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Algumas técnicas

tradicionalmente utilizadas
na clínica comportamental
Thiago P. de A. Sampaio1
Ana Cristina Kuhn Pletsch Roncati2

Técnicas comportamentais são ferramentas diacionais, enfocando variáveis intervenien‑


disponíveis para a intervenção no comporta‑ tes – como é o caso do modelo fisiológico
mento humano visando, de algum modo, adotado por Joseph Wolpe – e da teoria da
modificá­‑lo. A tradição comportamentalista, aprendizagem social de Albert Bandura.
na psicologia aplicada a problemas clínicos, Um pouco mais recentemente, a clínica
produziu um grande número de técnicas a analítico­‑comportamental, baseada no beha‑
partir de diferentes proposições teóricas e me‑ viorismo radical e na análise experimental do
todológicas. Como o título deste capítulo su‑ comportamento, tem se desenvolvido enfo‑
gere, não é nosso objetivo abordar o panora‑ cando a análise das relações funcionais entre
ma atual da análise do comportamento no o organismo e as variáveis ambientais, com‑
âmbito clínico. Apresentaremos aqui as técni‑ preendendo os estados subjetivos (sentimen‑
cas historicamente mais utilizadas na clínica tos, emoções e pensamentos) como um modo
comportamental, desde a fundação do beha‑ de relação da pessoa com seu contexto am‑
viorismo por J. B. Watson, em 1913, até o biental e não como variáveis mediacionais.3
advento da clínica analítico­‑comportamental, A heterogeneidade teórico­‑filosófica
na década de 1990. que marca o surgimento do arsenal técnico
Muitas dessas técnicas se baseiam no da clínica comportamentalista ao longo de
paradigma do comportamento respondente mais de 80 anos de história requer, por parte
(S­‑R), como a técnica de exposição, utilizada dos clínicos, uma reflexão crítica quanto a
para fobias e transtornos de ansiedade em ge‑ quais técnicas utilizar, em que momento e de
ral. Outras se originaram nos modelos me‑

3 Para um aprofundamento sobre a compreensão


1 Psicólogo colaborador do AMBAN­‑IPq­‑HC­‑FMUSP, analítico­‑comportamental da subjetividade e dos even‑
professor do curso de psicologia da Universidade tos privados ver: Tourinho, E, Z. Subjetividade e Rela‑
Anhembi Morumbi (UAM) e supervisor de estágio clí‑ ções Comportamentais. Paradigma: Núcleo de Análise
nico em terapia comportamental do curso de psicologia do Comportamento, 2009. 212 p.
da Universidade São Judas Tadeu (USJT). Uma boa discussão sobre as consequências dessa
2 Professora e coordenadora do curso de psicologia da visão na clínica e das diferenças em relação aos modelos
Universidade Anhembi Morumbi (UAM). Professora e mediacionais encontra­‑se em: Costa, N. Terapia
supervisora de estágio clínico em terapia comportamen‑ analítico­‑comportamental: dos fundamentos filosóficos
tal do curso de psicologia da Universidade Presbiteriana à relação com o modelo cognitivista. Santo André: ESE‑
Mackenzie. Tec Editores Associados, 2002, p.79.
2 Borges, Cassas & Cols.

que forma fazê­‑lo. Ter clareza da função que a los com funções respondentes opostas, a fim
aplicação de uma técnica terá no processo te‑ de eliminar um condicionamento aversivo
rapêutico, traçado a partir da abordagem que anterior que, presumivelmente, deflagrara o
estabelece as referências para sua conduta, é quadro fóbico de Peter (um garoto de 8 anos
condição necessária para o trabalho do clíni‑ com fobia de coelhos). As sessões, que eram
co, sob pena de incorrer em uma prática eclé‑ diárias e ocorreram durante dois meses, en‑
tica inconsistente e ineficiente. Nesse sentido, volviam a aproximação gradativa do coelho
a clínica analítico­‑comportamental estabelece (estímulo fóbico) associado a estímulos que
a avaliação funcional do comportamento, e eliciavam respostas prazerosas, como alimen‑
não o diagnóstico nosográfico, como elemen‑ to e brinquedos. No final do tratamento Pe‑
to base para a intervenção técnica. Nesse sen‑ ter conseguiu se aproximar e tocar o coelho,
tido, cabe aqui o alerta de Banaco (2001) so‑ não apresentando nenhum sintoma de medo
bre a utilização de técnicas na clínica analítico­ ou ansiedade.
‑comportamental: O princípio de contracondicionamento
pavloviano ou inibição recíproca foi utilizado
As técnicas comportamentais são boas, são vá‑ por Jones para explicar a eliminação da res‑
lidas, são úteis. Mas precisam ser empregadas posta de medo. Defendendo a necessidade de
num contexto terapêutico, e seu emprego ser
decorrente da análise funcional [leia­‑se avalia‑
pareamento com um estímulo eliciador de
ção funcional], formulada por um profissional resposta oposta ao medo, Jones chegou a afir‑
habilitado para isso. (Banaco, 2001, p. 81) mar que a apresentação repetida do objeto te‑
mido, sem qualquer tentativa auxiliar de eli‑
Apresentaremos, a seguir, as origens de minar o temor, seria provavelmente mais ca‑
algumas das técnicas tradicionalmente mais paz de produzir um efeito de “somação” do
utilizadas por clínicos de orientação compor‑ que uma adaptação4. Curiosamente, a pri‑
tamentalista, procurando, mais do que forne‑ meira proposta formal mais estruturada de
cer os subsídios práticos elementares para a utilização clínica dos princípios de contra‑
aplicação destas, explicitar os pressupostos e condicionamento para o tratamento das fo‑
teorias a elas subjacentes. Para quem busca o bias surgiu somente no final da década de
passo a passo dos procedimentos aqui apre‑ 1950, na África do Sul, com o trabalho do
sentados, fazemos algumas sugestões de leitu‑ psiquiatra Joseph Wolpe em Psicology by reci‑
ra no final do capítulo. procal inhibition (Wolpe, 1954; 1958). Se‑
gundo o próprio autor:

> As origens das técnicas A explicação para isso é que a terapia moderna
é uma ciência aplicada; e a terapia comporta‑
comportamentais
mental não poderia entrar no mundo das ciên‑
cias antes que tivesse embasamento suficiente
Podemos considerar que as intervenções clí‑ nos estudos básicos de laboratório experimen‑
nicas baseadas em teorias comportamentais tal. (Wolpe, 1978, p. 17)
tiveram início na década de 1920, com o fa‑
moso estudo de Mary Cover Jones, conheci‑
do como o caso do “Pequeno Peter” (Jones, 4 A crença na necessidade da utilização de estímulos pra‑

1924). Esse foi o primeiro trabalho utilizan‑ zerosos associados ao estímulo fóbico para que as sessões
do princípios baseados no condicionamento de exposição produzissem a eliminação da fobia através
do processo de contracondicionamento foi desafiada
clássico (pavloviano) para o tratamento das por trabalhos empíricos, 50 anos depois do experimento
fobias. Jones utilizou a associação de estímu‑ de Jones, conforme apresentado mais adiante no texto.

SAMPAIO, T. P. de A.; RONCATI, A.C.K.P. Algumas técnicas tradicionalmente utilizadas na clínica comportamental. In:
BORGES, N.B; CASSAS, F.A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre : Artmed, 2012.
Clínica analítico­‑comportamental 3

Wolpe conceitualizou e descreveu os vicariante e modelação5, para se referir à ca‑


procedimentos da técnica de Dessensibiliza‑ pacidade de aprendizado de novos comporta‑
ção Sistemática (DS). A técnica demonstrou mentos através da observação.
bons resultados no tratamento das fobias e Serão apresentadas, a seguir, algumas
passou a ser estudada em ensaios clínicos con‑ das técnicas comportamentais mais utilizadas
trolados e utilizada em larga escala a partir da na clínica, enfocando os processos comporta‑
década de 1960. mentais nelas envolvidos e separando­‑as de
Concomitantemente ao desenvolvi‑ acordo com seus paradigmas de origem. Apre‑
mento da DS e de outras técnicas baseadas no sentaremos técnicas baseadas no paradigma
paradigma respondente, a abordagem com‑ respondente (Dessensibilização Sistemática,
portamental também se desenvolvia rapida‑ Exposição com e sem Prevenção de Resposta e
mente em contextos institucionais como es‑ Inundação); no paradigma operante (Modela‑
colas, asilos e hospitais, utilizando operações gem e Economia de Fichas); e na teoria da
e processos comportamentais operantes como aprendizagem social (modelação). Incluímos
o reforço, a punição, a extinção e o controle também a Resolução de Problemas e o Treino
de estímulos, visando a eliminação de com‑ de Habilidades Sociais, que envolvem recursos
portamentos socialmente indesejáveis e a am‑ técnicos oriundos dos diferentes paradigmas.
pliação de um repertório que produzisse mais
reforçadores sociais a curto, médio e longo
prazos, em indivíduos institucionalizados. > Técnicas aplicadas a
Surge, assim, uma nova área da clínica com‑ clientes com problemas
portamental, caracterizada pela utilização de relacionados à ansiedade:
técnicas operantes, que ficou conhecida como
Análise Aplicada do Comportamento (am‑ Dessensibilização
plamente reconhecida como Modificação do Sistemática, Exposição,
Comportamento). Segundo Alvaréz (1996), Prevenção de Resposta e
os principais procedimentos técnicos desen‑ Inundação.
volvidos nessa área foram:
Dessensibilização sistemática
1. procedimentos de aquisição e aumento de
frequência de comportamentos; A técnica de Dessensibilização Sistemática
2. procedimentos de redução ou extinção de (DS) consiste basicamente em apresentar o
comportamentos; estímulo fóbico (na imaginação ou ao vivo)
3. procedimentos de autocontrole; além de em um contexto de relaxamento (geralmente
técnicas de biofeedback e de condiciona‑ induzido pela técnica do relaxamento muscu‑
mento encoberto. lar progressivo, ver Jacobson, 1938 citado em
Wolpe, 1978). Segundo Wolpe (1958), a ati‑
Nessa mesma época, outra influência
importante no surgimento de novas técnicas
na clínica comportamental foi a teoria da 5 Os termos “vicário” e“vicariante” são utilizados na me‑
aprendizagem social de Albert Bandura dicina para designar o órgão que por meio de seu pró‑
(1961; 1973/2009). Baseado em evidências prio funcionamento supre a insuficiência funcional de
experimentais de que a observação de mode‑ outro. É no sentido de ser um aprendizado pela experi‑
los poderia influenciar a conduta humana, ência do outro que Bandura adota esses termos para se
referir à aprendizagem por observação ou modelação
Bandura usou os conceitos de aprendizagem (Bandura, 1979).

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BORGES, N.B; CASSAS, F.A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre : Artmed, 2012.
4 Borges, Cassas & Cols.

vação parassimpática, produzida pelo exercí‑ DS foi desenvolvida primeiramente utilizan‑


cio de relaxamento, produz uma inibição das do a exposição do paciente a cenas imagina‑
respostas autônomas eliciadas pelo estímulo das, mas a exposição direta às situações “ao
fóbico. Esse processo fisiológico chamado vivo” passou logo a ser utilizada com maior
“Inibição Recíproca” fora descrito por Sher‑ frequência, mostrando bons resultados.
rington (1906) e, posteriormente, adotado
por Wolpe como explicação neurofisiológica
da DS:
Exposição e prevenção de resposta
Atualmente, é possível dizer que a DS foi, de
Se é possível produzir uma resposta antagôni‑
certa forma, substituída por outra técnica.
ca à ansiedade na presença de seus estímulos
eliciadores, de modo que seja acompanhada Diversos estudos na década de 1970 demons‑
por uma completa ou parcial supressão das traram ser o treino em relaxamento um as‑
respostas de ansiedade, a conexão entre esses pecto irrelevante da intervenção na DS, sen‑
estímulos e as respostas por eles eliciadas será do a exposição duradoura e sistemática (de
debilitada. (Wolpe, 1958, p. 71) preferência ao vivo) o único fator essencial
para a redução da resposta ansiosa (Delprato,
Descrita de maneira sintética por Tur‑ 1973; Kazdin e Wilcoxon, 1976; Lader e
ner (1996), a estrutura dos procedimentos da Matthew, 1968; Marks, 1981; Waters,
técnica de DS contém quatro passos princi‑ McDonald e Koreska, 1972; Watts, 1979 ci‑
pais: tado em Turner, 1999).
Esses trabalhos demonstraram que a ex‑
1. Treinamento no emprego da escala de uni‑ posição prolongada produzia, por si só, a ex‑
dade subjetiva de desconforto “SUDS”. tinção ou habituação6 da resposta de medo
2. Uma completa análise comportamental, e ou ansiedade, questionando de maneira deci‑
o desenvolvimento de uma hierarquia de siva a proposta de Jones e Wolpe de que o
medos. processo comportamental e o substrato neu‑
3. Treinamento de relaxamento. rofisiológico do tratamento das fobias fos‑
4. Exposição na imaginação durante estado sem, respectivamente, o contracondiciona‑
de relaxamento. mento e a inibição recíproca.
As indicações e procedimentos para a
Elemento fundamental para a constru‑ aplicação da técnica de exposição são os mes‑
ção da hierarquia de exposição à escala SUDS, mos da DS. Entretanto, na Técnica de Expo‑
desenvolvida por Wolpe (1958) como um sição não é realizado relaxamento durante as
meio de transformar a magnitude da resposta sessões, procurando­‑se manter o paciente ex‑
ansiosa do paciente em algo que pudesse ser posto ao estímulo eliciador de desconforto,
subjetivamente mensurado, consiste em uma enquanto toda e qualquer resposta de fuga ou
escala contínua de 0 a 100, na qual os pontos
extremos da ansiedade mais intensa (100) até
a situação mais tranquila e segura para o indi‑ 6 O termo habituação é mais amplamente utilizado por
víduo (0) são estabelecidos como referências clínicos, sem discriminar a natureza condicionada ou
para a avaliação de todas as situações a serem incondicionada do estímulo fóbico. Entretanto, é im‑
abordadas. Organiza­‑se, a partir disso, uma portante ressaltar que o processo de habituação ocorre
hierarquia para que a exposição seja realizada quando há atenuação da resposta emocional diante de
um estímulo eliciador incondicionado. Quando o estí‑
sempre de forma gradativa, da situação me‑ mulo é condicionado, o processo envolvido é o de extin‑
nos para a mais geradora de desconforto. A ção respondente.

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esquiva (abertos ou encobertos) são impedi‑ oria do processamento emocional de Rach‑


das, até que a resposta emocional seja signifi‑ man, a proposta baseada na interferência re‑
cativamente atenuada. troativa de Bouton e a teoria da autoeficácia
A Prevenção de Resposta, nome dado de Bandura como as três principais proposi‑
aos procedimentos de bloqueio da fuga/es‑ ções teóricas que explicam a técnica. A des‑
quiva durante a exposição, é muito utilizada peito das divergências em relação a suas ori‑
em casos de transtorno obsessivo­‑compulsivo gens teóricas, a eficácia da técnica de Inunda‑
(TOC). Nesses casos, as respostas a serem im‑ ção em diversos transtornos de ansiedade está
pedidas durante a exposição são as compul‑ bem documentada (Zoellner et. al., 2003)
sões (operantes que aliviam o desconforto Na Inundação não há hierarquização de
produzido pela situação). Esse procedimento situações e a exposição é feita diretamente a
é importante porque, durante uma sessão de estímulos geradores de um alto grau de ansie‑
exposição, o único fator responsável pela re‑ dade ou medo. A utilização dessa técnica é
dução da resposta emocional deve ser o tem‑ muito questionada e relativamente pouco
po de exposição. Os exercícios são feitos siste‑ utilizada, principalmente por ser ainda mais
maticamente (de preferência todos os dias), aversiva que a exposição gradativa. Geral‑
até que aquela situação não gere mais descon‑ mente, sua utilização é justificada pela impos‑
forto e se possa avançar ao próximo item da sibilidade em encontrar situações intermediá‑
hierarquia. rias que produziriam uma resposta emocional
É importante ressaltar que a técnica de de menor magnitude, impedindo uma abor‑
exposição deve ser utilizada com muito cui‑ dagem gradual.
dado e parcimônia, podendo até agravar o
quadro clínico que pretende tratar, caso seja
mal conduzida. Sem uma avaliação profissio‑ > Técnicas Operantes:
nal cuidadosa do contexto, das funções dos Modelagem e Economia
comportamentos envolvidos no problema, de Fichas
do repertório comportamental da pessoa e
dos prejuízos trazidos pelos sintomas, essa in‑ Modelagem
tervenção técnica pode, além de ser ineficaz,
acarretar em sentimentos indesejáveis, prejuí‑ O condicionamento operante consiste no au‑
zos na relação terapêutica e na adesão ao pro‑ mento da probabilidade de uma resposta ser
cesso clínico. emitida quando a mesma é seguida por
determinada(s) consequência(s), as quais re‑
Inundação ou terapia implosiva ceberão o nome de reforçadores por produzi‑
rem tal efeito. Considerando que uma respos‑
Considerada, na prática, uma variação da téc‑ ta que não é emitida não pode ser reforçada,
nica de exposição, a Inundação (ou terapia em alguns casos, antes de pensarmos em um
implosiva) parece ter sido desenvolvida empi‑ programa de reforço, temos que criar condi‑
ricamente, diretamente na clínica, o que tor‑ ções para que a resposta ocorra. Nessas situa‑
na controversa a literatura sobre suas origens ções, podemos empregar a modelagem, nome
teóricas. Rourke e Levis (1996) citam O. H. dado ao procedimento de reforço diferencial
Mowrer, com sua teoria dos dois fatores do de aproximações sucessivas.
aprendizado de evitação, como embasamento Uma vez definida a resposta­‑alvo, aque‑
teórico da Inundação. Entretanto, em Zoell‑ la que não é emitida pelo indivíduo, o proce‑
ner e colaboradores (2003) encontramos a te‑ dimento da modelagem consiste em reforçar

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6 Borges, Cassas & Cols.

diferencialmente (diferenciação) respostas bilidades em um repertório operante. Se o re‑


que se aproximem cada vez mais dessa forço não fosse diferencial, qualquer topogra‑
resposta­‑alvo (aproximação sucessiva). Se‑ fia, e não só a mais refinada, seria suficiente
gundo Skinner (2003), reforçando uma série para a obtenção do reforço, e a criança de
de aproximações sucessivas podemos conse‑ nosso exemplo provavelmente continuaria a
guir uma alta probabilidade de uma resposta falar como antes. Isso ocorreria por período
rara ou que não existia no repertório do indi‑ indefinido até que outros ambientes (p.ex.,
víduo. escola, amigos, casa dos avós, trabalho) res‑
Na utilização da modelagem, devemos tringissem essa classe funcional a uma menor
considerar uma escala de respostas que serão diversidade de respostas.
diferencialmente reforçadas, isso significa A modelagem é utilizada em muitas si‑
que, em estágios sucessivos, algumas respos‑ tuações clínicas, com especial destaque para a
tas serão reforçadas e outras não. Começamos relação terapêutica (ver Kohlemberg e Tsai,
por respostas mais distantes, aquelas que ape‑ 2001), a clínica infantil, a orientação de pais,
sar de se parecerem menos com a resposta­ o treino em habilidades sociais e os métodos
‑alvo já se encontram presentes no repertório de ampliação de repertório operante de crian‑
do indivíduo. Aos poucos, deixamos de ças com desenvolvimento atípico (Thurkow e
reforçá­‑las e passamos a reforçar alguma ou‑ Cain, 2009).
tra resposta, que se pareça um pouco mais
com a resposta­‑alvo, assim sucessivamente, Economia de Fichas
até que o indivíduo emita a resposta­‑alvo,
possibilitando que a mesma seja reforçada. A Economia de Fichas (EF) foi desenvolvida
Embora a descrição do procedimento por Ayllon e Azrin, por volta de 1968, em
seja bastante simples, não podemos subesti‑ trabalhos realizados com pacientes interna‑
mar os cuidados na sua execução. A possibili‑ dos em instituições psiquiátricas e, desde en‑
dade de sucesso em alcançar a resposta­‑alvo tão, tem sido utilizada em inúmeros contex‑
está relacionada com a precisão na seleção e tos e se revelado uma técnica útil na modifi‑
no reforço das respostas que dela se aproxi‑ cação de comportamentos de pessoas ou
mam sucessivamente. grupos (Patterson, 1996).
O procedimento de modelagem é utili‑ A EF se baseia em pressupostos do con‑
zado informalmente em várias situações do dicionamento operante e consiste, basica‑
dia­‑dia. Toda criança tem seu repertório ver‑ mente, na apresentação de fichas como refor‑
bal modelado por aqueles que convivem com çadores imediatos que serão trocadas por ou‑
ela. A comunidade verbal da criança, mesmo tros reforçadores posteriormente.
sem saber, realiza um procedimento de refor‑ A diversidade de aplicações da EF é
ço diferencial de aproximações sucessivas muito grande. Na clínica, é bastante utilizada
(modelagem). Um exemplo disso é quando com crianças7, mas também é útil em am‑
os pais de uma criança de 3 anos começam a bientes hospitalares, enfermarias, asilos e até
exigir que ela diga “Quero um copo d´água, empresas8, além de creches e escolas.
por favor” para que seja reforçada, colocando
em extinção as outras respostas que, até aque‑ 7 Uma ilustração interessante da utilização de economia
le momento, produziam o copo d’água para a de fichas com crianças, utilizando quadros e escalas,
criança, como um simples “Qué ága!” ou “Tô pode ser encontrada em vários episódios da série de TV
“Super Nanny”.
com sede!”. Vale destacar que a modelagem é 8 Um bom exemplo de utilização da EF pode ser encon‑
a grande responsável pelo refinamento de ha‑ trado em Borges (2004).

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Clínica analítico­‑comportamental 7

Cartões carimbados em restaurantes e > Uma Técnica baseada na


selos retirados da tampa das embalagens de Teoria da Aprendizagem
pizzas delivery são bons exemplos da utiliza‑
ção comercial dos princípios da economia
Social: Modelação
de fichas. Essa estratégia de controle do
Modelação
comportamento do consumidor visa au‑
mentar a frequência com que o cliente esco‑ O uso da modelação como técnica para mo‑
lhe um determinado produto, serviço ou es‑ dificação do comportamento se iniciou no fi‑
tabelecimento comercial. Após algumas nal da década de 1950 e início da de 1960,
emissões da resposta (geralmente 10 vezes, baseada na premissa de que os seres humanos
nos exemplos citados), o cliente pode trocar podem aprender novos comportamentos por
as “fichas” (selos retirados da tampa ou ca‑ meio da observação e imitação (Naugle e
rimbos em um cartão) por uma refeição ou Sherrie, 2003). Albert Bandura (1961) de‑
uma pizza grátis. Podemos considerar, de monstrou experimentalmente que crianças
maneira informal, que a própria dissemina‑ que eram expostas a modelos adultos agressi‑
ção dessa prática em restaurantes por quilo e vos apresentavam mais comportamentos
pizzarias é um bom indício da efetividade agressivos do que as que observavam modelos
desse procedimento, utilizado quando não é não agressivos ou não observavam nenhum
possível ou desejável reforçar diretamente modelo. A partir de então, surgiram muitos
todas as emissões de um operante com o es‑ estudos baseados na teoria da aprendizagem
tímulo reforçador que originalmente o con‑ social, buscando compreender o aprendizado
trola. de novas topografias (incluindo respostas
A aplicação clínica da EF deve contem‑ emocionais) por observação. Os processos
plar alguns pontos, tais como envolvidos nesse tipo de aprendizagem são
chamados vicários e dão sustentação teórica e
1. a identificação precisa dos comportamen‑ metodológica à técnica de modelação.
tos a serem modificados ou instalados; Uma das funções da modelação na clí‑
2. a definição dos reforçadores disponíveis nica é facilitar a aquisição de comportamen‑
no ambiente; tos, envolvendo, pelo menos, o comporta‑
3. o estabelecimento das fichas como refor‑ mento de um modelo e o comportamento de
çadores condicionados; um observador. A tarefa do modelo é de‑
4. o conjunto de regras que estabelecem as monstrar o comportamento­‑alvo. Essa de‑
inter­‑relações entre os comportamentos monstração pode ocorrer em uma situação
específicos que obtém as fichas e os refor‑ real no ambiente natural da pessoa, ao vivo
çadores pelos quais as fichas poderão ser na sessão terapêutica ou por meio de recursos
trocadas (Kazdim e Bootzin, 1972; Patter‑ áudio­‑visuais como vídeos e livros. O proce‑
son, 1996). dimento envolve etapas como avaliação dos
déficits comportamentais e identificação dos
Os programas devem ser delineados comportamentos­‑alvo, apresentação do mo‑
considerando as características dos indivídu‑ delo, feedback e reforço do comportamento­
os ou grupos aos quais serão aplicados e, por ‑alvo.
essa razão, podem variar em diferentes deta‑ A modelação tem sido utilizada para
lhes, por exemplo, na forma de apresentação treinar habilidades de comunicação e habili‑
do reforçador condicionado (fichas, quadros dades cotidianas, assertividade e solução de
e escalas). problemas, entre outros comportamentos,

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8 Borges, Cassas & Cols.

em diferentes populações (Naugle e Sherrie, intervenção, podendo assumir uma postu‑


2003). ra pessimista, por exemplo, favorecendo a
identificação do cliente com seu padrão de
comportamento frente aos problemas da
> Procedimentos que vida); a Avaliação de Regras que partici‑
envolvem recursos pam do controle dos comportamentos ine‑
técnicos oriundos de ficazes; a Visualização (o paciente fecha os
olhos e se imagina resolvendo um proble‑
diferentes paradigmas: ma com sucesso); a Identificação do Pro‑
Resolução de Problemas blema quando ele aparece.
e Treino em Habilidades 2. Treinamento em definição e formulação do
Sociais problema: O primeiro passo em um algo‑
ritmo para a solução de qualquer proble‑
Resolução de problemas ma, seja uma questão da prova de física ou
a perda de um compromisso importante,
Segundo Lombardo e colaboradores (2005), é sua adequada formulação. No próprio
os objetivos gerais da RP incluem: trabalho clínico, quando um clínico ela‑
bora um plano de intervenção para seu
1. diminuição do impacto “negativo” (estres‑ cliente, ele precisa, primeiramente, de
se emocional) relacionado à experiência uma boa formulação do(s) compor­ta­men­
de eventos vitais e problemas de diferentes to(s) clinicamente relevante(s), para que
magnitudes (desde a perda de uma cartei‑ sua intervenção seja efetiva. O mesmo
ra até um divórcio ou uma doença crôni‑ vale, por exemplo, para um estudante de
ca); psicologia que escolhe como tema de seu
2. aumentar a habilidade de lidar com esses trabalho de conclusão de curso a “terapia
problemas; e comportamental”. Se ele não tiver um
3. minimizar a probabilidade de problemas problema bem formulado sobre esse tema,
similares no futuro. não há pesquisa, no sentido de que não se
sabe qual é exatamente a questão a ser re‑
A Resolução de Problemas (RP) pode solvida pela pesquisa.
ser utilizada em qualquer caso que se identifi‑ 3. Treino na geração de alternativas (brains‑
que dificuldades em lidar com situações “pro‑ torm): Técnica muito utilizada nas agên‑
blemáticas”, principalmente quando essas são cias de publicidade, a “tempestade de
fontes de estresse significativo para o indiví‑ ideias” consiste em gerar ideias, sem
duo. Diversas estratégias podem ser aplicadas censurá­‑las, para depois, em um segundo
para que os objetivos da RP sejam alcança‑ momento, avaliar a validade de cada uma
dos: para a solução daquele problema específi‑
co. Quanto mais ideias aparecerem maior
1. Treinamento em orientação ao problema: a chance de encontrar uma que solucione
Algumas das técnicas utilizadas para favo‑ a questão.
recer comportamentos de enfrentamento 4. Treino na tomada de decisões (TD): O ob‑
dos problemas são: o role play (desempe‑ jetivo é que a decisão seja mais racional e
nho de papéis – o clínico pode trabalhar ponderada, e menos impulsiva. A partir
com a troca dos papéis a serem representa‑ da lista gerada na “tempestade de ideias”,
dos de acordo com o objetivo específico da conduz­‑se uma avaliação de custo e bene‑

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Clínica analítico­‑comportamental 9

fício de cada alternativa levantada. Solicita­ duo, de um modo adequado à situação, respei‑
‑se ao indivíduo que elabore uma tabela tando esses comportamentos nos demais, e
enumerando os prós e contras de cada al‑ que geralmente resolve o problema imediato
da situação, enquanto minimiza a probabili‑
ternativa, seguida da atribuição de valores
dade de futuros problemas.
que representem a importância de cada
consequência (normalmente se utiliza Entretanto, não existe um padrão topo‑
uma escala simples de 0 a 10). Somam­‑se gráfico específico para o comportamento que
os prós e contras de cada alternativa e via de regra é chamado socialmente habilido‑
compara­‑se a diferença entre as médias so. O que é adequado em um contexto pode
obtidas em cada alternativa, chegando as‑ não produzir muitos reforçadores em outros
sim àquela cujos prós foram considerados (p.ex., a postura e o linguajar despojado com
maiores que os contras. os quais um adolescente interage adequada‑
5. Treino em solução, implementação e verifi‑ mente com seus amigos, pode não produzir
cação: Etapa final da solução de um pro‑ muitos reforçadores no almoço em que está
blema, após a formulação e a preparação conhecendo os pais de sua nova namorada).
de um plano, consiste na realização deste e Segundo Linehan (1984), o comporta‑
posterior avaliação dos resultados. Pode mento socialmente habilidoso é definido fun‑
ser usada a mesma tabela de tomada de cionalmente, devendo produzir três consequ‑
decisão para avaliar efetivamente quais fo‑ ências:
ram as consequências boas e as ruins da es‑
tratégia adotada. 1. o reforçador específico para aquela respos‑
ta (p.ex., se meu objetivo é ser atendido
por um garçom em um restaurante, o
Treino em habilidades sociais comportamento socialmente habilidoso
Amplamente utilizado em condições clínicas deverá produzir a vinda do garçom até a
diversas (transtornos de ansiedade social, es‑ mesa);
quizofrenia, problemas conjugais e proble‑ 2. reações públicas e privadas nas pessoas com
mas de relacionamento em geral), o objetivo as quais interage, que melhorem ou mante‑
do THS é promover a ampliação do repertó‑ nham uma boa relação com elas (p.ex.,
rio operante necessário para a obtenção de re‑ conseguir um garçom sem ofendê­‑lo e sem
forçadores no contexto social do indivíduo. constranger as outras pessoas à mesa);
Para isso, é fundamental que o clínico faça 3. sentimentos de autoestima e autorrespeito
uma análise acurada do contexto social em no próprio indivíduo.
que o cliente está inserido, para identificar
Del Prette e Del Prette (1999) destacam
quais os conjuntos de habilidades que propi‑
ainda, como uma consequência do compor‑
ciarão um desempenho social efetivo.
tamento socialmente habilidoso, a manuten‑
Uma definição genérica de comporta‑
ção ou ampliação dos direitos humanos so‑
mento socialmente habilidoso é oferecida por
cialmente estabelecidos, ressaltando também
Caballo (1986, p. 365):
que o peso relativo atribuído a cada uma des‑
sas consequências não está consensualmente
O comportamento socialmente habilidoso é
esse conjunto de comportamentos emitidos estabelecido entre pesquisadores e profissio‑
por um indivíduo em um contexto interpesso‑ nais da área. Na clínica, é importante a indi‑
al que expressa os sentimentos, a atitude, os cação e validação do cliente de quais são as
desejos, as opiniões ou os direitos desse indiví‑ consequências mais relevantes para ele. Para

SAMPAIO, T. P. de A.; RONCATI, A.C.K.P. Algumas técnicas tradicionalmente utilizadas na clínica comportamental. In:
BORGES, N.B; CASSAS, F.A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre : Artmed, 2012.
10 Borges, Cassas & Cols.

isso ele deve ser capaz de descrever o que es‑ não deixa de ser uma eleição pessoal e, até
pera de suas relações interpessoais. certo ponto, arbitrária. Entretanto, espera‑
Um termo amplamente utilizado para mos que, a partir dessa leitura, seja possível
se referir ao componente básico do compor‑ obter um panorama de algumas das princi‑
tamento socialmente habilidoso, cunhado pais técnicas comportamentais, estimulando
por Wolpe e Lazarus (1966, citado em Del o leitor na busca, a partir do próprio texto e
Prette, 1999), é assertividade. Um dos ele‑ das sugestões de leitura, por referências mais
mentos principais do THS é o treino asserti‑ específicas, para um maior aprofundamento e
vo, que visa o desenvolvimento de um reper‑ para uma descrição mais minuciosa das técni‑
tório capaz de produzir as consequências des‑ cas apresentadas.
critas anteriormente como definidoras de
comportamento socialmente habilidoso, em
diferentes contextos sociais. > Referências
De maneira geral, conforme descrito
por Duckworth (2003), o THS dispõe de um Bandura, A. (2009). Social learning theory for agression.
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ção da ação ao contexto). Utilizando a economia de fichas para melhorar desempe‑
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por quanto tempo), expressão facial (har‑
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