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Consequências do Consumo do Álcool e Estupefaciente nos Jovens e

Adolescentes - Caso do Posto Administrativo Urbano de Namicopo - 2017

Candidata: NatáliaCelésioNaite
Código: 708141993

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino à Distância
Nampula. 2017
i

Consequências do Consumo do Álcool e Estupefaciente nos Jovens e


Adolescentes – Caso do Posto Administrativo Urbano de Namicopo -
2017

Candidata: Natália CelésioNaite


Código: 708141993

Projecto de pesquisa científica para a elaboração


de monografia a apresentar ao Centro de Ensino a
Distancia da UCM - Delegação de Nampula, para
a obtenção do grau académico de licenciatura em
ensino de Biologia.

xz Supervisor: Amisse Manuel Mussa

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino à Distância
Nampula. 2017
ii

Índice

CAPITULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................... 4

1.1– Problematização...................................................................................................... 5

1.2– Relevância do estudo .............................................................................................. 5

1.3- Delimitação do tema ................................................................................................ 6

1.4– Problema ................................................................................................................. 6

1.5– Hipóteses .................................................................................................................. 7

1.6 – Objectivo geral ....................................................................................................... 8

1.7 - Objectivos específicos ............................................................................................. 8

2.1 – O ÁLCOOL ............................................................................................................ 9

2.2 – Efeitos do consumo do álcool ................................................................................ 9

2.3 – Estupefacientes ...................................................................................................... 9

2.4.1. Destruição de neurónios ..................................................................................... 11

2.4.2. Desenvolvimento de doenças psíquicas ............................................................. 12

2.4.3. Lesões do fígado e pâncreas ............................................................................... 12

2.4.4. Mau funcionamento dos rins ............................................................................. 13

2.4.5. Desenvolvimento de doenças contagiosas ......................................................... 13

2.4.6. Problemas do coração ........................................................................................ 13

3.4. Quanto ao Procedimento ...................................................................................... 16

3.5. Técnicas de colecta de dados................................................................................. 16

3.5.1. Observação .......................................................................................................... 16

3.5.2. Entrevista ............................................................................................................ 16

3.6. Universo .................................................................................................................. 16

3.7. Amostra .................................................................................................................. 17

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS .............................. 18

4.1. Cronograma de actividades .................................................................................. 19


iii

4.2. Orçamento .............................................................................................................. 20

Conclusão ...................................................................................................................... 21

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 22
4

CAPITULO I – INTRODUÇÃO

O uso de álcool e drogas é um fenómeno bastante antigo na história da humanidade e


constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e
sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade.

A adolescência é um momento especial, caracterizado por mudança biológicas,


cognitivas, emocionais e sociais, constituindo ainda um importante momento para a
adopção de novas praticas, comportamentos e ganhos de auto estima. Nessa etapa, o
jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter
poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que
"naturalmente" afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver
experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contacto
com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos.
O encontro do adolescente com a droga é um fenómeno muito mais frequente do que se
pensa e, por sua complexidade, difícil de ser abordado.

Namicopo, um dos postos administrativos urbanos da cidade de Nampula é habitado


maioritariamente por pessoas que se originam da zona litoral da província de Nampula,
nomeadamente: Nasala-a-Porto, Monapo, Ilha de Moçambique, Mossuril, Erati,
Memba, entre outros. Pessoas dessas origens são menos ligadas a escolaridade, isto é, o
ensino formal não é, para eles uma prioridade, sendo substituída por educação informal
religiosa islâmica, feita em Madrassas e ainda a prática de pequenas actividades de
venda. Entretanto, a contrariar a regra islâmica, há uma tendência de, nos últimos anos
um aumento do número de jovens e adolescentes que passam os seus tempos livres
consumindo bebidas e/ou drogas, principalmente as chamadas leves.

As bebidas tradicionais, aguardentes produzidas nas diversas indústrias da província,


cerveja, entre outras são bebidas preferidas por jovens e adolescentes, não só do posto
de Namicopo, mas também de outros pontos da cidade e província. Em relação as
drogas mais consumidas o destaque vai para a canabissativa ou seja, a suruma.

Por outro lado, maior parte de jovens residentes nesta área territorial e outras,
apresentam um comportamento social desviado, manifestado por violências, agressões
físicas e verbais, roubos, distúrbios nos lares, entre outras.
5

A manifestação destas e outras formas de convivências sociais motivou a autora do


presente projecto a levar a cabo este estudo, cujo objectivo geral é identificar as
consequências sócio-economicas do consumo do álcool e estupefaciente nos jovens e
adolescentes residentes no Posto Administrativo Urbano de Namicopo e outros. Para tal,
a pesquisadora poderá descrever os factores que induzem os jovens a iniciar
precocemente o consumo de bebidas alcoólicas e estupefacientes; relacionar o desvio do
comportamento social com o uso abusivo das substâncias psicoactivas entre os jovens e
adolescentes; descrever a situação dos alunos que iniciados em álcool e ainda propor
alternativas para a redução do nível de consumo de álcool entre os jovens.

1.1– Problematização

É comum encontrar quase todos os dias e a qualquer hora do dia, concentrações de


jovens nas barracas ou casas de venda de aguardentes de variadas marcas e qualidade, e
principalmente nos locais de venda de cabanga, bebida tradicional mais consumida na
cidade de Nampula.

Portanto, nos últimos tempos nota-se que cada vez mais crianças e adolescentes da
cidade de Nampula e, principalmente do Posto Administrativo de Namicopo, estão
envolvidos em crimes e actos de violência, acidentes com motorizadas, grande parte
relacionados devido ao envolvimento de drogas, tanto lícitas como ilícitas, cujos
prejuízos no âmbito da saúde do indivíduo são irreparáveis e muitas vezes
incontroláveis, para além de prejuízos familiares, emocionais e psicológicos
imensuráveis.

Sendo uma questão relacionada a saúde publica, a autora entende ser urgente a tomada
de medidas convista a corrigir esta tendência, pois a continuar assim pode trazer sérios
problemas sociais, económicos, incluindo prejuízos relacionados a saúde deste grupo de
indivíduos.

Objecto de estudo: Neste trabalho o objecto de estudo é álcool e estupefaciente.

1.2.Relevância do estudo

A escolha deste tema, está relacionada com o facto de observar-se a prevalência de


estado de embriagues no seio dos jovens do Posto Administrativo Urbano de
6

Namicoporesultante do consumo de diferentes tipos de álcool e estupefaciente quer de


produção local, quer de fabrico convencional, um problema da saúde publica.

Por outro lado, o uso dessas substâncias por jovens, aumenta as chances de
desenvolvimento de uso abusivo ou de dependência de álcool.

Desta forma é pertinente a elaboração de estratégias, quer por parte de entidades


governamentais, assim como a sociedade em geral no sentido de provocar mudanças, do
comportamento dos jovens para se evitar graves consequências nesta camada de
indivíduos.

O presente estudo, pode, por outro lado ser um instrumento capaz de contribuir para
minimizar os vários problemas resultantes do uso de bebidas alcoólicas e drogas, para
além de melhorar as condições sociais e de saúde dos jovens e adolescentes, não só do
Posto Administrativo de Namicopo, mas também, de toda a cidade e província.

1.3.Delimitação do tema

De acordo com LAKATOS (1999:102), o tema é assunto que se deseja desenvolver


e surge de uma dificuldade prática dos profissionais, da sua iniciativa científica de
desafios encontrados na leitura do trabalho.

A presente pesquisa será realizada no Posto Administrativo de Namicopo e dedicar-


se-á a investigar as consequências do consumo de álcool e estupefaciente nos jovens
ao longo do ano de 2017.

1.4. Problema

De acordo com MARCONI e LAKATOS (2002:26), problema é uma dificuldade ou


pratica de reconhecimento de alguma coisa de real importância para o qual se deve
encontrar soluções.

Actualmente, o Posto Administrativo Urbano de Namicopo tem se verificado jovens


que consomem álcool e estupefacientes, constituindo assim um grave problema de
saúde pública na medida que envolve brigas, discussões, absentismo laboral,
comportamento sexual de risco e outras manifestações ilícitas. Este acto envolve jovens
de entre 16 a 22 anos de idade, que na calada da noite agridem residentes indefesos
7

usando catanas, facas, armas de fogo, entre outros instrumentos. Ao passo das
agressoras aliciam homens com uma cara de paixão e agridem-no quando estão num
lugar supostamente seguro para a realização do acto sexual.

A pesquisa tem uma tarefa complexa, tratando de um problema abrangente que merece
muita sensibilidade e atenção na comunidade, no que diz respeito: Que consequências
pode trazer o consumo do álcool e estupefacientes nos jovens do Posto Administrativo
Urbano de Namicopo?

1.5.Hipóteses

Segundo BARRETTO (2002:101), é uma expectativa de resultados a serem encontrados


ao longo da pesquisa, categorias ainda não completamente comprovadas às opiniões,
vagas oriundas no senso comum que ainda não passam pelo crivo científico.

Nesta ordem de ideias, as consequências do consumo do álcool e estupefacientes dos


jovens do posto administrativo urbano de Namicopo, destacam-se:

1. Aumento da violência domestica e roubos;

2. Os acidentes de viação provocados principalmente por motociclistas, pode ser


influenciados pelo consumo de substâncias psicoactivas;

3. Fraco rendimento escolar;

4. Riscos de desenvolver doenças ligadas ao álcool e estupefaciente;

5. Aumento da possibilidade de criar dependência do consumo de álcool e


estupefacientes.

6. Pratica de relações sexuais desprotegidas entre pessoas alcoolizadas oferecendo


sérios riscos de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis ou até mesmo
uma gravidez indesejada.
8

1.6. Objectivo geral

 Estudar as consequências do uso do álcool e estupefacientes dos jovens do Posto


Administrativo Urbano de Namicopo.

1.7. Objectivos específicos

 Identificaros factores que induzem os jovens do Posto Administrativo Urbano de


Namicopo, a iniciar o consumo do álcool e estupefacientes;
 Descrever medidas de prevenção ao inicio precoce do consumo do álcool e
estupefacientes de crianças, jovens e adolescentes;
 Identificar medidas para recuperar jovens e adolescentes dependentes ao álcool e
estupefaciente.
9

CAPITULO II – MARCO TEÓRICO

2.1. O ÁLCOOL

BASTOS (2008:11) afirma que álcool é uma classe de compostos orgânicos que
possuem na sua estrutura um ou mais grupo hidroxilo (-OH), ligados a um carbono
saturado.

O álcool é produzido a partir de matérias-primas de origem vegetal que possuem altos


índices de frutose como a cana-de - açúcar, milho, mandioca e eucalipto.

O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central que causa desinibição e
euforia quando ingerido na forma de bebida alcoólica pelos seres humanos. IBIDEM

2.2. Efeitos do consumo do álcool

ABREU & ALVES (2007:61), afirmam que os efeitos do álcool são percebidos em dois
períodos: período de estímulo e de depressão. Compreende-se como período de
estímulo quando provoca efeitos como: euforia, falar rápido, perca de noção da
realidade, pressão e frequência cardíaca alta; ao passo que no período de depressão
causa os efeitos no organismo como menor capacidade de raciocínio, aumento de
sonolência e até a redução na capacidade de conduzir, aprender e rentabilidade no
trabalho. O conjunto de efeitos fisiológicos após excesso consumo de álcool é
conhecido por veisalgia.

2.3. Estupefacientes

De acordo com BASTOS (2008:109-117), estupefaciente é toda substância que ao ser


inalada, ingerida ou injectada, provoca alteração no funcionamento do organismo
modificando suas funções.

Há um grupo de estupefacientes que possui a capacidade de actuar no psiquismo, as


denominadas psicotrópicas, que provocam alterações do humor, percepção, sensação do
prazer e euforia, alivio, medo, dor, etc. IBIDEM
10

Todas as substâncias denominadas de estupefacientes psicotrópicas têm efeitos no


sistema nervoso produzido no Homem resultados psicopáticos. Estes podem ser
classificados em: psicolépticos (sedativos), psicanalíticos (estimulantes),
psicodislépticos (perturbadoras) ou ainda efeitos combinados ou potenciados.

BASTOS (2008:109-117) acrescenta ainda que os estupefacientes podem ser divididos


em naturais, sintéticos, semi-sintéticos, lícitos ou ilícitos. Do ponto de vista sócio
cultural podem ser socialmente integrados ou rejeitados, finalidade terapêutico ou não.

A maioria de estupefacientes como a cannabis santiva vulgo suruma, produzem


dependências psicológicas.

Estas alterações podem acontecer ao consumir qualquer tipo de estupefacientes, mas


especialmente aos ilícitos. IBIDEM

2.4.Consequências do consumo de álcool e estupefacientes

O uso de bebidas alcoólicas e estupefacientes vem aumentando consistentemente entre


os jovens do Posto Administrativo Urbano de Namicopo.

SALGADO (1997:72), salienta que a administração do etanol ocorre através da via oral
na forma de bebidas alcoólicas (cerveja, vinho, aguardente), nas quais a sua
concentração no organismo altera o bom funcionamento das células psíquicas.

A absorção das substâncias pelo trato gastrointestinal é explicável em termos de simples


difusão não iónica através dos poros lipoides da membrana gastrointestinal. IBIDEM

O epitélio é impermeável as formas polarizadas nos compostos administrados e a


absorção quase sempre ocorre pela difusão das suas formas lipossolúveis não ionizadas.

Segundo SALGADO (1997:83), o etanol, um álcool não electrólito lipossolúvel, é


rapidamente absorvido para corrente sanguínea através do estômago ou de intestino
delgado. A absorção é variável em função do tipo e bebida alcoólica, da concentração
do etanol, do estado da vacuidade ou reflexão do estômago, do período gasto na
ingestão da bebida, além dos outros factores fisiológicos individuais.
11

A absorção no intestino delgado é rápida, completa independente da concentração do


etanol e da presença de alimentos no estômago ou no próprio intestino.

Os efeitos do álcool e estupefacientes dependem das características fisiológicas de cada


indivíduo, de forma como é ingerida, a quantidade e o tipo de bebida ou estupefaciente
consumida. IBIDEM

TRINDADE & CORREIA (1999:91), afirmam que o consumo do álcool, além de


influenciar de forma directa a médio e longo prazo, a saúde física e mental pode
relacionar-se também com a diminuição do rendimento escolar e comportamento de
risco. Ainda considerando as consequências do consumo de álcool e estupefacientes,
estes potencializam a propensão de jovens a se encaixarem em comportamentos de
risco.

O uso de álcool e estupefacientes nos jovens pode atrapalhar o seu amadurecimento


normal causando alterações no desenvolvimento de personalidade, prejudicar funções
como memória e atenção resultando em dificuldades da aprendizagem e uma baixa
auto-estima.

Com base nas definições descritas nesta pesquisa, segundo vários autores, os
consumidores de álcool e estupefacientes classifica-se em: experimental, ocasional,
habitual e dependente. IBIDEM

De acordo com BARTOLOTE (1997:138), o uso de todo tipo de álcool para além de
provocar efeitos imediatos também pode causar alterações para o resto da vida como:
destruição de neurónios, desenvolvimento de doenças psiquiátricas, lesões no fígado,
mau funcionamento dos rins e nervos, desenvolvimento das doenças contagiosas,
problemas do coração.

2.4.1. Destruição de neurónios

Os efeitos repercutidos na neuroquímica cerebral estão relacionados com o


problema de ajustamento social e no retrato no desenvolvimento da sua habilidade,
já que o jovem ainda está estruturando em termos biológicos, sociais, pessoais e
emocionais. Ainda outros danos incluem modificações no sistema topaminérgico
como nas vias do córtex pré-frontal e do sistema límbico. Alterações nestes sistemas
12

acarretam efeitos significativos em termos comportamentais e emocionais dos


jovens.

2.4.2. Desenvolvimento de doenças psíquicas

O consumo do álcool e estupefacientes dos jovens do Posto Administrativo Urbano de


Namicopo é uma questão preocupante para os residentes daquela região, pois são
substâncias mais nocivas a saúde física mental. Os efeitos ocorrem em áreas cerebrais
ainda em desenvolvimento e associadas a habilidades cognitivas comportamentais que
deveriam iniciar ou se afirmar no jovem.

LIMA (2007:83), mostra que o impacto social do alcoolismo inclui tanto a incapacidade
individual como o fardo familiar e provoca sérias perturbações psíquicas. Altera a
capacidade de percepção (dificuldade de perceber as coisas). Assim a memória é
prejudicada, muda o carácter, estraga a vida efectiva e pode arruinar a personalidade
definitivamente.

LIMA (2007:83), acrescenta que os problemas sociais relacionados ao consumo do


álcool e estupefacientes nos jovens são: vandalismo, desordem pública da comunidade,
problemas familiares (conflitos conjugais, divórcios), abuso de menores, agressões
físicas e mais actos ilícitos.

CECILIA (2009:42), salienta afirma que os problemas decorrentes da presença das


substâncias psicoactivas (álcool e estupefacientes) no sistema nervoso são: problemas
de atenção, perda da memória recente, perda da reflexão, perda do juízo crítico da
realidade, entre outros.

2.4.3. Lesões do fígado e pâncreas

CECILIA (2009:36), afirma que o órgão responsável por metabolizar o álcool e


estupefaciente vão alterar a produção de enzimas, aumentando este conjunto de
substâncias psicoactivas que serão responsáveis pela metabolização. O fígado passa a
produzir mais enzimas para neutralizar o etanol e que pode culminar com uma
inflamação crónica e hepatite alcoólica podendo evoluir para cirrose. Outro órgão afecto
pelo uso de álcool e estupefaciente é pâncreas responsável pela fábrica de insulina e de
13

enzimas digestivas. As substâncias psicoactivas podem causar uma inflamação no


pâncreas e que pode evoluir para uma pancreatite.

2.4.4. Maufuncionamento dos rins

De acordo com ANDRADE (2008:81), os rins são responsáveis pela filtração final do
etanol. Quando o consumo das substâncias psicoactivas são excedidas, o etanol altera a
capacidade dos rins de filtrar as substâncias do nosso corpo, causando também uma
alteração das hormonas que controlam a pressão arterial culminando em hipertensão
arterial.

2.4.5. Desenvolvimento de doenças contagiosas

Segundo LIMA (2007:51-53) a relação entre o uso de álcool e estupefaciente antes ou


durante o acto sexual é justificada de que o consumo dessas substâncias psicoactivas
podia fornecer um desempenho sexual desejável e consequentemente aumentaria o
prazer. O uso de álcool e estupefacientes nesse contexto é associado a diminuição da
ansiedade ou de inibição facilitando certos actos referidos como difíceis de serem
realizados sem efeitos do álcool e estupefaciente.

De acordo com CARRILO & MAURO (2003:109), é grande a incidência de relações


sexuais desprotegidas entre pessoas alcoolizadas oferecendo sérios riscos de
contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DTS) ou até mesmo uma
gravidez indesejada.

2.4.6. Problemas do coração

De acordo com ROBERTO (2005:92) as doenças cardiovasculares são as que afectam o


sistema circulatório, ou seja artérias do coração. Dentre as doenças provocadas pelo
consumo do álcool ou estupefacientes estão: enfardo de miocárdio e arritmia.

Substâncias de cannabis santiva são tóxicas e são libertadas na corrente sanguínea,


fazendo a contracção dos vasos sanguíneos, tornando-as mais estreitas e forçando o
sangue circular em espaços menores.
14

O etanol proveniente do álcool reduz contractilidade cardíaca e causa vasodilatação


periférica resultando em uma diminuição da pressão arterial associada a um aumento
rápido de batimento do coração.IBIDEM.

2.5. Consequências do uso de álcool e estupefacientes nagravidez

CECILIA (2009:46), diz que as substâncias psicoactivas causam ma formação do feto.


Elas acarretam problemas neurológicos como deficit de atenção e hiperactividade. O
consumo de álcool e estupefacientes pode levar a abordo ou ao parto prematuro,
podendo provocar restrições no crescimento, baixo peso para idade gestacional e mal
formação genética.

Os bebés nascem muito irritados, choram muito e chegam a tremer quando ouvem
barulho. Na fase escolar tem muita dificuldade de aprender. Durante a amamentação, a
mãe deve ficar longe de bebidas e estupefacientes porque beber nesta fase pode deixar a
criança sonolenta sem conseguir mamar directo, em baixo peso e crescimento afectado.

Segundo CECILIA (2009:46), acrescenta ainda que os estupefacientes ilícitas trazem


muitos prejuízos para a saúde do bebe. Os bebes de mulheres viciadas em fumar nascem
com sintomas de abstinência. Na grávida a cannabis santiva deixa a placenta baixa
podendo levar a hemorragias e sangramento durante a gestão. A bolsa pode romper
precocemente e o bebé nascer prematuro.

Além de sistemas de abstinência o filho de uma viciada em cannabis sativa pode sofrer
de taquicardia, hipertensão, alterações comportamentais e dificuldades na aprendizagem
escolar na primeira infância.

CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) apresenta os 10 sinais que indicam
se seu parceiro(a) tem problemas com o álcool:

1) Necessidade de quantidades progressivamente maiores de álcool para adquirir o


efeito desejado;

2) Acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de álcool.


15

3) Apresentar a síndrome característica de abstinência ao álcool (sintomas como


tremores, insônia, náuseas, entre outros);

4) Consumir bebidas alcoólicas (ou uma substância estreitamente relacionada) para


aliviar ou evitar sintomas que surgem durante a abstinência.

5) O álcool é frequentemente consumido em maiores quantidades ou por período mais


longo que o pretendido;

6) Desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso;

7) Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção e utilização do álcool


ou na recuperação de seus efeitos;

8) Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou


reduzidas em virtude do uso de álcool;

9) O uso de bebidas alcoólicas continua, apesar da consciência de que um problema


físico ou psicológico persistente ou recorrente é causado ou acentuado pelo consumo
(p.ex., consumo continuado de bebidas alcoólicas, embora o indivíduo reconheça que
uma úlcera piorou pelo consumo dessa substância).

10) Caso o indivíduo venha a apresentar problemas repetidos relacionados ao uso do


álcool em ao menos uma das quatro áreas relacionadas ao viver (social, interpessoal,
legal e trabalho/ocupação), ou ainda caso o uso implique em comportamentos de risco,
como beber e dirigir, por exemplo, já é diagnosticado o abuso do álcool, e há indicação
para buscar ajuda, mesmo quando não se trata de franca dependência.

De acordo com Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), a


dependência é definida como a repetição de problemas decorrentes do uso do álcool,
que levam a prejuízos ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por, pelo
menos, três dos critérios expostos nos tópicos acima, ocorrendo a qualquer momento no
período dos últimos 12 meses.
16

CAPITULO III – METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de carácter reflexivo que caracteriza-se por analisar os aspectos


teóricos que poderão contribuir para o aprofundamento das consequências do consumo
de álcool e estupefacientes bem como as atitudes manifestadas após o consumo das
substâncias psicoactivas ilícitas no seio dos jovens do Posto Administrativo Urbano de
Namicopo.

3.4. Quanto ao Procedimento

Pela natureza do problema, será usada a pesquisa descritiva, na medida em que vai se
fazer o levantamento dos dados e posteriormente far_se_a a sua análise.

3.5. Técnicas de colecta de dados

3.5.1. Observação

Nesta pesquisa a observação será um dos instrumentos de colecta de dados, pois a


técnica vai ajudar a identificar as crianças e jovens envolvidos no consumo de bebidas e
estupefaciente nas barracas ou casas de venda de bebidas.

3.5.2. Entrevista

A entrevista será uma das principais técnicas decolecta de dados e será dirigida a alunos
das classes iniciais e finais da escola Secundaria de Namicopo para perceber o seu nível
de envolvimento ou não com as substâncias psicoactivas. Outro grupo a entrevistar será
o dos consumidores activos para, entre outras razões pesquisar a relação entre o
consumo de bebidas e comportamentos sociais desenquadrados.

3.6. Universo

Para a presente pesquisa, o universo será de 7.894 residentes no Posto Administrativo


de Namicopo.
17

3.7. Amostra

Como amostra, a pesquisadora vai trabalhar com 50 pessoas, sendo 30 alunos da Escola
Secundaria de Namicopo, entre crianças e adolescente, assim distribuídos: 10 alunos da
8a classe, 10 da 10a e 10 da 12a classe. A escolha dos entrevistados será de forma
aleatória. A pesquisadora poderá interpelar os alunos durante os intervalos e num
espaço menos movimentado pedira que um por um cada entrevistado responda as
perguntas, para garantir a privacidade dos entrevistados.

Outro grupo de entrevistadosseráconstituído por 20 pessoas da comunidade entre


consumidores de bebidas alcoólicas e prováveis consumidores de droga.A autora desta
pesquisa poderá visitar casas ou barracas de venda de bebidas para entrevistar os
consumidores de álcool e residentes naquele povoado.
18

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Após a recolha e compilação de dados, estes serão apresentados na forma de gráfico.A


analiseserá feita com base no modelo estatístico.
19

4.1. Cronograma de actividades

Período
Actividade
Julh. Agst. Set. Out. Nov.
Escolha do Tema, especificidade dos objectivos
e levantamento da literatura
Operacionalização dos Conceitos
Levantamento de dados
Análise e interpretação de dados
Redacção do relatório
Revisão e acabamento
Entrega do trabalho
Fonte: autora 2017)
20

4.2. Orçamento

Custo em MT
NO Descrição Quantidade
Unidade Total
1 Papel A4 2 125.00 250.00
2 Esferográfica 10 6.00 20.00
3 Impressão do trabalho 6 450.00 2.700.00
4 Lápis de carvão 5 5.00 25.00
5 Régua (30cm) 2 10.00 20.00
6 Correcção e rectificação 2.000.00 2.000.00
7 Fotocópias 1.500 2.00 3.000.00
8 Encadernação 10 60.00 600.00
9 Lanches 20 105.00 2.100.00
10 Transporte - 3.800.00 3.800P .00
Total geral 14.525.00
Fonte: autora, (2017)
21

Conclusão

Actualmente, os adolescentes estão entre os principais usuários de álcool e drogas,


situação que vem preocupando as autoridades, quer devido ao aumento cada vez mais
do numero de indivíduos que iniciam o consumo dessas substância, mas também devido
a consequências que pode trazer para a sociedade.

E nesta perspectiva que a autora do presente projecto, com uma amostra constituída por
alunos e adolescentes residentes no Posto, e com a ajuda da observação e entrevista, vai
identificar as principais consequências sociais e económicas que o consumo de álcool e
estupefaciente pode trazer para a camada jovem e a sociedade em geral.

O problema de alcoolismo continua a ser um preocupação das entidades de saúde e do


governo em geral, pois, a tendência actual, nãosó e o aumento dos consumidores, mas
também o desenvolvimento de dependência, riscos de incremento de acidentes de
viação relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas e drogas, problemas sociais
como violencia domestica, roubos, entre varias consequências.

Um factor importante é a formação que cada jovem e adolescente deve receber


enquanto ser humano. Esse pode ser um dos principais motivos de jovens do Posto
Administrativo de Namicopo recorrerem as drogas, o facto de se sentirem sozinhos ou
perdidos, sem muitas experiências de vida e sem boas referencias para descobrirem que
caminho querem seguir, mais principalmente pela desassistência dos pais, que somente
após o filho se envolverem com drogas é que eles se mostram preocupados.
22

BIBLIOGRAFIA

ABREU, A.M; ALVES, T. A. O; O impacto do álcool na mortalidade dos acidentes de


trânsito. 2008

ANDRADE, A.G; HEIM, J; Efeitos do uso do álcool e das drogas ilícitas no


comportamento de adolescentes de risco. São Paulo. V.35. 2008

BARRETTO, A. J; Efeitos das drogas ilícitas nos adolescentes. 2002

BASTOS, F. I; Consumo de álcool e drogas, São Paulo. V.42, 2008

CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool)

CARRILO, J; MAURO, A.S; Problema de saúde pública. São Paulo. V.33. 2003

CECILIA, S.T; Alcoolismo. São Paulo v.72. 2009

LIMA, I.H; Risco no consumo de álcool e drogas no adolescente. 2007

Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais.São Paulo. 2009

SALGADO, F.G; Corporateculture. 1997

TRINDADE, C. A; CORREIA, V; Alcoolismo hoje. Porto Alegre: Artes Médicas.


1999.
23

Apêndice
24

Apêndice 1 _ Questionário dirigido aos alunos

1. Quantos anos tens?

12/13 anos (_____); 14/15 (____); 16/17 (_____); > 18 anos (____)

2. Sexo? Masculino (____); Feminino (______);

3. Alguma vez bebeste algum tipo de álcool? Sim (___); Não (____)

4. Com que frequência você toma bebidas alcoólicas?

Nunca (____); 1 vez por semana (_____); De 2 a 4 vezes por semana (_____);

4 ou mais vezes por semana (____); 1 vez ao mês ou menos (_____)

5. Nas ocasiões em que bebe, quantos copos ou cálices de bebida você consome?

1 ou 2 (_____); 3 ou 4 (_____); 5 ou 6 (_____); 7, 8, ou 9 (_____); 10 ou mais (_____).

6. Com que frequência você toma seis ou mais copos/cálices de uma vez?

Nunca (_____); 1 vez ao mês ou menos (_____); Mensalmente (_____);

Semanalmente (_____); Todos ou quase todos os dias (_____)

7. Com que idade iniciou a beber álcool?

Nunca (_____); 12/13 anos (____); 14 /15 (____); 16 /17 (_____); depois de 18 anos
(____)
25

Apêndice 2_ Questionário dirigido aos adolescentes consumidores de álcool e


estupefaciente

1. Quantos anos tens?

12/13 anos (_____); 14/15 (____); 16/17 (_____); > 18 anos (____)

2. Sexo? Masculino (____); Feminino (______);

3. Alguma vez bebeu algum tipo de álcool? Sim (___); Não (____)

4. Com que frequência você toma bebidas alcoólicas?

Nunca (____); 1 vez por semana (_____); De 2 a 4 vezes por semana (_____);

4 ou mais vezes por semana (____); 1 vez ao mês ou menos (_____)

5. Nas ocasiões em que bebe, quantos copos ou cálices de bebida você consome?

1 ou 2 (_____); 3 ou 4 (_____); 5 ou 6 (_____); 7, 8, ou 9 (_____); 10 ou mais (_____).

6. Com que frequência você toma seis ou mais copos/cálices de uma vez?

Nunca (_____); 1 vez ao mês ou menos (_____); Mensalmente (_____);

Semanalmente (_____); Todos ou quase todos os dias (_____)

7. Você alguma vez já perdeu a hora do trabalho devido a bebida? Sim (_____); Não
(___)

8. Beber está alterando a sua vida familiar? Sim (____); Não (_____)

9. Você bebe para sentir-se melhor quando está na presença de outras pessoas?

Sim (_____); Não (_____);

10. Beber, da maneira que você bebe, está afectando de alguma maneira a sua
reputação? Sim (_____); Não (_____)

11. Depois de beber, sente algum tipo de culpa ou remorso? Sim (_____); Não (_____)

12. Chegou a ter alguma dificuldade financeira como resultado de beber?

Sim (___); Não (____)


26

13. Você frequenta, ou já frequentou um ambiente inferior ao seu habitual, para estar
junto de outros companheiros para beberem? Sim (____); Não (____);

14. Descuidou-se, em algum momento, do bem estar de sua família por estar envolvido
com a bebida? Sim (_____); Não (_____)

15. Seu sono é perturbado nos dias em que você bebe ? Sim (_____); Não (_____)

16. Você, alguma vez, teve perda completa de memória como resultado de beber?

Sim (______); Não (_____)

18. Você bebe para construir ou afirmar sua autoconfiança?

Sim (____); Não (_____);

19. Você, alguma vez, foi a um hospital por causa da bebida?

Sim(______); Não (______)

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