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1- O plástico ABS granulado deve ser de boa qualidade. Os tipos mais usados atualmente
são: Cycolac EP-3510 ou similar.
Existem também resinas de ABS não cromáveis.
Outro fenômeno que pode surgir é a chamada delaminação do plástico, ou seja, várias
camadas superpostas não aderentes entre si, provocando falhas, bolhas e falta de aderência
do depósito eletrolítico.
3- A confecção do molde deve ser muito bem cuidada, sua superfície deve estar bem polida
e isenta de poros. Quando do planejamento do molde deve-se prever um aquecimento e
resfriamento uniforme do mesmo. As peças injetadas, devem estar isentas de tensões
internas, deformações e sem imperfeições na superfície. O processo químico é um fiel
retrato da superfície já formada, e em alguns casos torna o defeito ainda mais visível.
Velocidade de injeção: A menor possível. O ajuste deve ser feito por controle da fluidez,
não por tempo de injeção. Para peças com 60 - 90 gramas, 7 a 10 segundos e 22
segundos para peças maiores.
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Pressão de injeção: Faixa , 700-2 . 100 Kg/cm 2. Use a pressão adequada para dar boa
aparência à peça.
A velocidade de injeção deve ser a mais lenta possível, com isto a aderência do depósito
poderá aumentar até 300%. Evite o uso de lubrificantes no molde usado para injetar as
peças para cromação. O silicone prejudica a aderência e o aspecto. Não deve ser usado o
silicone no recinto quando se injeta ABS para cromar. O silicone mantendo-se em suspensão
no ar, é atraído posteriormente pela eletricidade estática da peça quente de ABS, quando
esta sai da injetora.
É recomendável não injetar material recuperado para cromação. Quando usar material,
haverá necessidade de verificar se não está contaminado com matérias estranhas. Quando
houver suspeita, injeta-se um lote para teste.
Peças injetadas devem ser manuseadas cuidadosamente para evitar que sejam riscadas
e sujas. O seu manuseio deve ser feito com luvas de algodão para prevenir a contaminação
da superfície. Evite que as peças sejam contaminadas por óleo ou graxas, ou outras
sujidades presentes.
As peças cujas superfícies apresentam defeitos, tais como riscos, chuviscos provinientes
de poros no molde, devem ser lustradas. Durante a lustração as peças não devem sofrer
grande atrito, nem pressão da roda, que poderá aquecer demasiadamente certas regiões da
superfície, queimando-a e prejudicando a aderência. Use somente politrizes com baixa
rotação, a massa de polimento usada, deve ser de fácil remoção em um desengraxante de
imersão, leve e com baixa temperatura (60C). Quando as peças são lustradas, a linha de
preparação deverá ter um desengraxante anterior ao condicionador. O condicionador é um
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composto altamente oxidante e também consegue remover a massa, porém irá se
contaminar e sua vida útil e a aderência da camada eletrolítica será diminuída.
- Deixe as peças em ácido acético glacial a 40C, durante 30 segundos para verificar as
condições da superfície, ou de 1 a 3 minutos, para verificar as tensões internas.
Alguns tipos de banho são incapazes de condicionar a área brilhante da peça sem
promover ataque excessivo nas áreas com leve esbranquecimento, isto resultará em má
aderência em uma ou outra área da peça. Rachaduras, são uma indicação de alta tensão
interna, e são encontradas frequentemente em peças com abruptas mudanças de espessura,
cantos vivos e no canal de injeção. As peças com altas tensões tem mais probabilidade de
deformar-se quando expostas as soluções quentes usadas na cromação. Há também maior
probabilidade de falharem no teste e
de choque térmico (termocycle test) porque as tensões relaxam, promovendo um grande
movimento do plástico, provocando uma tensão entre o metal e o plástico e causando
bolhas.
Os resultados que o teste com ácido acético glacial apresenta são indicativos, porém
não são infalíveis, por isso deve-se cromar um lote e verificar a qualidade do depósito.
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É sempre vantajoso colocar na linha química, um desengraxante de imersão,
principalmente quando são processadas peças para terceiros, pois não sabendo das
condições de manuseio das peças é mais seguro desengraxá-las. A outra vantagem é que
pode-se fazer o tratamento de imersão prévia para eliminar tensões, no próprio
desengraxante. Uso de um desengraxante leve para plásticos, cujo é isento de silicone, este
devendo ser usado em temperaturas de 45 à 65 C, e concentração de 30-60 g/L, e seu
tempo de imersão 1 a 5 minutos que remove sujidades leves, tais como: resíduos de óleos e
massas, marca de dedos, etc. Para remoção de massas de polimento aderidas, há
necessidade de uma pré-limpeza.
Quando é usado para eliminação de tensões, o desengraxante deve ser operado em
temperatura de 60 C e tempos de 30 minutos ou mais, de acordo com o necessário.
OPCIONAL
1- Desengranxe, tempo necessário
2- Lavagem
3- Neutralizar
4- Lavagem
NECESSÁRIO
1- Condicionador, 5 a 10 minutos
2- Lavagem
3- Lavagem
4- Lavagem
5- Neutralizar, 1 minuto
6- Lavagem
7- Lavagem
8- Ativador, 1 a 3 minutos
9- Lavagem
10- Lavagem
11- Neutralizar, 2 a 5 minutos
12- Lavagem
13- Lavagem
14- Níquel Químico, 5 a 10 minutos
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Há duas teorias para explicar como se forma a aderência. Uma parte dos técnicos explica
que há uma ligação atômica ou iônica, envolvendo um ataque no grupo nitrilo ou no grupo
butadieno do ABS, resultando a adesão do metal no plástico.
A segunda teoria diz que a aderência é mecânica ou física: o grupo butadieno dura o
tempo suficiente, sendo essas partículas dissolvidas na superfície, resultando num ataque
que provoca a formação de cavidades cavernosas que serão enchidas pelo Ni químico após
formação do núcleo de paládio, promovendo a ancoragem de depósito.
A insuflação de ar para agitação da solução deve ser leve (borbulhar), o suficiente para
homogenizar a temperatura.
A densidade deve ser bem controlada, assim como a temperatura. Por se tratar de banho
que opera a 60 a 70 C, a evaporação é grande, devendo-se ajustar a densidade com água.
A seguir adicione condicionador para manter o nível. Quando o nível é acertado somente
com o condicionador, haverá uma rápida saturação de ácido crômico, e este precipitará,
desiquilibrando a proporção entre o ácido crômico e sulfúrico, provocando falta de
aderência.
Um post condicionador, que neutraliza o cromo que fica retido na microporosidade, que
poderá provocar falhas, ou má ativação, e consequentemente, falhas de níquel químico. O ar
insuflado para agitação, tem a função de promover uma melhor molhagem da superfície.
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Troque o post condicionador quando estiver saturando-se de cromo, apresentando
uma coloração amarela.
O estanho tem como provável função fixar-se à resina e absorver o paládio coloidal. O
paládio funciona como catalisador do níquel ou do cobre químico, promovendo a deposição
destes. O paládio catalítico deve ser metálico e não coloidal e pequena parte de sua redução
ocorre no ativador pelo estanho conforme reação.
Sn3+ Pd 2+ Sn 4+ Pd0
O ativador deve trabalhar em temperatura de 20 a 30 C preferivelmente 25C.
Temperaturas maiores que 40C são prejudiciais podendo o ativador decompor-se. A
porcentagem de atividade deve ser de 80% e 115 g/L de ácido clorídrico, com um tempo de
imersão de 1 a 3 minutos. Em temperatura maior, o tempo de imersão será menor. Não agite
o ativador com insuflação a ar, por que esta causará uma oxidação dos metais.
Em substituição ao post ativador pode-se usar como resultado relativo uma solução
de ácido clorídrico a 20 %. A agitação a ar do post ativador melhora a molhagem e por
conseguinte, proporciona uma melhor eficiência do produto.A troca do post ativador ou do
ácido clorídrico será necessária quando estes ficarem esverdeados indicando a sua
saturação. O enxague após o post ativador deve ser bem feito. Os respingos deste na peça
impedem o depósito de níquel.
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A função do redutor consiste em reduzir o níquel depois de iniciada a reação, pelo
ativador retido na superfície da peça. Durante a deposição o redutor é oxidado a fosfito e há
desprendimento de hidrogênio com a diminuição do pH, sendo necessário o seu ajuste
periódico. Com o aumento da acidez, o redutor torna-se menos eficiente. A temperatura
poderá variar de 35 a 45C sendo ideal 38 a 40C. Temperaturas abaixo da recomendada
poderão causar aspereza de depósito além de aumentar o potencial de decomposição do
banho. Um tempo de imersão de 5 minutos já produz uma camada suficiente para receber o
depósito de cobre eletrolítico.
Tempos menores produzirão camadas finas que poderão ser queimadas no cobre
eletrolítico provocando a decapagem da peça ou má aderência do depósito.
A agitação das peças, ou do banho é benéfica. Não use ar que provocará uma
oxidação dos produtos. A filtração diária é recomendada retirando-se as sujidades da
suspensão que provocam chuviscos no depósito, diminuindo-se também o risco de que
sujidades metálicas em suspensão iniciem uma reação desgastando o banho durante a
noite. A filtração do banho a frio remove o fosfito provenientes da oxidação do redutor, que
quando presente em grande quantidade no banho é prejudicial ao banho e ao depósito.
Se o tanque contiver qualquer incrustação de níquel, este deverá ser decapado com
ácido nítrico e depois neutralizado com amoníaco.
Após a deposição química, a peça deve ser ativada com ácido sulfúrico 5 %.
O ácido e as águas devem estar isentas de contaminações de cobre, oriundas do banho de
cobre brilhante, que aderem sobre o depósito provocando chuviscos.
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Serviço leve: Serviço leve é a exposição da peça em lugares internos, normalmente
aquecidos, com atmosfera seca, sem que a peça seja submetida a esforços ou abrasão.
Camadas
Cu 15 Ni 7 B Cr C 0,15.
A peça não é submetida a testes de corrosão.
Serviço severo: É a exposição da peça em locais que ocasionalmente serão molhados por
chuva, orvalho ou entrarão em contato com limpadores alcalinos ou ácidos.
Camadas
Cu 15 Ni 22 D Cr C 0,25
Cu 15 Ni 17 D Cr mf 0,25
A peça deverá resistir a duas rondas de 16 horas no Cass Teste.
Serviço muito severo: É o serviço em que a peça será submetida a atritos, arranhões e
esforços de abrasão como polimento, etc, e serão expostas a ambientes corrosivos, por
exemplo peças externas de automóveis, barcos, etc.
Camadas
Cu 15 Ni 30 D Cr C 0,25
Cu 15 Ni 25 D Cr mf 0,25
A camada de cobre deverá ser maior para algumas aplicações.
A peça deverá resistir a 3 rondas de 16 horas no CASS Teste.
Observação:
TESTE TÉRMICO:
O teste de aderência deverá ser feito após 24 horas nas peças cromadas. O máximo de
aderência será obtido após uma cura de 4 semanas a temperatura ambiente. Este fato
ocorre
por que o plástico irá absorvendo a umidade e os gases, que permanecem entre as
interfaces, aumentando assim a aderência.
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A injeção de peça influi nos resultados do teste térmico. Uma boa injeção fará com que a
peça seja melhor condicionada e resista mais os teste (thernal cicling) do ciclo térmico que
consiste em submeter a peça a temperatura extrema para obter resultados mais exatos.
Procedimento:
1. As peças ficam expostas em uma estufa, em temperatura máxima de 65 C durante 1
hora.
2. Deixam-se as peças esfriar até a temperatura ambiente por uma hora.
3. As peças são expostas a uma temperatura de 30C durante 1 hora.
4. Deixar as peças esfriarem por uma hora até a temperatura ambiente.
Anderson Bos