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Santos - SP
Junho de 2017
Bárbara Olivieri Santos
Fernando Firmino Abrantes de Freitas
Santos -SP
Junho de 2017
FREITAS, Fernando Firmino Abrantes de; SANTOS, Bárbara Olivieri
A Quarta Revolução Industrial No Comercio Internacional: Efeitos No
Transporte Marítimo/ Bárbara Olivieri Santos; Fernando Firmino Abrantes de
Freitas. – Santos: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
(CEETEPS), 06, 2017.
N° 65 p.
Bibliografia.
Economia
Bárbara Olivieri Santos
Fernando Firmino Abrantes de Freitas
Banca Examinadora
__________________________
Instituição
Presidente
__________________________
Instituição
__________________________
Instituição
Há Deus, pela vida.
A família, pelo apoio constante.
Agradecimentos
FREITAS, Fernando Firmino Abrantes de; SANTOS, Bárbara Olivieri. THE FOURTH
INDUSTRIAL REVOLUTION IN INTERNATIONAL TRADE: Effects on Maritime
Transport.2017, 69 pages. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior
Tecnológico em Gestão Portuária) -Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula
Souza, Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista, Santos, 2017 .
This study am to diagnose the positives and negatives of the fourth industrial revolution
to world cargo shipping, with reflexes in Brazil. The work was developed to highlight
the main changes that information technology will cause international cargo shipping
(international trade), being one of the biggest responsible for the economy of
developing countries, such as Brazil. In search of the information used for the
development of bibliographical research study. This work becomes relevant in light of
the need to understand the fourth industrial revolution, rethinking it as "fact or fiction",
and how it will affect economically developing countries, among them Brazil, through
the international maritime cargo transport, due to technology increasingly entered into
the routine of the world's population, where Governments and industries, enhance its
services in seeking to reduce costs and at the same time increase your profit.
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 12
1.1 Justificativa do estudo ................................................................................................. 13
1.2 Problemática ................................................................................................................. 14
1.2.1 Hipótese ......................................................................................................................... 14
1.3 Objetivos ........................................................................................................................ 14
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 14
1.3.2 Objetivo Específico ...................................................................................................... 14
1.4 Procedimentos Metodológicos ................................................................................... 15
1.5 Organização Da Monografia ....................................................................................... 15
2 CONTEXTUALIZANDO AS TRÊS PRIMEIRAS REVOLUÇÕES
INDUSTRIAIS ................................................................................................... 16
3 DESCRIÇÃO DO FENOMENO ........................................................................ 19
3.3 Em tempos de Quarta Revolução.............................................................................. 20
3.4 Principal Fórum de Discussão.................................................................................... 26
3.5 Principais Reflexões .................................................................................................... 27
4 REFLEXÕES POLÍTICAS E MERCANTIS NO TRANSPORTE MARÍTIMO
INTERNACIONAL DE CARGAS ...................................................................... 31
5 A NOVA DINÂMICA DO COMERCIO MARÍTIMO MUNDIAL E O CANAL DO
PANAMÁ .......................................................................................................... 35
6 FROTA MARITIMA INTERNACIONAL E OS REFLEXOS DA 4˚REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL .................................................................................................... 37
7 IMPACTOS E MUDANÇAS NO CONTEXTO AMBIENTAL............................. 44
7.3 Mudanças no Contexto Internacional........................................................................ 49
7.4 Ficção ou Realidade .................................................................................................... 52
8 A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA REALIDADE BRASILERIA ...... 55
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 58
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60
ANEXO A .................................................................................................................. 71
12
1 INTRODUÇÃO
responsável por diferenciar substâncias e elementos entre átomos e moléculas (SILVA, 2012, p. 14),
ou seja, a nanociência é o estudo de materiais nano particulados e de suas propriedades é pesquisa
de materiais em escala nanométrica. (SILVA, VIANA e MOHALLEM, 2009, p. 4).
14
1.2 Problemática
1.2.1 Hipótese
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
3 DESCRIÇÃO DO FENOMENO
6
Fabricas inteligentes.
7
É o desenvolvimento e aperfeiçoamento independente da Inteligência artificial.
8
Vem da palavra Commodity, que se remete a mercadorias que seguem padronização e similaridade
internacional, para que possam se negociáveis em todas as partes, seu preço é delimitado pela oferta
de procura e demanda, como é o caso da soja e do minério de ferro. (G1, 2010).
21
que esta nova revolução está criando menos empregos na nova indústria. Da mesma
forma, é o que acredita Marina Wentzel (2016), na quebra do modelo de cadeias
produtivas e as interações comerciais, mais de 7 milhões de empregos serão
perdidos.
Nesse ano, o Tranding Economics (2017), apresentou a taxa de desemprego
no Brasil (GRÁFICO 1). Segundo seus analistas, esta subiu para um novo recorde de
13,2% no primeiro trimestre do ano, um grande aumento em comparação com os de
11,9% apresentados no último trimestre de 2016.
13,50%
13,00%
12,50%
12,00%
11,50%
11,00%
Taxa de desemprego
O WEF, World Economic Forum (2015), prevê que nos próximos 10 anos, a
tecnologia influenciará o surgimento de novos processos tecnológicos de forma
drástica, trazendo mudanças no desenvolvimento da produção, da energia, da
agricultura, dos transportes em setores industriais, os quais serão os principais
responsáveis na criação e surgimento de novas funções de trabalho, relacionando-os
a interação de humanos e maquinas.
Segundo Sonia Sodha (2017), está sendo realizado uma experiência iniciada
em 2017 na Finlândia, a qual alguns cidadãos foram pré-selecionados, para receber
do governo o fornecimento de uma renda básica universal incondicional, paga
mensalmente a todos, estejam eles empregados ou não.
A estratégia da utilização dessa renda básica, é auxiliar a resolução de alguns
problemas existentes atualmente, como é o caso da precariedade do mercado de
trabalho, ocorrente da crescente desigualdade, como nos casos de pagamento inferior
ao justo e a má qualificação. (SODHA, 2017).
A mesma autora, ainda retrata como uma possível solução, para o futuro, a
evolução do desenvolvimento dos robôs, que executaram serviços antes realizados
pelo homem. Deste modo não haverá mais a necessidade de os seres humanos
trabalharem, mas sim desfrutarem de seu tempo disponível com lazer, porém não
deixa de lado, a necessidade de uma fonte de renda para se manter, podendo-se
aplicar deste modo o método em teste que está sendo realizado na Finlândia, caso dê
certo. (SODHA, 2017).
Para Ida Auken (2016), acredita que em 2030, ninguém possuirá nada, nem
carro, casa, dispositivos e roupas. Todos terão acesso a transporte, alojamento,
alimentação, e todas as outras coisas que precisarem na vida diária. Tudo que se
considerava produto será serviço, a comunicação digitalizada torna-se a gratuita, e o
transporte serão de baixo custo.
Entretanto, acredita-se que este modelo, poderá apresentar uma melhora da
qualidade de vida, um mundo completamente novo e mais eficiente, principalmente
no comércio, que apresentará um crescimento exponencial, reduzindo para metade
do que vemos hoje, mas não o bastante comparado ao comércio on-line, que segue
em franco crescimento. (NIGRI, 2016).
Diante do contexto esperado pela nova transformação revolucionaria, e,
pensando no transporte marítimo internacional (comercio internacional), ponto chave
dessa pesquisa, observa-se que sua transformação acarretada no início de 2015,
24
significativas mudanças, como nos portos de Los Angeles e Long Beach, palco de
paralisações causadas por negociações trabalhistas e greve de caminhoneiros, ao
mesmo tempo, observam-se movimentações acentuadas das cargas da Costa Oeste,
sendo redirecionado para a Costa Leste, buscando amenizar esse novo problema.
(ROSEN, 2015).
Da mesma forma, outros portos mundiais, apresentam greves ou já passaram
por greve neste ano de 2016, o que acreditam ser nada mais que o inicio da
desaceleração influenciada pela quarta revolução, no qual não apenas as indústrias
serão 4.0, mas também portos, navios, e o comercio mais autossustentável. (PARIS,
2016).
Já na Correia do Sul, os portos estiveram em greves por trabalhadores de
ferrovias, caminhões e operadores de navios Tanques, que continuaram operando de
forma reduzida, em oposição a infraestrutura e plano de reformulação da indústria de
transporte de carga informado. (PORTO TECNOLOGY, 2016).
Para Edwin Lopez (2017), houveram grandes ameaças de greve e constantes
protestos de trabalhadores, contrarreforma portuária que atualizaria uma lei na qual
retiraria a obrigatoriedade de trabalhadores, fazerem parte de sindicato de
estivadores, assim passariam a ser empregados dos terminais, ou seja, removeria as
restrições. A alteração tornou-se necessária, pois o Tribunal Europeu de Justiça, está
cobrando multa pela restrição trabalhista em vigor.
Na Europa, alguns portos não ficaram de fora e apresentaram greves, como é
o caso do porto Grangemouth, o maior porto de contentores da Escócia, devido a
disputa sobre rotas e padrões de turnos, o que levaria a significativos cortes salariais.
(BBC, 2016).
No mesmo seguimento, em 2016, cerca de 3600 estivadores do porto de
“Rotterdam”, UE, entraram em greve, contra a automatização de terminais e de postos
de trabalho, apesar das diversas tentativas do sindicado FNV HAVENS, ocorridas
desde 2015. Segundo o sindicato, o intuito era de garantir os empregos já existentes
até pelo menos 2022. Esta automatização apresenta previsão de corte de até 20%
dos empregos até 2017, gerando cortes de 700 empregos. (T&N, 2016).
Entre os portos que estão sendo afetados, destaca-se em São Paulo, o porto
de Santos e de São Sebastião. Cerca de 130 funcionários do porto de São Sebastião
(SP), entraram em greve no dia 9 de agosto de 2016, solicitando reajuste salarial, no
mesmo valor oferecido por outras estatais. (G1, 2016).
25
Segundo o editorial do jornal The Telegraph (2014), este afirma que no ano
1973, o WEF, expandiu-se, passando a englobar as questões econômicas e sociais,
embasados nos colapsos do momento, como era o caso da guerra entre os árabes e
israelenses, desse modo, vários líderes globais foram convidados a participar no ano
seguinte. Em 1976, a organização introduziu um sistema de filiação, na qual apenas
as 1000 principais empresas do mundo poderiam aderir.
O World Economic Forum passou a receber esse nome, apenas em 1987,
quando o professor Klaus Schwab resolveu transformá-lo em um fórum global. O
Fórum em 2011 apresentou uma grande iniciativa, fundando uma comunidade a
“Global Shapers”, uma rede de centros de auto-organização, com sede em cada
grande cidade do mundo, no qual as pessoas entre as idades de 20 e 30 anos, que
apresentam potencial para futuros papéis de líderes na sociedade, podem participam
de eventos e atividades, que procuram gerar impactos positivos a comunidades locais.
(THE TELEGRAPH, 2014).
Essa conferencia segundo Jennifer Rankin (2015), também é conhecida como
Fórum Internacional de Davos, por apresentar duração de quatro dias, em um resort
de Esqui na Suíça. Para os participantes é um festival de Networking9, e que
apresenta importância na hierarquia Davos. Este é financiado pelas maiores
empresas do mundo, em um percentual de 1.000 euros pagos anualmente na taxa de
afiliação como membro.
Os participantes são mais de 2.500 pessoas, entre líderes empresariais,
políticos, diplomatas e celebridades. Existe presença de delegados de mais de 100
países, a maior quantidade da Europa, seguido por Estados Unidos, e o menor
percentual da América Latina e África. Neste percentual o maior número de delegados
participantes são homens, e apenas 17% mulheres. A idade média para homens
participantes é de 53 anos, e para mulheres 48 anos de idade. (RANKIN, 2015).
9Evento
de rede e multi-falente, de negócios e apoios, destinados a negócios de propaganda.
(COLONY NETWOEKING, 2016).
27
meio ambiente, que é substituição do motor a diesel pelo a vapor, com sua utilização
permitirá a otimização do uso do navio e combustível.
Os navios pilotar-se-ão sozinhos, através de radares, lasers e programas de
computador, inicialmente apresentaram tripulação, caso ocorra qualquer problema o
capitão em terra assumirá. Este projeto já apresenta parceiros de teste, com Finferries
Stella11 definido para começar a usar um navio de 220 pés para navegar entre as ilhas
finlandesas. Este é esperado para suprir a escassez no setor marítimo de mão de obra
de humana, devido a relutância das pessoas de assumir funções que exijam meses
longe de casa. (THE TELEGRAPH, 2016).
Contudo, apresentou notoriedade, avaliando que apesar da facilidade de
acesso que haverá na aquisição e utilização das tecnologias, trará consigo
vulnerabilidade e prejuízos em grande escala. (SCHWAB, 2016, p.55).
11
Navio Cargueiro, vai oferecer um teste robusto de tecnologias de câmera e radar de ponta (THE
MOTOR SHIP, 2016).
30
12 Um tipo de vírus que restringe o acesso ao computador, e solicita um resgate para que a restrição
seja removida. (AVAST FREE ANTIVIRUS, 2017).
13 Abreviatura de software malicioso, que acessa secretamente o dispositivo, sem o conhecimento do
15Estrutura de dados que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma
transação, ou seja, um registro de ordem cronológica de todas as transações que ocorreram na rede e
foram compiladas. (ULRICH, 2015).
16Navegação realizada entre portos Brasileiros. (ROJAS, 2014, p.6).
17Realização de navegação entre portos Brasileiros e Estrangeiros, entre navios que realizam tráfego
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Encomenda de Navios novos por ano
O Oskar Levander (2017), afirma que a maneira que os navios serão operados
no futuro (FIGURA 3), faz parte da evolução continua, responsável pela redução dos
custos e de espaço, de maneira que tudo consiga ser armazenado em um sistema
central. Serão justamente as mudanças ocasionadas pelo aprimoramento da
inteligência dos navios, que os tornará também mais seguros.
Figura 5: Linha do tempo com os próximos passos do projeto AAWA para Navios Autônomos.
Desta maneira, o sistema poderá transformar esses navios em uma versão por
via marítima do Uber carro de serviço, mudando radicalmente o setor de transporte
atual. (THE TELEGRAPH, 2016).
Como essas, existem outras evoluções no setor marítimo, que já foram
descobertas e passarão a ser utilizadas, de importância crucial para os comandantes
de navios. A National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA22(2016),
localizada nos Estados Unidos, apresentaram por seus engenheiros uma tecnologia
Mudanças tecnológicas
Inovação
Única
Inovações
Novas Combinatórias Oportunidades
Necessidades
Tecnológicas,
Inovação
Sistêmica
Razão Social
Segundo uma matéria escrita por Karen Thomas (2015), o mercado do GNL
vem dobrando a cada década, a previsão para até 2020 é que o mercado mantenha
essa taxa de crescimento das décadas posteriores. A indústria global do GNL é
relativamente jovem, tendo apenas 50 anos, sendo assim, analistas creem que seja
natural sua adaptação e evolução.
Porém a real proposta é adquirir emissões ultrabaixas ou zero através da
utilização de propulsão elétrica em áreas especiais como portos e ECAs, Emission
Control Areas27. Diferentes navios, com diferentes tecnologias estarão em utilização,
mas todos seguindo esta vertente verde. Dentre algumas das tecnologias dos navios
verdes, estão às embarcações híbridas e até com baterias recarregadas por energia
solar. (MESA, 2016, p. 9).
O conceito de navios verde já existe desde 2005, Nils Dyvik, chefe executivo
da W&W – Wallenius Wilhelmsen Logistics, relata que um navio com algumas das
características idealizadas neste projeto, seria produzido até 2010, mas sua versão
completa apenas em meados de 2025. (HARRISON, 2005).
11
9,7
8,5
0 2 4 6 8 10 12
Porém para Corinna Hawkes (2016), não se trata apenas de produzir mais
alimentos, mas realizar a produção de alimentos saudáveis e garantir que alcancem
as pessoas que mais precisam.
Por isso diversos cientistas de várias partes do mundo, estão procurando
maneiras de suprir essa demanda mundial, e ao mesmo tempo conquistarem sua
autossuficiência, procuram maneiras de produzindo vários alimentos em laboratórios.
Como é o caso de carnes de laboratórios, verduras, legumes e frutas geneticamente
modificados, pizza impressa e fazenda de insetos, tudo para suprir as necessidades,
e da diversidade alimentar de cada público. (CORDEIRO, 2016).
Estas mudanças estão acontecendo aos poucos, a outras incertezas incluindo
para os EUA, que apesar de sua confiança e força inovadora, não apresentará
garantia de manter sua competitividade no mercado internacional, apesar de sua visão
de crescimento estar acompanhando a possibilidade para a Quarta revolução
Industrial, que se mostra cada vez mais presente. (CANN e CROTTI, 2016).
Robert Muggah (2016), acredita em mudanças na política até 2030, sem deixar
apenas uma única forma hegemônica, mas sim uma seleta relação de países como
modelos de tendência imperiais, como é o caso dos Estados Unidos, Rússia, China,
Alemanha, Índia e Japão.
Apesar dessa nova ordem mundial os estado-nação perduração por mais
algum tempo, porém com três mudanças previstas para ocorrem (MUGGAH, 2016):
A primeira, será uma perturbadora redistribuição de poder entre estado-
nação utilizada pelo sistema global;
Como a segunda, os estados apresentarão a concentração do poder
longe dos estados-nação, dando origem a camadas paralelas de
governo;
Já a terceira, apresenta a nova distribuição da pressão recebida pelos
estados-nação de redes descentralizadas de não-estatais e coligações,
através de tecnologias de informação;
Por fim como a quarta, está a transferência do poder de cada país, para
as cidades.
Para Elizabeth Garbee (2016), foi apenas uma frase jogada ao redor do mundo
pelo WEF, pois em sua visão esta frase apresentada ao mundo por mais de 75 anos,
na qual sua primeira aparição foi na década de 40, em um documento dos Estados
Unidos chamado, America’s Last Chance, de Albert Carr.
A mesma continua acreditando que esta frase apresenta uma aparição a cada
10 ou 20 anos, acabando por marcar algo menos pernicioso, apenas como um desejo
de fazer parte de acontecimento histórico. (GARBEE, 2016).
53
Para alguns estudiosos, o que está acontecendo nada mais é do que uma
estagnação secular, e devido a isso procuram olhar para esta questão, procurando
fatores que comprovem isso, porém para o professor Lawrence H. Summers (2016),
para ser uma estagnação seria necessário que as economias sofressem um
desequilíbrio resultante de uma tendência crescente para salvar e uma propensão
diminuindo para investir.
Porém Summers (2016), afirma ainda que para a estagnação secular ser uma
hipótese plausível, necessitaria de que as taxas de juros neutros estivessem
diminuindo e assim estarem completamente baixos. Se comprovar que a nova
economia não estivesse a conservar capital, como é o caso do Google e Apple, duas
empresas tecnológicas, inundadas de dinheiros.
Existem várias teorias sendo apresentadas, para alguns apesar da crescente
recessão, estar sendo vista como desencadeada por uma crise financeira, outros
acreditam que se trata de uma estagnação secular, que para Robert D. Atkinson
(2016), não passa de problemas em adotar estratégias, que levaram até mesmo a
acreditar que a inovação está acelerando tão rápido, que estão caracterizando como
nada mais que uma quarta revolução industrial.
Já George Zarkadakis (2017), acredita, que para alguns especialistas, a prova
da revolução tornasse visível, quando apresenta acontecimentos iguais a revoluções
antecessoras, em que maquinas que são mais baratas, passaram a substituir seres
humanos. Porém agora apresenta certa diferença, a presença de robôs que são mais
baratos e mais produtivos que seus equivalentes humanos.
A segunda analise que comprova é o fato de as tecnologias de substituição de
mãos de obras, apresentam dimensionamento de forma eficiente, ou seja, a
sociedade necessita apresentar a capacidade de fabricar e distribuir várias copias de
tecnologias de forma rápida e ampla. (ZARKADAKIS, 2017).
Na visão de Zarkadakis (2017), Softwares e maquinas estão se tornando cada
vez mais baratos e de fácil acesso, na hora que programa e realiza a compra. Tudo
torna notório como um fato, a presença da quarta revolução, que será a mais
perturbadora revolução já existente.
Já Larry Elliott (2016), acredita que a quarta revolução pode estar acontecendo,
porém, não apresentará impactos tão grandes, como períodos anteriores, pois no
passado, este sempre apresentou tempo suficiente para sentir os efeitos dos avanços
54
e esforço a longo prazo. Segundo ele, a China por outro lado já vive a quarta revolução
industrial e planejou sua economia, que posteriormente também atua no setor de
commodities, transformado hoje em cyber economia de design, marcas, patentes e
serviços digitais, além de estar disposta a protagonizar a quarta revolução industrial.
Contudo, o Brasil precisaria trabalhar na redução da desigualdade social e no
aumento da produtividade, para Vanessa Boana Fuchs, pesquisadora do Centro de
Estudos Latino-Americanos da Universidade de St. Gallen, na Suíça, o país também
deveria aplicar investimentos em pesquisa e desenvolvimento em tecnologias e atuar
politicamente no incentivo a formação e capacitação de trabalhadores para o uso
dessas novas tecnologias, para que assim deixe de ser apenas mais um consumidor
de tecnologias. (WENTZEL, 2016).
Robert Wayne Jones, vice-presidente da Siemens PLM Software, também
acredita que o Brasil precisa ter um aumento na produtividade, que
consequentemente levará o país rumo ao crescimento. Robert usa exemplos como a
Alemanha, que superou a crise financeira de 2008, e os EUA como modelos de países
que se beneficiaram da tecnologia para o aumento na sua produtividade. (DREHER,
2016).
Não só o Brasil, mas todos os países da América latina, de acordo com Adriana
Arreaza (2017), necessitam priorizar a melhoria da infraestrutura, acesso ao credito,
facilitando os processos de distribuição de recursos e de inovação, e principalmente
o investimento em qualificação e habilidades dos trabalhadores. Diante do comercio
mundial estagnando, surge a necessidade de um olhar mais apurado as
oportunidades comerciais existentes no país, auxiliando, de certa forma, na sua
manutenção econômica.
58
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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ANEXO A