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Jito
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F336p
Feitosa, Hércules de Ar aújo
Um prelúdio à lógica / Hércules de Araújo Feitosa, Leonardo
05-2173 CDD511.3
CDU 510.6
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artaa Associação Brasileira de
de América Lal
lnayel Caribe Editoras Universitárias
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S u má r i o
Introdução 7
Apêndice 191
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In t r o d u ç ã o
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Q HÉRC ULES DE ARA ÚJO FEIT OSA E LE ONA RD O PAU LOVICM
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UM PRELÚ DIO À LÓG ICA 9
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10 HÉRCULES DE ARAÚJ O FEITOSA E LEONARDO PAULOVICM
1 Para Euclides há uma diferença conceituai entre axioma e postulado, o que não
mais é considerado hoje em dia.
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UM PRE LÚDI O À LÓG ICA 11
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12 HÉRCU LES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NA RD O PAULOVO I
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UM PRE LÚDI O À LÓGICA 13
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14 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
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UM PRE LÚDIO À LÓG ICA 15
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16 HÉ RC UL ES DE ARAÚJO FEI TOSA E LEON ARD PAULOVIC
O »\
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1
C á l c u l o p r o p o s ic io n a l :
TRATAMENTO INTUITIVO
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18 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
(a) T od oB é A
Algum C é B
Logo, algum C é A.
(b) Se A, então B
Vale A
Portanto, vale B.
Proposições e conectivos
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UM PRELÚDIO À LÓGIC A 19
Exemplos:
(a) O número 25 é um qu adrado perf eit o. (1)
(b) Todos os cavalos são brancos. (0)
Contra-exemplos:
(c) A bicicleta do m enino. >
(d) Qu e horas são? nr\
(e) Saia!
(f) 52.
A lógica pro posic ional (ou cálcul o propo sicional) dese n vo lvid a
nest e ensa io é c onhec ida como lógica proposicional clássica , o rig i-
nada das contribuições dos estóicos, dos megáricos e de outras
escolas gregas, realçada no importante trabalho que Aristóteles
deu à lógi ca, e vinda até te m po s recentes .
Denominamos proposição simples ou atômica aquela que não
contém outra proposição como parte integrante de si mesma e
proposição composta ou molecular aquela que não é simples.
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20 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONA RDO RAUIO VICH
ou disjunção V
Notação Significado
.A não A
Aa B A eB
A vB AouB
A»B Se A, então B
A<>B A se , e somente se,B
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 21
Negação
Exemplos:
(a) Quando A = 9 * 5, temos A = 9 = 5.
(b) Para B = 7 < 3, temos -t B = 7 > 3.
(c) ParaC = 3 |l l, temos —iC = 3 | l l .
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2 2 HÉRCULES DE ARAÚJO FEI TOSA E LE ON AR DO PAULOVICH
Conjunção
A conjunção de duas proposições A e B é a proposição com-
posta “A e B ” , denotada por A a B , cujo valor lógico é verdadeiro
se, e somente se, A e B são verdadeiras.
A tabela de verdade da con junção é a seguinte:
A B Aa B
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Exemplos:
(a) Se A ^ 2 > 0 ( l) e B = 2* : 1 (1), então Aa B =2>0 e 2^ 1
(D-
(b) Se A = 2.3 = 6 (1) e B = 52= 10 (0), então A a B = 2. 3 = 6 a 52
= 1 0 (0 ).
Disjunção
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 23
Disjunção Exclusiva
A disjunção exclusiva,indicada pelo símbolo v >apresenta a se-
guinte tabela de verdade:
A B AvB
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
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24 HÉR CU LE S DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAU LOVI CM
Exemplos:
( 0 ).
Av B = ( A v B ) a —{ A a B ),
Condicional
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UM PRELÚDIO À LÓGIC A 2 5
Exemplos:
(a) Dado s A = 33= 27 (1) e B = 2 g Z (0), temos A —>B = se 33=
27, então 2 £ Z (0).
(b) Dados A s 3 110 (0) e B = je = 3 (0), temos A —>B = 3 110 —>
* = 3(1).
(c) Dados Ç = G alois era u m algebrista (1) e C = Dante escre-
veu A divina comédia(1), temos B—>C = Se Galois era um alge-
brista, então Dante escreveu A divina comédia(1).
Bicondicional
A bicondicionalde duas proposições A e B é a proposição com-
posta “A se, e somente se,B ”, indicada por A<->B, cujo valor lógico
é verdadeiro apenas quando A e B têm o mesmo valor lógico.
Exemplos:
(a) Dados A = 2 + 3 = 5 (1) e B = 7.3 = 21 (1), temos Ae>B s 2
+ 3 = 5see7.3 = 21 (1).
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26 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NA RDO PAULOVICH
ção de verdade:
f„: {0,1} {0,1}
f„ (l, l) = f „( 0, 0) = l
fM (l,0) = f„ (0 ,l) = 0.
Exercícios:
1. Determinar o valor lógico "0 " ou “ 1" de cada uma das se-
guintes proposições:
(a) O Rio de Janeir o é a capit al federal d o Brasil. O
(b) To do heptágono regular tem seis lad os. ^
(c) 22/7 é um número racional.
(d) (5+3 )2= 52+ 32. C
(e) As diagonai s de todo p aralelogramo são iguais.
(f) 3i + 4 < 5i + 1.
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UM PRE LÚD IO À LÓGICA 27
Exemplo:
Exemplos:
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28 HÉRCULE S DE ARAÚ JO FEI TOSA E LEONA RDO P AUL OV IC H
Ia solução:
p q 1 Pv q ~>p q AP (pvq)*,p A
0 0 0 í 0 1 0
0 í í í 0 1 0
1 0 í 0 0 0 1
1 1 í 0 í 0 1
2a solu ção :
«p q) 1 “ >P) —» (q A p)
v
0 0 0 | í 1 0 0 0 0
0 1 1 í 1 0 í 0 0
1 1 0 0 0 1 0 0 1
1 1 0 0 1 1 1 1
( 1) (2 ) d) (31 (1) ( 1) (2 ) ( 1)
0 0 1 0 0 0
0
0 1 i 1 1 í 1 1
0 0 0 1 1 0 0
1 1 1 0 0 0 1
1 1 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 1
1 1 0 0 1 0 0
(1) (2 ) ( 1) (3 ) ( 1) (2 ) ( 1)
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 2 9
(c) C = (((p»q)A(q»r))»(p»r)):
((p —) q) A (q —> r)) —» (p —» r)
0 1 0 1 0 í 0 1 0 1 0
0 1 0 1 0 í 1 1 0 1 1
0 1 í 0 í 0 0 1 0 1 0
01 01 0í 01 0í 1
1 01 11 01 01 01
1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1
1 1 í 0 í 0 0 1 1 0 0
1 1 í 1 í 1 1 1 1 1 1
(1) (2) d) (3) d) (2) (1) (1) (2) (1)
Exercício:
4. Construir as tabelas de verdade das seguintes formas propo
sicionais:
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3 0 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓG ICA 31
Exercidos:
5. Sabendo que v(p) = v(r) = 1 e v(q) = v(s) = 0, determinar o
valor lógico das seguintes formas proposicionais:
(a) (pAq) (rAns) (e) (p<>q) > (s>r)
forma preposicional:
B = x^0vx3*y— >y *z .
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32 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplo:
(a) As —(pA—ip) é um a tau tolog ia ou form a tau tológica:
1 p pAip i(pAip)
«p
1 0 0 1
0 0 1
1
Exemplo:
B = (—ipA(pAiq)) é uma contradição:
ip A (p A >q)
0 0 1 0 0
0 . 0 1 1 í
1 0 0 0 0
1 0 0 0 í
Exemplo:
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UM PRELÚDIO À LÓGIC A 3 3
Exercício:
9. Classifique cada uma 5 formas proposicionais seguintes
como tautologia, contradição contingência:
(a) p —> (—«P— >q) (e) (—ipvq) > (p»q)
(b) p>(qKq>p)) (f) ((p ^q )^q )>p
(c) (pvq ) > (p> q) (g) ( <pv—q) (p—>q)
(d) p > ((pvq)v r) (h) (pAq) —»(p qvr)
P, Propriedade reflexiva
A<=> A
P2Propriedade simétrica
Se A <=> B, então B <=> A
P3Propriedade transitiva
Se A <= >B eB <= >C , então A <=> C
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34 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITO SA E LEONA RDO PA ULOVICH
Exercícios:
10. Verificar a validade das quatro propriedades da equivalên-
cia lógica.
11. V erificar a validade das seguin tes equivalências :
(a) —i—ip <=> p (dupla negação) (e) (p >q)A (q »p) <=> (p<>q)
(b) —ip —» p <=> p (0 P<>q <=> (PAq)v (~ipA—q)
(c) p —» (pAq) <=> p q (g) P ~ * l <=> <5 ip
(d) p q <=> ~<Pv q (h) p X q > r) <=> q >(p > r).
'í 1 í ^
Uma forma proposicional A implica logicamente uma forma
proposicional B, se B é verda deira “ 1" toda vez que A é verda-
deira “ 1".
Assim, uma forma proposici onal A implica um a forma propo-
sicional B se, e somente se, A —»B é uma tautologia. Denotamos
que A implica B por A = * B.
A=> A
P2Propriedade antisimétrica:
S e A = > B e B = > A , então A< =>B
P3Propriedade transitiva:
Se A = ^ B eB = »C , então A =» C
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 35
Exercícios:
12. Verificar a validade das propriedades da implicação lógica.
13. Testar a validade das seguintes implicações:
(a) (p—»q)A(q—>r) = * (p>r) (d) (ipAq) => .p
(b) pA—»p=> q(e) p => (q—>qAp)
(c) (pOq)Ap => q (f) p—Hq~>r) =» (pAq)>r.
o \ ' \
(ii) a contrária é —
A —>—B ;
(iii) a recíproca da contrária ou contrapositiva é —
iB—»—A .
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3 6 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplos:
(a) Considerando a seguinte proposição:
A —»B: Se T é um triângulo equilátero, então T é isósceles (1),
agora,
B —>A: Se T é um triângulo isósceles,então T é equilátero (0).
-t A - ^ t B: Se T não é equilátero, então T não é isósceles (0).
—B —>—A : Se T não é isósceles, então T não é equilátero (1).
(b) Demonstrar que no conjunto Z, se x é ímpar, então x é
ímpar.
Pela recíproca da contrária, basta demonstrar que se x é par,
entãox2épar. Sejaxp ar, entãox = 2n, tal que n e Z , daí:
x2= (2n)2= 4n2= 2(2.n2), logo x2é par.
(c) Do cálculo sabemos que, se uma função é derivável, então é
contínua. Mas não é verdade que, se a função é contínua, então é
derivável.
Exercícios:
14. Dada a proposição "Se João é professor, então não deve ser
rico”, determinar, literalmente, suas associadas.
15. Encontrar a recíproca da contrária da proposição: "Se x é
menor que zero, então não é positivo” .
16. Determinar:
(a) a contrapositiva de A —>—>B;
(b) a contrária de iA —»B;
(c) a recíproca deA —>— lB;
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 37
Exercício:
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38 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOV1CH
(0 A a (B a C) e (A a B ) a C associatividade
(ii) Av(B vC ) e (Av B)vC associatividade
(iii) A a B e B a A comutatividade
(iv) A vB eB vA comutatividade
(v) A vA eA idempotência
(vi) A a A e A idempotência
(vii) A v (A a B) e A absorção
(viii) A a (A v B) e A absorção
(ix) Aa (B v C) = (A a B ) v (A a C) distributividade
(x) A v (B a C) = (A v B ) a (A v C) distributividade
Pro posi ção 1.4: Seja A uma forma proposicional restr ita. Se
A * é obtida a partir de A pela permutação de a por v, de v por a e
de cada proposição atômica por sua negação, então A * é logica-
mente equivalente a —A .
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 39
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40 HÉRCULES DE ARAÚJO F EITOSA E LEO NA RD O PAULOVI CH
Exercícios:
Formas normais
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 41
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^2 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplo:
W
p. P2 p3 f(p,» P2>Pj)
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 0
0 . 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 0
Exercício:
21. Construir a tabela de verdade desta forma proposicional D
e confirmar0 resultado.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 43
Exemplo:
p
0
q
0 0
—1
1
((>p
í
V
1
q)
0
—»•
0
r0) 1
0 0 1 0 í 1 0 1 1
0 í 0 1 1 1 1 0 0
0 í 1 0 í 1 1 1 . 1
1 0 0 0 0 0 0 1 0
1 0 1 0 0 0 0 1 1
1 í 0 1 0 1 1 0 0
1 í 1 0 1 1 1 1
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44 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOÇa c c
OSA E LEONARDO PAULOV ICH
Exercícios:
23. (p»q)
(a) Encontrar uma FN C e uma FN D equivalentes a:
v (rAip)
(b) (p<Kj)
(c) (—rTAq) v (p>q)
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 45
Exemplo:
(a) (ipvq ) —>r <=> i(ipvq) v r xi ' n
(ipvq) —> r <=> {i(pAiq) a *) A
(—ipvq) —> r <=> (p—Kl) —> r
Conectivos de Sheffer
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46 HÉRCULK * AR AÚJ 0 « 1 0 S A E LE ON AR DO PAULOVtCH
A B A ÍB
o 1 0 1
0 í l
r i 0 1
i 1 0
Exemplo:
(a) Encontrar uma forma proposicional que envolva apenas o
conectivo ! e seja equivalente à A—>B.
A—)B <=> —A v B <=> —{A a —iB) <=> —1(A a (B>ÍB))
<=>,[(A ÍA )l( (B ÍB )i(B ÍB )) ]
o [(AU)I((BÍB) nL(BÍB))]>1[(AM) nL((BIB)Í(BÍB))].
Com
mero de esse exemplo,é vemos
conectivos, que,oapesar
assustador da diminuição
crescimento do nú-
do comprimento
dessas formas proposicionais, sobre as quais perdemos completa-
mente qualquer intuição.
Exercícios:
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 47
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48 HÉRCULES DE ARAÚ JO FEITOSA E LEONAR DO PAU LOVI CH
A,
An+i
Ne ste nosso texto, vamos denotá-los de acordo co m o item (b ).
Exemplos:
(a) Testa r a validade do argumento A —»—iB, —A , A v B I----iB.
Para tanto, devemos verificar se a proposição ((A->- hB ) a (- A ) a
0 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0
1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 1
1 0 0 0 0 0 t 1 1 1 0
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 49
Exercício:
29. Mediante o uso de tabelas de verdade, testar a validade dos
seguintes argumentos:
(a) B—» —iA, —i(iA) I B Aí (d) —iE—»—iA,1(—
—iA v B) —
i .B 5»
(b) A*,B. AvB h A«>nB 5 (e) <AvB), B>E, Av(A»B) HBvE N
(c) C—>(DvE), D>iC l— ,C jú (f) B>,E, Av -,E i- Bv,E. 5
Regras de inferência
Embora seja um procedimento simples, não podemos abusar
da construção de tabelas de verdade. Basta tomarmos um a quanti-
dade um pouco maior de formas proposicionais básicas para per-
cebermos que os tamanhos dessas tabelas ficam intratáveis. Como
as situações de inferência em geral são constituídas por uma quan-
tidade muitolocal
um alcance grande
parade sentenças, esse
a investigação procedimento
da validade tem apenas
dos argumentos.
A seguir, usamos alguns argumentos válidos simples, os quais já
determinamos como válidos no texto, e a partir deles obtemos um
dispositivo mais poderoso para a análise pretendida.
Esses argumentos básicos são denominados regras de inferên-
cia. As formas proposicionais acima do traço são as premissas e as
abaixo do traço são as conclusões. T em os regras unária s, binária s e
temárias, para uma, duas ou tr ês premissas, respectivamente. U ti -
(S) S implificaçã o Aa B
~Ã
(D) Disjunção A
AvB
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50 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDOPAULOVICH
Uma vez que estas regras são válidas (verificar caso haja dúvi-
da), elas levam proposições verdadeiras em proposições verdadei-
ras. Assim, se nossas premissas são sentenças verdadeiras, as con-
clusões são sempre verdadeiras.
Todas essas regras são logicamente importantes, mas, como
veremos no capítulo seguinte, para o desenvolvimento deste tra-
balho é particularmente importante a regra Modus ponens. A pro-
posição abaixo mostra a sua validade.
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UM PREL ÚDI O À LÓGICA 51
Exercícios:
30. Da r os nomes das regra s usadas em cada um dos argumen -
tos seguintes:
(a M EvD ) >A, <EvD ) H A W
(b) A K D vG ), - t(D v G ) k - A A'
(c) (A a —lB ) v (B a —E ), —(A a —B ) i—B a —E i^
(d) B> F h (B>F)vi D D
■ríB)
C a - iD
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5 2 HÉRCULES DE ARAÚJOFEITOSA E LEONARDOPAJLOVICH
Técnicas dedutivas
Exemplos:
(a) Deduzir ,D a partir de C, - tB->^D.
l.C
P
2
P
3. - tB— J )
P
4. iB
5. -D MP em 1 e 2
MP em 3 e 4
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 53
Exercício:
32. Verificar a validad e dos seguint es argumentos:
(a) A-»D, A a B, (D a E ) —>—iC, B —^ E j— iC
(b) 3x + y = 11 o 3 x = 9
(3x = 9'- »3 x + y = 11) >y = 2
y *2 v x + y = 5
x+y= 5
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54 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSAE LEONARDO PAULOVICH
1. Portanto,D a A => B.
Com isso, para que seja verificada avalidade de um argumento
na forma condicional, isto é, cuja conclusão tem a forma A —>B,
basta introduzir A como uma nova premissa provisória, denotada
por pp. e, então, obter B.
Exemplos:
4- -*n E ) DN em 3
5. -t B
M T em 1 e 4
6.
De Morgan em 2
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 55
7. -iD vB DN em 6
8.-JD SD em 5 e 7
9.E-»-D DC de 3 a 8
(c) Obter C —»D, dadas as premissas:
1. (CvE) - » A P-
2. E —>(— A a —iB) P-
3. E v D P-
C 4. pp.
5. C v E D em 4
A6. 5MP
eem
1
7. E —> - t(A v B) De M organ em 2
8. A vB Dem 6
9. - i(- t(A v B)) DN em 8
10. - £ M T em 7 e 9
11. D. _ SD em3 e 10
12.C - » D DCde 4
11
a
Exemplo:
(a) Derivar C h D quando conhecidas as premissas:
l . F —»C P-
2.D->F P-
3. C -> G P-
4. D v- iG P-
5a. C PP-
6a. G MP em 3 e 5a
7a. D SD em 4 e 6a
8a. C—)D D Cd e 5a a 7a
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ÉR CU IES DE ARAÚJO FEI TOS AE LEON ARDO PAUL OVI CH
5b. D pp.
6b. F M P cm 2 e 5 b
7b. C M P cm 1 c 6b
8b. D »C C D dc 5b a 7b
9, ( C —»D ) a ( D —»C) C em 8a e 8b
10. C<>D B IC em 9.
Exercício:
33. Testar a validade dos argumentos seguintes por derivação
condicional:
(a) (C v G ) —» A , B —>(—
iA a —lE) I B—»—iG
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UM PRELÚDIO À LÓG ICA 57
Mas, como:
—iB—»0 <=> i—iBv_L <=
> B v 0 <=> B,
segue que o argumento (1) é válido se, e somente se, o argumento
(2) é válido.
Em resumo, para a verificação da validade de um argumento
pela redução a um absurdo, introduzimos a negação da conclusão
como uma nova premissa e obtemos uma contradição.
Exemplos:
(a) Deduzir E, dadas as premissas:
1. A ^ E P
2. E > B P
3. —(A a B ) P
4. —E pp.
5. B MP em 2 e 4
6. —A v —iB De Morgan em 3
7. —i—iB DN em 5
8. —A SD em 6 e 7
9 .E MP em 1 e 8
10. E a —E C em 4 e 9
11.E D l de 4 a 10
(b) Derivar A :
I . - tB v D P
2. A —^—D P
3 .B P
4. —1(—
A) pp.
5. A DN em 4
6. —iD MP em 2 e 5
7. —B SD em 1 e 6
8. B a —B C em 3 e 7
9.A D l de 4 a 8
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58 HÉRCU LES DE ARAÚJO FEITOS A E LEONARD O PAULOVICH
Exemplos:
(a) Deduzir E - > - B dadas as premissas abaixo:
1. —E v —iD P-
2.B-»D P-
3.E pp.
4. —i—B pp.
5. —i—iE DN em 3
6 -D SD em 1 e 5
7. iB M T em
C em 4 e27e 6
8. —Ba —i—B
9. E -> -B Dl de 3 a 8
6. (Dv C) a (D v F) Distributividade em 3
7. DvC Sem 6
—
8.E MP
7em
e2
9.
A->B SDem8e1
10.B MP em 4 e 9
11. Ba —B C em 5 e 10
12 A->B D l de 4 a 11
Exercícios:
34. Testar os argumentos seguintes pela dedução indireta:
(a) -JEv-iD, (CvD)-*E, Dv-iD, -,C l- -i(CvD)
(b) C-»-iD, G-»-,C, DvG h -C
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 59
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60 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOS A E LEONARD O PAULOVICH
5. A a C
6. A
7. D a F
8. C
9. D>G
10. D
11. G
12. F
13. Ga F
14. B
1. (Aa - tB)v (B a - iE) P
2. A *D P
3. iDvC P
4. —iC P
5. —.D
6. ~A
7. A vB
8. —i(Aa — iB)
9. B a - iE
10. B
Falácias
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UM PRE LÚDI O À LÓG ICA 61
Exemplos:
(a) Antônio viu os homens cometerem o crime. A ntônio é ap e-
nas um pobre coitado. De vez em quando Antônio toma umas
“biritas". Logo, o testemunho de Antônio não tem valor algum .
(b) O galã nos incita a comprar um carro novo da m arca T eruê.
Portanto, devemos comprálo.
(c) Muitos políticos são safados. Mas há também professores
safados, alunos safados, agricultores safados. Existem também
Exemplos:
*
(a) E claro que estas cenas de sexo são imorais, pois são o fensi-
vas aos telespectadores.
(b) Certamente aquela declaração é verdadeira. Ele não afir-
mou aquilo?
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62 HÉRCULES DEARAÚJOFEITO SAFl Fri
rei i USAELEOMA
N AR
DD
P,OPA
ULO
VICH
>
Exemplos:
(a) É besteira se preocupar com meras palavras. "Apartheid ' é
apenas uma palavra. Portanto, você não tem que se preocupar com
"apartheid".
(b) O governo se mobiliza. Haverá mais dinheiro para as peque-
nas empresas. Os recursos advindos das novas taxas serão disponi-
bilizados para empréstimos a pequenos e médios empresários.
A falácia indutiva é caracterizada pela baixa ou inexpressiva pro-
babilidade de ocorrência da conclusão.
Exemplos:
(a) Em agosto de 1993 minha casa foi invadida, em agosto do
ano passado quebrei o braço e neste ano bati o carro. De fato,
agosto é um mês de azar.
(b) Tenho tentado jogar na cobra por quinze dias e não acertei.
Tenho certeza de que logo vai dar,e na cabeça.
A falácia formal é caracterizada pelo uso inadequado de alguma
regra de inferência ou pela obtenção de alguma regra equivocada.
Exemplos:
(a) Se alguém sabe o endereço eletrônico do Frank, João Mar-
cos sabe. Ninguém aqui sabe o endereço do Frank. Portanto, o
João Marcos não sabe.
(b) Se o Pedro ganhou no jogo uma grande soma em dinheiro,
ele está rico. Mas o Pedro está rico. Então ele ganhou no jogo.
A falácia das premissas falsas, como o próprio nome diz, é ca-
racterizada pela assunção de premissas falsas ou insustentáveis.
(a) Ou você está do lado do povo ou você está contra o povo.
Você não está do nosso lado. Logo, você está contra o povo.
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UM PRELÚDIO A LÓGICA 63
Exercício:
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2
C á l c u l o p r o p o s ic io n a l
TRATAMENTO FORMAL
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66 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PA ULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 67
Dizemos
de A queconseqüência
ou é uma o último membro daX .seqüência,
de A em A^, é deduzido
Se A é o último membro
de uma dedução a partir de A, então escrevemos A A. Dora
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68 HERC
ULESDEARAÚJOFEI
TOSAELEO
NARD
OPA
ULO
VICH
vante, a menos que necessário, não vamos indicar o símbolo X de
A h x A, pois estamos tratando do sistema X.
Quando À é o conjunto vazio 0 A é um teorema de X, e
escrevemos 0 h A, ou simplesmente I A, ou seja, um teorema de
X é uma dedução a partir do conjunto vazio.
É importante percebermos que o símbolo ” não pertence ao
alfabeto de X e, dessa forma, qualquer expressão em que apareça
não é uma fórmula de X, mas apenas uma sentença sobre X, que
afirma que A é um teorema de X.
Exemplo:
(a) Estabelecer em X uma dedução para A, B^(A>C) h
(B>C), onde A, B e C são fórmulas de X.
A 1. P
2. B —>(A—>C) P
3. A—>(B—>A) Ax,
4. (B>A) MP em 1 e 3
5. (B—>(A—>C))—»((B—>A)—>(B—»C)) Ax2
6. ((B>A)>(B>C)) MP em 2 e 5
7. (B—>C) MP em 4 e 6
0 resultado acima certamente não faz parte de X; fazse neces
sário, então, para o que segue, fazermos uma distinção entre os
dois níveis em que se encontram os procedimentos dedutivos, ou
seja, se ocorre dentro do sistema formal, ou fora do mesmo, mas
falando sobre o sistema. A palavra “teorema” indica fórmulas
obtidas por procedimentos internos, ao passo que a palavra “meta
teorema” é referida a procedimentos externos, versando sobre
resultados do sistema formal. Teoremas são fórmulas de um tipo
bastante restrito, ao passo que os metateoremas, que são os trata-
dos normalmente, são escritos na linguagem matemática ordiná-
ria. Também os símbolos usados para denotar fórmulas, as letras
latinas iniciais maiusculas, não pertencem ao alfabeto de X, por-
tanto fazem parte da “metateoria”. Na abordagem intuitiva, temos
que está na linguagem, e ^ está na “metalingua gem” .
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 69
4. (A-X
5. (A -K B->C
B —>C))))-K(A-> B)-K A ->C )) M
A xP2 em 2 e 3
6. (A^ B)-K A ->C ) M P em 4 e 5
7. (A-»C) MP em 1 e 6
Exercício:
1. Demonstrar:
(a) H (—tB —>—A ) —> (A.—>B)
(b) I— B —>(B —»A)
(c) H (—A —>A) —> A
(d) l—A —>((A—>B)—>(A—>B))
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70 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Ca so2: B e A
1. A b B membro de A
2. A b B KA >B ) Ax,
3. A b (A —>B) MP em 1 e 2
Portanto, Ab (A—>B).
Caso 3: B = A
1. A bA bA Proposição 2.1
2. A b A —>B substituição em 1
Portanto, A b A —>B.
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UM PRE LÚDI O À LÓGICA 71
Caso 2 : B € A
M ais um a vez, A I- A —>B, como na base.
Caso 3 : B = A
Idem.
C
\
Demonstração:
1. A u {A } h- A —»B A çA u{A } e p .
2. A u {A } l—A A e A u{ A}
3. A u{A } K B M P em 1 e 2 ■
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i
Demonstração:
(1) 1. A —>B P-
2. B -» C P-
3. A pp.
4. B MP em 1 e 3
5. C MP em 2 e 4
Assim A —>B, B —>C, A h C e , pelo TD, A —»B, B —>C \~ A—>C.
(ii) 1• A—>(B—>C) P-
2. B P-
3. A pp.
4. B->C MP em 1 e 3
5. C MP em 2 e 4
Assim, A—>(B—»C), B, A 1- C e, pelo TD , A —>(B—>C), B h A->C
A—
(iv) 2.1.—) »A
—
iA—>(—i—i(—iA—>A)—>—iA) P-Ax,
3. (-i-i(-.A-»A)->-iA) (A-»-i(-A-»A)) exercício 1 (a)
4. —iA—>(A—>— 1(—
iA—>A)) SH em 2 e 3
5. (—iA—>(A—>—
1(—iA—>A)))—>((—iA—>A)—>(—
A —>—i(—A —>A))) Ax2
6. (—A —>A)—>(—A—>— (—A —>A))
1 MP em 4 e 5
7. — iA—>—i(—A —>A) MP em 1 e 6
8. (-A-»-i(-A->A)) —>((-A—»A)—>A) exercício 1 (a)
9. (-A —>A)—>A MP em 7 e 8
10. A MP em 1 e 9
Portanto (-A -A ) h A=>h ( -A- »A)- »A ■
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 73
Exercício:
2. Mostrar que valem os resultados seguintes para quaisquer
fórmulas A, B e C de X.
(a) I— i—iB —>B (g) hA -»(-iB —»-i(A—»B))
(b) h- B -»-,i B f (h) H ( A-> B)-> ((-A-> B)-> B)
(c) I— iA—»( A —>B) (i) —i—iA l—A
(d) f- (-iB->-iA) —> (A—>B) (j) A—>B, —i(B—>C)—>—iA l—A —>C
(e) f- ( A —>B) —> (-<B—>-.A) (l) H -.(A-»B)-»(B-»A)
(f) t-A ->((A -»B )-*B) (m) —iC l—C —>B
Teorema da completude
Como vimos, nem sempre é fácil proceder à dedução; para o
cálculo proposicional, porém, uma ferramenta muito prática será
estabelecida nesta seção.
No tratamento intuitivo da lógica proposicional, um conceito
foi destacado, o de tautologia. Além disso, o tratamento formal
tem sido proposto de forma que capture aquelas noções intuitivas.
Seria então razoável esperar que as formas proposicionais tautoló-
gicas correspondam aos teoremas de X . O objetivo desta seção é
mostrar que uma fórmula de X é um teorema se, e somente se, for
uma tautologia.
Uma valoração restrita é uma função v do conjunto For^ das
fórmulas atômicas em { 0,1 }, ou seja, v : Fo rAl —» {0 ,1 }.
Coloca-se então a questão de estender v a uma função definida
no conjunto de todas as fórmulas, For, ou seja, v : F o r —> {0, 1}.
Essa extensão é dada por indução, do seguinte modo:
Uma valoração v para X é uma função com domínio em For e
contradomínio em {0 ,1 }, tal que para quaisquer fórmulas A, B e
For:
(i) v | ForA
l 1coincide com v
(ii) v(-iA) = 0 see v( A) = 1
(iii) f(A~4B) = 0 see t>(A) = 1 e t>(B) = 0.
1 Valonzação
restrita às fórm
ulas atôm
icas.
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4 HÉRCULES DE ARAÚ JO F EITOSA E LEONA RDO PAULOV ICH
Exercício:
3. Mostrar que todos os axiomas de X são fórm ulas válidas ou
tautológicas.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 75
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76 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 7 7
Assim:
1.p * ......Pk.i* ^Pk“ >A p.
2. p,* ......Pu*~iPk>A p.
3. p,* ......pkl* I (Pk^A)—>((—.pk—>A)—>A) exercício 2.(h)
2 Laszlo Kalmar(19051976),
importan
te matem
ático hún
garo,investigador da
lógica matem
ática.
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78 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONAR DO PAU LOVIC H
Demonstração:
(=>) Se M é cons istente , entã o para algu m a fórm ula A de íM,
ou A não é te orema o u —A não é teorema.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 79
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80 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
funções v. F o r —> {0, 1}, caracter izam a modc laçào mais intuitiva
do cálculo proposicional clássico, pois interpretamos cada fórmula
dizend o se é verdadeira o u falsa; c os teorem as sào aquelas fórmu-
las que sào verdadeiras ou válidas para toda valoração. No cálculo
X , se p é uma vari ável proposicionai, então nem p nem tampouco
—ip são te oremas, pois alg uma valoração atrib ui va lor “0" para p e
outra at ribui o val or "1 ” .
É importante destacarmos que essas valorações não são os úni-
cos modelos para o cálculo X . Agora vam os s istem atizar o conceito
de m odelos dados p elas valora ções.
Sejam v uma val oração e A uma fórmula de X . A valoraçã o v é
um modelo para A ou v satisfaz A, quando v(A) = 1. Quando v
satisfaz A, indicamos por v f= A. Uma valoração v é um modelo
para um conjunto F de fórmulas quando v(B) = 1, para toda fór-
mula B e T, o que denotamos por v 1= T.
A fórmula B é conseqüência semântica da fórmula A quando
todo modelo de A é também modelo de B e escrevemos {A } *= B.
A fórmul a B é conseqüência semântica de F q uan do todo modelo de
Té também modelo de B , o que é denota do por T B .
segue que T (= A. ■
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UM PRELÚDIOÀ LÓGICA 81
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82 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Logo, £ é consistente.
(2° passo) Verifica r que £ é maximal.
Suponhamos que exista um conjunto consistente de fórmulas
Aa que contenha propriamente £, isto é, £ c A«. P ara Ap e 4 * !
temos que A «u {A p} é consistente, pois caso contrári o 4 * seria
inconsistente. Des sa forma, Ap € 4x+1 e, então, Ap € X, o que é
uma contradição. Portanto, £ éma xima l. ■
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 83
então T h A.
Demonstração:Se T 1= A, então todo modelo deT é modelo de
A, ou seja, não existe modelo de R j { —A } . Pelo Teorema 2.19,
I \ j (—A ) é inconsistente e, pelo Lem a 2.14, TI A. ■
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4 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 85
Exercícios:
4. Sejam S um sistema formal , A uma fórmul a de S e Tum a
extensão de S obtida pela inclusão de A como um novo axioma.
Mostrar que o conjunto dos teoremas de T é distinto do conjunto
dos teoremas de S see A não é um teorema de S-
5. Seja Quma extensão completa e consistente de S- Se A é
uma fórmula de S , mostrar que uma extensã o de Q obtida pe lo
acréscimo de A como um novo axioma é consistente see A é um
teorema de Q.
6. Mo strar que , se A é uma contradição de X , então A não
pode ser teorema de qualq uer extensão consistente de X.
Efetividade e independência
Nesta seção, estudaremos mais duas propriedades dos siste-
mas formais relativas ao cálculo X. Primeiro, verificaremos como
podemos determina r se certa expressão de X é ou não uma fó r-
mula. A seguir, mostramos a independência dos esquemas de
axiomas de X .
A efetividade
A efetividade nos permite decidir se uma expressão qualquer é ou
não uma fórmula. Todos os elementos necessários para sabermos se
estamos trabalhando com uma fórmula ou com outra expressão são
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8 6 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
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UM PRE LÚD IO À LÓGICA 87
A indepe ndênci a
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88 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
- -(A -» (B —) A))
0 1 0 1 0
0 1 Vi 1 0
0 1 1 1 0
Vi r 1 0 1 Vi
Vi 1 Vi 1 Vi
Vi 1 i 0 Vi
1 1 r o 1 1
1
1 1 Vi 1 1
1 1 1 1
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UM PRE LÚD IO À LÓGICA 89
Exercício:
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3
Á lgebra d o s conjuntos
Noção de conjunt
o
Como em qualquer tópico, o ponto de partida da teoria dos
conjuntos é dado pe los conceitos primitivos , que são c onceit os não
definidos. Assim, não apresentamos definições para os conceitos
de conjunto, elemento e relação de pertinência, a qual relaciona
um elemento com um conjunto.
A idéia intuitiva de conjunto é a de coleção, classe de objetos,
etc. Os indivíduos de um conjunto são os seus elementos ou
membros.
Os conjunto s são, em ger al, denotados por letras latinas m aiu s-
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92 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplos:
(a) (3x)(x + 2 = 4), que lemos: existe um eleme nto x tal que x +
2 = 4.
(b) (Vx) (x2 4 = (x + 2).(x 2)), que lemos: pa ra todo x , x 4
= (x + 2).(x2).
Relação de pertinência
Para indicarmos que um elementoa pertencea um conjunto A
utilizamos o símbolo e e escrevemosa e A (lêse: a pertence a A);
para dizer que um elementob não pertenceao conjunto A, utiliza-
mos o símbolo £ e escrevemosb<£ A (lêse: b não pertence a A).
Exemplo:
(a) Dado o conjunto A = {1, 2, 3} , pod emos escrever:
1 e A, 2 e A, 3 e A, 4 € A, 5 e A , ...
Determinação de um conjunto
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 93
Exemplos:
(a) A = {a,b, c , d, e}
(b) B = {1,0,1,2,3}
(c) Z = {... 3, 2 ,1 ,0 ,1 ,2 , 3,...}
Exemplos:
(a) A = {xe N / x > 4 }
(b) B = {x e Z / 4 < x < 6}
(c) C = {xe R/ x<10}
Tipos de conjuntos
Alguns conjuntos são típicos da teoria dos conjuntos. Desta-
camos:
(i) Conju nto vazi o: o conjunto vazio é aquele que não possui
elementos. Denotamos o conjunto vazio por { } ou, simplesmente,
pelo símbolo70 . m
Exemplos:
(a) A = {x e R / x2+ 1 = 0}
(b) D = (x e N / 4 < x < 5}
apenas um elemento.
Exemplos:
(a) A = {8 }
(b) B = (x / x é satélite natural da Te rra }
Exemplos:
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94 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
Exercícios:
1. Dar os elementos dos seg uintes con juntos:
(a) A = {x / x é letra da palavra conjun tos'} \ /
(b) C = {x / x é nome de estado brasileiro que inicia com a letra
Vi
2. Descrever os seguintes conjuntos por meio de uma proprie-
dade característica de seus elementos:
(a) A = {0, 2, 4, 6,...}
(b) B = {0,1,2,3, 4, 5, 6, 7, 8,9}
(c) C = {0 ,l, 4 ,9,1 6, 25, 36, ...}
(d) D = {1 , 1 ,2 , 2, 3, 3, 6,6 }
3. Descrever por meio da listagem do s seus elementos os con-
juntos:
(a) conjunto dos múltiplos inteiros de 3 entre 1 0 e 10
(b) conjunto dos divisores inteiros de 42
(c) conjunto dos m últiplos inteiros de 0
4. Verificar quais dos conjuntos abaixo são vazios, unitários,
finitos ou infinitos: \fi
(a) A = { x e Q / x < 9/4 e x > 6/5 } ‘
(b) B = (x € Z / x2= 3} j, •
(c) D = { x 6 Z / x é divisível por 0 }v ,
(d) C = {x € R / x.O = 2} v <^to'
(e) E = {x € Z / 0.x = 0} 9
(f ) F = { x e Z / x é d ivisor de 0} /.• " .
(g) G = {xe R / x = 9/ 4ex = 6/ 5} v
(h) H = {x e N / 2x+l = 7} ,
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UM PREL ÚDI O À LÓGICA 95
Relação de inclusão
Um conj unto A é subconjunto de um conj unto B quando todos
os elementos que pertencem a A também pertencem a B. Indica-
mos isso por:
A ç B « (V x )(x g A —» x g B)
A exp ressão A ç B tem o si gni ficad o de “A est á cont ido em B ”
ou “A é part e de B ” , ou ainda "B contém A ” . Podem os escr ever
també m B 3 A, que si gnif ica “B contém A ” .
Para todo conjunto A, são seus subconjuntos o próprio con-
junto A e o conjunto vazio. E sses dois su bco njunto s são denom i-
nados subconjuntos triviais.
O conjun to A é um subconjunto próprio de B se A ç B e ex iste
um elemento de B q ue não pertenc e a A . N este caso, indicam os a
inclusão p or A c B .
Exemplos:
(a) Dados os con junto s A = {1 ,0, 1} e B = {3, 2, 1, 0,1, 2},
como todos os ele mentos de A tam bém são elementos de B, po de-
mos escrever:
A c B o u B d A.
BçA. '
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96 HÉRC ULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NARD O PAULOVIC H
Exemplo:
(a) Da dos os conjuntos A = {0, 1, 2} e B = {x e N / x < 2}, po_
demos verificar que A e B possuem os mesmos elementos. Log0
devemos in dicar que A = B.
Exercícios:
5. Determinar se é verdadeira ou falsa em cada uma das se-
guintes sentenças:
(a) {0,1 } e {0 ,1,2 , 3} (b) {a} e {a, b) (c) 0 € {0}
(d) 0 e 0 V (e){a)ç0 (f)ae{a,{a}}
(g) {a} C {a, {a }} J (h) 0 C {0 , {a }} (i) 0 € {0 , {a}}
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UM PRELÚDI O À LÓGICA 97
Exemplos:
(a) Dado A = {1, 2, 3} , temos:
<RA) = {0, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
(b) Se D = {a , (}}, então:
^D ) = {0, {a},{p},{a,p}}
1 O conjuntodaspartesé ocasionalmente
amch
ado de conjunto
otência.
p
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9 8 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEON ARDO PAULOVICH
f n> V \
(i + i)"= i° r. + i\ r \ fn> + i 2. r 2. + 1M°. n
v0 y í 2 n
i j ^ y ;
ou seja:
|V V V
+ fnl + +... +
0 i , 2 n
V/ i j ^ J ^ y
Exercício:
União de conjuntos
Devemos
verso notarU.que
de discurso Issoestabelecemos
é importante sempre qual é ocertos
para evitarmos nosso pro-
uni-
blemas que esta abordagem intuitiva po de cau sar.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 9 9
Exemplo:
(a) Dados os conjuntos A = {1, 0, 1} e B = {1, 2, 3}, então a
união de A e B é o conjunto:
(ii)SeAçB:
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100 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOS A E LEO NA RD O PAU LO VICH
Propriedades da união
As propriedades da união de conjuntos podem ser demonstra-
das por meio de propriedades lógicas. Como exemplos, demons-
tramos as propriedades U 3e U8abaixo.
Considerando A, B e C conjuntos quaisquer de um universo
U, valem as seguintes propriedades par a a u niã o de co nju nt os:
U,: AuA = A
U2: (AuB)uC = A u(B uC )
U 3: Au B = B uA
Demonstração:x6 A u B o x e A v x e B o x e B v x e A o
x 6 Bu A.
Como x 6 A uB se, e soment e se, x e B u A , então os doi s
conjuntos têm exatamente os mesmos elementos e, portanto, são
iguais.
U,: A u 0 = A
U s: AuU = U
U6: A ç AuB e B c A uB
U 7: A ç B o A u B = B
Se Xc U,AçX eB q X , e ntão A uB ç X .
Exercício:
Intersecção de conjuntos
Exemplos:
(a) Dados os conjuntos A = {—1, 0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5},
temos que A nB = {2, 3}.
(b) Se A = Z e B = {x e R / x2= 4 }, então A nB = 0 .
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102 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
It: A n A = A
x g A n A «x eA A x eA o x e A.
I2: (A n B )n C = A n (B n C)
I3: A n B = B n A
I4: A n 0 = 0
I5: A n U = A
I6: A n B çA e A n B cB
Exercícios:
12. Verificar que valem as outras propriedades da intersecção
de conjuntos.
13. Dado s os conj unto s A = {1, 2, 3}, B = { 3, 4} e C = { 1 , 2,
4}, d eterminar o conjunto X ta l qu e X u B = A u C e X n B = 0 .
14. Det ermin ar o con junto X tal que {a, b,c , d } u X = {a, b, c,
d, e}, { c, d} u X = { a , c , d, e} e {b, c,d} n X = {c} .
15. Mo strar que: Au B = 0 = > A = 0 a B =0 .
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UM PRE LÚD IO À LÓGICA 103
Exemplos:
(a) Dado s os conjunt os A = {2, 1, 0 , 1 , 2 } eB = { 0 , 1 , 2, 3}, a
diferença entre A e B é o conjunto A B = { 2, 1}.
(b) Se A = R e B = Q, então A B é o co njunto RQ dos núme-
ros irracionai s.
i
\
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104 HÉRCULES DE ARAÚJO F EITOS A E LEONA RDO PAUL OVI CH
Demonstração: x e A -B O x e A a x é B « xe Aa x e B’ <=>
x e Ar \B’
D 2: A -B = 0 <=> A ç B
D 3: A -B = B -A <=>A = B
Exercício:
16. Verificar qu e va lem a s o utras prop rieda des da diferença de
conjuntos.
17. Considerando o diagrama de Venn abaixo, sombrear os
conjuntos indicados. Faz er um d iagram a para cada i tem:
(a) A n(B uC ) (b) (A nB )u(A nC ) (c) Au(BnC )
(d) (A uB )n(A uC ) (e) A n B n C (f) ((BuC)-A)-B'
(g) (B-A yn íBuC y (h) (A -B)'n(C-B )’
Complementação de conjuntos
Cg ={ xe U /x € Aa x í B}
De acordo com a definição de complementar, podemos obser-
var que C g = A B . Além disso, o compl ementar de um conjun to
A em relação ao universo U é representado por Acou A ’.
Q:0 ' =U
C2: U ' = 0
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1 0 6 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplo:
(a) Consideremos os conjuntos A = {x e Z / x > 5} e B = {x
e Z / x < 5}. Então, o conjunto intersecçao A nB = { x e Z / 5 < x
< 5^ A’ = {x e Z / x< 5 }, B’ = (xe Z / x > 5}, A’ uB ’ = {xeZ
/ x < 5 v x > 5 } e A’nB ’ = 0 . Podemos observar que (AnB)’ =
A’uB\
Exercício:
18. Verificar que valem as outras propriedades da comple
mentação de conjuntos.
Com
de relação às
conjuntos, operações de uma
determinamos união, intersecçao
álgebra ( Í^ U),e complementação
vj, n , 0 , U) em
que valem as seguintes propriedades:
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 107
Propriedades da união:
Idempotência: AuA = A
Comutatividade: AuB = BuA
Associatividade: (AuB) uC = A u(BuC)
Elemento neutro: A u0 = A
Elemento absorvente:
AuU = U
Propriedades da intersecção:
Idempotência: AnA = A
Comutatividade: AnB = BnA
Associatividade: (A n B) nC = A n (B n C )
Elemento neutro: AnU = A
Elemento absorvente: An0 = 0
Au(BnC ) = (AuB)n(AuC)
An(BuC ) = (AnB)u(AnC)
Demonstração:
x e A n(BuC) « x e A a x g Bu C « x € A a (x e B v x e C ) «
(x e A a x g B ) v (x e A A xe C )«xe A n B v x e A n C
xe (AnB)u(AnC)
Propriedades da complementação: A ’n A = 0
A’ uA = U
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108 HÉRC ULES DE ARAÚJO FE ITOSA E LEONAR DO PA ULOVICH
Propriedades de absorção: A n (A u B ) = A
Au(AnB ) = A
As propriedades de absorção são poderosas ferramentas para a
simplificação de expressões com conjuntos. Entretanto, elas po-
dem ser demonstradas a partir das propriedades anteriores. De-
monstremos, por exemplo, a propriedade A n (A uB ) = A:
Exercícios:
19. JustificarA u (A n B ) = A .
2 0 . Dar exemplos de conjuntos A, B e C tais que (AuB)nC t
Au(Br»C).
21. Utilizando as propriedades conhecidas da álgebra dos con-
juntos, verificar as igualdades abaixo:
(a) A n (B -A ) = 0 (b) A u(B -A) = AuB
(c) CHAuB ) = (C A)n (CB ) (d) C<An B) = (CA)u (CB)
(e) A -(B -C ) = (A -B )u (A n C ) (f) A -(A n B ) = A -B
(g) (Au B )-B = A -B (h) (A-G )n(B -C ) = (An B}-C
22. Simplificar as expressões:
(a)(A’nB 7 (b)(A'uB 7
(c) (Au B’)’ (d) (AnB)u(A'nB)
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I
4
C ir c u it o s e l e t r ô n ic o s
Estados lógicos
Para o estudo dos dispositivos próprios da lógica digital, há
dois estados lógicos a ser considerados:
• 0 (zero): é o estado lógico que representa, por exemplo: porta
fechada, aparelho desligado, ausência de tensão, chave aberta,
não, etc.;
• 1 (um): é o estado lógico que representa, por exemplo: porta aber-
ta, aparelho ligado, presença de tensão, chave fechada, sim, etc.
Funções lógicas
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1 1 U HÉRC ULES DE ARA ÚJO FEITOSA E LEONARD O PAUL OVI CH
Função E (AND)
A funç ão E executa a multiplicação ou conjunção de duas variá-
veis binárias. A função lógica E assume o valor um “ 1 ” se, e so-
Chave A Chave B
E: bateria L: lâmpada
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UM PRELÚDI O À LÓGICA 11 1
A B A.B
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Porta lógica E
/
E um circuito lógico que executa a funç ão E. Repre senta mo s a
porta E pelo símbolo:
Fun çã o OU (OR)
A função OU executa a soma ou disjunção de duas variáve is bi -
nárias. A função lógica O U assume o valor zero “ 0” se, e somente
se, todas as variáveis de entrada são iguais a zero “ 0” . Rep rese n-
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11 2 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NARDO PAULOVICH
Porta lógica OU
É um circuito lógico que executa a função OU. Representamos
a porta lógica OU pelos símbolos:
ou
saída ambas,
rem, da portaestados
lógica.lógicos
Quando as variáveis
iguais de entrada
a “0", a variável A e BStive-
de saída terá
o estado lógico igual a "0”; caso contrário, S terá estado lógico “1”.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 113
A/VV
O
Após um bloco lógico, nega a saída do bloco.
------------------------o
Antes de um bloco lógico, nega a entrada no bloco.
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114 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Fu nç ã o N Ã O E ( NE ou N A N D )
E a função que inverte a saída de uma função E, representada
por S = A .B .
Ta be la de verda de da funçã o N Ã O E
A B A .B
0 0 1
0
1 01 11
1 1 0
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 115
Porta NÃ O E
É um circuito lógico que executa a função NÃO E, cujo sím-
bolo é o seguinte:
Fu nç ão NÃ O OU (NOU ou NOR)
É a função que in verte a saída da f unção O U. Represen tamos a
função NÃ O O U po r S = A + B
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116 HÉRCUL ES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
OU
©< I o
L D 2Elemento absorvente: 1+A = 1 I
L D 3Idempotência: A + A=A A . A=
L D , Elemento complementar: A+ Ã = 1 A.Ã =0
L D SComutatividade: A+B = B+A A.B = B.A
L D 6Associatividade: A+(B+C) = (A+B)+C A.( B.C ) = (A.B).C
L D 7Distributividade: A.( B+C) = A.B+ A.C A+(B.C) =
(A+B).(A+C)
L D gAbsorção: A+(A.B) = A A.(A+B) = A
LD , De Morgan: Ã+B = Ã .B Ã ! = Ã +B
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UM PRELÚDIO À LÓG ICA 1 17
Scanned by CamScanner
118 HÉRCULES DE ARAÚJ O FEITOSA E LEON ARD O PAU LOV ICH
Observação:
estão na representação
representadas acima, as chaves A, B, C e D
pelas linhasverticais.
(d) Para o circuito abaixo nas variáveis A, B, C e D:
D C B A
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 119
0 C B A
D c B A
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120 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
C B A
d c B A
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UM PRE LÚDI O À LÓGICA 12 1
Exercício:
1. Determinar o circuit o lógico associado às seguintes exp res -
sões booleanas:
(a ) S = (À +B +C ),(Ã . B.C )
(b) S = (Ã X > B + D )+ C. (Ã! CD)
(c) S=((A +B ). Q .( D .( C +B ))
(d) S = (Ã + B + C). (A+ B +C )
(e) S = Ã .B .C + Ã.B.C + Ã.B.C + Ã. B. C + A BC
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12 2 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
4.
5. SS == AA (BC+
l B.C) Comutatividade
Complementar
6. S = A Elemento neutro
A simplificação acima informanos que o circuito inicial S,
dado pela expressão S = ABC + A C + A B , é equivalente a um
circuito que possui apenas a chave A. Na prática, o circuito inicial
S, composto de 4 portas lógicas, pode ser substituído por um cir-
cuito que tenha apenas a chave A.
(b) Simplificar a expressão booleana abaixo, utilizando as pro
priedades d a lógica digital: S=A+ÃB
1. S —A + A B Expressão dada
2. S = (A+ Ã )(A+B) Distributividade
3. S = 1(A+B) Complementar
4. S —A+B Elemento neutro
O resultado dessa simplificação é utilizado muitas vezes na
simplificação de outras express ões mais complexas.
Exercício:
2. Simplificar as expressões booleanas seguintes utilizando®
propriedades da álgebra de Boole:
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UM PRE LÚD I O À LÓGICA 123
0 1
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124 HÉRCU LES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PA ULO VI CH
à B ÃB AB AB
00 01 11 10
à B=0 0
à B =0 1
A B =11
A B = 10
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UM PRELÚDIO K LÓGICA 1 2 5
AB AB AB AB
0 c
c
1
00 01 11 10
ABC 000 1 0 1
ABC 010 1 ' 2 1
ABC 110 6 1
AABBCC 1 100 1 4 1
1 001 1 1 1
ABC 011 \ 3 1
ABC 111
1 7 1
ABC 1 101 | 5 j
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^ HÉRCULES DE ARAÚ JO FEITOSA E LEON ARDO PA UL OV 1C H
AB AB AB AB
00 / i 1 CD
01 CD
11 CD 1 1
10 \ *
00/ /
01 11 10 CD
L *
AB CD 1011 11
ÃBCD 0010 2
ÃBCD 0110 6
ABCD 1110 14
ABCD 1010 10
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 12 7
Exemplos:
(a) Mapa da função que representa o conectivo E: f(A, B) =
AB.
ÃB ÃB AB AB ‘
~ 1 11 I
00 01 11 10
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128 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOS A E LEO NAR DO PAULOVICH
00 01 11 10
AB AB AB AB
C
1 C
00 01 11 10
CD
CD ' M ci.
CD
CD i OOf
00 01 11 10 \2)U O
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UM PRELÚD IO À LÓGICA 129
AB AB AB AB
0 1 3 2
AB AB AB AB
0 2 6 4 C
1 * 3 7 5 C
AB AB AB AB
0 4 •12 8 CD
1 5 13 9 CD
3 7 15 11 CD
2 6 14 10 CD
Scanned by CamScanner
130 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplos:
(a) Mapa da função f(A, B, C) = 1(0, 3,4, 5):
AB AB AB AB
1 1 G
C
'• 0 1 :i CD
CV, cc ci li \e y <S '
a
AB AB AB AB
i i
ÃB ÃB AB AB
Scanned by CamScanner
UM PREL ÚDI O À LÓG ICA 13 1
ÃB Ã B AB AB
C
C
ÃB ÃB AB AB
C
— ^-------- ------------------ \
etc.
AB AB AB AB
i i i
ÃB ÃB AB AB
I G
etc. c\
(c) Oitavas de termos adjacentes
Num mapa de três variáveis, existe apenas uma oitava de ter-
mos adjacentes:
AB AB AB AB
i i i i C
i C
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132 HÉRCU
LESDEARA
ÚO
J FEI
TOSAELEO
NARD
OPA
ULO
VICH
Mapa de quatro variáveis
AB AB AB AB
CD
C D
CD
CD
ÃB ÃB AB AB
CD
CD
CD
CD
etc.
Exemplos:
AB AB AB AB
CD
CD
CD
CD
AB AB AB AB
I CD
CD
I CD
I CD
Scanned by CamScanner
UM PRELÚDIO À LÓGICA 133
CD
CD
CD
CD
ÃB ÃB AB AB
CD
CD
CD
CD
A bc - A p ,.:
AB AB AB AB ~ --
CD hC
CD
CD
CD
ÃB ÃB AB AB
CD
CD
CD
CD
ÃB ÃB AB AB
CD
CD ^
CD
CD
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134 HÉR CUL ES DE ARAÚJ O FEI TOSA E LEONARDO PAUL OVI CH
AB A B AB AB
ÇD /
1
CD
CD
CD
(c) Oita vas de term os adjac ente s num map a de quatro variá-
veis
AB AB AB AB
1 1 1 1 CD
1
CD
CD
CD
ÃB ÃB AB AB
| CD k
CD
CD
CD
etc.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 135
Exemplos:
Simplificar as expressõ es booleanas aba ixo:
(a)Y = Ã B + AB + AB:
AB AB AB AB
Resposta: Y = A +B .
T O 3
(b) Y = A B + AB + A B :
A B AB AB AB
U Ci
Existem dois pares.
Resposta: Y = A + B .
(c )Y = Ã B + ÃB + AB + AB:
Scanned by CamScanner
136 HÉRCUL ES DE ARAÚJO FEI TOSA E LEONARDO PA ULOVICH
(d )Y = A©B = AB + AB:
A B AB AB AB
i i
Não há termos adjacentes.
Resposta: Y não é simplificável.
(e) Y = A©B == A B + A B:
/ ÃB Ã B AB AB
1 i
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UM PRELÚDIO À LÓGIC A 1 37
A B A B A B AB
Há três pares.
Resposta: Y = A C +B C +A C ou Y = A C + A B+A C.
AB A B AB AB
AB A B AB AB
cr
J v
1
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138 HÉRCULES DE ARAÚ JO FEITOSA E LEONA RDO P AU LOV /CH
_(1) Y = A B C D + A B C D + A B C D + ÃBCD +
ABCD:
ÃB ÃB A B AB
CD
CD
CD
CD
H á uma qu adra e um pa r.
Re spo sta: Y = A D + B C D .
CD
CD
CD
CD
Há duas quadras.
Resposta: Y = B D + C D .
Exercício:
3. Simplificar as exp ressõe s boo leanas abaixo utilizando os ma-
pas de Karnaugh:
(a ) Y= Ã B C D + Ã B C D + ÃB CD + Ã BCD + AB C D
( b ) Y= A BC D + A BC D + ABC D + ÃBCD + ABC
(c) Y = f(A, B, C) = 2(1,2, 4, 5, 7)
(d) Y = f(A, B, C, D) = 1(0, 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 11)
(e) Y = f(A, B, C, D) = E(0, 2, 4, 6, 7, 9,11,13,14,15).
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UM PRELÚD IO À LÓGICA 139
Exemplos: _________
(a) Simplificar a expressão S = (A C + B + D ) + C(A.C .D) utili-
zando os mapas de
Inicialmente Karnaugh. a expressão booleana numa soma
transformamos
de produtos:
termos: A BC D , A BC D , A B C D e A B C D ). Da mes ma
forma, o termo C D corresponde, no mapa, aos termos A BC D ,
ÃBCD, AB CD e à BC D.
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140 HÉRCULES DE ARAÚJO FEIT OSA E LEONARDO PAULO VICH
CD
CD
CD
CD \
5. S=A.B.CD+A.C.CD+C.D.D Distributividade e
comutatividade
6. S=A.B.CD+A.CD+C.D Idempotência
CD
CD
\
CD
CD
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UM PRELÚD IO À LÓGICA 141
Exercício:
4. Para cada expressão booleana abaixo, transformála numa
soma de produtos utilizando as leis da álgebra digital e, em segui-
da, simplif icála uti lizando os map as de Karnaugh.
(a) S=Ã.[(B+C).(B+C)]+C[(Ã+B)+(Ã+B)]
(b) S = (A + B +C) .( A + B+C )+(A + B+C)( A + B +C ) h(A+B+C).(A+B+C)
(c) S=(A+AB+AB)+(AB+AD+ÃC+BC+CD)
(d) S= (Ã+ C+ D)+ (A + B+D ). (A + C+D)+A.B.D
Exemplo:
(a) Dad o o circuito lógico abaixo , obter um circuito equivalente
a ele que seja minimizado:
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1 4 2 HÉRCULES DE ARAÚJO FEI TOSA E LEONA RDO PAUL OVIC H
CD
CD
CD
CD
S = A.B.C+C .D
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UM P REL ÚDI O À LÓGICA 14 3
Exercício:
5. Para cad a circuito abaixo : determin ar a expressão bool eana
correspondente; transformar a expressão numa soma de produtos,
simplificá-la e dese nh ar o circu ito relativo à expr essão simplif icada.
%
(a)
D C B A
(b)
D C B A
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144 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEON ARD O PAULOVICH
Scanned by CamScanner
5
S il o g is mo s c a t eg ó r ic o s
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146 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplos:
Exemplos
Scanned by CamScanner
UM PRELÚDIO À LÓGICA 147
Exemplos:
• N ega ção pa rtic ula r denot ada por O: "Algum S não é P".
Exemplos:
Exemplos:
(a) Joã o é estudante.
(b) Ele não é normal.
A: (Vx)(S(x)»P(x))
“To do SéP ” ou
"P ara todo x, se vale S(x), então vale P(x)” ou
“ To dos elementos da classe S est ão na cl asse P ” .
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148 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
E: (Vx)(S(x)*iP(x))
“ Nenhum S é P” ou
“ Para todo x, se vale S(x), então não val e P(x)“ ou
“ Tod o eleme nto da c lasse S é da cla sse nã o P” .
I: (3x )(S(x )a P( x ))
“Al gum S é P “ ou
“ Existe x p ara o qual vale S(x) e vale P(x)“ ou
“ Existe algum elemento d a classe S que é da c lasse P” .
Interpretação conjuntista
Podemo s usar os elementos de teoria dos conjuntos para a in-
terpretação dos en unciados categóricos;
A: (Vx)(S(x)—»P(x)) E: (VxXSM-^-TM)
SçP SnP = 0
Scanned b y CamScanner
UM PRELÚDIOÀ LÓGICA 1 4 9
aqui se aplicam:
Princípio da identidade: todo conceito ou juízo deve ser
igual a si mesmo.
Princípio da nãocontradição: um enunciado não pode ser
verdadeiro e falso ao mesmo tempo.
Pr in cíp io d o t er ce iro exclu ído : todo enunciado deve ser ver-
dadeiro ou falso, e não há outra possibilidade.
As relações entre as quatro formas de proposições categóricas
(enunciados categóricos) são colocadas num quadrado denomina-
do quadrado das oposições:
, r c fc<> V
v T
. V' . v '
subalternas
t
-6 V ' ^
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150 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exercícios:
qualidades opostas
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UM PREL ÚDI O À LÓGICA 151
Inferências imediatas
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152 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
Exemplos: ^ ^
(a) Se "tod o peixe nad a", então "algu m peixe nada”.
(b) Se "nenhum casado é solteiro”, então "algum casado não é
solteiro”. E. O
Exemplos:
(a) Se “nenhum corintiano é palmeirense”, então "nenhum
palmeirense é corintiano”.
(b) Se "algum estudante está empregado”, então "algum em-
pregado é estudante” .
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 15 3
Exemplos:
(a) Se “todo viking é valente” , então “ algum valente é viking”.
Necessitamos da existência de algum viking.
(b) Se “nenhum terráqueo mora na Lu a” , então “ algum habi-
tante da Lua não é terráqueo” . Mais um a vez, precisamos da exis -
tência de um ser lunar.
Em diagramas, temos:
Exemplos:
(a) Se “todo matemático é cientista”, então “todo não cientista
é não matemático”.
(b) Se “algum brasileiro não gosta de futebol”, então "alguém
que não gosta de futebol não é não brasileiro", ou melhor, “alguém
que não gosta de futebol é brasileiro”.
seuObversão: permuta
complemento. Valemde as
qualidades
seguinteseregras
troca SAP
do predicado
I SEiP, pelo
SEP h
SA—P, SO P l SI J>, S IP I SC KP. ---- >
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154 HÉRCUL ES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONA RDO PAUL OVIC H
Exercício:
12. Justificar as regras acima usando a teoria dos conjuntos.
Exemplos:
^a) Se “todo filósofo é cientista", então “nenhum filósofo é não
cientista” .
(b) Se “nenhum animal é imortal", então “todo animal é
mortal”.
(c) Se “alguma criança não é feliz” , então “alguma criança é
infeliz".
(d) Se “algum político é honesto” , então “algum político não é
desonesto” .
Considerando que —i—P <=> P, temos que SAP <=> SE-P, pois:
SA P => (obversão) S E—P => SA -i —P => SAP.
Exercícios:
\ 13. Usando a conversão, mostrar que: SEP <=> PES e SIP <=>
PIS.
14. Usando obversão e co ntraposição, mostrar que -SA P «
-PAS, SA-nP <=> PA-S, - iS A - iP <=> PAS, - S O P o -POS,
S O P <=> P O -S , -S O - P <=>POS, SIP <=>S O -P e SOP SI-P.
t o
15. Considerando a informação “alguns polítjcos não estão isu-
jeitos à ação d^ju stiç a” , determinar qual o valor de verdade das
seguintes proposições
t categóricas:
. 1
(a) “algu mas pesso as sujeitas à ação da just iça são políticos”;
(b) “ nenhum político está sujeito à ação da justi ça";
(c) “ alguns não políticos estão sujeitos à ação da justiça”;
(d) “algumas pessoas não sujeitas à ação da justiça são políticos".
Silogismos
Um silogismo é uma regra de inferência binária que deduz uma
proposição categórica, a conclusão, a partir de duas premissas
também categóricas. A s premissas contêm um termo comum entre
si e um termo comum co m a conclusão.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 155
Exemplo:
Figuras
De acordo com a colocação do termo médio nas premissas, os
silogismos são divididos em figuras. São qu atro as figuras, a saber:
Modos
Para cada uma das quatro figuras acima mencionadas, os silo-
gismos se dividem em modos de acordo c om, a presença das pro po-
sições categóricas A, E, I e O. O exemplo dado acima é do modo
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156 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOVICH
MAP MAP
SAM ou SAM
SAP SAP
Não é difícil calcularmos, pela análise combinatória, que exis-
tem 64 modos teoricamente possíveis para cada figura. Vejamos a
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 157
FIGURA 4
Bamalip* PAM, M AS b SIP (ou Bramantip)
Camenes PAM, ME S b S EP (ou Calemes)
Exercícios:
16. Para cada modo válido em cada uma das figuras, dar um
exemplo em linguagem natural de silogismo válido.
17. Dar um contraexemplo em linguagem natural para cada
um dos seguintes modos inválidos:
(a) Figu ra 1 : AEA, AI A, AO A
(b) Figura 2: AAA, AIE, AO I
(c) Figura 3: AAE, 1 0 1 , E E A
18. Verificar que os seguintes modos não valem em nenhuma
das figuras: AAO, EE A, EIA, EOA, II A, IOA e OOA.
19. Identificar a figura e o modo em cada um dos argumentos
categóricos abaixo:
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1 58 HÉRCULES OE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 159
Ferio:
MEP: (Vx) (M(x )»iP(x ))
SIM: (3x) (S(x )a M ( x ))
SOP: ,\ (3x) (S( x )a - iP(x )
Exercício:
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160 HÉRCULES DE ARAÚ JO FEITOSA E LEON ARD O PAULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 161
Exercício:
21. Deduzir:
(a) Ferio h- Festino
(b) Festino F Baroco
Para a Figura 3, temos o seguinte:
(i) Darii
l.MAPF Darapti p. de Darapti
2. MA S p. de Darapti
3. SIM conversão por limitação em 2
4. SIP Darii em 2 e 3
(ii) Darapti 1- Felapton
l.MEP p. de Felapton
2. MA S p. de Felapton
3.MA-nP obversão em 1
4.SI-JP Darapti em 2 e 3
5. SO—i—lP r obversão em 4
- 6.SO P DN em 5
Exercícios:
22. Dedu zir:
(a) Darii F Disamis
(b) Disam is I- Bocardo
(c) Darii F Datisi
(d)
// Datisi I- Ferison
'Para a Fi gu ra 4, temo s o seguint e:
(i) Disam is F Bamalip
1. PA M p . de Bamalip
2. M A S p. de Bamalip
3 .M IP ' conversão por limitação em 1
4. SIP Disa m is em 2 e 3
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162 HÉRCUL ES DE ARAÚJO F EíTOS A E LEON ARDO PAULOVICH
3. SE M conversã o em 2
4. SEP Camestres em 1 e 3
Exercido:
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6
I nt r o duzi ndo o cálculo
DE PREDI CADO S
Sintaxe
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164 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOV1CH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 16 5
(BxJA^Vx^A.
Ocorrência livre e ligada de uma variável: Se A é uma
fórmula atômica e x ocorre em A, então dizemos que x ocorre livre
em A. Se x ocorre livre em A e x * y, então x ocorre livreem
(Vy)A. Se x ocorre livre em A, então x ocorre livreem A , A —>B e
B —»A. Se x não ocorre livre em A, então dizemos que x ocorre
ligada em A. Quando escrevemos (V y)A dizemos que A está no
escopodo quantificador (Vy).
Exemplos:
(a) O termo y é livre para x em R,(x), mas y não é livre para x
em (Vy)R,(x).
(b) Sej am T ,(2 ) = 2, T 0(l) = 1 e T 0(2) = 2. O termo f2(x, z) é li-
vre para x em (Vy)f2(x, y) —» R,(x). mas não é livre em
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1 66 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEON ARD O PAULOVICH
Exemplo:
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UM PRELÚ DIO À LÓGICA 167
MP A, A —>B H B
Gen A H (Vx)A
Os conceitos de dedução, demonstração, teorema, consistência
e inconsistência coincidem com os de £ . Muitos dos resultados
metateóricos do cálculo proposicional clássico £ continuam váli-
dos em £ * .
Vejamos alguns exemplos de dedução em £ * .
(a) A , (V x) A —»B I (V x)B
1. A P
2. (V x)A »B P
3. ( Vx )A Gen em 1
4. B M P em 2 e 3
5. (Vx)B Gen em 4
Exercício:
1. Mostrar que:
(a) l (VxXA>B) > (0 x )A > (3x) (B))
a
(b)fI(3x
(c) (Vx)(AvB) x )A v (3(x)(B))
XA a B)o <>(0((Vx)A Vx)(B))
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168 HÉRC ULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEON ARD O PA ULO VICH
Exemplo:
(a) Vejamos que I (VxVy)A <>(VyVx)A:
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 169
Exercício:
2. Verificar que:
(a) h (3x3y)A «» (3y3x)A
(b) l A » (Vx) A, se x não ocorre livre em A
(c) b (3x)A —>A, se x não ocorre livre em A
(d) b A(t, t) » (3x)A( t, x)
Como um último e importante resultado sintático, verificare-
mos que X * é um sistema consistente. Para a obtenção desse re-
sultado, utilizaremos um dispositivo bastante comum em lógica,
que é a definição de uma função de um sistema em outro, pela qual
obteremos a consistência relativa de um sistema segundo o outro.
Seja X * o cálculo de predicados e X um cálculo proposicional
associado, cujas fórmulas atômicas sejam dadas por {RJ^,, ou
seja, vamos entender os símbolos relacionais como as fórmulas
h(VxA) = h(A),
e se C é um axioma de X *, então h(C) é uma tautologia de X.
Além disso, se h(A) e h(A—>B) são tautologias, então h(B) e
h(VxA) = h(A) também são tautologias. Concluindo, se C é um
teorema de X *, então h(C ) é uma tautologia de X.
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17 0 HÉRCULES DE ARAÚ JO FEITOSA E LE ONA RDO PAULOVICM
Exercício:
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 171
OP, (Vx) (X ^ X)
OP2(VxVy) ((x £ y a y ^ x)*(x = y))
0 P 3(VxVyVz) ((x ^ y a y ^ z)>(x ^ z))
OP, OP3+
OL4 (VxVy)(x ^ y v y ^ x ) .
OP,
OLD I6
OP3 + O L4+ O LD
(Vx3y)(x ^ y 5+
a y * x)
OLD I7 (Vx3y)(y ^X Ay ^x )
Exercícios:
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1 72 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEON ARD O PAULOVICH
A* (VxVy)(x.s(y) = (x.y) + x)
A7(esquema de axiomas para cada A)
Xq não ocorre ligada.Então:
Seja A(x0, xp .... xn) na qual
(Vx,...Vxn)[(A(0, x| (.... x j a (VxqXAÍXo, X],.... x j
>A(s(Xo), x„ x„))) ^ A(x0, xp Xjj)].
Semântica
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 17 3
(iii) f]\av ..., an) see f^a,, ..., a j, para todosa„ .... ans A e
todo j € J.
(iv) a £ = av<s, para todoa^e A.
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17 4 HÉRCULES DE ARAÚJ O FEITOSA E LEO NARD O PAULOVICH
iWUMVh.i
m = w
{ d Jke K~* í^ lk e K
ÇK)=^
A função Ç leva elementos simplesmente sintáticos ou formais
em elementos de um mundo um pouco mais concreto nos quais
damos vida ou interpretamos os entes sintáticos ou simbólicos.
Dada a teoria dos anéis, podemos interpretála, por exemplo,
no anel dos inteiros dado por Z = (Z, , 0,1), em que o domínio
é o conjunto dos números inteiros, a adição e a multiplicaçãosão as
usuais operações sobre os números inteiros e as constantes 0 e 1
são interpretadas no 0 e 1 dos números inteiros. Este não é o único
modelo de tal teoria, apenas uma instância da teoria.
Sempre que não existir dúvidas, usaremos apenas os símbolos
R,, fj e a^.
Agora queremos considerar uma fórmula de certa teoria e saber
quando essa fórmula pode ser validada em uma estrutura. Fazen-
do um paralelo com o cálculo proposicional, gostaríamos de saber
quando a fórmula é verdadeira ou quando ela é válida.
Uma vez que no cálculo de predicados temos também a figura
dos termos, precisamos entendêlos dentro das estruturas se-
mânticas.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 17 5
—t2( a , , d n)
(ii) se A = Ri(tlt .... tk), T 0(i) = k e t,(v,.....vn), entãoa v ..., an
satisfaz Aem y?
.......
(Caso 2)
(i) A = —iB:
A 1= A (a „ ..., an) see A tf=B(a„ ..., an)
(ii) A = B —»C:
A *= A(a, ..... an) see J ? ^ B (a „ ..., aa) ou A (= C (a u ..., a j
(Caso 3)
(i)As(VVjJB,Ui£n:
A \= A(a„ ..., an) see, para todoa 6 A,
A^ B ( f l j , &; j dn)
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176 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E L EON ARD O PAULOVICH
Exercícios:
Teorem
a daadequação de <£*
O teorema da completude do cálculo de predicados, embora
tenha alguma semelhança com o respectivo teorema do cálculo
proposicional, tem uma demonstração bem mais sofisticada.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 17 7
Exercício:
ecálculo
caracterizam uma versão do Teorema da Completude para o
de predicados.
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17 8 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARD O PAULOVICH
(i) Io = £
(ii) Se p é um ordinal sucessor, isto é, p = p+1, então Zp =
IpU{(3xp)Ap(Xp) > Ap(kp)}, em que kp é a menor constante de C
que não ocorre em nenhuma sentença de Zp, Xp é a variável livre de
Ap(xp), se Ap(xp) tem variável livre; e XpXéq, se Ap(xp) não tem
variável livre.
Observação: Considerando que Zp esteja definido, temos que
o número de sentenças de Zp, que não são sentenças de L, é menor
que a e, além disso, cada sentença contém no máximo um número
finito de constantes, logo, existem constantes de C que não ocor-
rem em Zp.
(iii) Se p é um ordinal limite, então Zp = u p4XZp.
Z# Seja Z* = Up^Zp.
é consistente, Z çO Z*
caráter
e, porfinito das deduções
construção, nos conjunto
C é um garante que
de
testemunhas para 2?. ■
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 179
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1 80 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
3. ZI (3x)(t = x) MP em 1 e 2
4. ZI (3x)(t = x) » (t = c) Testemunha
5. Z h (t = c) M P em 3 e 4
Assim , p ara todo termo t existe c G C tal que [t ] = [c].
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 181
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182 HÉRCULES DE ARAÚJO FEItOSA E LEONARDO PAULOV1CH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 183
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18 4 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOViCH
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7
D i m ens õ es d a l óg i ca
CONTEMPORÂNEA
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18 6 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 18 7
da retórica e outras.
A teoria d a ver dad e continua a tratar da verdade. Seria possí-
vel definir verdade? Em quais circunstâncias? Quais as limitações?
Esse é um tema caro para a filosofia.
As teorias fu nd acionais, particularmente de matemática, mas
agora também da computação, caracterizam outra área funda-
mental. Essas teorias têm por objetivos responder perguntas do
tipo: "o que é tal ciência?” , “quais os seus alcances?” , “quais os
limites?”, “até onde podemos confiar?” . Para a matemática são
particularmente interessantes as teorias dos conjuntos e das cate-
gorias. Essas duas teorias ambientam meios para a construção de
toda a matemática contemporânea.
A computabilidade pode ser entendida como uma teoria da
computação. Reflete aspectos dos fundamentos da computação,
análise de algoritmos, recursividade e outros recursos lógicos.
O modelo natural para a teoria dos números seria a estrutura
determinada pelos números naturais, as constantes 0 e 1, a relação
de menor ou igual e as operações de adição e multiplicação, tal
como é estudado nos anos iniciais da formação matemática de todo
escolar. Quando os pioneiros introduziram um sistema formal
para dar conta da aritmética, imaginouse que o sistema seria tão
conveniente, que tudo aquilo que pode ser alcançado no ambiente
semântico coincidiría com o fornecido no ambiente dedutivo (sin-
tático). A análise não -standard surgiu exatamente por indicar
que o dedutivo não pode dar conta do semântico e, assim, temos
modelos distintos para teorias com muita força intuitiva. Particu-
larmente neste contexto, podemos dar significados distintos para
os épsilons e deltas do cálculo diferencial e integral e, talvez, res-
gatar algumas das intuições dos pioneiros do cálculo.
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188 HÉRC ULES DE ARAÚJO FEI TOSA E LEO NAR DO PAU LOV ICH
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 18 9
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1 90 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEON ARD O PAULOVICH
Exercício;
1. Buscar em bibliotecas ou na internet informações sobre ou-
tras lógicas não clássicas e suas aplicações.
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r
r
A y
A pêndice
S i st e m a s f uzzy
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19 2 HÉR CULE S DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NA RD O PAULOVICH
Conjuntos
f uz z y
Conceitos iniciais
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UM PREL ÚDIO À LÓGICA 19 3
Exercícios:
Seja V = {a, b, c, d, e, f,g} .
1. Mostr ar que 0 f Q V.
2. Apresentar dois conjuntos fuzzy em V tal que um não esteja
contido no outro.
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194 HÉRCULES DE ARAÚJO FE ITOSA E LEON ARDO PAU LOVICH
Exemplos:
(a) Sejam V= {x,, x2, x3, x4}, Af = {(x,, 0.1); (X2, 1); (x3, 0.8); (x4,
0) } eBf = {(Xj, 0.7); (x * 0.4); (x3, 0.9); (x4, 0.1)}. Então:
Af u (Bf = {(Xj, 0.7); ( x * 1); (x3, 0.9); (x4, 0.1)} e
A A B f = {(Xj, 0.1); (x2, 0.4); (x3, 0.8); (x4, 0)} = {(x,, 0.1); (x*
0.4); (x3, 0.8)}.
ma,Quando
podemosnão
omitir o par perigo
houver ordenado
de em que ocorre
confusão, esse elemento.
indicaremos o con
juntofuzzy Af apenas por A.
(b) Sejam V = {x,, x^ x3, x4, x5, x j , A = {(x„ 0.6); (xj, 0.1); (x3,
1) ; (x4, 0.7); (x5, 0.5)} e B = {(Xj, 0.2); (x^ 0.9); (x3, 0.8); (x4 , 0.7);
(xs, 0.5); (x6, 1)} temos:
A u fB = {(x,, 0.6); (Xj, 0.9); (x3, 1); (x4, 0.7); (xs, 0.5); (x6, 1)} e
A r \ B = {(x„ 0.2); (x2, 0.1); (x3, 0.8); (x4, 0.7); (x5, 0.5)}.
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X
UM PRELÚDIO À LÓGICA 19 5
(VxeV).
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196 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITO SA E LEONA RDO PAU LOVICH
Exemplos:
(a) Considerando V = {x1( x2, x3}, A = {(x,, 0.6); (xj, 0.1); (x3>
1)} e B = {(x,, 0.9); (x^ 0.5); (x3, 0.3 )}, então:
A’ = {(xt, 0.4); (x2, 0.9); (x3, 0)} = {(x„ 0.4); (x^ 0.9)}
B’ = {(x lf 0.1); (x2, 0.5); (x3, 0.7)}
A fB = {(x„ 0) ; (x2, 0); (x3, 0.7)} = {(x3, 0.7)}
Exercício:
3. Sejam V = {a, b, c, d, e, f, g} e A = {(a, 0.7); (b, 0.3); (c, 1);
(d, 1); (e, 0.5); (f, 0.9), (g, 0.7)}, B = {(a, 0.2); (b, 0.5); (c, 0.3); (d,
0.7); (e, 0.5); (f, 0), (g, 0.6)} e C = {(a, 0.2); (b, 0.3); (c, 0.2); (d,
0.6); (e, 0.3); (f, 0.4), (g, 0.1)}. Determinar:
(a )A uf B (b)A B ‘ . (c)Ar \B
(d) (A OfB) f> C (e) A' (f) (A f C)r>B
(g) (A u fC) r>B (h) (A C) r \(B f C) (i) (A r\ C )’
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 19 7
Propriedade reflexiva:
A Q A, pois, certamente, (Vxe V) fA(x) < fA(x).
Princípio da dualidade:
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19 8 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LE ONA RDO PAULOVICH
Propriedade de idempotência:
A u , A = A, pois fAUA= fAv fA= fAe
A r \ A = A, segue pelo princípio da dualidade, ou seja , apenas
trocamos vj por n e obtemos fAnA= fAa fA= fA.
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UM PRELÚDIO ÀLÓGICA 199
fA fc ^ fAVfc —fc
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200 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
l ( f Av f B) = ( lf A)
se fA> f B=>^ e
(l -f A) < ( l - f B)= >( l- fA) A ( l - f B) = (l-fA)
se fA< f B ■< e
(l -f A) > ( l - f B)= >( l- f A) A ( l - f B) = (l- fB)
V.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 20 1
Exercícios:
8. Mostrar que, se A e B são conjuntosfuzzy, então A.B ç
AnB.
9. Mostrar que, se A e B são conjuntosfuzzy, então A uB ç
A+B.
10. Dados os conjuntosfuzzy A = {(x,, 0.9); (x 2, 0.3); (x3, 0.1)}
e B = {(x1( 1); (x2, 0.5); (x3, 0.8)}, determinar:
(a) A.B
(b) A+B
(c) | AB |
Relações fuzz y
Sejam A um conjuntofuzzy de domínio U e B um conjunt o/u
zzy de domínio V. Oproduto cartesiano fuzzy de A e B, denotado
por AXfB, é definido por:
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202 HÉRCUL ES DE ARAÚJO FE ITOS A E LEONARDO PAULOVICH
AXfB = {((u,
v), fÁ(u)AÍn(v)) / U 6 U, Ve V).
Exemplos:
(a) Sejam U = {a, b) e V = {1, 2, 3} os domínios dos conjuntos
fuzzy A = {(a, 0.5); (b, 0.8)) e B = {(1, 0.2); (2, 1); (3, 0.6)). En
tão:
AXfB = {((a, 1), 0.2); ((a, 2), 0 .5); ((a, 3), 0.5); ((b, 1), 0.2);((b,2),
0.8); ((b, 3), 0.6)}.
Neste caso, por serem conjuntos finitos, podemos interpretá
los matricialmente da se guinte maneira:
1 2 3
0.2 0.5 0.5 a
AxfB =
0.2 0.8 0.6 b
Exercício:
11. Sejam U = { x ,y , z ) e V = { a , b, c} os respectivos conjuntos
univer sos dos conjuntos fuzzy A = {(x, 0.9); (y, 0.5); (z, 1)) e B =
{(a, 0.3); (b, 0.7); (c, 0.4)}. Encontrar A xfB e fazer a sua repre-
sentação matricial.
Uma relação fuz zy de A em B, indicada por Rf, é um subcon-
junto fuzzy do produto cartes iano A ^ B , caracterizado por uma
função de perti nência fRque a ssocia a ca da par (x, y) o seu grau de
pertinência fR(x, y) em Rf.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 203
ílíRf) = DomCRfVflmCRf).
O comprimento
da relaçãofuzzy Rf, denotado por h(Rf), é defi-
nido por:
b(Rf) = Sup{fR(x, y) / (x, y) e S(Rf)}.
Exemplo:
(a) Seja R, = {((a, x); 0.8), ((a, y); 1), ((a, z); 0.5), ((b, x); 0) ((b
y); 0.7)}.
DomfR,) = {(a, 1); (b, 0.7)}
M R ,) = {(x, 0.8); (y, 1); (z, 0.5)}
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2 04 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOV1CH
o
o
O.b
Exercício:
12. Dados os conjuntosfuzzy A = {(a, 0.3), (b, 0.9), (c, 0.5)} e
F = {(aa, 0.7), (ab, 0.5), (ac, 0.7), (ba, 0.2), (bb, 0.9), (bc, 1), (ca,
0.1), (cb, 0.8), (cc, 1)}, calcular AoF.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 205
Variáveis lingüísticas
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206 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
Exemplos:
(a) T(estatura) = {muito baixa, baixa, pouco baixa, mais ou
menos alta, alta, muito alta ,...} e U = [0.3; 2.1] em metros.
(b) T(sensação térmica) = {muito frio, frio, pouco quente,
quente, muito qu ente,...} e U = [25; 40] em grau Celsius.
F = {(u,fp(u))/ue N }.
Uma variávelfuzzy é caracterizada por u ma tem a (N, V, M(N,
u)), onde N é o nome da variável, V é o seu universo de discurso, u
é um nome genérico para elementos de V e M(N, u) é uma valora
ção no intervalo real [0, 1], que representa uma restrição fuzzy
sobre os valores de u impo stos por N, ou, ainda, a compatibilidade
entre u e N.
Nos exemplos anteriores, temos:
(a) N = alto e V = [1.5; 2.1], o universo de alto sendo uma res-
trição do universo de estatura [0; 2.1 ].
Observamos, para a variável linguística idade, que as restri-
ções impostas para cada termo: M(muito jovem) M(velho), etc.,
constituem uma significação do termo mediante uma interpreta-
ção numérica.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 207
1 para 0< x ^ 5,
^muitojovem(X ) 4
(30x)/25 para 5< x < 30,
V.
(95x)/25 para70<x<95,
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208 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITO SA E LEONA RDO P AULOVIC H
^ IDAD
E ^
muilojo
vem jovem meia-idade velho muilovelho
1
0.5
0 5 30 50 70 95 100 X
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 209
Exemplos:
(a) P: “Claudia é baixa" é um exemplo de proposição fuzzy,
pois o termo predicado “baixa” é vago e deve ser resgatado por um
conjunto fuzzy. Por exemplo, seja:
baixa:V^[0, l],comV {x/ 1.0m<x<1.5m} =[1.0; 1.5].
(b) P: “Tadeu é alto, magro e moreno" é uma proposiçãofuzzy
com mais de um atributo.
Exercícios:
13. Dar exemplos de situações que envolvamconceitos fuzzy.
14. Descrever situações em que conceitosfuzzy se fazem neces-
sários.
Tratamos das proposições fuzzy e operamos com conjuntosfu -
zzy que interpretam os termos predicados. Por isso, a relevância
da álgebra dos conjuntosjii2z;y.
A preocupação central é com o significado da informação, e não
sua transmissão e recepção. Por isso, a seguir, introduzimos o con-
ceito de distribuição de possibilidades, cujo significado se adapta à
manipulação de predicadosfuzzy e é bastante corrente nos textos
dos seguidores de Zadeh.
Consideremos a proposição “x é F ’ e que R(A(x)) denota a
restriçãofuzzy do sujeito x associada ao atributo A, com x em V.
Ou seja, R(A(x)) é uma subvariávelfuzzy determinada pelo termo
predicado F:
R(A(x)) = F.
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210 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOS A E LEON ARDO PAULOV ICH
F = R(A(x)) = n x.
Exemplo:
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 21 1
simpática.
A importância do conceito de distribuição de possibilidades,
para o significado dos dados, reside no fato de que toda proposição
fuzzy, em linguagem natural ou artificial, pode ser interpretada
por uma distribuição de possibilidades:
P ~ * F^x1x2i _i
Xn) —F,
onde x,, ..., x^ são subvariáveis/u z2ry implícitas ou explícitas em P
e F é uma relaçãofuzzy.
Reciprocamente, se conhecemos uma distribuição de possibili-
dades, então podemos determinaruma proposiçãofuzzy P, o que é
indicado por:
P ^xl. x2 .....xn).
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212 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEONARDO PAULOV1CH
Exemplo:
(a) Consider emo s V = {0, 0.1, 0.2, 0.3, 0.4, 0.5, 0.6 , 0.7, 0.8,
0.9, 1} o domínio de uma função de verdade e seja verdadeiro
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 213
{(0.7. 0.5); (0.8, 0.7); (0.9, 0.9); (1, 1)). Daí:/a!so = {(0.3, 0.5); »
(0.2,0.7); (0.1,0.9 ); (0,1)} e nãoverdadeiro= {(0,1); (0.1,
1); (0.3, 1); (0.4, 1); (0.5, 1); (0.6, 1); (0.7, 0.5); (0.8, 0.3); (0.9,
0.1)}.
Exercício:
15. SejafV£rdadciro= [0,1] > [0,1] definida por:
r
0 , para 0 < x < 01
fverdadeiro < 2[(x o c)/( la) ]z , para a<x <(a+l)/2
1 2 [( x1 )/ (1 oc)]2 ,para (a+1 )/2 < x < 1
V.
Considerar a = 0.5 e alguns valores de x, tais como x, = 0, Xj =
0.1, x3= 0.2 .....x„ = 1. Determinar os conjuntosnão verdadeiroe
fabo e comparar os conjuntos dois a dois.
Regras de dedução
Já que uma das noções centrais em qualquer lógica é o seu po-
der de derivação, mesmo uma lógica para o desenvolvimento de
raciocínios aproximados, como é o caso da lógica
fuzzy, necessita
de um conjunto de regras de dedução.
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214 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NAR DO PAULOVICH
sição Q se adedistribuição
distribuição de de
possibilidades possibilidad es de P está contida na
Q , ou seja:
(xl .........................................xn)'
Projeção e Partícularização
Seja S = (i1( i2, i n) uma seqüência indexada. Indicamos uma
subseqüência de S por s = (ijp ij2, ...,ijlc), quando 1 < j; < n.
breRU(í),
Pr onde
(RegraU(l)
da =Proj eçã^o)...xAU projeção
U ^ xU de FIx(xt, de
^ é a distribuição x^..possibili-
x j so-
dades kária cujo domínio é U(t) e seu grau de pertinência é o su-
premo dentre FI^ u^). Denotamos a projeção de n x(x,, x^ .... x j
sobre U(„ por 0^.,= Proju,., Hou,»....*»
No domínio, fazemos uma projeção usual para uma nupla
qualquer; porém pode ocorrer de para o mesmo elemento termos
mais que um valor de pertinência. A escolha então recai sobre o
supremo desses valores.
Assim,
obtida pela aprojeção
distribuição na U(l).
de rix sobre subvariável x(í) = (xjP x^,.... x^) é
A seguir, dada uma distribuição de possibilidades Fíx= ÍT^ ^
X3J, denotaremos cada termo ((x, y, z), ji) por xyz\p, com x e X,, y
€ X 2, z 6 Xj e |1 G [0,1].
Exemplo:
(a) Sejam V, = V2= V3= {a, b) e IIX= n (Xl X2i ^ como abaixo:
nx = n (X) X2m = {aaa\0.4; aab\0.9; aba\0.3; abb\0.5; baa\0.8; bbb\l} e
Proj(ul u2) nx = Sup{aa\0.4; aa\0.9; ab\0.3; ab\0.5; ba\0.8; bb\l} =
{aa\0.9;ab\0.5; ba\0.8; bb\l} = ÍI(Xt X2).
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 215
Exercício:
16. Encontrar, no exemplo acima, Proj(Ul) IT^,
SeJa nx(u1(u2, .... u3) = F uma distribuição de possibilidades na
variável X = (X„ X2 ......X J e seja = G uma distribuição de
possibilidades na subvariável X(s) = (X.,, ..., X J. A extensão cilín-
drica de G é o conjunto fuzzy, denotado por õ , em V ,x ... xVn, tal
que sua projeção em X<t) coincide com G, ou seja:
fô(u„ u j = f^U;, .....u j, (u „ . ...u jeU .x ... x U n.
A extensão cilíndrica faz o caminho inverso da projeção.
Exemplo:
(a) Consideremos a distribuição de possibilidades do exemplo
anterior, isto é: F = FI ^ X2> ^ = {aaa \0.4; aab\0.9 ; aba\0 .3;
abb \0.5; baa\0.8; b b b \l} e G = ^ = {aa\ 0.7; ba\0.4;
bb \0. 9}, então:
(i) a extensão cilíndrica de G é:
(5 ={aa a\0.7 ; baa\0.7; aba\0.4; bba\0.4; abb\0.9; bbb\0 .9).
(ii) a particularização de F é:
jü jo) [G] = F n õ = {(aaa\0.4); (aba\0.3); (abb\0.5);
(baa\0.7);(bbb\0.9)}.
Exercício:
17. Para as distribuições FI^, ^ ^ = {a aa\0. 6; aab\0. 8;
aba\0.2; abb\0.7; ba a\ l; bb b\0.3 } e IT^, ^ = {aa\0.7; ba\0. 6;
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216 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E LEO NARD O PAULOVICH
Exemplos:
R M (Regras de Modifi caçã o):
Saimo é pouco alto;
Aquele homem é mais ou menos velho.
RM (Regras de Modificação)
Sejam a um número real positivo e P um predicado fuzzy com
domínio V. O conjuntofuz zy P“ é definido por:
a P = {(a, a.fp(a )) /a e V} .
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 21 7
r i
2P2 ,0 < f p(x)<0. 5
Gontr(P) = ■«
[2(P’)2]’ »0.5 < fp(x) <1
Exemplo:
(a) Tomando a distribuição de possibilidades f^ que interpreta
um predicado fuzzy P, comP = fl* = {a\0.8, b\0.7, c \0.2 }:
P2= {a\0.64, b\0.4 9, c\0. 04} e
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/
Exemplo;
ConsidereU = {1, 2,3, 4, 5, 6}, onde:
pequeno = P = {( 1, 1 ); (2, 0.9); (3, 0. 5); (4 , 0.3); ( 5, 0.1) }, daí :
muito pequeno = P2= {(1 ,1) ; (2 , 0. 81); (3,0 .25) ; (4 , 0. 09); (5,0.01 )}
muito muito pequeno = P4={(1, 1); (2, 0.66); (3, 0.06); (4, 0.01); (5,
0. 00) }
não pequeno = P ’ = {(1, 0); ( 2, 0. 1); (3, 0.5); (4, 0.7); (5, 0.9); (6,1 )}
O bse rvaç ões: (i) O modi fi cad or muito, no exem plo a nter ior,
fez que diminuísse o grau de pertinência dos elementos de U no
conjunto fu zz y pequeno. Isso é esperado, po is se a compati bili dade
de ser pequeno era pouca, por exemplo (4, 0.3), então a de ser
muito pequeno é ainda menor (4, 0.09).
(ii) A ordem dos modificadores pode alterar completamente o
computo da função de pertinência da proposição, como “muito
não exato” , não é o mesmo qu e “ não m uit o exato” , most rando
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 219
Disjunção: quando
(os domínios xéE —
coincidem), » FI(Xla disjunção
então j ^ E e y éé EuG.
G^ xn)= G
Disjunção estendida: x é E —» n (X1 ^ ^ E e y é G —>FI^, Ym)= G
(os domínios são distintos), então a disjunção é n^j ^ Y1 Ym) =
Èu<5.
Condicionalfuzzy: Se x é E, então y é G, a condicional será FI^...
xn.Yi,,Y
m)= ExG u E xV.
Uma importante regra de dedução fuzzy é dada pela composi-
ção de relações.
Sejam P —>FI(XY)= E e Q —» n <YZ}= G:
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220 HÉRCULES DE ARAÚJO FEITOSA E IEO NA RD O PAULOVICH
Raciocíni
o fuzzy
O processo pelo qual uma conclusão, possivelmente não exata,
porém próxima da exatidão, é derivada de uma coleção de premis-
sas imprecisas e vagas por meio das regras e operaçõesfuzzy é
nomeadoinferência fuzzy ou raciocínio fuzzy.
Esse raciocínio aproximado, altamente qualitativo, é abun-
dante no diaadia, e o raciocínio
fuzzy colocase como alternativa
para o tratamento elaborado de tais situações.
Não é o único dispositivo com tal pretensão. Raciocínios indu-
tivos, com ênfase em processos estocásticos (estatísticos), têm sido
usados para os mesmos fins. A especificidade dos problemas defi-
ne qual a melhor ferramenta. Recentemente, as redes neurais são
intensamente usadas em raciocínios de aproximação, em que os
métodos rígidos não são os mais adequados para a modelação.
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UM PRELÚDIO À LÓGICA 22 1
Exercício:
19. Procurar artigos que tratam de aplicações dos sistemas
fuzzy.
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R ef er ên c ia s bi bl i o g r á f ic a s
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224 HÉRCULES DE ARAÚJO FEIT OSA E LEONA RDO PAUL OVI CH
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UM PRELÚDIO À LÓG ICA 225
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SOBRE O LI VRO
Formato : 14 x 21 cm
Mancha: 23,7 x 42,5 paicas
Tipologia: Horley Old Style 10,5/14
Papel : Offset 75 g /m J(miolo)
Cartão Supremo 250 g/m’ (capa)
1* edi ção: 2006
EQUIPE DE REALIZAÇÃO
Coor denação Ger al
Sidnei Simonelli
Pr odução Gráfica
Anderson Nobara
Edição de Texto
Viviane S. O sh im a (Preparação de Original)
Sandra Garcia Cortes e
Daniel Seraphim (Revisão)
Editoração Eletrônica
Lourdes Guacira da Silva Simonelli (Supervisão)
Esteia Mleetchol (Diagramação)
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