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O OBJETIVO DAS LETRAS
As letras são portais para os Mundos Superiores. Elas ligam o plano físico e o plano
espiritual. A Luz que emitem purifica os nossos corações. Sua influência espiritual
limpa os impulsos destrutivos de nossa natureza. Sua energia sagrada elimina
emoções impetuosas e intolerantes, medo e ansiedade de nosso ser.
Certas configurações de letras ajudarão até a erradicar as pequenas dúvidas que se
detém no fundo de sua mente a respeito da potência do alfabeto hebraico.
Elas têm o poder de nos ajudar a deixarmos de ser tiranos temperamentais e
passarmos a ser pessoas equilibradas e com compaixão. As letras podem despertar
a cura, o sustento financeiro e o bem-estar emocional.
Descubra o seu poder no curso online de Cabala Um ou na seção de Toolkit de
nosso site, em Poder da Oração.
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Por meio de suas formas, sons, seqüências e vibrações, as letras hebraicas


irradiam uma ampla faixa de forças energéticas.
Sua influência é universal. Seu alcance, abrangente. Seu poder é compartilhado
com toda a humanidade, embora esta verdade penetrante tenha ficado enterrada
durante milênios.
Alguns dos maiores pensadores na história, tanto judeus como não-judeus,
compreenderam sua verdade e poder universais.
Cientistas.
Filósofos.
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Matemáticos.
Médicos.
Veja o caso do grane filósofo e médico da Renascença, Francis Mercury van
Helmont (1614-1698). Seu pai, Jan Baptista van Helmont, foi um físico que inventou
o termo gás e descobriu o dióxido de carbono.
O jovem van Helmont, segundo o estudioso Allison Coudert, também ajudou a
moldar a evolução da ciência contemporânea. Ele associou-se com pessoas como
Sir Isaac Newton, e teve um efeito profundo sobre Gottfried Wilhelm Leibniz, que em
1684 inventou o cálculo.
Leibniz, que é considerado uma dos maiores intelectos do século dezessete, disse a
respeito de van Helmont:
Ele uniu as artes e as ciências... ...se tivesse vivido entre os gregos, seria agora
contado entre as estrelas.
Francis Mercury gostava de Cabala. Era um tremendo intelectual, e uma das
melhores almas a agraciar a sua geração. Van Helmont e seus companheiros
estavam convencidos de que o hebraico era a alfabeto universal do cosmos e que
toda a humanidade podia se beneficiar de seu poder. Vindo da boca de um filósofo
e médico católico, era uma perspectiva corajosa.
Van Helmont escreveu um livro intitulado O Alfabeto Natural. Nele, expõe a idéia de
que as letras hebraicas são a chave para os mistérios do universo e da Bíblia:
Será que não existe uma chave que abra os Mistérios da Escritura? E uma vez que
o Antigo Testamento foi escrito em hebraico e não pode ser traduzido para
nenhuma outra língua de forma a manter sua força e energia própria, não podemos
então supor que na língua hebraica (que consideramos ser uma língua viva) essa
chave pode ser encontrada?
Allison Coudert aponta em seu livro O Impacto da Cabala no Século Dezessete:
Vida e Pensamento de Francis Mercury van Helmont que van Helmont acreditava
que o poder místico das letras hebraicas podia, finalmente:

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...revelar respostas para todas as perguntas que ocupam a mente humana acerca
de Deus e do universo.
Coudert escreve que o estudioso renascentista Johannes Reuchlin concordava com
van Helmont:
Reuchlin acreditava que a Cabala era a "fonte" de onde todas as culturas e filosofias
posteriores tiraram suas idéias: "Nós, povos latinos, bebemos do charco, os gregos
bebem dos regatos, os judeus bebem das fontes."
O hebraico era a língua não corrompida e divina da criação. “A fala do hebraico é
simples, pura, não corrompida, sagrada, breve e constante.” É a língua da revelação
de Deus para o homem. O estudo da gramática hebraica é portanto importante
como a chave para destrancar esses segredos divinos.
Médicos dos tempos modernos também concordam com o médico dos tempos
antigos, van Helmont.
É o caso do Dr. Artur Spokojny. Spokojny é um médico e cardiologista diplomado.
Estudou medicina em Harvard e se formou summa cum laude na Universidade de
Düsseldorf. Spokojny, que foi instrumental no desenvolvimento de tratamentos a
laser para doenças cardíacas, mantém uma posição de ensino no Cornell Medical
College e trabalha no Hospital Presbiteriano de Nova York. Desde 1988, é diretor
assistente do Centro de Caterização do Hospital de NovaYork. Dr. Spokojny conta a
seguinte história sobre um de seus pacientes.
Um paciente foi levado para a Emergência com um ataque cardíaco. Ele
estava consciente, mas mesmo assim eu estava preocupado porque seu ritmo
cardíaco estava terrivelmente lento. Pedi que fosse levado ao laboratório, e
seu coração chegou a parar duas vezes no caminho. Como acabamos
descobrindo, sua artéria coronariana direita estava completamente bloqueada.
Trabalhamos em cima dele durante cerca de 30 minutos, mas não estávamos
conseguindo nada. Tudo o que tentávamos falhava. Senti-me tão impotente.
Minha última opção foi começar a meditar intensamente sobre a seqüência de
cura do

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Pude sentir alguma coisa acontecendo enquanto visualizava as letras. Do
nada, a artéria bloqueada se abriu! O inexplicável era o grande coágulo de
sangue na artéria, que devia ter impedido que ela se abrisse.
Quando a provação estava terminada, simplesmente não havia dano nenhum
no coração. Nada. Nenhum indício de um ataque cardíaco.
O paciente me disse que durante este episódio ele sonhou que estava preso
dentro de uma tela de computador. Todas as portas estavam trancadas. De
repente, ele encontrou a seqüência correta de letras da senha. A porta se
abriu e ele escapou.
Os outros médicos não tinham idéia do que ocorrera. Discutimos o assunto,
mas não pudemos encontrar uma explicação. Eu não estava disposto a contar
a eles o que tinha feito, e então o mistério ficou sem resposta.
Dinheiro: Será que realmente confiamos em Deus?
De Paul William Roberts e Syd Kessler
Ninguém tem muita certeza sobre a origem do antigo ditado "O dinheiro é a raiz de
todo o mal"; assim como ninguém pode dizer, com certeza, como e porque o porco -
um símbolo de impureza para judeus, muçulmanos e membros de diversas outras
crenças e seitas - virou o cofrinho da poupança.
Porém é indiscutível que tanto um quanto o outro são, ou certamente foram,
identificados com um folclore anti-semita relacionado com a avareza judaica. Mas
assim como outro axioma constantemente citado, que diz que "o poder corrompe, e
o poder absoluto corrompe totalmente", ambos devem suas origens - na melhor das
hipóteses - a verdades parciais. E uma verdade parcial não é de fato uma verdade.
A verdade é absoluta. A idéia de que o dinheiro é mal ou impuro tem suas raízes no
profundo desrespeito a ele - e é esse mesmo desrespeito que, ironicamente, pode
levar a sua efetiva impureza e ao seu uso para propósitos malignos. Uma coisa não
pode ser inerentemente boa ou má; é o uso que fazemos dela que pode associá-la
a ações justas ou injustas. O dinheiro real – e com isto quero me referir ao dinheiro

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não corrompido – merece nosso respeito, por várias razões espirituais, além das
diversas razões materiais.
Na verdade o dinheiro é uma forma poderosa de energia e, assim como a
eletricidade ou a energia nuclear, é capaz de causar danos terríveis, assim como
pode trazer benefícios. O mesmo dinheiro que alimentará uma aldeia africana por
uma semana, também poderá ser usado para comprar explosivos suficientes para
mutilar, deformar ou matar um número igual de pessoas. Este é um poder realmente
impressionante. E um poder assim sempre vem com regras. Nenhum adulto em
estado de perfeita sanidade quebraria de forma consciente as leis para o uso da
eletricidade – alguém ou alguma coisa poder sofrer um dano. Embora as regras
fundamentais para o uso da eletricidade sejam amplamente conhecidas e
respeitadas por todos, as que se referem ao uso do dinheiro não são.
Para os sábios a pobreza era, senão a raiz de todo o mal, mas com certeza, a pior
coisa do universo. "Se toda a dor e todo o sofrimento deste mundo,” lemos no
Midrash (Êxodo Raba 31:14), “fossem postos em um prato da balança e a pobreza
em outro, o prato da pobreza pesaria mais". Embora a pobreza contenha tanto
elementos naturais quanto humanos, ela é diretamente associada ao dinheiro, no
sentido de que o dinheiro pode aliviá-la. Esta é a razão pela qual os sábios
desenvolveram "yishuv olam", o conceito de um esforço para "ordenar o mundo".
Ele tem suas origens em Gênesis 2:15, onde é atribuída à humanidade a tarefa de
"cultivar e proteger" a terra. Este conceito exige que nos esforcemos continuamente
para melhorar a qualidade de vida geral, ao mesmo tempo mantendo com o mundo
uma relação escrupulosamente honesta.
Em seu livro extremamente perceptivo e completamente indispensável, "A Cabala
do Dinheiro" (Editora Imago; Rio de Janeiro, 1991), o rabino brasileiro Nilton Bonder,
conhecido tanto por sua atuação em defesa do meio ambiente como por sua
erudição espiritual, define a riqueza como "o mais alto nível possível de organização
do meio ambiente de forma tal que tudo que tem vida e tudo que é essencial para a
vida exista sem escassez". Ele acrescenta: "em outras palavras, quanto mais
abundância criarmos para uma determinada necessidade humana, sem provocar a
escassez de outra, melhor. Esta é a obrigação de todo ser humano: melhorar a
qualidade de vida ao seu redor".
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Criar abundância sem provocar escassez não é somente muito difícil., é também um
princípio que se estende do universo físico para o espiritual. Pois a toda ação tem
reação correspondente igual e contrária. O que vai, volta. É muito melhor viver com
o essencial do que, na tentativa de gerar uma abundância, provocar escassez para
alguma outra pessoa. Como diz um ditado budista: "Aquele que aprende que o
suficiente é suficiente sempre terá o suficiente".
Aqueles que ainda pensam - como uma cultura consumista nos insta a pensar - que
demais é o suficiente, deveriam lembrar de uma história do Êxodo. Quando os
hebreus estão vagando pelo deserto sem comida eram alimentados, eles se vêem
alimentados diariamente pela maná que cai milagrosamente do céu; porém, quando
resolvem guardar mais da maná do que realmente precisam, não somente essa
maná excedente apodrece e se torna não-comestível, mas eles também descobrem
que o próprio meio ambiente reage, tornando-se ainda menos propenso a produzir
as necessidades vitais. É uma parábola tão profundamente relevante hoje – se não
muito mais, e em diversos níveis – como era há 3000 anos.
Sabemos que, como disse o filósofo espanhol Ibn Zabara, a própria vida é a causa
da morte. Mas qual é a causa do dinheiro? "A resposta", escreve o Rabino Bonder,
"'é que ele não foi criado para ser uma forma de opressão ou um instrumento de
ganância; mas, ao contrário, o dinheiro - surpreendentemente - surge de um desejo
humano por justiça e pela esperança de um mundo melhor". Como tal, ele atua
como um espelho que reflete as atitudes humanas com relação a ele nas diversas e
variadas formas que ele tomou ao longo dos séculos e continua tomando. Em
épocas de reviravoltas políticas e sociais, por exemplo, é surpreendente como é
rápido para que uma economia retorne ao escambo, onde os próprios bens são o
dinheiro. Durante a Segunda Guerra Mundial na Europa, o chocolate se tornou
moeda pela primeira vez desde a queda do Império Asteca. Até os dias de hoje, na
Bósnia, os cigarros ainda são usados como moedas. É a fé do povo no governo que
o controla que torna o seu sistema monetário confiável.
O dinheiro foi inventado pelos lídios, e o nome do seu rei, Creso, até hoje sobrevive
na expressão: "rico como Creso". A esse povo se credita também a invenção dos
dados e dos bordéis, como se, no momento em que surge o dinheiro, aparece
também Las Vegas, com suas tentações gêmeas, para desperdiçá-lo. A Lídia
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desapareceu do mapa, mas, a sua vizinha, Grécia - segundo alguns historiadores -
só foi capaz de construir uma civilização que deixou uma impressão tão profunda e
conquistar um império tão imenso por causa do sistema monetário dos lídios que ela
adotou. Apesar de a palavra "economia" ter origem grega – e ter relação na época
com a maneira correta de administrar um grande grupo familiar – os principais
filósofos gregos, que analisaram todas as áreas da vida humana e da
responsabilidade civil, são estranhamente silenciosos a respeito de dinheiro. Isto
poderia indicar desaprovação, ou poderia indicar uma relutância de causar o pior
através de chamar a atenção para as numerosas e ainda não previstas
possibilidades de abuso do dinheiro. Isto foi deixado para os imperadores romanos
descobrirem por si próprios posteriormente.
O dinheiro, de fato, foi praticamente a única coisa que Roma realmente fabricou ou
produziu; tudo que seus cidadãos necessitavam, incluindo o ouro e a prata
necessários para cunhar as moedas, era importado de algum lugar do império. Não
é necessário ser Alan Greenspan para se perceber as falhas inerentes nessa
política econômica.
Numa tentativa desesperada de obter dinheiro enquanto o império declinava, o
Imperador Valenciniano III reduziu a quantidade de prata das moedas para 96%,
embolsando a diferença. Contudo, menos de um século depois, as moedas
romanas possuíam uma quantidade de prata de mais ou menos 4%. Levou todo
este tempo até que algum gênio descobrisse que o principal problema com este
pequeno esquema era que todos os impostos dos quais os imperadores dependiam
para obter seus rendimentos eram agora pagos com esta moeda desvalorizada, que
ninguém mais no império aceitava como pagamento para as exportações. Eles
queriam ouro. Até o momento em que Roma desmoronou em ruínas, a fé dos
europeus no dinheiro tinha sido tão completamente destruída que ele também
desapareceu por quase um milênio, com todos retornando a uma economia de troca
baseada na agricultura.
As moedas romanas ainda estão espalhadas por toda parte porque, para aqueles
que as deixavam cair, não valia a pena o esforço de se abaixar para pegá-las de
volta. A mesma coisa aconteceu recentemente durante a hiperinflação na Bolívia,
que atingiu incríveis 80.000%. As notas de menor valor podiam ser vistas voando
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pelas ruas, literalmente sem valor nenhum; depósitos bancários eram medidos com
réguas porque um erro, para mais ou para menos, simplesmente não fazia
diferença.
Os chineses inventaram o papel-moeda no século VIII mas, para que esta nova
forma de dinheiro funcionasse o governo teve que impor a pena de morte para
aqueles que se recusassem a aceitá-lo. O papel-moeda também dependia de um
governo forte e estável para sobreviver, pois sua aceitação era na realidade um ato
de fé. Desde que o ouro deixou de ser referência - os 100 bilhões de dólares em
barras de ouro guardados no Forte Knox que garantiam o valor do dinheiro – a nota
do dólar americano tem estampada a inscrição "Em Deus Confiamos”, onde antes
havia uma promessa, em nome do Tesouro americano, de pagar ao portador da
nota o seu valor correspondente. Esta nova declaração, no entanto, enfatiza não
apenas que a fé em um governo necessária para que o seu sistema monetário
continue sendo respeitado ao redor do mundo, mas a fé espiritual que deve estar
presente para garantir que toda transação comercial seja santificada pela
obediência aos princípios que governam o dinheiro.
O Rabino Nilton Bonder escreve: "É um momento sagrado aquele em que dois
indivíduos estabelecem uma troca com a consciência correta e otimizam os ganhos
para ambas as partes. Fazer negócios no mundo como foi imaginado pelos rabinos
põe à prova todos os nossos esforços em relação à cultura, à espiritualidade e à
responsabilidade individual, quando se estende além das nossas próprias
necessidades em direção aos outros". Na verdade, somente duas pessoas justas
podem esperar sair de qualquer transação mutuamente melhores, ao mesmo tempo
sem deixar este universo - em toda sua imensidão - menos pobre.
Conta-se uma história sobre um rabino muito justo a quem foi permitido visitar o
purgatório e o paraíso. Primeiro ele foi levado ao purgatório onde se deparou com
pessoas sofrendo de tal maneira como ele nunca havia visto ou mesmo imaginado.
Seus gritos horríveis ecoavam pelo ar e feriam seus ouvidos mas, quando se
aproximou, o rabino viu, surpreso, que as pessoas estavam sentadas diante de uma
mesa onde havia o mais suntuoso e sofisticado banquete. Os talheres eram de
prata, a louça de finíssima porcelana e nos pratos estava servida a comida mais
deliciosa. O rabino simplesmente não conseguia compreender porque pessoas
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naquela situação poderiam parecer estar sofrendo tão horrivelmente, até que se
aproximou mais e percebeu que seus cotovelos estavam invertidos, o que impedia
que dobrassem os braços e levassem a comida da mesa até suas bocas.
Em seguida, o rabino foi levado ao paraíso, onde - antes mesmo de poder ver
alguma coisa - ouviu risadas e sentiu uma atmosfera de alegria e celebração. Mas,
para sua imensa surpresa, ele viu exatamente a mesma cena do purgatório, com as
pessoas sentadas diante de uma mesa luxuosamente servida com a mesma comida
deliciosa. Na verdade era tudo idêntico - inclusive os cotovelos invertidos - à
exceção de um pequeno detalhe: aqui cada pessoa levava a comida da mesa à
boca de quem estava sentado ao seu lado.
Nestas duas imagens estranhas reside uma verdade poderosa, na realidade a maior
de todas as verdades. A diferença entre uma vida egoísta e uma vida justa, entre o
bem e o mal, está em pensar no nosso semelhante antes de pensarmos em nós
mesmos. Porque com esta atitude nossas maiores necessidades são
simultaneamente atendidas.
Este é um aspecto do conceito cabalístico de Restrição, que se aplica tanto para a
iluminação divina como para colocar o pão na mesa. Para que a busca do
conhecimento espiritual seja ativa - em oposição a uma dádiva passiva - o Criador
escondeu Sua Verdade para que pudéssemos, através de nossos esforços,
descobri-la. Em outra analogia, o copo deve estar vazio antes de poder receber o
néctar. Da mesma forma, se verdadeiramente desejamos receber o que é
genuinamente nosso numa área de ganho, material ou espiritual, devemos nos
voltar para dentro e não para fora. Devemos nos esvaziar completamente de nossos
desejos. Só então eles serão plenamente satisfeitos. Como ensinam os arqueiros
Zen: uma pessoa acerta o centro do alvo não através da sua vontade de acertá-lo,
mas sim realizando corretamente todas as ações e procedimentos que levam a
permitir que a flecha voe. Desta maneira, os mestres arqueiros podem atingir o
centro do alvo de olhos vendados, à noite, e a 200 metros de distância do alvo.
Isto é tão verdadeiro no mundo dos negócios como em qualquer outro mundo. Por
que o que é o dinheiro senão o símbolo de um acordo que não teria valor se não
tivesse o consentimento mútuo de todas as partes envolvidas numa transação?
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Goethe descreve a arquitetura como "música congelada"; para os sábios o dinheiro
é "trabalho congelado". Representa a realidade de todos os elementos envolvidos
para criar o que o dinheiro compra - a mão-de-obra, o intelecto, a matéria prima, etc.
- e, portanto, deve ser tratado com o mesmo respeito que esses fatores mereceriam
se estivessem visivelmente presentes. O mundo inteiro pode então ser visto como
um Mercado onde, sem regras, haveria um pandemônio, um termo originalmente
usado pelo poeta John Milton para designar o reino dos demônios.
O único princípio controlador que poderia estar por trás deste conjunto de regras -
seja para o enriquecimento material ou o espiritual - é o conceito de tzedaká.
Freqüentemente traduzido para o português como caridade, seu verdadeiro
significado está mais próximo da palavra justiça, que em hebraico é tzedek. Embora
o Cristianismo, o Islã e o Judaísmo discordem, em seus respectivos credos, sobre a
suprema importância do amor ou da justiça, não é preciso dizer que se você ama
seu vizinho você o trata com justiça. Tampouco tzedaká é apenas um conceito para
guiar as ações no Mercado; ele denota uma atividade que deve ser posta em prática
diariamente, com entusiasmo e criatividade. Isto não tem nada a ver com entregar o
dízimo, no final do ano, para obras de caridade pois, pois embora muitos repitam o
ditado "Dar é bem melhor do que receber", poucos parecem ter descoberto que, de
fato, dar é muito melhor. De fato essa alegria é tão profunda que muitos sábios
consideravam um grande privilégio ter a possibilidade de dar desinteressadamente.
Uma vez Reb Shmelke descobriu que não tinha dinheiro para dar a um mendigo que
pedia esmolas. Imediatamente foi ao armário da esposa, apanhou o anel preferido
dela e entregou-o ao pobre senhor. Quando a esposa do reb voltou e descobriu o
que acontecera começou a chorar. "Aquele anel valia mais do que 50 talentos",
reclamou, exigindo que o reb imediatamente corresse atrás do mendigo. Ele correu
o mais que pôde até finalmente alcançar o velho mendigo. Ofegante o reb agarrou-o
pelo braço e disse: "Ouça! Acabei de saber que o anel que lhe dei vale mais do que
50 talentos! Não se deixe enganar se alguém quiser lhe dar por ele menos do que
isso!“
O mundo do reb, o mundo de tzedaká, parece bizarro quando comparado com o
mundo material, o reino da limitação. No entanto, o reb na verdade está fazendo o
que as escrituras recomendam: guardando as riquezas "onde as traças e a ferrugem
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não possam estragá-las". Aqui, Restrição e tzedaká são exatamente a mesma
coisa; na verdade, não devem ser vistas separadamente, como qualquer
ensinamento, pois são parte de um sistema complexo, um motor espiritual que puxa
os vagões do trem material em direção à dissolvente luz da Verdade.
A importância cabalística de tzedaká é provavelmente mais bem exemplificada no
exercício das hierarquias feito pelo Rabino Yehuda no Midrash Tanhuma
examinando os diferentes receptores de poder deste mundo: A pedra é dura, mas o
ferro a corta. O ferro é rígido, mas o fogo o derrete. O fogo é poderoso, mas a água
o apaga. A água é pesada, mas as nuvens a carregam. As nuvens são fortes, mas o
vento as dispersa. O vento é forte, mas o corpo resiste a ele. O corpo é forte, mas o
medo o destrói. O medo é forte, mas o vinho o afasta. O vinho é forte, mas o sono o
domina. A morte é mais poderosa do que qualquer um destes, mas a tzedaká a
redime.
A morte aqui representa a forma mais abstrata de não-transação, que é redimida
pela tzedaká, que é ela mesma o ideal perfeito de transação – em outras palavras, a
vida vivida até seu potencial máximo. Este potencial só pode ser realizado quando
todas as nossas responsabilidades são completamente compreendidas.
Talvez a melhor maneira de entendermos as responsabilidades inerentes ao
dinheiro seja considerá-lo - como muitos dos rabinos ensinam - como algo
emprestado, que não nos pertence. Desta forma, em algum momento teremos que
prestar contas de cada centavo. E, assim como nada que seja realmente nosso
possa ser tirado de nós, da mesma forma não podemos ficar com algo que não é
nosso por direito. Os contratempos financeiros, assim como as heranças
inesperadas podem parecer algo diferente sob esta luz.
E, em última análise, o que é realmente nosso? Nossa resposta poderia ser que
tendemos a falar que temos uma alma, quando na realidade temos um corpo, mas
somos uma alma - e sendo assim, temos que agir como tal. A era messiânica - a
Era Dourada, em vez da atual era do ouro - estará aqui, então, num piscar de olhos.
Porque a injustiça na verdade é a raiz e o resultado de todos os males.

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