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1) INTRODUÇÃO
A chave para a interpretação das arritmias é a análise da forma e das inter-relações da
onda P, do intervalo PR e do complexo QRS. A avaliação do traçado envolve a análise da
frequência, do ritmo, da origem mais constante do estímulo (marca-passo
predominante) e da configuração da onda P e do QRS (estreito ou largo).
As arritmias cardíacas acontecem, de forma simplificada, por 3 mecanismos possíveis:
- Alteração do Automatismo Cardíaco: Pode ocorrer por aceleração ou desaceleração
das estruturas automáticas do coração, como o nó sinusal (taquicardia ou bradicardia
sinusal), nó AV ou o próprio miocárdio. Batimentos (ou despolarizações ectópicas)
podem surgir por distúrbios elétricos atriais, da junção AV ou dos ventrículos. Também
são possíveis ritmos anormais, como taquicardia atrial ou ventricular.
- Distúrbios de Condução Atrioventricular: A condução pode ser acelerada, como na
Síndrome de Wolff-Parkinson-White ou lenta, como no BAV.
- Combinações de Distúrbios de Automatismo e de Condução: Extrassístole atrial com
BAV ou taquicardia atrial com BAV 3:1 são exemplos destas combinações.
3) TAQUIARRITMIAS
Antes de mais nada, as taquiarritmias são definidas como ritmos apresentando
frequência cardíaca superior a 100 bpm. Podem ser classificadas com base nos
complexos QRS em “Taquiarritmias de QRS Estreito” (QRS < 120ms) e “Taquiarritmias
de QRS Alargado” (QRS > 120ms).
A depender do formato do QRS, teremos as seguintes taquiarritmias:
- QRS Estreito: Estaremos diante de uma Taquiarritmia Supraventricular (Taquicardia
Sinusal, Taquicardia Atrial, Taquicardia Juncional, Taquicardia Paroxística
Supraventricular, Flutter Atrial, Fibrilação Atrial e Taquicardia Atrioventricular
Ortodrômica da SWPW).
- QRS Largo: Estaremos diante de uma Taquiarritmia Ventricular (TV Monomórfica, TV
Polimórfica ou Torsades de Pointes) ou Supraventricular com Condução Aberrante.
Os próximos passos numa observação de uma taquiarritmia é definir o ritmo da mesma
(se é regular ou irregular) e avaliar se há onda P visível.
Em relação às principais taquiarritmias, temos:
a) TAQUICARDIA SINUSAL: É composta por ritmo normal, onda P sinusal, porém FC
aumentada. Geralmente é secundária e, dessa forma, deve-se tratar a causa base para
resolução desta taquiarritmia.
d) FLUTTER ATRIAL: Possui presença de ondas F (geralmente negativas em DII, DIII e aVF
e frequência atrial elevada (250-300). Pelo fato de os átrios não possuírem contração
efetiva, ocorre predisposição à formação de trombos com posterior embolização.
Portanto, se a o Flutter se dá até 48h, pode-se realizar CVE, ao passo que após 48h deve-
se controlar a FC e anticoagular o paciente, podendo realizar CVE após 4 semanas. No
entanto, se houver a disponibilidade do ECOTE, e esse visualizar ausência de trombo,
pode-se realizar CVE + Anticoagulação por 4 semanas.