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PROJECTO DE PESQUISA
SÍSMICA 3D EM ALTO MAR, NAS
PROVÍNCIAS DE SOFALA E
ZAMBÉZIA
Submetido ao:
Ministerio da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural
Relatorio
Nr:1657630
Distribution:
1x copia DINAB
1 x copia DPTADR Sofala
1x copia DPTADR Zambezia
1 x copia Golder
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
Índice
1.5.8 Logística.................................................................................................................................................. 6
Turismo 12
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
TABELAS
Tabela 1: População da Província de Sofala por sexo ........................................................................................... 10
FIGURAS
Figura 1: Localização do Project .............................................................................................................................. 2
Figura 2: Ilustração dos princípios base de levantamentos de aquisição de dados sísmicos em alto mar .............. 3
Figure 11: Mapa ilustrando a área do projecto evidenciada a azul, a AID (verde) e a AII (vermelho). ..................... 7
Figura 12: Mangal que envolve o Estuário dos Bons Sinais. ................................................................................... 8
Figura 13: Cabeçuda (canto superior direito) e coriácea (canto inferior direito). ...................................................... 9
Figura 14: Areas de influência do projecto, a preta é a área do projecto, a verde é a Área de Influencia Directa, é
a vermelha e a Área de Estudo. ............................................................................................................ 10
Figura 15: Parte da frota de pesca de camarão que realiza actividades no Banco de Sofala e na Área do
Projecto ................................................................................................................................................. 11
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
Lista de Acrónimos
2D Bidimensional
3D Tridimensional
4D Quadrimensional
ADNAP Administração Nacional de Pesca
AIA Avaliação de Impacto Ambiental
AID Área de Influencia Directa
AII Área de Influencia Indirecta
AIS Avaliação de Impacto Social
Avaliações Simplificadas do Impacto
ASIAs
Ambiental
Caminhos de Ferro de Moçambique
(Empresa Pública de Moçambique
CFM
responsável pela Gestão de Portos e Vias
Férreas em Moçambique)
Compagnie Générale de Géophysique
CGG
(Frances)
Regulamento Internacional para Evitar
COLREG Abalroamentos no Mar - IMO (Organização
Marítima Internacional)
DD Dados Deficientes
DGPS GPS Diferencial
DINAB Direcção Nacional do Ambiente
Direcção Provincial da Terra, Ambiente e
DPTADER
Desenvolvimento Rural
EIA Estudo de Impacto Ambiental
EMATUM Empresa Moçambicana de Atum
EMC Corrente do Madagáscar Oriental
ENH Empresa Nacional de Hidrocarbonetos
Estudo de Previabilidade Ambiental,
EPDA Definição De Âmbito e Termos De
Referência
Sistema de Navegação Global por Satélite
GLONASS
(Russo)
General Maritime Distress Signalling System
GMDSS (Sistema Mundial de Socorro e Segurança
Marítima)
GPS Sistema de Posicionamento Global (Ingles)
Instituto Nacional de Desenvolvimento da
IDPPE
Pesca de Pequena Escala
IIP Insituto Nacional de Investigacao Pesqueira
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Glossário de Termos
Área de Influência refere-se à dimensão espacial ou física na qual pode
Área de Influência ocorrer um impacto – não se relaciona com a potencial consequência
do impacto.
Área que a actividade afecta directamente com base nas características
Área de Influência Directa
físicas, bióticas e socioeconómicas.
Área afectada por actividades ou influências não directamente
Área de Influência Indirecta relacionadas com o projecto mas que são desencadeadas pela
presença física do projecto ou actividades associadas
Avaliação de Impacto O processo através do qual se faz a avaliação dos efeitos antecipados
Ambiental (AIA) de um desenvolvimento ou projecto proposto sobre o ambiente.
Unidade usada para medir a intensidade de um som ou nível de
potência de um sinal eléctrico através da sua comparação com um dado
dB(A)
nível numa escala logarítmica. A escala tem uma ponderação A, a fim
de a aproximar à sensibilidade da audição humana.
Um relatório que visa focar na Avaliação de Impacto Ambiental através
da definição das questões principais de entre uma ampla variedade de
Estudo de Previabilidade
potenciais questões de preocupação para estudo no processo de AIA.
Ambiental e Definição de Âmbito
O relatório é tipicamente suportado por uma revisão da informação
existente e por consultas públicas.
Estudo de Impacto Ambiental O relatório elaborado na finalização de uma Avaliação de Impacto
(EIA) Ambiental.
Qualquer factor social ou ambiental que é tão desfavorável ou severo
que, mesmo que considerado isoladamente, poderia ter uma
Falhas / Riscos fatais importância tão elevada que ameace a viabilidade do projecto, ou de
qualquer aspecto do projecto. Em termos simples, a característica seria
considerada “impeditiva”.
Um plano específico a um local, normalmente desenvolvido com base
nas recomendações feitas numa Avaliação de Impacto Ambiental para
Plano de Gestão Ambiental garantir que todas as medidas necessárias para a gestão de impactos
sejam identificadas e implementadas, de forma a proteger os ambientes
biofísico e social e cumprir com a legislação ambiental.
O processo através do qual uma organização consulta indivíduos,
Processo de Participação
organizações e entidades governamentais interessados ou afectados
Pública
antes e tomar uma decisão.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
A CGG pretende implementar um projecto de pesquisa sísmica 3D no mar, ao longo das costas das províncias
de Sofala e Zambezia. A área proposta foi adjudicada a CGG seguindo um concurso formal para clientes
múltiplos para a aquisição de dados sísmicos através do Instituto Nacional de Petróleo (INP). A documentação
de concurso INP permite que as empresas contratadas adquiram mais do que a área de 52.816 km²
especificada nos documentos. A obtenção de dados numa área mais vasta irá permitir ao INP adquirir um
maior entendimento regional sobre a geologia e promover outros blocos na região durante os ciclos de
emissão de licenças futuras. A área a azul na figura abaixo evidencia as áreas adjudicadas a empresa CGG
para pesquisa 3D.
O calendário específico para a realização da pesquisa 3D irá depender de vários factores, incluindo as
condições do tempo, cronograma e sensibilidades associadas a restrições biológicas e socioeconómicas. A
CGG Services pretende iniciar as actividades no segundo trimestre do ano de 2017, por um período
aproximado de 12 meses.
A Golder Associados Mocambique Lda. (Golder), pretence a Golder Associates, um grupo global de empresas
de consultoria especializada em engenharia de solo e, em serviços ambientais e sociais que opera como um
grupo de propriedade dos funcionários desde a sua formação em 1960. Desde a sua formação, Golder criou
uma cultura única de fornecimento de serviços tecnicamente sólidos e economicamente viáveis e com isso,
tem experimentado um crescimento constante por mais de cinco décadas e emprega mais de 8.000
funcionários que operam nos escritórios localizados em África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e
América do Sul.
A Golder realizada trabalhos em Moçambique desde 1997 e tem uma experiência considerável em todo o
país. Tendo reconhecido que para apoiar os nossos clientes de forma mais eficaz, foi estabelecida
formalmente a empresa Golder Associados Moçambique Limitada em 2008, com escritórios sede em Maputo.
Esta abordagem permitiu que a nossa equipa consolidasse sua presença no país e fornecesse experiência e
competências específicas locais.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
(EIA) nos termos do Artigo 11 do Regulamento de AIA (Decreto 54/2015) e Artigo 5 do Decreto 56/2006
(Regulamento Ambiental das Operações Petrolíferas).
Em seguida foi realizado o Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito (EPDA) e foram
definidos os Termos de Referencia (TdR) para o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e posteriormente
aprovados pelo MITADER. O presente documento apresenta o relatório do Estudo de Impacto Ambiental,
elaborado de acordo com as recomendações feitas pelo MITADER aquando da aprovação do EPDA e de
acordo com o Regulamento de Avaliação de Impacto Ambiental - Decreto 54/2015.
A Consulta Pública é parte importante deste processo de Avaliação de Impacto Ambiental, e será feita de
acordo com os requisitos legais nacionais (Diploma Ministerial nº 130/2006). O Relatório preliminar do EIA
estará disponível para comentários durante o período da consulta pública. As preocupações do público
recolhido serão incluídas no Relatório Final do EIA.
1.5.2 Localização
A área de concessão do projecto tem a forma de um polígono e localiza-se ao largo da costa das províncias
de Sofala e Zambézia, abrangendo vários blocos comerciais de exploração de hidrocarbonetos, tendo uma
área total de 52.816 km². O perímetro da Área do Projecto situa-se geralmente a uma distância de cerca de
80 km ou mais do litoral de Moçambique, com excepção da uma secção norte 1/5 que tem um vértice situado
a cerca de 20 km da linha costeira (Figura 1).
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
Figura 2: Ilustração dos princípios base de levantamentos de aquisição de dados sísmicos em alto mar
A área e os parâmetros exactos da aquisição de dados para o levantamento estão a ser avaliados pela CGG,
INP e IOCs. No entanto, a área final de levantamento será no enquadramento dos 52.816km² conforme
ilustrado na Figura 4. A CGG irá fazer a aquisição dos dados numa base de Clientes Múltiplos de tal forma
que os dados resultantes estarão disponibilizados para a concessão de licenças por todos os actuais
Operadores do bloco, futuros Operadores e empresas suas parceiras.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
Prevê-se que a aquisição dos dados sísmicos inicie no segundo trimestre do ano de 2017. O programa de
aquisição de dados irá depender da configuração final do equipamento bem como da extensão da área do
levantamento. Inicialmente a área proposta para a realização da pesquisa sísmica, era de 15,000km² no
mínimo, sobre os blocos Z5-C e Z5-D, e dependendo do progresso do projecto, os blocos circundantes
também serão acessados (entre 20-80 km da costa).
A CGG pode utilizar um ou dois navios da sua frota para o levantamento de forma a encurtar o prazo de
tempo geral do projecto. Estes navios são o Geo Caspian e/ou o Oceanic Endeavour (Figura 4eFigura 5). Os
navios propostos estão sujeitos à sua disponibilidade, e a CGG reserva-se o direito de substituir o (s) navio
(s) referidos acima por um outro de capacidade semelhante.
Ambos os navios são de desenho DNV-CLEAN, Uma das características de um disparo sísmico é
ultrapassando os mais elevados padrões que tem uma duração curta (o impulso principal em
ambientais, com o casco, lemes e hélices todos geral dura entre 5 a 30 milissegundos). O primeiro
otimizados para operações de reboque sísmico, impulso é seguido por uma reflexão de pressão
levando a redução de ruído, redução do consumo negativa da superfície do mar de vários impulsos
de combustível e menores emissões de CO2. de bolhas com uma magnitude baixa. Muito
embora os níveis máximos durante o disparo
Estas embarcações são ideais para grandes possam ser elevados, a energia geral é limitada
pesquisas 3D, alta resolução de banda larga e pela duração do disparo.
pesquisas 4D. Eles podem implantar até 16 Sercel
Sentinel ® flâmulas solidas, proporcionando Os sinais acústicos reflectidos são registados por
flexibilidade para empregar uma variedade de um conjunto de receptores, designados
geometrias de aquisição. hidrofones. Estes hidrofones captam a energia
acústica das reflexões e convertem-na em sinais
As fontes de som são dispositivos pneumáticos eléctricos que são registados. Os hidrofones são
submarinos dos quais é libertado, repentinamente, tipicamente fabricados em material piezoelétrico
ar de alta pressão para a água circundante. Ao ser encapsulado numa mangueira de borracha. Esta
libertada esta pressão produz bolhas pulsantes mangueira que contém os hidrofones é designada
que produzem um sinal acústico que é por “streamer”. Os “streamers” podem ser
proporcional à taxa de mudança do volume da rebocados pelo navio a profundidades que variam
bolha. O sinal acústico propaga-se pela água e entre os 5 e 50 metros e normalmente estão a uma
pelo subsolo e as reflexões são transmitidas de distância de 300 a 500 metros do navio.
retorno para a superfície. A fonte de som deve
estar submersa na água, tipicamente a O comprimento dos cabos “streamer” tipicamente
profundidades de entre 5 a 10 metros. variam entre os 6.000m e 10.000m. Um
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levantamento 3D envolve um leque constituído por Estará também posicionado no local uma
até 14 cabos “streamer”, normalmente espaçados Embarcação de Apoio para o reboque de
entre 100 a 150 metros na parte dianteira da emergência a operações de reabastecimento e
configuração e 100 a 200 metros na outra outros serviços. Como parte da prática normal da
extremidade. A aquisição de dados sísmicos de CGG são realizados exercícios de simulação de
alta qualidade requer que o posicionamento do reboque.
navio sísmico e o espaçamento dos cabos seja
conhecido com exactidão. Consequentemente, os 1.5.6 Equipamento de Registo/
levantamentos sísmicos requerem uma Gravação
navegação muito rigorosa da fonte de som sobre “Streamers” Digitais
transectos de levantamento pré-determinados.
Este aspecto, e o facto de que esta configuração Os barcos da CGG estão equipados com
dos cabos e cabos “streamer” que contêm os “Streamers” Sercel Sólidos. Estes podem ser
hidrofones necessitam de ser rebocados numa rebocados a profundidades entre os 5 e os 50
configuração específica na parte traseira do navio, metros numa variedade de perfis. O CGG propõe
significa que a operação de levantamento possui adoptar um reboque fixo a uma profundidade que
um nível muito limitado de capacidade de manobra seja aproximadamente de 8m por reboque com
durante as operações. uma variação de ± 1.0 metro de variação.
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Estes conjuntos são constituídos por elementos tipo 2 G-Gun Sercel, com cada conjunto de fonte de até três
subconjuntos individuais separados por 8.0 metros, separação geral de 16.0m. A separação nominal dos
conjuntos é tipicamente metade da separação do “streamer” (por ex., 50m ou 60m).
Durante a aquisição de uma linha sísmica, as pistolas de ar rebocadas imediatamente a popa do navio são
disparadas aproximadamente a cada 10 segundos.
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A tripulação técnica marítima para aquisição elemento de apoio em terra. O programa sísmico
sísmica, seja composta por Observadores de proposto será conduzido usando protocolos para
Mamíferos. prevenção da poluição por petróleo, esgoto e
resíduos, de acordo com as normas internacionais
Marinhos (OMM)/Operadores de PAM, as equipas e as convenções da OMI que regulam a gestão de
de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio resíduos e descarga de material dos navios para o
Ambiente, responsáveis pela comunicação com ambiente marinho.
pescadores locais. Poderá ainda existir um
Figure 11: Mapa ilustrando a área do projecto evidenciada a azul, a AID (verde) e a AII (vermelho).
A precipitação média mensal varia de 10 a 15 mm durante os meses de Junho a Outubro para cerca de 35 a
110 mm durante os meses de Novembro a Março.
A pressão atmosférica na Cidade da Beira oscila entre os 1009 hPa para o mês de Janeiro, chegando ao
máximo 1020 hPa nos meses de Junho e Julho, começando a descer novamente.
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Na Província da Zambézia, ocorre cerca de 70% da precipitação total anual, sendo o mês de Janeiro o mês
mais chuvoso, com precipitação média mensal de cerca de 280 mm, e a estação seca e fresca que vai de
Abril a Outubro, onde as médias mensais de precipitação não ultrapassam os 50 mm.
De acordo com Tinley (1971), o Norte de Moçambique é afectado pela extensão do sistema de monções do
leste de África com ventos soprando do norte ao nordeste durante o verão do sul e do sul ao sudoeste durante
o inverno do sul. As regiões Centro e Sul de Moçambique são afectadas pelo Sistema de Vento do Sudeste
e recebe ventos predominantes do Leste durante o ano.
1.9 Oceanografia
O Oceano Índico contém uma grande corrente oceânica conhecida por Corrente Equatorial do Sul (SEC) que
circula no sentido anti-horário. Esta massa aquática equatorial circula na direcção Oeste pelo Oceano Índico
dividindo-se, quando atinge a parcela oriental de Madagáscar, na Corrente do Madagáscar Oriental (EMC)
(que circula para Sul), e numa corrente que se dirige para Norte até ao Cabo Âmbar, o ponto mais setentrional
do Madagáscar, onde flete em direcção à costa de África, bifurcando-se de novo em fluxos para Norte e Sul.
O fluxo para Norte torna-se na Corrente Costeira da África Oriental, enquanto o fluxo para Sul se torna na
Corrente de Moçambique.
As marés ao longo do litoral moçambicano são semidiurnas, com variações entre 2 m e 6,5 m e estão
geralmente relacionadas com a pouca profundidade da plataforma continental. Por exemplo, as variações de
marés na Beira são de 6,3 m, devido à plataforma continental ser rasa e com 140 km de largura neste ponto,
fazendo com que seja uma das variações mais elevadas do litoral africano (ERM, 2010).
Ao nível do sul da Província de Quelimane, estima-se que a linha de costa tenha cerca de 100 km, onde
quase toda a extensão do mar territorial está dentro da linha batimétrica superficial inferior a 50 m de
profundidade. A faixa de batimetria inferior a 50 m, apresenta uma largura de 50 km em toda extensão, e a
partir desta distância as linhas batimétricas se sucedem suavemente para os 1000 m (Impacto, 2012)
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
cada direcção), entre as áreas de alimentação no corredor de migração entre o Norte e o Sul de
verão (latitudes altas perto da Antártica) e as áreas Moçambique, sendo assim possível que ocorram
de reprodução no inverno (latitudes baixas perto indivíduos solitários em mar aberto em direcção à
do Equador) (Berggren e Coles, 2009). isobata de 20 m (IMPACTO e ERM, 2011). Os
pescadores, na área de estudo, não conhecem
Na área do Projecto poderão ocorrer 12 espécies bem este animal e, os poucos que conhecem
de cetáceos: cinco golfinhos, cinco baleias viram-no em outras áreas, portanto o dugongo não
odontocetes (baleias com dentes) e duas baleias deverá ocorrer na área de estudo
misticetes (baleias de barbela) (IMPACTO e ERM,
2011). Duas espécies de focas, nomeadamente a foca
caranguejeira (Lobodon carcinophagus) e o lobo-
As espécies de águas profundas, com particular marinho sub-antártico (Arctocephalus tropicalis) já
importância na região da pesquisa sísmica foram observados próximo a área de estudo. Mas,
proposta, incluem espécies de peixe pelágicos, as águas costeiras de Moçambique são
baleias, tubarões, raias, tartarugas e golfinhos. consideradas fora da sua amplitude de
Na foz dos rios, que desaguam na área de estudo, distribuição. Portanto, estes registos são anormais
poderão ocorrer espécies de peixes de água doce e sugerem indivíduos nómadas (Guissamulo e
como a Tilápia de Peito Vermelho (Tilapia rendalli), Cockroft, 1996
a Tilápia Moçambicana (Oreochromis Na área do Banco de Sofala poderão avistar-se as
mossambicus) e a Tilápia Negra (Oreochromis cinco espécies de tartarugas marinhas (Costa et
placidus placidus). al., 2007; Videira et al., 2008) que ocorrem no país
Por outro lado, no mar da região do Banco de (e na região ocidental do Oceano Indico),
Sofala poderão encontrar-se, entre outras, as nomeadamente: verde (Chelonia mydas),
seguintes espécies (Entrix, 1998; IMPACTO, 2005; cabeçuda (Caretta caretta), olivácea (Lepidochelys
IMPACTO, 2007): olivacea), coriácea (Dermochelys coriacea) e bico-
de-falcão (Eretmochelys imbricata).
Espécies pelágicas: principalmente anchovas
(Stolephorus sp.), sardinhas (várias
espécies), xaréu Macoa (Caranx hippos),
várias espécies de arenque, carapau
(Scomberomorous sp.), e barracudas (quatro
espécies).
Espécies costeiras/estuarinas:
principalmente rombanas (Ambassis safgha), Figura 13: Cabeçuda (canto superior direito) e coriácea
peixe-porco-galhudo (Arothron immaculatus), (canto inferior direito).
tainha (Valmugil sp., Mugil sp.), Peixe-zebra-
violão (Therapon jarbua), pargo tinteiro As duas áreas são consideradas de grande
(Lutjannus fulviflamma), anchova do Índico importância para aves marinhas migratórias,
(Anchoviella indica), sardinha de banda azul sendo que foram observadas congregações de
(Harengula ovalis), meia agulha manchada algumas espécies com números superiores ao
(Hemiranphus far), peixe-prata (Pranesus limiar de 1% da população nas áreas do Bazaruto
pinguis), peixe coelho (Siganus rivulatus), e do Delta do Zambeze. Segundo Parker (2001)
entre outros. estas espécies são: Tarambola-cinzenta (Pluvialis
squatarola), Borrelho-mongol (Charadrius
Não existem evidências da presença de dugongos mongolus), Pilrito-sanderlingo (Calidris alba),
na região do Banco de Sofala, isto deve-se Gaivina-comum (Sterna hirundo), Gaivina-de-bico-
provavelmente à escassez de ervas marinhas. No laranja (Sterna bengalensis), Gaivina-pequena
entanto, é possível que a área possa servir como
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1.11 Socioeconomia
Em 2011 Moçambique tinha um total estimado de 23.049.621 habitantes e uma densidade populacional de
28,8 hab/km2, uma das mais baixas a nível mundial. A maioria da população (67%) está localizada nas regiões
centro e sul, com 43% da população a habitar os distritos litorais e ocupando 19% do território nacional.
De acordo com censo de 2007 (INE, 2008), a Província de Sofala tem uma estimativa de 1.642.920 habitantes.
A tabela a seguir mostra a população da Província de Sofala por sexo.
Tabela 1: População da Província de Sofala por sexo
Grupos por sexo e idades Número da Pop.
Total 1.642.920
Mulheres 843.169
Homens 799.751
A taxa de alfabetização é um bom indicador da vulnerabilidade de uma comunidade, sendo uma taxa de
analfabetismo elevada um indicador de forte dependência do sector primário (agricultura, pesca e pecuária)
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e do emprego informal para subsistência, ao passo que uma baixa taxa de analfabetismo indica a presença
de um sector de emprego mais formal.
A taxa de analfabetismo parece seguir um padrão decrescente de norte para sul, a Província da Zambézia
tem uma taxa de analfabetismo mais elevada do que Sofala (43,4%).
Na Região Centro (Zambézia e Sofala) apenas as capitais das províncias estão equipadas com hospitais
centrais. As infraestruturas da saúde são limitadas e têm muitas vezes falhas de armazenamento de bens
médicos e uma falta geral de comodidades básicas.
A taxa de incidência do VIH/SIDA abrange mais do que 10% da população. A malária é a principal causa de
morte, a cólera e a diarreia são também doenças dominantes.
A Região Centro também recebe energia vinda de Cahora Bassa, mas apenas 6% da população tem acesso
a este serviço. A restante população usa sobretudo madeira e parafina como fontes de energia (INE, 2007).
Apenas 6% das famílias na Região Centro têm acesso ao fornecimento de água canalizada, enquanto o resto
utiliza água não tratada de rios, poços e outras fontes.
Região Centro também é servida por uma linha férrea que liga o Zimbabwé ao Porto da Beira. A linha férrea
do Sena, que liga Moatize (na Província de Tete) com o Porto da Beira e as estradas N1, N7, N104, e N6
ligam a Região Sul ao norte de Moçambique.
A Cidade da Beira tem o segundo maior porto do país e a cidade de Quelimane tem o quarto maior.
A população dos distritos costeiros vivem basicamente da agricultura de subsistência e igualmente da pesca,
particularmente para as populações que vivem nas proximidades da costa e ao longo dos rios Zambeze. A
agricultura praticada é completamente dependente das condições climáticas, o que a torna extremamente
vulnerável.
O sector de pesca em Moçambique está categorizado em três subsectores: sector artesanal, semi-industrial
e industrial. O sector artesanal é constituído por pescadores de subsistência que se encontram ao longo de
toda a faixa costeira em aldeias piscatórias e que usam embarcações pequenas (<10 m) e uma grande
variedade de equipamento de pesca de baixa selectividade, operam geralmente dentro de um raio de três
milhas náuticas da faixa costeira (em ecossistemas diferentes) mas mais recentemente adquiriram a
capacidade de se deslocarem mais para o alto mar durante o ano.
O sector semi-industrial, por outro lado, é um sector comercial que só se encontra nas águas costeiras mais
próximas dos seus respectivos portos (por ex. Beira e Angoche) e usam embarcações de tamanho médio (10-
20 m) e fazem a preservação do pescado em gelo. Esta frota visa espécies diferentes dependendo das áreas
de pesca. A maior parte destas frotas pescam emáguas superficiais, e praticam a pesca de demersais ao
longo da plataforma continental do Banco de Sofala e de outras regiões costeiras de Moçambique.
Figura 15: Parte da frota de pesca de camarão que realiza actividades no Banco de Sofala e na Área do Projecto
Contudo, o sector industrial utiliza embarcações maiores com mais de 20m, dedicando-se à pesca comercial
de camarão no Banco de Sofala, enquanto as outras frotas pesqueiras praticam a pesca à linha e camarão
de águas profundas no Banco de Sofala, e em outras áreas de pesca.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
As actividades de pesca que são consideradas relevantes dado se sobreporem às do Projecto incluem,
A pesca de atum
O número de pescadores nos três distritos foi estimado em 8.087. Cerca de 52 por cento dos quais usam
barcos (IDDPE 2013, banco de dados do censo). Em termos de números relativos, Chinde hospeda 64 por
cento do número de pescadores e 19 por cento são de Inhassunge e os restantes 17 por cento relatados de
Quelimane.
Turismo
Na província da Zambézia, no eixo das ilhas segundas, acima Moma e Pebane existe um arquipélago
constituído pelas ilhas primeiras (Silva, Fogo, Coroa, Epidendron), com potencial para o estabelecimento de
empreendimentos turísticos, registando um lodge na Ilha Silva que presentemente esta fechado.
Na província de Sofala, a sul da baía do mesmo nome, existe a ilha de Chiloane que não dispõe de qualquer
empreendimento turístico.
A província da Zambézia, para além da baía de Quelimane, não apresenta outras dignas de menção e na
província de Sofala, existe a baía de Nhandoze e a grande baía de Sofala.
A Província de Sofala é caracterizada por áreas de natureza pantanosa, confluência de estuários e por estas
características não é propícia ao desenvolvimento do turismo de Sol&Praia e de lazer ao longo da sua costa.
A quase totalidade dos estabelecimentos turísticos construídos junto a praia estão situados na Cidade da
Beira, com a excepção de uma pequena unidade de alojamento de baixa qualidade e capacidade, o Savane
lodge, junto da embocadura do rio Savane.
A actividade turística ainda é incipiente nos distritos a Sul da Cidade de Quelimane, apesar de apresentar
grandes potencialidades ligadas à sua localização na costa e no Delta do Zambeze onde existem inúmeros
riachos, onde ocorrem formações florestais densas de mangal, únicas em toda a Bacia do Zambeze.
Transito Maritimo
O Canal de Moçambique é uma rota marítima preferida nas ligações marítimas entre a América do Norte e
do Sul, o Golfo Pérsico, a Ásia e o Sul ea África Oriental. Esta rota tem em conta tanto o tráfego de navios
petroleiros como de navios contentores e de carga geral, o tráfego marítimo regional costeiro e da África
Oriental e o transporte marítimo nacional de Moçambique.
O Porto da Beira tem três cais principais: o cais de Mercadorias Gerais, o cais para Minérios (para o
manuseamento de carvão de Tete e de outros minerais dos países vizinhos) e o Terminal de Petróleo que
atende à importação nacional de produtos petrolíferos e de produtos dos países vizinhos, o Oleoduto Beira-
Zimbabwe. Este porto inclui também um Porto Pesqueiro que serve a indústria de pesca industrial e semi-
industrial.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
O maior volume de tráfego de cabotagem é de nível regional, com o porto sul-africano de Durban a constituir
o ponto de origem do tráfego regional de referência, dado este porto desempenhar a função de “Principal
Centro Portuário” para a Região da África Austral. Em termos de volume de cabotagem, depois do porto de
Durban, segue-se o tráfego marítimo a nível regional nos segmentos de Maputo-Beira, Beira-Quelimane,
seguido do outro tráfego gerado pelos outros portos nacionais (Nacala, Pemba, Angoche, Quelimane,
Inhambane e Chinde).
De entre a rede portuária de Moçambique, o Porto de Quelimane é um porto de segunda linha, com uma
capacidade de manuseamento para acomodar o tráfego local, a cabotagem nacional e regional bem como o
tráfego internacional. Também acomoda um Porto Pesqueiro para as embarcações de pesca industrial e semi-
industrial, juntamente com uma componente sólida de pesca artesanal. O porto tem um cais de pequenas
dimensões que só pode acomodar dois navios de tamanho médio (com um comprimento de até 120 metros)
de cada vez e tem uma profundidade máxima de 6.1 metros. O maior volume de tráfego deste porto
compreende a cabotagem nacional e regional, sendo que o tráfego estabelece ligação com os portos da Beira,
Nacala, Pemba, Angoche, e algum tráfego de menor volume a escala local com os portos mais pequenos de
Chinde e Pebane.
O Canal de Moçambique constitui uma das principais rotas de navegação marítima do mundo, estando
integrado na área de estudo, e acomodando uma vasta variedade de tipos de tráfego tais como:
Navios de grande capacidade que ligam a América do Sul com os países da África Austral bem como o
tráfego entre a Península Arábica e a América do Norte;
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Barcos pesqueiros envolvidos na pesca industrial e semi-industrial que actuam nesta área e utilizam os
portos da Beira e de Quelimane como Portos de Base;
Tráfego local constituído por pequenas embarcações de transporte que operam entre os pequenos
povoados nas proximidades das Cidades da Beira e de Quelimane, bem como em redor da Vila de
Chinde;
Pequenas embarcações de pesca envolvidas na pesca artesanal nos Povoados dentro da área de
estudo e em redor da mesma.
Avaliacao de Impactos
Os potenciais impactos ambientais e socioeconomicos do Projecto foram identificados atraves de estudos de
gabinete e algumas interações a nível de campo. Todos os impactos provaveis resultantes das actividades
propostas foram identificados, descritos e avaliados. A avaliação de impactos leva em conta quatro elementos
principais
Previsao da magnitude dos impactos (as consequencias do Projecto no ambiente natural e social);
Avaliacao da importancia (ou significancia) dos impactos, tendo em conta a sensibilidade dos recursos
ambientais e ambiente social;
Avaliacao dos impactos significativos residuais depois da aplicacao das medidas de mitigacao.
A Significância do Impacto foi avaliada em termos das duas fases principais do projecto: i) a mobilização e
ii) as operações. Embora este termo seja algo subjectivo, constitui regra geral de aceitação que a significância
é uma função da magnitude do impacto e da probabilidade de o impacto ocorrer. A magnitude do impacto
constitui uma função da extensão, duração e severidade do impacto.
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Indica uma Quando qualquer recurso ou receptor não venha a ser afectado de
significância forma material por uma actividade específica, ou o efeito previsto é
SP < 15 ambiental considerado como sendo imperceptível ou não se distingue dos níveis
insignificante de fundo naturais. Não é necessária qualquer mitigação.
Foram identificados um total de 10 impactos biofísicos; 5 impactos socioeconómicos (2 dos quais são
positivos). A tabela abaixo, resume os impactos e a as medidas de mitigação recomendadas para a
minimização e potenciação dos mesmos dos mesmos
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Meio Socioeconómico
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1.12 Conclusão
Depois de realizado o Estudo de Impacto Ambiental do Projecto de pesquisa sísmica 3 D no mar alto das
províncias de Sofala e Zambézia, e analisadas as diferentes componentes do Projecto e do meio ambiente
em que este se insere, conclui-se que o Projecto e ambientalmente viável.
Em resumo, a maioria dos impactos seriam de curta duração e limitados à área de levantamento imediata.
Como resultado, a maioria dos impactos associados às actividades de exploração são considerados de
importância MODERADA A BAIXA a BAIXA após mitigação.
O potencial impacto sobre os mamíferos marinhos (lesão fisiológica e evasão comportamental) como
resultado de ruído sísmico; e
O potencial impacto no sector das pescas (interação dos navios e perturbação das operações de
pesca) devido à presença do navio de levantamento com a sua zona de segurança associada.
Embora a maior parte dos impactos sobre os cetáceos seja avaliada como tendo significância BAIXA, o
impacto poderia ser de muito maior significância devido à pouca compreensão de como os efeitos de curto
prazo dos levantamentos sísmicos se relacionam com impactos de longo prazo. Por exemplo, se uma fonte
sonora desloca uma espécie de uma área de reprodução importante por um período prolongado, os impactos
ao nível da população podem ser mais significativos. A fim de mitigar o impacto potencial sobre os cetáceos,
recomenda-se que as actividades de exploração propostas sejam planeadas, sempre na para evitar a
migração de cetáceos.
Se o levantamento nos períodos sensíveis dos cetáceos for inevitável, a tecnologia PAM, que detecta animais
através de suas vocalizações, deve ser implementada 24 horas por dia. São recomendadas várias outras
medidas para mitigar ainda mais o potencial impacto nos cetáceos, por exemplo arranques suaves,
interrupção temporária do levantamento, etc. Deve notar-se, no entanto, que se as actividades de
levantamento forem realizadas quando mais baleias estiverem provavelmente presentes na área, pode haver
um aumento do tempo de inactividade devido à interrupção temporária de Actividades de levantamento.
O potencial impacto na indústria da pesca varia de significância MODERADA -BAIXA a BAIXA com e sem
mitigação. No entanto, se os peixes evitarem a área de levantamento e/ou alterarem o seu comportamento
alimentar, poderia ter um impacto mais significativo sobre o sector da pesca. Contudo, a investigação
demonstrou que os efeitos comportamentais são geralmente de curta duração, sendo a duração do efeito
inferior ou igual à duração da exposição, embora estes variem entre espécies e indivíduos e dependem das
propriedades do som recebido.
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É importante que o CGG se envolva temporariamente com a indústria pesqueira antes e durante o
levantamento, assim como os pescadores artesanais. A comunicação regular com os navios de pesca nas
proximidades durante o levantamento irá minimizar a possível interrupção das operações de pesca e o risco
de enredamentos dos dispositivos.
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