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O jogo

como potenciador da(s) literacia(s)


em creche

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22 de Maio de 2010
Graça Bandola Cardoso
PRESSUPOSTOS

Competências de leitura:
 Pedra basilar para a aquisição de conceitos,
na escola e na vida
 Fundação do sucesso académico
 Crianças que aprendem a ler cedo e sem
dificuldades - tendência a serem melhores
alunos
 Grande parte da aquisição de vocabulário
resulta da leitura
PRESSUPOSTOS

 Leitores pobres no final do 1º ano raramente


atingem níveis médios ou bons de competências
de leitura no final do 4º ano
 Leitor não fluente no 4º ano será não fluente ao
longo da vida
 8º ano – leitor ávido – 10 milhões de palavras
leitor não motivado – 100 000 palavras
Efeito Mateus
Estas disparidades na leitura começam muito cedo,
e aumentam ao longo da vida

“Porque a todo o que tem,


dar-se-lhe-á, e terá em
abundância; mas ao que
não tem, até aquilo que
tem ser-lhe-á tirado”
Ou seja, na questão da literacia, quem é rico fica mais rico, e quem é pobre fica
mais pobre.
Mateus, XXV:29
 O que é necessário para se fazer um bom
leitor?
 Que ambientes promovem a literacia?
 O que é possível fazer para prevenir futuras
dificuldades na aprendizagem?
 Como intervir?
 Quando começar?
A creche: potenciador ou
inibidor?
O currículo enlatado
“Temos enveredado, com irreflexão
surpreendente, por propostas e
receituários vindos dos mais diversos
quadrantes (…) caímos numa pedagogia
ditada pelos modismos , sujeita a lógicas
que não se situam nas “coisas da
profissão” e que, pelo contrário, lhe são
exteriores.”
Oliveira-Formosinho (2007)
Perigos de um mau começo

“Sem experiências de aprendizagem


mediatizadas, as habilidades não emergem,
pois não basta que a maturação neurológica
ocorra de acordo com a lógica temporal, é
crucial que se observe um processo intencional
de interacção social e mediatizadora entre
indivíduos experientes e inexperientes” (Vygotsky, 1986)
Perigos de um mau
começo
“O aborrecimento transcendental – estar
fechado numa sala, longe de qualquer coisa
que se move, ou respira, ou cresce, numa
temperatura controlada, hora após hora, -
significa que estamos a retirar às crianças
qualquer possibilidade de reacção,
sensibilidade, impressionabilidade, e
compreensibilidade.”
Margaret Mead
Há necessidade de distinguir as práticas
inúteis, e quiçá nocivas, daquelas com

“verdadeira intencionalidade
educacional, nas quais as crianças
se envolvam, aprendam, e
desenvolvam um habitus para
aprender”
(Oliveira-Formosinho, 2007).
Reclamar a infância

 All work and no play

 Zapping

 Síndrome do pensamento acelerado

 Screen Generation

 C. V. de excelência desde o berço


O risco da
aprendizagem formal
precoce é tão grande
como o risco da não
aprendizagem informal
precoce.
Ambientes desafiantes
Encontrar a solução
dum problema foi o
“móbil crucial do Homo
Sapiens”
Pot Pourri, Manta de Retalhos,
Patchwork…

“Uma mistura de várias práticas, sem


a existência de linhas condutoras bem
diferenciadas, o que origina, a maior
parte das vezes, uma não consciência
dos referenciais teóricos que
implicitamente influenciam a sua
prática pedagógica”.
Critérios essenciais:
 Ludicidade
Continuidade
Significatividade
Cultura do slow
(“In praise of slowness”, Carl Honoré, 2004)
 desacelerar a vida,
 reflectir,
 descansar,
 abrandar
 ter em atenção o ritmo a que estamos a
obrigar as nossas crianças, na tentativa de os
preparar melhor para o futuro.
Perspectivas pedagógicas
 Abordagem Reggio Emilia
 Elinor Goldschmied e Sonia Jackson (“cesto do
tesouro” e do “jogo heurístico com objectos”);
 Abordagem High Scope
 Ferre Laevers, Bem-Estar e Envolvimento
 Metodologia de Projecto
 Howard Gardner, Inteligências Múltiplas
 Associação Criança, Pedagogia-em-
Participação
Pedagogia-em-Participação

“Criação de espaços e tempos


pedagógicos onde a ética das
relações e interacções permite
desenvolver actividades e projectos
que, porque valorizam a experiência,
os saberes e as culturas das crianças
em diálogo como os saberes e as
culturas dos adultos, permitam aos
aprendentes viver, conhecer,
significar, criar.”
Elemento essencial: “escutar
a voz das crianças”,
Bem Estar e Envolvimento
 concentração e persistência;
 motivação, atracção e entrega aos estímulos;
 intensidade da experiência (nível físico e
cognitivo);
 profunda satisfação;
 forte fluxo de energia;
 tendência para explorar o que não se
conhece;
 desenvolvimento ocorre em consequência do
envolvimento
“State of flow”-
Csikszentmihayli

“Os melhores momentos das nossas vidas


não são passivos, receptivos ou relaxantes;
pelo contrário, estes momentos ocorrem
geralmente quando o corpo ou a mente de
alguém é esticado até ao limite, num
esforço voluntário para atingir algo difícil ou
que vale muito a pena para a pessoa”.
O envolvimento decorre da vontade de explorar, do interesse
intrínseco sobre como são as coisas e as pessoas e o impulso
ou ímpeto de experienciar e compreender…
Avaliação da qualidade
educativa
 Escala de Envolvimento da Criança
 Escala de Empenhamento do Adulto

A qualidade de intervenção é um factor crítico


na qualidade da aprendizagem da criança.

Os estilos de interacção têm um papel central


na mediação pedagógica.
Escala de Empenhamento do
Adulto
 SENSIBILIDADE
ESTIMULAÇÃO
AUTONOMIA
Prevenir dificuldades na
leitura
  “…Tal como uma árvore é influenciada pelo
solo no qual cresce, as raízes da literacia em
maturação nas crianças pequenas respondem à
variedade de nutrientes no seu solo – o
ambiente de linguagem escrita. “
Goodman, 1996
Factores associados com o (in)sucesso

 Saúde e cuidados de base


Disfunções físicas, linguísticas,
cognitivas
Influência parental e familiar
Ambientes educativos
institucionais
Influência da família
Os valores, atitudes e expectativas da família
relativamente à leitura estão directamente
relacionados com a atitude da criança
relativamente à aprendizagem da leitura: o
contexto socioemocional das experiências
precoces em literacia está directamente
relacionado com a motivação da criança para
ler.
Influência da família
 comentar as observações que a criança vai fazendo;
 colocar questões abertas e desafiantes sobre a história lida;
 sugerir interpretações alternativas;
 encorajar reacções pessoais;
 chamar a atenção para as letras, as palavras e as ilustrações;
 encetar discussões sobre o texto da história;
 Questionamento;
 feedback positivo;
 oferta de informação adicional relacionada com o lido;
 clarificar a informação;
 refrasear a informação;
 dirigir a discussão;
 partilhar reacções;
 relacionar conceitos lidos com experiências da vida e do quotidiano.
Contexto educacional

O ambiente físico da sala de creche


ou de JI é o cenário para o
desenvolvimento da literacia. Sem
estar rodeada de escrita, é duvidoso
que a criança se possa interessar por
ela.
Contexto educacional

O modo como as histórias são lidas e


analisadas influencia também,
grandemente, o desenvolvimento da
linguagem oral mais complexa, o
vocabulário e a compreensão, sendo
estas capacidades críticas para tarefas
posteriores de leitura.
Dos 3 R´s aos 3 I´s
O problema com a academização precoce
das crianças, é a excessiva focalização na
linguagem, nomeadamente em actividades de
literacia formais e dirigidas, reforçando e/ou
dando azo a práticas educativas
desapropriadas.
Dos 3 R´s aos 3 I´s

3 R’s (reading, writing, arithmetics)

 Interacções
Imaginação
Integração
As crianças aprendem usando todos os
seus sentidos para experienciarem o
mundo físico. Durante este processo
multisensorial, as crianças conseguem
realizar a necessidade básica de integrar a
consciencialização do que vão aprendendo,
através de processos activos de pesquisa e
descoberta
O jogo como potenciador da(s)
literacia(s)
“O brincar, na verdade, é o trabalho da
criança e o meio pelo qual ela cresce e se
desenvolve.” Susan Isaacs
Quando falamos de jogo, o papel do
educador deixa, de facto, de ser
protagonista: passa a agir nos bastidores,
organizando o espaço para que seja rico em
oportunidades lúdicas, estimulando o jogo,
intervindo quando necessário ou aceitando
o papel que a criança lhe pede para
desempenhar.
“O jogo tem contra ele o
facto de não valorizar o papel
do educador diante dos seus
próprios olhos”
Brougère
O trabalho pedagógico em creche

A coordenação dos olhos, das mãos, da


boca e a preparação do cérebro para receber
informação, relacioná-la e fazer uso dela,
necessitam de oportunidades para ser
praticadas.
“Não é o caso de desprezarmos o
ensino, mas de declararmos: coloque-
se de lado por um momento e deixe
espaço para aprender, observando
cuidadosamente o que as crianças
fazem e, então, se você entendeu
bem, talvez passe a ensinar de um
modo diferente de anteriormente”.
Malaguzzi
Agradecimentos:
(Fotos e
colaboração)

Sónia Félix
Liliana Videira
Sara Fernandes
Graça Godinho

Obrigada pela
atenção

Graça
BandolaCardoso

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