroncas trabalham à compressão.
Gabarito: Errada

15. (107 MPOG/2012 Cespe)


Os muros de arrimo médios e altos de perfis retangulares apresentam menor relação
custo/benefício se comparados aos muros de arrimo baixos e de mesma geometria.
Comentários
D à à àá àM à à à C à àM à àá à à à à à
por gravidade ou peso retangulares são econômicos somente para pequeníssimas alturas.
Portanto, os muros retangulares médios e altos apresentam custos maiores.
Gabarito: Errada

16. (62 ANAC/2007 - Cespe)


Geossintéticos são materiais para uso em:
I Reforço de solos e filtração.
II Drenagem, separação de materiais e proteção mecânica.

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III Adensamento de solos, restauração de pavimentos, erosão e impermeabilização.


Assinale a alternativa correta:
(A) todas as três afirmações são verdadeiras;
(B) apenas as afirmações I e II são verdadeiras;
(C) apenas as afirmações I e III são verdadeiras;
(D) apenas as afirmações II e III são verdadeiras;
(E) apenas uma das três afirmações é verdadeira.
Esta questão acaba sendo didática e relembra o que vimos nas aulas anteriores.
Gabarito: A

5 QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA


1. (70 - EBSERH/2018 Cespe/Cebraspe)
Os muros de gravidade e os muros de flexão são estruturas de contenção que devem ser
executadas conjuntamente com um sistema de drenagem adequado para controlar a pressão
da água e evitar o aumento do empuxo.
2. (85 PF Adm/2014 CESPE)
Muros de contenção de encosta com gabiões são altamente permeáveis, ao contrário dos
muros de concreto ciclópico.
3. (26 DEMAE/2017 UFG)
O muro de contenção ilustrado na figura deve garantir a estabilidade de um talude de solo
argiloso, puramente coesivo.

A distância entre o ponto de aplicação da resultante do empuxo do solo no muro de


contenção e sua base (B) será de:

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(A) H / 3
(B) H / 2
(C) 2 H / 3
(D) B / 3
4. (54 MPE-AM/2013 FCC)
Considere o muro de arrimo da figura a seguir:

Dados:
àá à à à à à à à à à à à à à à à
àM à à à à à à à N/m3.
à à à à à à à à à 30º
K0 à à
onde:
K0 = coeficiente de empuxo em repouso.
à à à à à à à à
O empuxo total, em kN, que a areia média exerce sobre o muro de arrimo na situação de
repouso é
(A) 109,20.
(B) 54,60.
(C) 40,95.
(D) 13,65.
(E) 4,55

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5. (41 - Pref. Caldas Novas/2015 UFG)


Uma determinada cortina vertical, com altura de 3 m e largura de 5 m, contém um solo com
peso específico de 18 kN/m³, ângulo de atrito interno de 30 graus e coesão nula. Admitindo-
se que não haja atrito entre o solo e a cortina e que o terrapleno é horizontal, o empuxo total
de terra atuante na cortina, segundo a teoria de Rankine, é igual a
(A) 105 kN
(B) 135 kN
(C) 165 kN
(D) 195 kN
6. (112 FUB/2008 - Cespe)
As cortinas atirantadas são estruturas de arrimo executadas em concreto armado que
aumentam a estabilidade de taludes fundamentalmente devido ao seu elevado peso.
7. (40 TRF3/2014 FCC)
Considere a afirmação:
áà -diafragma são painéis de concreto, geralmente armado, pré-fabricados ou
moldados in loco com a função de contenção em escavações de subsolo. Os painéis são
executados por meio do preenchimento de trincheiras escavadas com o uso contínuo de lama
( I ) , cuja função é estabilizar as paredes de escavação e contrabalançar o empuxo causado
pelo lençol freático no terreno. Para a escavação, é empregado o equipamento ( II ) à
As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, por
áà àà àà à à áulico
Bà àà à à
Cà àà àà à à à
Dà àà à
Eà à àà àà à à
8. (83 MJ/2013 Cespe)
As paredes-diafragma, constituídas de concreto simples ou armado, podem ser utilizadas na
construção de estruturas de contenção para prevenção de deslizamentos.
9. (45 Defensoria-SP/2013)
A solução de estabilização de taludes cujo princípio é restringir os deslocamentos e transferir
os esforços de uma zona potencialmente instável para uma zona estável através da inserção
de barras de aço envolvidas por calda de cimento no maciço de solo natural, na direção
horizontal ou oblíqua, é conhecida por
(A) geossintético.
(B) gabião.

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(C) terra armada.


(D) muro de arrimo.
(E) solo grampeado.
10. (39 TRF3/2014 FCC)
A instalação de barras sub-horizontais de aço ou de materiais resistentes à tração em um
maciço de terra tem a finalidade de estabilizar taludes de corte ou de escavação, sendo que
essas inserções funcionam de forma ativa ou passiva. Como exemplo de contenção com
ancoragem passiva NÃO se pode citar
(A) a cortina atirantada.
(B) a terra armada.
(C) o solo grampeado.
(D) o solo reforçado com geossintéticos.
(E) o muro de gabiões.
11. (86 PF Adm/2014 CESPE)
Devido ao processo executivo, as cortinas atirantadas são utilizadas para a contenção de
taludes em corte, não sendo indicadas para região de aterros.
12. (68 Petrobras/2004 Cespe)
Em um muro de arrimo feito com gabiões e reaterro executado com solo
predominantemente siltoso não é necessário sistema de drenagem ou filtro, devido ao nível
de compactação conseguido nos gabiões.
13. (45 TCM-GO/2015 FCC)
Quando a escavação não puder ser contida apenas com a presença de taludes, deve ser
previsto o escoramento das paredes do corte. A figura a seguir indica dois elementos que
compõem uma estrutura provisória de escoramento.

As indicações (1) e (2) são denominadas, respectivamente,


(A) longarina e estroncas.
(B) estronca e longarinas.

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(C) longarina e tirantes.


(D) berma e tirantes.
(E) estronca e tirantes.
14. (105 MPOG/2012 Cespe)
As estroncas trabalham à tensão de tração na ancoragem de escoramentos de escavações no
solo.
15. (107 MPOG/2012 Cespe)
Os muros de arrimo médios e altos de perfis retangulares apresentam menor relação
custo/benefício se comparados aos muros de arrimo baixos e de mesma geometria.
16. (62 ANAC/2007 - Cespe)
Geossintéticos são materiais para uso em:
I Reforço de solos e filtração.
II Drenagem, separação de materiais e proteção mecânica.
III Adensamento de solos, restauração de pavimentos, erosão e impermeabilização.
Assinale a alternativa correta:
(A) todas as três afirmações são verdadeiras;
(B) apenas as afirmações I e II são verdadeiras;
(C) apenas as afirmações I e III são verdadeiras;
(D) apenas as afirmações II e III são verdadeiras;
(E) apenas uma das três afirmações é verdadeira.

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6 GABARITO

1) Correta 2) Correta 3) A 4) C

5) B 6) Errada 7) C 8) Correta

9) E 10) A 11) Errada 12) Errada

13) A 14) Errada 15) Errada 16) A

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Barbosa, Fábio R. F. Parede Diafragma moldada in loco. TCC. São Paulo: 2003.
- Lima, Maria José C. Porto de. Mecânica dos Solos Volume II. Apostila do Curso de Fortificação e
Construção. Instituto Militar de Engenharia IME. 1998.

- Moliterno, Antônio. Caderno de Muros de Arrimo. 2ª Edição. São Paulo. Edgard Blucher: 1980.
- Vários Autores. Fundações: Teoria e Prática. 2ª Edição. São Paulo. Pini: 1998.

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