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Pra ficar

FORTINHO 1ª Edição

Guarapuava/PR

Universidade Estadual do Centro Oeste

Departamento de Comunicação Social

Novembro/2016
e X p e D I e N T E

Reitor Edição
Prof Algo Nelson Bona Any Ossak e Walquíria de Lima

Vice-reitor Revisão
Prof Osmar Ambrosio de Souza Aline Koslinski e Luna Marques

Diretor de campus - Santa Cruz Diagramação e Ilustração


Prof Ademir Fanfa Ribas Sandra Denicievicz e Taís Nichelle

Vice-diretors de Campus - Santa Cruz Reportagem


Profª. Christine Vargas Lima Aline Koslinski
Any Ossak
Diretor do Setor de Ciências Humanas, Luna Marques
Letras e Artes Sandra Denicievicz
Prof Adilson José da Silva Taís Nichelle

Chef do Departamento de Comunicação Supervisão


Social Profª Elisa Roseira Leonardi
Profª Elisa Roseira Leonardi
E-mail
Vice-chef do Departamento de jorunicentro2014@hotmail.com
Comunicação Social
Profª Everly Pergoraro Agradecimento especial
Lourival Gonshorowski / Gráfica Unicen-
A revista laboratório é desenvolvida pelas tro
acadêmicas do 3º ano de Comunicação

A
Social - Jornalismo da Unicentro (Turma
A/2016)

Todos os textos são responsabilidade


das autoras e não refletem a opinião da

B C
Universidade Estadual do Centro-Oeste
Pra ficar fortinho

e crescer!

Existem várias formas de amar as pessoas e já diz


o ditado que “quem ama cuida”. Mesmo depois de
adultos precisamos de cuidados, mas é na infância
que eles são ainda mais necessários. Nossos
pimpolhos precisam de cuidado físico, emocional,
e muito, muito amor e carinho. Seja na hora da
brincadeira ou de coisa séria, como no lanchinho.
A infância é caracterizada como período do
nascimento até 12 anos de idade, segundo o Estatuto
da Criança e do Adolescente. Tudo que é vivido
nessa fase será diretamente refletido na fase adulta,
por isso cada momento é de extrema importância.
Assim, saber lidar com as mais diversas situações
que podem ocorrem na infância é fundamental.
Nesta primeira edição da Revista Pra Ficar
Fortinho, procuramos trazer aos papais e
mamães, vovós e vovôs, titios e titias, madrinhas
e padrinhos, informações importantes sobre os
cuidados com seus pequenos tesouros. Ao longo das
próximas páginas, você encontrará informações
relacionadas a saúdes dos menores – os neonatos
– até aos maiores, para que eles cresçam fortinhos.

Boa leitura!
Jogo da Memória
Recorte na linha pontilhada e tenha um jogo da memória, que é muito
educativo e possui diversos benefícios para o desenvolvimento dos pequenos
S
U O
M I
Á R
É Fase! 06

A todo vapor 10

Meu Lanchinho 12

De olho na telinha 17

Bebês também vão ao dentista 20

Centímetros Problemáticos 22

Um clássico indispensável 24

Neonatal 26

Alergias Respiratórias 28
Estudos apontam quais
são as fases e
sentimentos dos bebês
nos primeiros meses

06
Foto: Luna Marques
07
1 Mes
no primeiro mês, o bebê passa a ficar mais acordado durante
o dia e a regular seus horários. ele também passa a prestar
mais atenção aos sons que os rodeiam e podem manifestar
reações de prazer ou desagrado a esses sons. passar a
apreciar música.

2 MES
luna marques agora o temperamento do bebê começa a se formar e ele
começa a se expressar também através de sorrisos.
a psicologia acompanha a vida humana, estudando e tratando
o que diz respeito a mente do homem. e apesar de muito se
falar sobre psicologia infantil e traumas da infância, poucos 3 MES
sabem que ela começa ainda na gestação. o bebê começa reconhecer os pais (até mesmo antes). o
de acordo com a psicóloga Carla Weber Bender dos santos, bebê agora é capaz de perceber quem são as pessoas que
há estudos feitos com crianças ainda no período gestacional, estão a sua volta e reconhecê-las com mais facilidade.
nos quais foram descobertos que já nessa época elas são
capazes de sentir e demonstrar emoções. a psicóloga explica
que uma pesquisa recente revelou que fetos de mães com
transtornos de ansiedade demonstram em sua face sinais de
4 MES
ele começa a entender os sons básicos da língua e pode
stress, enquanto fetos de mães sem transtornos apresentam
tentar reproduzi-los apesar de ainda não ter consciência de
feições mais tranquilas.
seus significados.
ainda de acordo com a psicóloga, o bebê passa por diversas
o bebê também fica mais atento às pessoas e pode não
fases conforme vai crescendo.
querer ficar com estranhos ou ficar desconfortável perto de
grupos grandes de pessoas.

RECEM NASCIDO
nessa fase o bebê se comporta de maneira instintiva e usa
apenas do choro para se comunicar. o bebê começa a reagir
5 MES
nessa fase o bebê começa a aprender conceitos de cau-
conforme os estímulos que são dados a ele, pois ainda não tem
sa e efeito, entendendo que algumas ações suas causam
um temperamento formado.
consequências e por isso podem realiza-las repetidamente.
É comum que eles derrubem as coisas, apenas para vê-las
caírem ou para que você as pegue. ele também passa a
expressar melhor seus sentimentos.

independência do bebê: quando ter seu próprio


quarto?

para a psicóloga, não há uma regra fixa sobre quando


os pais devem colocar o filho para dormir em um quarto
separado ou não. ela explica que cada criança se desenvolve
em seu ritmo e cabe aos pais decidir. entretanto, é comum
que entre os 3 ou 4 meses os pais já possam colocar a
criança para dormir sozinha. “desde que ela não apresente
nenhum problema, como por exemplo, refluxo”, destaca.
de acordo com Carla, essa mudança irá mostrar para a
criança que há possibilidades de ficar sozinha e ir aos
08 poucos adquirindo um preparo inicial de autonomia, que irá
6 Mes
nessa fase, o bebê passa a querer cada vez mais atenção.
ele percebe que algumas reações dele, tanto as boas quanto
as ruins, chamam a atenção das pessoas, especialmente dos
pais. nessa fase é importante começar a elogiar os bons
comportamentos.

7 MES
Curioso, o bebê tende a querer explorar mais nessa fase e a
também testar a autoridade dos pais, por isso é importante
enfatizar quando algo que ele faz é errado.
também é nessa fase que normalmente se inicia a chamada
“ansiedade da separação” na qual o bebê passa a perceber
que não é uma extensão da mãe e que pode ser deixado
sozinho. essa ansiedade e medo do abandono pode durar até 10 MES
os dois anos, dependendo da evolução de cada criança o bebê começa a revelar e desenvolver sua personalidade.
enquanto alguns se tornam mais sociáveis, outros podem ser
tímidos e esconderem o rosto. É também nessa fase que o
8 MES bebê passa a demonstrar medos. pode ser de um barulho ou
Bem mais expressivo, o bebê tende a mostrar com mais de um objeto, independentemente, é importante explicar para
clareza seus sentimentos, podendo também perceber e imitar o bebê que não há perigo, para que ele vença o medo.
sentimentos de outras pessoas. ao ver alguém sorrir ou
chorar, é provável que o bebê faça o mesmo. também tende
a ficar mais nervoso e ansioso quando está longe dos pais e 11 MES
a sorrir ao vê-los. nessa fase ele entende instruções e frases simples, mas pode
escolher não obedecer. por isso, nessa fase é importante en-
fatizar ainda mais o certo e errado e começar a impor certos
9 MES limites ao comportamento do bebê
ele entende brincadeiras simples nessa fase e é capaz de
colocar e retirar objetos de caixas e entender movimentos
de abrir e fechar objetos. É importante brincar e incentivar o 12 MES
desenvolvimento nessa fase, ensinando novas brincadeiras o bebê desenvolve a fala com cada vez mais facilidade e
sempre. É também nessa fase que o bebê desenvolve melhor é importante incentivar apontando objetos e ensinando o
o entendimento da linguagem e passa a entender o signifi- nome de cada coisa, com o tempo ele vai aprender a repetir
cado de não, apesar de não obedecê-lo sempre, e também e armazenar a informação. o bebê já é capaz de responder
responde ao som de seu nome. perguntas simples.

facilitar em sua futura independência. “também ajuda no


relacionamento dos pais, que em momentos de intimidade
jamais podem ter o filho presente, sem exceções”, ressalta.
essa autonomia inicial também gera dúvida nos pais: quando
é recomendado que os pais atendam o filho que está
chorando no berço? a psicóloga diz que, no caso do choro
durante a noite, é recomendado que os pais aguardem um
tempo de 3 a 5 minutos, pois o bebê pode estar em uma fase
turbulenta do sono e voltar a dormir em breve. Carla ressalta
que após cinco minutos, o choro do bebê expressa que algo
está errado ou que ele precisa de algo. “sendo assim, nada
mais saudável que a presença dos pais, que trazem ao bebê
a sensação de conforto e proteção que ele precisa”.
09
100%

A
todo
vapor
Quando a energia extrapola os limites

Walquiria de Lima

A hiperatividade é caracterizada pelo excesso de energia são Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, uso de
motora ou mental. Segundo a psiquiatra Evelyn Vinocur, a álcool, tabaco ou substâncias psicoativas pela mãe durante a
pessoa hiperativa é desatenta, não possui bom desempenho gestação, parto prematuro e baixo peso do bebê, complicações
na escola e tende a ter problemas com leitura e outras no parto, mãe sob estresse contínuo, ambiente familiar
tarefas acadêmicas. desorganizado, maus tratos, crises familiares, transtornos de
A médica ainda explica que os sintomas, em geral, são aprendizagem, doenças invasivas do neurodesenvovilmento,
inquietação, nervosismo e movimentos excessivos, como pular, como autismo, e doenças genéticas.
saltitar ao invés de andar. “É comum vê-las se esbarrando nas
pessoas ou nos móveis, tropeçando, caindo e se machucando, Na Escola
pois quase sempre estão se colocando em lugares perigosos.
Não raro, até para comer e ou assistir à TV o fazem de pé, O professor tem um papel fundamental no diagnóstico da
andando de um lado a outro da casa. O sono costuma ser hiperatividade na criança. Em geral, é ele quem identifica
agitado, falam muito e mesmo dormindo giram o corpo na os primeiros sinais cognitivos, sociais, emocionais e
cama, tremendo e balançando a perna para dormir”, afirma. comportamentais na criança. Assim, o professor repassa
As causas são variadas e podem ser tanto de fatores as informações ao pedagogo, que faz a triagem e os
genéticos quanto ambientais. Alguns dos principais motivos encaminhamentos.

10
Segundo a pedagoga Marcia Demchuk Ossak, o aluno
hiperativo precisa ser incentivado na escola, focando em
suas habilidades. Ao se deparar com dificuldades, o professor
precisa explicar ao aluno os passos a serem trilhados. “É
importante dar ao aluno tarefas estruturadas para auxiliar a
organização do pensamento e graduá-la de acordo com seu
ritmo de aprendizagem”, frisa Marcia. Além disso, a pedagoga
lembra que é preciso ter uma boa comunicação com pais,
médicos e psicólogos da criança com hiperatividade, para
troca de informações necessárias sobre o desempenho dela.
De acordo com Marcia, o aluno hiperativo pode sofrer alguns
problemas na sala de aula. O autoconceito negativo, baixa
autoestima e rejeição são alguns dos mais comuns. “Não é
raro que a criança desenvolva frustrações, inadequação em
seguir regras e poucas amizades. É necessário incentivar
a socialização, principalmente através da participação em
atividades lúdicas, recreativas, acadêmicas para que entenda
e aceite ordens, regras e convenções compreendendo que é
importante respeitar os outros para ser respeitado”, finaliza
a pedagoga.

Tratamento
Um dos medicamentos mais receitados para a hiperatividade
é o cloridrato de metilfenidato. O Brasil é o segundo país
que mais o consome no mundo. Seu uso é polêmico e alguns
médicos afirmam ser muito prejudicial a saúde.
O cloridrato de metilfenidato é um estimulante do sistema
nervoso central, e tem o mesmo mecanismo das anfetaminas
e da cocaína, assim, ele vicia tanto quanto essas substâncias,
já que quem usa só se sente tranquilo ao consumir o remédio.
Além de dependência, pode causar insônia ou sonolência
excessiva, alucinações e até mesmo surtos psicóticos.
Para a psicóloga Cacilda Amorim, o tratamento apenas
baseado em medicamentos pode não ser o suficiente. “Mesmo
que tragam efeitos positivos de curto prazo, no médio e longo
prazo se mostram insuficientes para atender às necessidades,
especialmente com organização, planejamento, cumprimento
de prazos, autocontrole, equilíbrio emocional, capacidade de
relacionamentos, entre outros”, afirma Cacilda.
Ela ainda explica que a decisão de medicar a criança com
cloridrato de metilfenidato deve ser muito pensada e analisada
pelos pais. Dessa forma, alguns preferem combinar o uso de
medicamentos com outros tratamentos, muitas vezes usando
os medicamentos como última alternativa.

11
meu
lanchinho
any ossak

a importÂnCia de uma alimentação saudÁVel


para as Crianças

12
a alimentação é uma das necessidades básicas do ser das vezes pode ser revertida. ou seja, assim que os
humano, principalmente quando criança. Quem ama enterócitos estão recuperados, voltam a produzir a
amamenta. Já nas primeiras horas de vida o bebe lactase.”, explica a nutricionista. além disso, o próprio
recebe um dos alimentos mais completos existentes. leite materno possui probioticos, enzimas e células
o leite materno. segundo a nutricionista Keila dias que fortalecem as células intestinais, acelerando o
o leite é completo com todas as vitaminas, minerais, processo de melhora.
e também com as calorias que o bebe precisa, além
de ser de fácil digestão, ou seja, outros alimentos DesCOBrinDO O UniVersO DAs
oferecidos ao bebe antes dos seis meses podem COres e DOs sABOres
aumentar as cólicas, inclusive os chás. “a criança
amamentada tem menos chance de ficar doente, pois a partir do sexto mês a criança já tem capacidade
sua imunidade melhora”. digestiva e motora para ingerir outros alwimentos,
a nutricionista ainda ressalta algumas das vantagens então deve ser iniciada a introdução alimentar. mas,
do alimento. “o leite materno está sempre na afinal quais alimentos devem ser oferecidos?
temperatura certa, não precisa de mamadeira para inicialmente devem ser oferecidas as frutas que por
oferecer, traz economia à família, e ainda diminui as serem adocicadas (como o leite materno) podem
chances da mãe desenvolver certos tipos de câncer”. ter fácil aceitação. em seguida podem ser oferecidos
o conselho que se dá é que o leite materno deve ser os legumes e verduras, batatas, tubérculos. “É
oferecido de maneira exclusiva até o sexto mês de importante oferecer sempre um alimento por vez,
idade do bebe, e de maneira complementar até os observando possíveis alergias, porém mantendo
dois anos de idade ou mais. sempre a variedade”, conta Keila.
apesar de possuir inúmeras qualidades o leite materno, mesmo nessa fase em que a criança precisa conhecer
assim como no leite animal e em seus derivados, novos sabores, é preciso ter cuidado com alguns
possuem uma substancia que pode ser prejudicial alimentos,por exemplo, o açúcar. a nutricionista conta
a algumas crianças, a lactose. ela é um carboidrato que açúcar de mesa (sacarose) não é indicado para a
dissacarídeo (açúcar), durante a digestão, no intestino criança, até os dois anos de idade. pois é um alimento
a lactose é quebrada formando dois monossacarídeos que pode causar doenças como diabetes, obesidade,
(glicose e galactose), que são absorvidos pelo caries, entre outros. “nessa fase a criança precisa
intestino. para que a lactose seja absorvida as células ter contato com uma grande variedade de alimentos
do intestino (enterócitos) produzem uma enzima naturais, evitando os industrializados ou com grande
chamada lactase. quantidade de açúcar, pois está formando o habito
“É pouco comum a intolerância a lactose em bebes, alimentar”, aconselha.
exceto em casos congênitos que são mais raros. É comum que haja uma rejeição por parte da criança
acontece que algumas vezes após viroses, infecções em comer, alimentos como frutas e verduras. segundo
ou outras alergias alimentares os enterócitos ficam a nutricionista, toda criança tem fases em que costuma
incapacitados de produzir a lactase gerando uma rejeitar algum alimento. ela explica que a mãe ou
intolerância a lactose secundária, que na maioria cuidador neste caso deve incentivar o consumo desses
13
alimentos, oferecendo preparações diferentes ou me-
lhorar a apresentação dos pratos causando impacto
visual a criança. “Não se deve excluir o alimento do
cardápio em uma primeira rejeição, a criança deve
experimentar várias vezes para “não gostar”. A fa-
mília também deve auxiliar nesse processo, ingerin-
do alimentos saudáveis junto com a criança, pois, o
exemplo é o melhor incentivo”, explica.
Nicolas, 5, e Lucas,5, são um exemplo disso. Lucas
não comia salada de jeito nenhum, porém graças ao
incentivo da madrinha e a cor do alimento a salada
verde passou a ser ingrediente essencial no prato
dele, já que a maioria das saladas leva a cor preferida
do menino, verde. Nicolas, por exemplo, não gosta de
melancia porque tem semente, mas basta a mãe tirar
as sementinhas que ele se delicia com a fruta.

Alergias Alimentares
A impressão que temos é que hoje em dia está mais
comum o aparecimento de alergias derivadas de ali-
mentos como intolerância a glúten, lactose. Tem algu-
ma explicação para esse aumento?
Segundo a nutricionista, Keila Dias, nas últimas dé-
cadas houve um aumento nos casos de alergias
alimentares, alguns estudos relacionam isso com a
maior exposição a aditivos alimentares e substan-
cias alergênicas presentes em alguns alimentos. A
qualidade dos alimentos ao longo dos anos também
se modificou, atualmente utilizam-se mais agrotóxi-
cos que podem alterar a composição dos alimentos.
“Quando existe a predisposição genética é mais fá-
cil que a criança desenvolva uma alergia alimentar.
Outro fator contribuinte é a introdução precoce de
alguns alimentos: leite de vaca, ovo, oleaginosas e
frutos do mar”, alerta.
Mas quais são as atitudes que a mãe pode tomar,
como ela pode lidar com isso já que tanto o glúten
como a lactose estão em maioria dos alimentos?
Primeiramente procurar ajuda profissional para diag-
nosticar o problema. As alergias envolvem mecanis-
mos imunológicos, que reconhecem certa substancia
presente no alimento como um “agente estranho” ao
organismo. “Já a intolerância é uma resposta anormal
a um alimento e não envolve processo imunológico,
geralmente é a falta de alguma enzima digestiva. En-
tão de acordo com o problema podemos analisar o
caso e tratar. Mas hoje em dia há diversos alimentos
próprios para pessoas alérgicas o que garante uma
alimentação variada”, explica a nutricionista.

14
Fotos: anY ossaK

15
?
?
alguns estudos apontam a soja como possível modulador hormo-
nal. a soja contém uma substancia chamada isoflavona ou fitoes-
trogenios, que são capazes de produzir em pequenas quantida-
des efeito semelhante ao hormônio sexual feminino (estrogênio).
Quando consumidos em grandes quantidades ou de maneira ha-
bitual pode influenciar o desenvolvimento da criança. outro fator

?
negativo da soja é a grande quantidade de pesticida/agrotóxicos
que pode alterar o material genético da célula, podendo causar
além de alterações hormonais doenças como câncer.

?
?
a água deve ser oferecida a partir do momen-
to em que se inicia a introdução alimentar com
alimentos sólidos.
?
16
a mÍdia e a inFluÊnCia na Formação do imaginÁrio inFantil

sandra denicievicz

tudo a nossa volta vai ser internalizado, bem como giovanne Bertotti, destaca a importância dos pais
suas associações a medida em que crescemos. e no acompanhamento e desenvolvimento infantil. “
quando temos acesso à mídia, isso é potencializado os desenhos, a televisão, a mídia influencia na for-
nos imaginários em formação. É certo que quando mação da criança, mas por um outro lado, a gente
a criança tem acesso a televisão, por exemplo, uma não pode falar que a mídia é a única responsável
experiência que ocorre por volta dos dois anos, sua por isso. existe um parâmetro por trás, se os pais
mente está em construção e ainda não tem as fer- deixam muito as crianças na frente da televisão ou
ramentas para julgar ou bloquear algo que seja ne- da internet, sem uma atenção a isso, elas vão cres-
gativo. então, tudo o que passa na telinha vai sendo cer com aquela ideia de mundo”, pondera.
absorvido sem nenhum tipo de filtro ou proteção.
um fator que preocupa é a relação das crianças
esse novo cenário de imagens e cores tão comple- com o consumo. segundo uma pesquisa do insti-
xo e extraordinário passa a fazer parte da vivência tuto de pesquisa tns interscience, a publicidade
da criança, sendo incorporado pela mente curiosa é a principal ferramenta do mercado para atingir
e moldando-se na vida infantil. a dona de casa o público infantil que influencia cerca de 70% das
aneliz padinha, é mãe de Victor gabriel. o menino decisões de compra de uma família. ou seja, gran-
tem apenas cinco anos, mas a pouca idade não é de parte das decisões de compra tomada pelos
empecilho para barrar a descoberta do mundo da pais, possui influência direta dos filhos. tal fato já
tecnologia. “ o Biel fica o dia inteiro no celular, ele foi percebido por aneliz. “ a televisão influencia
vê vários vídeos e também não desgruda da televi- bastante no consumo. o Biel vive pedindo para
são. se deixar ele passa o dia todo assistindo dese- gente comprar coisas que, às vezes, ele nem pre-
nhos”, conta aneliz. cisa. principalmente brinquedos, mas acho que é
o normal ele querer ter o vê na televisão, mesmo
o que para muitos pais é considerado normal pode
que não precise”, afirma
gerar prejuízos a formação da criança. o psicólogo

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Já para o psicólogo, a noção de consumo sem- trabalhar no imaginário da criança, por isso os
pre existiu, “pois, desejar é algo natural do ser pais precisam estar atentos e não deixar os filhos
humano, nós começamos a criar os desejos para assistirem programação inadequada”.
tentar suprir as nossas necessidades. Então dizer
Mas, não são só pontos negativos que se pode
que a mídia, o mundo tecnológico são os únicos
encontrar nos desenhos ou games, por exemplo.
responsáveis por isso é equivocado”, comenta.
Se utilizado de forma correta pode estimular a ca-
Porém, a mídia eleva o nível desse sentimento
pacidade cognitiva e a criatividade. A mamãe do
“Esses meios são impactantes porque eles tra-
Biel percebeu esse aspecto. “ Ele gosta muito de
balham com marketing, propaganda, mas não são
assistir animais, daí fica imitando. Leão, tigre, di-
os únicos responsáveis por isso. Por que nós já
nossauros. Todos os bichinhos que ele vê ele imita,
temos o desejo internalizado, o que a mídia faz é
é muito fofo”. Para o psicólogo o limite do acesso
potencializar isso”, explica.
das crianças a mídia deve ser pautado pela mode-
Além do consumo, outro fator que gera questiona-
ração. “Depende do que as crianças vejam dentro
mento quando as crianças estão em frente a tela é
da televisão, tem alguns desenhos que mostram a
sobre a erotização infantil. Muito cedo, as crianças
importância dos relacionamentos. O pano de fun-
ficam expostas a todo tipo de cena. Muitas vezes,
do de algumas histórias é amizade, por exemplo,
não é necessário assistir um programa irrestri-
além disso a criança não está isolada, ela terá a
to a faixa etária. Em muitos programas infantis
convivência dentro da escola, com os amiguinhos.
antigos, era possível encontrar cenas de dupla
O modo como os pais lidam com a crianças, irá in-
conotação, ou animadoras seminuas, por exem-
fluenciar diretamente no comportamento”, finaliza.
plo. Segundo Bertotti, “As crianças já vem traba-
lhando com a sexualidade desde criança, mas é
uma sexualidade inocente de conhecer o corpo,
diferenciar o corpo. Levantando o conhecimento
de si mesma, se conhecendo. Uma propaganda
de uma mulher nua, ou uma cena sensual pode

18
r io s q u e a b o rdam
Documentá n ç a e m ídia
r e c r ia
a relação ent

so (2012)
m do pe
alé
Muito O principal
ponto abordado pelo documentário é
a obesidade infantil e a relação com a publicidade. De
autoria da diretora e roteirista Estela Renner “Muito além
do peso” discute através de histórias reais por que 33%
das crianças brasileiras pesam mais do que deviam. O
documentário conta com opiniões de médicos e espe-
cialistas que avaliam o impacto da obesidade infantil,
suas origens e consequências. Além de trazer um alerta
sobre este problema mundial que tem relações com a
atratividade das campanhas publicitárias voltadas às
crianças e a omissão de informações ao consumidor.

Criança, a alma do
negócio (2008)
Fotos: Reprodução

O documentário é referência quando o


tema é crianças e consumismo. Também dirigido pela cineasta Este-
la Renner e produzido por Marcos Nasti, as cenas são enriquecidas
pela opinião de psicólogos, pais e professores e discutem juntos de
que forma as mídias de massa impactam na formação de crianças e
adolescentes. O excesso de informação, o bombardeio de publici-
dade e, muitas vezes, a falta de atenção dos pais cria um cená-
rio propício para uma infância baseada em desejos materiais.
As cenas refletem e mostram a realidade de crianças que
preferem ir ao shopping a brincar, conhecem todo tipo
de aparato tecnológico, diversos jogos e brinquedos
das marcas mais famosas. “Criança, a alma do
negócio”, revela qual o principal alvo da pro-
paganda midiática e de que forma ela atua.

19
os Cuidados Com a saÚde BuCal deVem Começar ainda nos primeiros meses

luna marques

Fotos: LUNA MARQUES

20
o acompanhamento da saúde bucal nas crianças começa desde o nascimento. mesmo os recém-nascidos
precisam da supervisão de um dentista que vai avaliar as necessidades dele, acompanhar o nascimento
dos dentes e identificar possíveis problemas na saúde bucal,
o dentista luiz nasser Jr. explica que esse acompanhamento é importante para o dentista poder avaliar o
desenvolvimento o bebê e tratar qualquer problema ainda no começo.

MAS BEBÊ PRECISA ESCOVAR OS DENTES?


precisa! o dentista explica que a higiene bucal deve começar desde os primeiros dentes de leite. se não
foram escovados, mesmo que a criança apenas tome leite, eles podem ter cáries, o que vai trazer dores
para a criança e até mesmo perda os dentes.
o dentista destaca que os dentes de leite são os guias para os dentes permanentes e a perda dos primei-
ros pode desencadear o nascimento dos próximos em lugares errados ou tortos. apesar de doenças como
cáries não passarem de um dente de leite para o permanente, a saúde bucal é importante, pois os dentes
vizinhos doentes podem infectar dentes saudáveis.
para que seu bebê tenha dentes saudáveis, o dentista recomenda que assim que aparecerem os primeiros
dentes seja usada a escova dedal para fazer a limpeza deles. pastas de dentes com baixos níveis de flúor
também podem ser usadas. “essa limpeza tem que ser feita principalmente à noite, e evitará o que chama-
mos de cárie de mamadeira”, destaca.
essa escovação dedal deve ser feita até que todos os dentes de leite
tenham nascido, após isso é recomendado que se troque por uma
escova normal, que irá variar de tamanho de acordo com o
desenvolvimento da criança. de acordo com luiz, os pais
devem supervisionar a escovação dos filhos até os oito
anos de idade, podendo variar, de acordo com as habili-
dades da criança.

QUANDO CHEGA A HORA DE TROCAR OS DENTES DE LEITE:


PODE PUXAR?
sobre a troca de dentes, o dentista recomenda que só
se tente retirar o dente quando estiver bem mole. antes,
poderia causar um machucado e até mesmo traumas na
criança. Com o dente bem mole, se o pai tiver confiança,
pode retirar com os dedos, ou com um fio dental. “desde
que os pais se lembrem se comprar uma gaze esterilizada
para estancar o sangramento, não há proble-
mas, e caso isso não acontecer procurar
imediatamente procurar um dentista
porque algo está errado”, explica.
Cuidar da saúde bucal dos pequenos
e ensiná-los desde cedo a importância
de escovar os dentes vai lhes garantir
um futuro, e um sorriso, melhor. por isso, o
acompanhamento com o dentista deve ser
feito de maneira correta e desde cedo.

21
Cent ímetros
problemáticos
Saiba quando o crescimento vira dor de cabeça
Walquiria de Lima
140
Quem tem criança
130
pequena em casa geralmente se preocupa
com o seu crescimento. Algumas crescem
acima da média, já outras são pequenas 120
demais. É muito comum que os pais
tenham medo que seus filhos não se
desenvolvam normalmente. Mas, essa 110
preocupação vai muito além dos cui-
dados da vovó, de que “essa criança é
muito ‘miudinha’”. O caso pode ser sério
100
e precisar de tratamento.
O normal é que as crianças cresçam mais de
4 cm ao ano, quando ele é menor que isso,
90
é preciso consultar um especialista. Mas,
crescimento acima do normal também é
preocupante. O endocrinologista pedia- 80
tra Luiz Cláudio Castro recomenda
acompanhar a rotina de crescimen-
to de crianças e adolescentes, para 70
se detectar crescimento dewwficiente
ou excessivo. “Uma avaliação criteriosa
feita pelo endocrinologista pediatra ou 60
pelo endocrinologista é essencial para
diagnosticar se a criança e o adolescente
apresentam ritmo acelerado, normal ou
anormal de crescimento e se é preciso 50
ou não tratar”, conclui ele.
Segundo a Sociedade Brasileira de En-
docrinologistas e Metabologia (SBEM), 40
os fatores para que uma criança tenha
problemas no crescimento podem ser
desde herança genética até alterações 30
na produção de hormônios.

Hormônios, hormônios 20
O hormônio relacionado ao crescimento
Foto: ANY OSSAK
22 10
estão ficando aper-
tados ou se ela é menor na turma da escola.
Segundo os endocrinologistas Cesar Bogus-
zewski e Margaret Cristina da Silva Bogus-
é o GH, produzido zewski, membros da SBEM, toda criança
pela glândula hipófise. Esse hormônio é im- precisa ser medida e pesada uma vez ao
portante desde os primeiros anos de vida até ano, assim, qualquer crescimento fora
o fechamento das cartilagens dos ossos, que do padrão será facilmente identificado.
ocorre no final da puberdade. Entretanto, existem outros sintomas que
A deficiência desse hormônio pode ser podem indicar distúrbios no crescimento,
causada por diversos fatores, mas se- como testa muito proeminente, nariz mui-
gundo a SBEM, em geral é relacionada to curvo, acúmulo de grande quantidade de
ao momento do parto. Se a criança não gordura abdominal. Levando em consideração
estiver posicionada corretamente no úte- a estatura dos pais, em qualquer sinal de cresci-
ro materno, saindo a cabeça por último no mento anormal, o melhor é procurar um espe-
parto, quando o médico a puxar, a estrutura cialista em endocrinologia.
de ligamento da hipófise pode se romper.
Como tratar
Alto, baixo Após procurar um endocrinologista, o
Em geral, a doença que afeta crianças que médico irá investigar as causas do dis-
crescem pouco é o nanismo. Ela é caracteri- túrbio de crescimento, através de exames
zada pelo desenvolvimento deficiente dos de sangue e radiológicos. Em geral, o endo-
ossos e cartilagens e se manifesta, prin- crinologista irá prescrever reposição do GH.
cipalmente, a partir dos dois anos de Esse tratamento é feito com injeções diárias,
idade. O nanismo impede o crescimento aplicadas de forma subcutânea (na gordura),
e desenvolvimento normal da pessoa. Du- nas coxas, braços, nádegas ou abdome. Não
rante a adolescência essa doença pode ser existem outras formas de reposição do GH.
mais facilmente reconhecida, pois é quando Existem, também, cirurgias para alonga-
o crescimento se dá muito rapidamente. mento ósseo, utilizadas quando existem
Já quando o crescimento é acelerado, a do- deformidades nos ossos.
ença relacionada pode ser o gigantismo. Além disso, para crescer saudável, os
Nesse caso, o corpo produz o GH em exces- médicos recomendam alimentação ade-
so, fazendo com braços e pernas se alon- quada, atividade física e horas de sono
guem além do normal. Essa doença pode suficiente. Os exercícios físicos, por
surgir na infância ou na puberdade. sinal, são excelentes para o peso, a mus-
Outras doenças que podem afetar o cres- culatura e a mineralização óssea da criança,
cimento são: Síndrome de Klinefelter, e ainda corrigir vícios de postura. Porém,
Síndrome de Sotos, Síndrome de Marfan, somente ela, não é solução ou tratamento
Síndrome de Turner, Síndrome de Prader para problemas de crescimento.
-Willi, entre outras.

Quando se preocupar
Observar o crescimento das crianças é fun-
damental. Ver quando roupas e calçados

23
i

um classico
Na era do tablet e do celular, são os jogos de tabuleiro os
campeões quando o assunto é aprender brincando
Taís Nichelle

Foto: Laís Nichelle

24
i

indispensavel
Tão frágeis e pequeninos… Mas você já prestou aten- rais. As ligações entre as células passam a estimular os
ção na agilidade com que movem o indicador? Pois é. neurônios a fazer contato uns com os outros, aumen-
Essas crianças de hoje em dia parecem já ter nascido tando importantes “reservas” do cérebro. Na prática,
com a habilidade de manusear dispositivos eletrônicos. isso significa que os benefícios dos jogos de tabuleiro
Não sou o que você pode chamar de velha. Não, mes- são derivados principalmente do fato de que estes exi-
mo! Nasci no início dos anos 90. Mesmo assim, observo gem que o cérebro se mantenha concentrado durante
boquiaberta o quanto a tecnologia evoluiu em poucos um longo período. Cada um de nós deve ser capaz de
-mais especificamente 23- anos. Se naquela época as manter o foco durante 50 minutos, com uma diminuição
crianças vibravam diante de uma vitrine recheada com natural na concentração depois de cerca de 20 a 30 mi-
cores e texturas dos brinquedos, hoje o brilho nos olhos nutos. E é a concentração um dos pilares fundamentais
é aceso pela tela do tablet, computador, celular e outras para o bom funcionamento cognitivo.
parafernálias contemporâneas. Os pesquisadores explicam ainda que nos jogos de
Porém, certas coisas não deveriam mudar. Os jo- grupo as memórias verbal e visual são naturalmente
gos de tabuleiro, por exemplo, fizeram sucesso com envolvidas e necessárias por causa das próprias regras
crianças de diversas épocas e devem ser incluídos dos jogos, para prever os movimentos dos adversários,
na rotina moderna, pois são muito mais do que sim- para projetar seus próximos passos e para raciocinar
ples brinquedos. “Eles estimulam o raciocínio lógico, sobre a realização destas atividades. “Além disso, atra-
a memória, a estratégia e promovem a socialização”, vés dos jogos de tabuleiro, as crianças aprendem a se-
explica a pedagoga Tânia Mara Belusso. guir regras, a ganhar, perder e também interagir com o
A ciência também confirma os benefícios desses próximo, o que é muito importante para a socialização”,
jogos. Uma pesquisa realizada na Itália pela Asso- completa a pedagoga.
mensana (Associação para o Desenvolvimento e Po- É certo que as coisas mudam, mas uma permanece
tencialidade das Habilidades Mentais, na sigla em ita- intacta: crianças continuam sendo crianças. Graças a
liano) comprovou que os jogos de tabuleiro moldam Deus! Por isso, é fundamental que os adultos interve-
novas formas mentais e produzem efeitos positivos nham para não deixar que o mundo virtual torne-se
no cérebro dos participantes. o lugar preferido delas. Até porque, é aqui, no real,
De acordo com o estudo, os jogos de mesa, que envol- através dos cheiros, sabores e olhos nos olhos, que
vem duas ou mais pessoas, enriquecem as redes neu- elas se desenvolvem.

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o sol é essencial na saúde
e no bom funcionamento do corpo, seja
em adultos ou crianças. os raios ultravioletas são
responsáveis pela metabolização e síntese da vitamina d e pela
fixação de cálcio nos ossos. entretanto, de mocinhos podem passar a
vilões. se a exposição ao sol for excessiva pode causar desidratação, inso-
lação e queimaduras. além disso, se for prolongada e sem proteção, pode causar
câncer de pele ou problemas nos olhos.
Bebês com menos de um ano devem receber cuidados especiais ao serem expostos ao
sol. segundo a sociedade Brasileira de pediatria, os pais precisam estar atentos a sinais
como febre, sede intensa, urina concentrada em quantidade reduzida, pele seca, olhos
fundos, ausência de lágrimas e moleira baixa.
além disso, deve-se evitar o sol entre às 10 e às 16 horas e oferecer muitos líquidos à
criança durante todo o dia. o protetor solar deve ter fator, pelo menos, de 20. mas, quanto
mais clara a pele da criança, maior o fator.
Juliana Borges Wolski é mãe de rubia, 16, luiz otávio, 12 e antônio gabriel, 4. os três fil-
hos sempre foram a praia com a família e desde a mais velha ao mais novo, os cuidados
nunca foram deixados de lado. “sempre passei protetor nas crianças, antes de sair
e a cada uma ou duas horas. e quando eram menores, sempre deixei brincando
debaixo do guarda sol. sol é bom, mas é preciso muitos cuidados”,
cuidados”, conta a
mãe.
antes dos seis meses o uso de protetor solar não é recomen-

SOL,
dado. assim, as crianças não devem ser expostas dire-
tamente ao sol e devem ser protegida com
chapéus, óculos e roupas.

nosso amigo
diCas
- dar muito líquido para as crianças,

SOL!
principalmente água e sucos naturais;
- Frequentar ambientes frescos e bem
ventilados;
- aplicar protetor solar a cada duas
horas;
- Colocar chapéus nas crianças para
passear ao livre;
- Vestir roupas leves e claras, preferen-
saiba quais são os cuidados cialmente de algodão,que diminuem a
necessários com os pequenos no verão absorção de calor;
- evitar ficar dentro de carros estaciona-
dos sob o sol;
Walquíria de lima - Fazer refeições leves;
- usar cremes hidratantes, que não con-
tenham álcool nem anestésicos, como
benzocaína;
26 - em caso de queimaduras, aplicar
compressas de água fria.
26
H U P E TA
C

Se ela é tão prejudicial,

POR
QUE
damos ela às crianças?

27
Walquíria de lima

segundo a sociedade Brasileira de pediatria, até o primeiro ainda existem prejuízos na respiração da criança. a
ano de vida, a criança tem uma necessidade fisiológica de expiração dura mais tempo que o normal, assim, leva a
sucção. ela promove liberação da endorfina, que modula a criança a respirar pela boca, o que piora a elevação do
dor, o humor e a ansiedade, dando ao bebê uma sensação céu da boca, diminui o espaço aéreo dos seios da face
de bem-estar. e provoca desvio no septo nasal. a respiração pela boca
entretanto, a amamentação deve suprir esse desejo de leva a diminuição da produção de saliva, o que pode
sucção. mesmo assim, o uso da chupeta é passado de aumentar o risco de cáries. também podem ocorrer
geração em geração, entre as mães de todas as classes irritações na orofaringe, laringe e pulmões, já que
sociais. recebem um ar frio, seco e não filtrado adequadamente.
a sociedade Brasileira de pediatria lista dois possíveis outras conseqüências do uso da chupeta para
“prós” ao uso da chupeta. em primeiro lugar, é um respiração são infecções de ouvido, rinites e amigdalites.
calmante imediato do choro. além disso, alguns estudos psicólogos afirmam, ainda, que para acalmar a criança
da academia americana de pediatria, sugerem que o uso não é preciso a chupeta. existem muitas outras formas,
da chupeta pode ter efeito protetor contra morte súbita, como carinho, colo, cantar e amamentar. os médicos
desde que a criança só use após a terceira semana de ainda orientam que se a criança leva com frequência
vida, ou com a amamentação estabelecida, e somente o dedo à boca, é preciso dar algum brinquedo para
durante o sono. que ocupe suas mãos e redirecione sua atenção ao
mas os “contras” são mais numerosos. estudos indicam objeto. o bebê pode levar o brinquedo a boca, como os
que o uso da chupeta reduz o tempo de aleitamento mordedores, mas não levará ao “vício” que a chupeta –
materno. a chupeta, também, é apontada como ou o dedo – causa.
responsável pela oclusão dentária, levando a deformação portanto, a sociedade Brasileira de pediatria recomenda
na arcada dentária e problemas na mastigação. além de que os pais conversem com o pediatra da criança e
provocar atrasos na linguagem oral, problemas na fala e avaliem juntos os prós e contras do uso da chupeta.
emocionais.

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