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Fevereiro 2017

CGG SERVICES S.A.S

PROJECTO DE PESQUISA
SÍSMICA 3D EM ALTO MAR, NAS
PROVÍNCIAS DE SOFALA E
ZAMBÉZIA

RESUMO NÃO TÉCNICO DO


RELATÓRIO PRELIMINAR DO
ESTUDO DE IMPACTO
AMBIENTAL

Submetido ao:
Ministerio da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural

Relatorio
Nr:1657630
Distribution:
1x copia DINAB
1 x copia DPTADR Sofala
1x copia DPTADR Zambezia
1 x copia Golder
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Índice

1.0 RESUMO NÃO TÉCNICO ......................................................................................................................................... 1

1.1 Introdução ..................................................................................................................................................... 1

1.1.1 Objectivos do Documento ....................................................................................................................... 1

1.2 Consultor Ambiental ..................................................................................................................................... 1

1.3 Quadro Legal ................................................................................................................................................ 1

1.4 Processo de AIA ........................................................................................................................................... 1

1.5 Descrição do Projecto................................................................................................................................... 2

1.5.1 Antecedentes .......................................................................................................................................... 2

1.5.2 Localização ............................................................................................................................................. 2

1.5.3 Levantamentos Sísmicos ........................................................................................................................ 3

1.5.4 Disposição do Levantamento .................................................................................................................. 3

1.5.5 Metodologia do levantamento sísmico .................................................................................................... 4

1.5.6 Equipamento de Registo/ Gravação ....................................................................................................... 5

Fonte de Energia Sísmica .......................................................................................................................................... 5

1.5.7 Resumo da Produção ............................................................................................................................. 6

Direcção da Linha ...................................................................................................................................................... 6

Cobertura e Enchimento ............................................................................................................................................ 6

Velocidade do Barco .................................................................................................................................................. 6

1.5.8 Logística.................................................................................................................................................. 6

1.6 Área de Influencia ......................................................................................................................................... 7

1.7 Ambiente Biofísico e Socioeconómico .......................................................................................................... 7

1.8 Clima ............................................................................................................................................................ 7

1.9 Oceanografia ................................................................................................................................................ 8

1.10 Ecossistemas Marinhos ................................................................................................................................ 8

Fauna Marinha ........................................................................................................................................................... 8

Áreas Protegidas ...................................................................................................................................................... 10

1.11 Socioeconomia ........................................................................................................................................... 10

Turismo 12

Transito Maritimo ..................................................................................................................................................... 12

Avaliacao de Impactos ............................................................................................................................................. 14

1.12 Conclusão ................................................................................................................................................... 23

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1.13 Passos Seguintes ....................................................................................................................................... 24

TABELAS
Tabela 1: População da Província de Sofala por sexo ........................................................................................... 10

Tabela 2: Classificação da Significância do Impacto ............................................................................................. 15

Tabela 3: Avaliacão de Impactos ........................................................................................................................... 16

FIGURAS
Figura 1: Localização do Project .............................................................................................................................. 2

Figura 2: Ilustração dos princípios base de levantamentos de aquisição de dados sísmicos em alto mar .............. 3

Figure 3: Plano de Aquisição de dados durante o levantamento 3D ........................................................................ 3

Figura 4: Geo Caspian ............................................................................................................................................. 4

Figura 5: Oceanic Endeavour................................................................................................................................... 4

Figura 6: Configuração típica para a aquisição de dados durante o levantamento. ................................................. 5

Figura 7: Propagação de aquisição .......................................................................................................................... 5

Figura 8: “Streamer” sólido e sistema de guincho. ................................................................................................... 5

Figura 9: Exemplo de Subconjunto de Fontes Individuais ....................................................................................... 6

Figura 10: Pistola de ar individual ............................................................................................................................ 6

Figure 11: Mapa ilustrando a área do projecto evidenciada a azul, a AID (verde) e a AII (vermelho). ..................... 7

Figura 12: Mangal que envolve o Estuário dos Bons Sinais. ................................................................................... 8

Figura 13: Cabeçuda (canto superior direito) e coriácea (canto inferior direito). ...................................................... 9

Figura 14: Areas de influência do projecto, a preta é a área do projecto, a verde é a Área de Influencia Directa, é
a vermelha e a Área de Estudo. ............................................................................................................ 10

Figura 15: Parte da frota de pesca de camarão que realiza actividades no Banco de Sofala e na Área do
Projecto ................................................................................................................................................. 11

Figura 16: Vista Geral do Porto da Beira................................................................................................................ 13

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Lista de Acrónimos
2D Bidimensional
3D Tridimensional
4D Quadrimensional
ADNAP Administração Nacional de Pesca
AIA Avaliação de Impacto Ambiental
AID Área de Influencia Directa
AII Área de Influencia Indirecta
AIS Avaliação de Impacto Social
Avaliações Simplificadas do Impacto
ASIAs
Ambiental
Caminhos de Ferro de Moçambique
(Empresa Pública de Moçambique
CFM
responsável pela Gestão de Portos e Vias
Férreas em Moçambique)
Compagnie Générale de Géophysique
CGG
(Frances)
Regulamento Internacional para Evitar
COLREG Abalroamentos no Mar - IMO (Organização
Marítima Internacional)
DD Dados Deficientes
DGPS GPS Diferencial
DINAB Direcção Nacional do Ambiente
Direcção Provincial da Terra, Ambiente e
DPTADER
Desenvolvimento Rural
EIA Estudo de Impacto Ambiental
EMATUM Empresa Moçambicana de Atum
EMC Corrente do Madagáscar Oriental
ENH Empresa Nacional de Hidrocarbonetos
Estudo de Previabilidade Ambiental,
EPDA Definição De Âmbito e Termos De
Referência
Sistema de Navegação Global por Satélite
GLONASS
(Russo)
General Maritime Distress Signalling System
GMDSS (Sistema Mundial de Socorro e Segurança
Marítima)
GPS Sistema de Posicionamento Global (Ingles)
Instituto Nacional de Desenvolvimento da
IDPPE
Pesca de Pequena Escala
IIP Insituto Nacional de Investigacao Pesqueira

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International Maritime Organization


IMO
(Organização Marítima Internacional)
Instituto Nacional de Hidrografia e
INAHINA
Navegação
INAMAR Instituto Nacional da Marinha
International Maritime Satellite System
INMARSAT
(Sistema Marítimo Internacional por Satélite)
INP Instituto Nacional de Petróleo
INP Instituto Nacional do Petróleo
INS Instituto Nacional de Saúde
International Oil Company – Empresa
IOC
Internacional do Petróleo
IP Instrução de Processo
International Telecommunications Union
ITU
(União Internacional de Telecomunicações)
União Internacional para a Conservação da
IUCN
Natureza
Comité Junto de Conservação da Natureza
JNCC
(Inglês)
Km Quilómetros
Km2 Quilómetros Quadrados
LC Espécie pouco preocupante
M Metros
M/s Metros por segundo
M2 Metros quadrados
M3 Metros cúbicos
M3/s Metros cúbicos por segundo
MF Frequência Modulada
Ministério para a Coordenação da Acção
MICOA
Ambiental
Ministério da Terra, Ambiente e
MITADER
Desenvolvimento Rural
Mm Milímetros
MTC Ministério dos Transportes e Comunicações
Administração Nacional da Aeronáutica e
NASA (JPL) Espaço - Laboratório de Propulsão a Jacto
(Inglês)
NT Espécie quase ameaçada
OMM Observador de Mamiferos Marinhos
PAM Monitorização Acústica Passiva
PGA Plano de Gestão Ambiental

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PPP Processo de Participação Pública


Ro-Ro Roll on-Roll off (Entrada e Saída)
South African Maritime Authority (Autoridade
SAMSA
Marítima da África do Sul)
SAR Search and Rescue (Busca e Salvamento)
SEC Corrente Equatorial do Sul
SIG Sistema de informação geográfica
SNA Área de Navegação Segura
Safety of Life at Sea (IMO International
Convention on Safety of Life at Sea)
SOLAS
(Convénio Internacional para a Segurança
da Vida Humana no Mar)
SOSIW Velocidade do Som na Água
SP Pontos de Significância
TdR Termos de Referencia
Ultra Large Crude Carrier (Ultrapetroleiro de
ULCC
Petróleo bruto)
United Nations Convention on the Law of the
UNCLOS Sea (CNUDM - Convenção das Nações
Unidas sobre o Direito do Mar
USD Dólar Americano
Universal Transverse Mercator (Sistema de
UTM
Coordenadas Transversal de Mercator)
Very High Frequency (Frequência Muito
VHF
Alta)
Vírus da Imunodeficiência Humana/
VIH/SIDA
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Very Large Crude Carrier (Superpetroleiro
VLCC
de petróleo bruto)
ZEE Zona Exclusiva Económica

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Glossário de Termos
Área de Influência refere-se à dimensão espacial ou física na qual pode
Área de Influência ocorrer um impacto – não se relaciona com a potencial consequência
do impacto.
Área que a actividade afecta directamente com base nas características
Área de Influência Directa
físicas, bióticas e socioeconómicas.
Área afectada por actividades ou influências não directamente
Área de Influência Indirecta relacionadas com o projecto mas que são desencadeadas pela
presença física do projecto ou actividades associadas
Avaliação de Impacto O processo através do qual se faz a avaliação dos efeitos antecipados
Ambiental (AIA) de um desenvolvimento ou projecto proposto sobre o ambiente.
Unidade usada para medir a intensidade de um som ou nível de
potência de um sinal eléctrico através da sua comparação com um dado
dB(A)
nível numa escala logarítmica. A escala tem uma ponderação A, a fim
de a aproximar à sensibilidade da audição humana.
Um relatório que visa focar na Avaliação de Impacto Ambiental através
da definição das questões principais de entre uma ampla variedade de
Estudo de Previabilidade
potenciais questões de preocupação para estudo no processo de AIA.
Ambiental e Definição de Âmbito
O relatório é tipicamente suportado por uma revisão da informação
existente e por consultas públicas.
Estudo de Impacto Ambiental O relatório elaborado na finalização de uma Avaliação de Impacto
(EIA) Ambiental.
Qualquer factor social ou ambiental que é tão desfavorável ou severo
que, mesmo que considerado isoladamente, poderia ter uma
Falhas / Riscos fatais importância tão elevada que ameace a viabilidade do projecto, ou de
qualquer aspecto do projecto. Em termos simples, a característica seria
considerada “impeditiva”.
Um plano específico a um local, normalmente desenvolvido com base
nas recomendações feitas numa Avaliação de Impacto Ambiental para
Plano de Gestão Ambiental garantir que todas as medidas necessárias para a gestão de impactos
sejam identificadas e implementadas, de forma a proteger os ambientes
biofísico e social e cumprir com a legislação ambiental.
O processo através do qual uma organização consulta indivíduos,
Processo de Participação
organizações e entidades governamentais interessados ou afectados
Pública
antes e tomar uma decisão.

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1.0 RESUMO NÃO TÉCNICO


1.1 Introdução
A CGG Services SAS (CGG), é uma empresa dedicada a geociências, que opera globalmente para fornecer
uma gama de tecnologias, serviços e equipamentos necessários para a aquisição de dados e imagens
precisas da subsuperfície da Terra. No ambiente marinho, tem experiência em pesquisas sísmicas em alto
mar. Esta empresa encontra-se actualmente sediada na França mas possui diversas representações por todo
o mundo.

A CGG pretende implementar um projecto de pesquisa sísmica 3D no mar, ao longo das costas das províncias
de Sofala e Zambezia. A área proposta foi adjudicada a CGG seguindo um concurso formal para clientes
múltiplos para a aquisição de dados sísmicos através do Instituto Nacional de Petróleo (INP). A documentação
de concurso INP permite que as empresas contratadas adquiram mais do que a área de 52.816 km²
especificada nos documentos. A obtenção de dados numa área mais vasta irá permitir ao INP adquirir um
maior entendimento regional sobre a geologia e promover outros blocos na região durante os ciclos de
emissão de licenças futuras. A área a azul na figura abaixo evidencia as áreas adjudicadas a empresa CGG
para pesquisa 3D.

O calendário específico para a realização da pesquisa 3D irá depender de vários factores, incluindo as
condições do tempo, cronograma e sensibilidades associadas a restrições biológicas e socioeconómicas. A
CGG Services pretende iniciar as actividades no segundo trimestre do ano de 2017, por um período
aproximado de 12 meses.

1.1.1 Objectivos do Documento


Este documento constitui o Resumo Não Técnico da versão preliminar (Draft) do Relatório do Estudo de
Impacto Ambiental (REIA) do Projecto de Pesquisa Sísmica 3D em alto Mar, nas províncias de Sofala e
Zambezia, Moçambique. O projecto está registado junto ao MITADER e é classificado como um projecto de
Categoria A em termos do regulamento ambiental de Moçambique.

1.2 Consultor Ambiental


A Golder Associados Mocambique Lda., foi contratada para elaborar os estudos ambientais necessários com
o objecto de obter uma licença ambiental para o projecto em referência.

A Golder Associados Mocambique Lda. (Golder), pretence a Golder Associates, um grupo global de empresas
de consultoria especializada em engenharia de solo e, em serviços ambientais e sociais que opera como um
grupo de propriedade dos funcionários desde a sua formação em 1960. Desde a sua formação, Golder criou
uma cultura única de fornecimento de serviços tecnicamente sólidos e economicamente viáveis e com isso,
tem experimentado um crescimento constante por mais de cinco décadas e emprega mais de 8.000
funcionários que operam nos escritórios localizados em África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e
América do Sul.

A Golder realizada trabalhos em Moçambique desde 1997 e tem uma experiência considerável em todo o
país. Tendo reconhecido que para apoiar os nossos clientes de forma mais eficaz, foi estabelecida
formalmente a empresa Golder Associados Moçambique Limitada em 2008, com escritórios sede em Maputo.
Esta abordagem permitiu que a nossa equipa consolidasse sua presença no país e fornecesse experiência e
competências específicas locais.

1.3 Quadro Legal


Foram considerados para os estudos compreendidos pelo Processo de AIA e nas recomendações para
mitigação, toda a Legislação Moçambicana e internacional pertinente aplicável a este projecto.

1.4 Processo de AIA


O registo do projecto proposto foi efectuado em Maio de 2016, junto ao MITADER, tendo este sido classificado
como um Projecto de Categoria A, estando portanto sujeito a realização de um estudo de Impacto Ambiental

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(EIA) nos termos do Artigo 11 do Regulamento de AIA (Decreto 54/2015) e Artigo 5 do Decreto 56/2006
(Regulamento Ambiental das Operações Petrolíferas).

Em seguida foi realizado o Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito (EPDA) e foram
definidos os Termos de Referencia (TdR) para o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e posteriormente
aprovados pelo MITADER. O presente documento apresenta o relatório do Estudo de Impacto Ambiental,
elaborado de acordo com as recomendações feitas pelo MITADER aquando da aprovação do EPDA e de
acordo com o Regulamento de Avaliação de Impacto Ambiental - Decreto 54/2015.

A Consulta Pública é parte importante deste processo de Avaliação de Impacto Ambiental, e será feita de
acordo com os requisitos legais nacionais (Diploma Ministerial nº 130/2006). O Relatório preliminar do EIA
estará disponível para comentários durante o período da consulta pública. As preocupações do público
recolhido serão incluídas no Relatório Final do EIA.

1.5 Descrição do Projecto


1.5.1 Antecedentes
Vários programas de aquisição de dados sísmicos em alto mar ao longo das Províncias de Sofala e Zambézia
já foram realizados por várias empresas de investigação sísmica. O objectivo das actividades de exploração
em alto mar da CGG no alto mar das províncias de Sofala e Zambezia (Bloco de Sofala) é de adquirir dados
sísmicos a fim de permitir ao INP, à ENH e a Empresas Petrolíferas Internacionais (IOCs) identificar as
estruturas geológicas do subsolo que podem conter quantidades comerciais de hidrocarbonetos

1.5.2 Localização
A área de concessão do projecto tem a forma de um polígono e localiza-se ao largo da costa das províncias
de Sofala e Zambézia, abrangendo vários blocos comerciais de exploração de hidrocarbonetos, tendo uma
área total de 52.816 km². O perímetro da Área do Projecto situa-se geralmente a uma distância de cerca de
80 km ou mais do litoral de Moçambique, com excepção da uma secção norte 1/5 que tem um vértice situado
a cerca de 20 km da linha costeira (Figura 1).

Figura 1: Localização do Project

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1.5.3 Levantamentos Sísmicos


Os levantamentos sísmicos são realizados na investigação de formações geológicas submarinas durante a
prospecção de petróleo e gás marinhos. Durante os levantamentos sísmicos são direccionados sons de baixa
frequência, de nível elevado para o fundo do mar, a partir de fontes sonoras perto da superfície da água que
são transmitidos a partir de uma embarcação. Os sinais refletidos a partir das descontinuidades geológicas
abaixo do fundo do oceano são registados por hidrofones montados em cabos “streamer”. Os sinais reflectivos
são registados e transmitidos para o navio sísmico para o seu processamento eletrónico. As análises dos
sinais enviados processados permitem a interpretação das formações geológicas no subsolo marinho.

Figura 2: Ilustração dos princípios base de levantamentos de aquisição de dados sísmicos em alto mar

1.5.4 Disposição do Levantamento


A figura 4 a seguir constitui um exemplo de um
possível padrão de levantamento para a aquisição
de dados para um levantamento 3D. As áreas a
vermelho e a azul (faixas) são passagens de
aquisição num azimute Norte e Sul,
respectivamente. As áreas a amarelo destacam as
viragens do navio entre as linhas onde
normalmente a fonte não é lançada. Serão
priorizadas as faixas que englobam os blocos Z5-
C e Z5-D numa primeira fase e em seguida os
restantes blocos.

Figure 3: Plano de Aquisição de dados durante o


levantamento 3D

A área e os parâmetros exactos da aquisição de dados para o levantamento estão a ser avaliados pela CGG,
INP e IOCs. No entanto, a área final de levantamento será no enquadramento dos 52.816km² conforme
ilustrado na Figura 4. A CGG irá fazer a aquisição dos dados numa base de Clientes Múltiplos de tal forma
que os dados resultantes estarão disponibilizados para a concessão de licenças por todos os actuais
Operadores do bloco, futuros Operadores e empresas suas parceiras.

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Prevê-se que a aquisição dos dados sísmicos inicie no segundo trimestre do ano de 2017. O programa de
aquisição de dados irá depender da configuração final do equipamento bem como da extensão da área do
levantamento. Inicialmente a área proposta para a realização da pesquisa sísmica, era de 15,000km² no
mínimo, sobre os blocos Z5-C e Z5-D, e dependendo do progresso do projecto, os blocos circundantes
também serão acessados (entre 20-80 km da costa).

1.5.5 Metodologia do levantamento sísmico


O método de levantamento sísmico proposto pela CGG é constituído por um navio sísmico que reboca o
equipamento sísmico directamente na parte traseira do navio (fonte e cabos “streamer”). Estará presente um
navio (ou navios) de apoio para assegurar a segurança do navio sísmico e do equipamento, bem como para
controlar o tráfego marinho nas proximidades. Este método constitui o método padrão, mais fiável, para a
aquisição de dados sísmicos em alto mar e é o mais adequado para áreas de mar alto com profundidades
superiores a 10m.

A CGG pode utilizar um ou dois navios da sua frota para o levantamento de forma a encurtar o prazo de
tempo geral do projecto. Estes navios são o Geo Caspian e/ou o Oceanic Endeavour (Figura 4eFigura 5). Os
navios propostos estão sujeitos à sua disponibilidade, e a CGG reserva-se o direito de substituir o (s) navio
(s) referidos acima por um outro de capacidade semelhante.

Figura 4: Geo Caspian Figura 5: Oceanic Endeavour

Ambos os navios são de desenho DNV-CLEAN, Uma das características de um disparo sísmico é
ultrapassando os mais elevados padrões que tem uma duração curta (o impulso principal em
ambientais, com o casco, lemes e hélices todos geral dura entre 5 a 30 milissegundos). O primeiro
otimizados para operações de reboque sísmico, impulso é seguido por uma reflexão de pressão
levando a redução de ruído, redução do consumo negativa da superfície do mar de vários impulsos
de combustível e menores emissões de CO2. de bolhas com uma magnitude baixa. Muito
embora os níveis máximos durante o disparo
Estas embarcações são ideais para grandes possam ser elevados, a energia geral é limitada
pesquisas 3D, alta resolução de banda larga e pela duração do disparo.
pesquisas 4D. Eles podem implantar até 16 Sercel
Sentinel ® flâmulas solidas, proporcionando Os sinais acústicos reflectidos são registados por
flexibilidade para empregar uma variedade de um conjunto de receptores, designados
geometrias de aquisição. hidrofones. Estes hidrofones captam a energia
acústica das reflexões e convertem-na em sinais
As fontes de som são dispositivos pneumáticos eléctricos que são registados. Os hidrofones são
submarinos dos quais é libertado, repentinamente, tipicamente fabricados em material piezoelétrico
ar de alta pressão para a água circundante. Ao ser encapsulado numa mangueira de borracha. Esta
libertada esta pressão produz bolhas pulsantes mangueira que contém os hidrofones é designada
que produzem um sinal acústico que é por “streamer”. Os “streamers” podem ser
proporcional à taxa de mudança do volume da rebocados pelo navio a profundidades que variam
bolha. O sinal acústico propaga-se pela água e entre os 5 e 50 metros e normalmente estão a uma
pelo subsolo e as reflexões são transmitidas de distância de 300 a 500 metros do navio.
retorno para a superfície. A fonte de som deve
estar submersa na água, tipicamente a O comprimento dos cabos “streamer” tipicamente
profundidades de entre 5 a 10 metros. variam entre os 6.000m e 10.000m. Um

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levantamento 3D envolve um leque constituído por Estará também posicionado no local uma
até 14 cabos “streamer”, normalmente espaçados Embarcação de Apoio para o reboque de
entre 100 a 150 metros na parte dianteira da emergência a operações de reabastecimento e
configuração e 100 a 200 metros na outra outros serviços. Como parte da prática normal da
extremidade. A aquisição de dados sísmicos de CGG são realizados exercícios de simulação de
alta qualidade requer que o posicionamento do reboque.
navio sísmico e o espaçamento dos cabos seja
conhecido com exactidão. Consequentemente, os 1.5.6 Equipamento de Registo/
levantamentos sísmicos requerem uma Gravação
navegação muito rigorosa da fonte de som sobre “Streamers” Digitais
transectos de levantamento pré-determinados.
Este aspecto, e o facto de que esta configuração Os barcos da CGG estão equipados com
dos cabos e cabos “streamer” que contêm os “Streamers” Sercel Sólidos. Estes podem ser
hidrofones necessitam de ser rebocados numa rebocados a profundidades entre os 5 e os 50
configuração específica na parte traseira do navio, metros numa variedade de perfis. O CGG propõe
significa que a operação de levantamento possui adoptar um reboque fixo a uma profundidade que
um nível muito limitado de capacidade de manobra seja aproximadamente de 8m por reboque com
durante as operações. uma variação de ± 1.0 metro de variação.

Em algumas ocasiões, caso exista um risco de os


“streamers” se cruzarem devido às condições do
mar, as profundidades dos mesmos são mudadas
para evitar danos e impedir o emaranhar dos
“streamer”.

Figura 6: Configuração típica para a aquisição de


dados durante o levantamento.

Figura 8: “Streamer” sólido e sistema de guincho.

Os cabos são controlados por unidades de direção


posicionadas em intervalos regulares ao longo da
serpentina. Tipicamente 1 unidade a cada 150m-
300m ao longo de um cabo de 8km. Estes
dispositivos permitem que o pessoal do navio
controlem a profundidade do cabo à medida que a
linha é adquirida e mantém o equipamento
rebocado numa configuração estável.

Figura 7: Propagação de aquisição

Fonte de Energia Sísmica


Energia sísmica para o levantamento será providenciada por configurações duplas espelhadas de um
conjunto de fontes de até 5.000 polegadas cúbicas afinadas, rebocadas a uma profundidade de 5 a 10 metros.

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Estes conjuntos são constituídos por elementos tipo 2 G-Gun Sercel, com cada conjunto de fonte de até três
subconjuntos individuais separados por 8.0 metros, separação geral de 16.0m. A separação nominal dos
conjuntos é tipicamente metade da separação do “streamer” (por ex., 50m ou 60m).

Durante a aquisição de uma linha sísmica, as pistolas de ar rebocadas imediatamente a popa do navio são
disparadas aproximadamente a cada 10 segundos.

Figura 9: Exemplo de Subconjunto de Fontes Individuais Figura 10: Pistola de ar individual

1.5.7 Resumo da Produção navios serão reabastecidos no mar por barcos de


apoio. As operações de reabastecimento no mar
Direcção da Linha
estão em conformidade com as considerações
O levantamento pré-traçado irá ser constituído por regulamentares internacionais relativas à
várias linhas de navegação que serão MARPOL e a SOLAS.
determinadas no início da aquisição dos dados. As
linhas pré-traçadas terão um espaçamento de Sempre que possível e mediante disponibilidade,
entre 600 metros dependendo do equipamento a serão utilizados helicópteros durante a operação
ser utilizado. Prevê-se que o azimute das linhas de para deslocar a tripulação entre a costa e os
navegação seja num sentido Norte e Sul seguindo diferentes navios envolvidos na operação. Em
a geometria do bloco. alternativa, a tripulação pode ser transportada em
navios de abastecimento e juntar-se à frota no mar.
Cobertura e Enchimento Pequenas embarcações rápidas podem ser
A Interface de Orientação SeaProNav permite que desdobradas do navio para transportar pequenos
os navegadores direccionem o navio à distância a números de tripulantes e suprimentos dentro da
partir da sala de instrumentos. Neste levantamento frota.
a aquisição de dados sísmicos será feita com base
Ao longo do levantamento, os navios comerciais e
no princípio 3D de aquisição no qual o navio é
outros navios serão notificados por sinais
direccionado em termos de abrangência, portanto,
adequados de acordo com o Direito Marítimo
reduzindo o número de passagens de enchimento
Internacional; Estes incluirão comunicações via
necessárias para assegurar a cobertura total da
rádio, luzes e bandeiras. Um barco de perseguição
área a ser obtida.
será usado para notificar pequenos barcos de
Velocidade do Barco pesca que não são contactáveis ou não têm
conhecimento do sistema de sinal marítimo
Prevê-se que a velocidade do barco de aquisição
internacional.
seja entre 4 a 5 nós.
Um agente de terra será usado para auxiliar na
1.5.8 Logística logística e reabastecimento do lado da terra. Estes
O navio de pesquisa será apoiado por dois barcos também serão responsáveis por organizar o
de perseguição e um navio de apoio. A fim de recebimento e gestão adequada e eliminação de
limitar o tempo necessário na área a pesquisa será materiais de resíduos gerados e trazidos para terra
adquirida continuamente. Sempre que possível, os provenientes do navio sísmico em actividade.

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A tripulação técnica marítima para aquisição elemento de apoio em terra. O programa sísmico
sísmica, seja composta por Observadores de proposto será conduzido usando protocolos para
Mamíferos. prevenção da poluição por petróleo, esgoto e
resíduos, de acordo com as normas internacionais
Marinhos (OMM)/Operadores de PAM, as equipas e as convenções da OMI que regulam a gestão de
de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio resíduos e descarga de material dos navios para o
Ambiente, responsáveis pela comunicação com ambiente marinho.
pescadores locais. Poderá ainda existir um

1.6 Área de Influencia


A área de influência directa (AID) inclui a zona de exclusão segurança em vigor em torno do navio sísmico,
durante as actividades de aquisição e, a área de influência indirecta (AII) inclui a região ao longo das
províncias de Sofala e Zambézia.

Figure 11: Mapa ilustrando a área do projecto evidenciada a azul, a AID (verde) e a AII (vermelho).

1.7 Ambiente Biofísico e Socioeconómico


1.8 Clima
A área do Projecto não foge do padrão geral prevalecente no Sul de Moçambique e que de uma forma geral
é classificado de tropical. Ocorrem ao longo do ano, duas principais estações: a chuvosa e quente que vai de
Outubro a Abril; e a seca e fria que vai de Maio a Setembro.

Do ponto de vista do comportamento das variáveis climáticas como a temperatura, a precipitação e a


evapotranspiração, verifica-se para a Província de Sofala, a ocorrência de uma significativa variabilidade
espacial. Registam-se temperaturas elevadas, com valor médio anual superior a 24º C, com amplitude térmica
anual inferior a 10º C e com uma média anual de humidade relativa entre 55% e 75%.

A precipitação média mensal varia de 10 a 15 mm durante os meses de Junho a Outubro para cerca de 35 a
110 mm durante os meses de Novembro a Março.

A pressão atmosférica na Cidade da Beira oscila entre os 1009 hPa para o mês de Janeiro, chegando ao
máximo 1020 hPa nos meses de Junho e Julho, começando a descer novamente.

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Na Província da Zambézia, ocorre cerca de 70% da precipitação total anual, sendo o mês de Janeiro o mês
mais chuvoso, com precipitação média mensal de cerca de 280 mm, e a estação seca e fresca que vai de
Abril a Outubro, onde as médias mensais de precipitação não ultrapassam os 50 mm.

De acordo com Tinley (1971), o Norte de Moçambique é afectado pela extensão do sistema de monções do
leste de África com ventos soprando do norte ao nordeste durante o verão do sul e do sul ao sudoeste durante
o inverno do sul. As regiões Centro e Sul de Moçambique são afectadas pelo Sistema de Vento do Sudeste
e recebe ventos predominantes do Leste durante o ano.

1.9 Oceanografia
O Oceano Índico contém uma grande corrente oceânica conhecida por Corrente Equatorial do Sul (SEC) que
circula no sentido anti-horário. Esta massa aquática equatorial circula na direcção Oeste pelo Oceano Índico
dividindo-se, quando atinge a parcela oriental de Madagáscar, na Corrente do Madagáscar Oriental (EMC)
(que circula para Sul), e numa corrente que se dirige para Norte até ao Cabo Âmbar, o ponto mais setentrional
do Madagáscar, onde flete em direcção à costa de África, bifurcando-se de novo em fluxos para Norte e Sul.
O fluxo para Norte torna-se na Corrente Costeira da África Oriental, enquanto o fluxo para Sul se torna na
Corrente de Moçambique.

As marés ao longo do litoral moçambicano são semidiurnas, com variações entre 2 m e 6,5 m e estão
geralmente relacionadas com a pouca profundidade da plataforma continental. Por exemplo, as variações de
marés na Beira são de 6,3 m, devido à plataforma continental ser rasa e com 140 km de largura neste ponto,
fazendo com que seja uma das variações mais elevadas do litoral africano (ERM, 2010).

Ao nível do sul da Província de Quelimane, estima-se que a linha de costa tenha cerca de 100 km, onde
quase toda a extensão do mar territorial está dentro da linha batimétrica superficial inferior a 50 m de
profundidade. A faixa de batimetria inferior a 50 m, apresenta uma largura de 50 km em toda extensão, e a
partir desta distância as linhas batimétricas se sucedem suavemente para os 1000 m (Impacto, 2012)

1.10 Ecossistemas Marinhos Achrostichum aureum (Barbosa et al., 2001;


Beilfuss et al., 2001; Stringer et al., 2014).
A costa ao longo da área de estudo é parte da
costa pantanosa, característica da zona centro do
país, onde está concentrada uma enorme
quantidade de rios, que aqui desaguam (Hoguane,
2007). Por esta razão, nesta região ocorrem
estuários e deltas de grande importância, onde se
destacam os estuários dos rios Gorongosa, Búzi e
Púnguè na Província de Sofala, os estuários dos
Bons sinais e de Macuse na Zambézia e os Deltas
dos Rios Save e Zambeze (limites norte e sul da
Província de Sofala). Estes rios são de uma
importância vital, pois garantem o fornecimento de
água doce às florestas de mangal e descarregam
sedimento e nutrientes para o mar, que são os
grandes responsáveis pela elevada produtividade Figura 12: Mangal que envolve o Estuário dos Bons
do Banco de Sofala. Sinais.

O mangal do Delta do Zambeze é composto por Fauna Marinha


oito espécies de árvores: Avicennia marina,
Bruguiera gymnorhiza, Ceriops tagal, Heritiera Na costa Este de África ocorrem 32 espécies de
littoralis, Lumnitzera racemosa, Rhizophora cetáceos (baleias e golfinhos). Nesta região as
mucronata, Sonneratia alba e Xylocarpus grandes baleias são normalmente observadas
granatum. Estas espécies encontram-se durante o período de Junho a Outubro. Isto porque
geralmente em associação com espécies como elas migram anualmente percorrendo longas
Guettarda speciosa, Hibiscus tiliaceous e distâncias, em alguns casos mais de 8.000 km em

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

cada direcção), entre as áreas de alimentação no corredor de migração entre o Norte e o Sul de
verão (latitudes altas perto da Antártica) e as áreas Moçambique, sendo assim possível que ocorram
de reprodução no inverno (latitudes baixas perto indivíduos solitários em mar aberto em direcção à
do Equador) (Berggren e Coles, 2009). isobata de 20 m (IMPACTO e ERM, 2011). Os
pescadores, na área de estudo, não conhecem
Na área do Projecto poderão ocorrer 12 espécies bem este animal e, os poucos que conhecem
de cetáceos: cinco golfinhos, cinco baleias viram-no em outras áreas, portanto o dugongo não
odontocetes (baleias com dentes) e duas baleias deverá ocorrer na área de estudo
misticetes (baleias de barbela) (IMPACTO e ERM,
2011). Duas espécies de focas, nomeadamente a foca
caranguejeira (Lobodon carcinophagus) e o lobo-
As espécies de águas profundas, com particular marinho sub-antártico (Arctocephalus tropicalis) já
importância na região da pesquisa sísmica foram observados próximo a área de estudo. Mas,
proposta, incluem espécies de peixe pelágicos, as águas costeiras de Moçambique são
baleias, tubarões, raias, tartarugas e golfinhos. consideradas fora da sua amplitude de
Na foz dos rios, que desaguam na área de estudo, distribuição. Portanto, estes registos são anormais
poderão ocorrer espécies de peixes de água doce e sugerem indivíduos nómadas (Guissamulo e
como a Tilápia de Peito Vermelho (Tilapia rendalli), Cockroft, 1996
a Tilápia Moçambicana (Oreochromis Na área do Banco de Sofala poderão avistar-se as
mossambicus) e a Tilápia Negra (Oreochromis cinco espécies de tartarugas marinhas (Costa et
placidus placidus). al., 2007; Videira et al., 2008) que ocorrem no país
Por outro lado, no mar da região do Banco de (e na região ocidental do Oceano Indico),
Sofala poderão encontrar-se, entre outras, as nomeadamente: verde (Chelonia mydas),
seguintes espécies (Entrix, 1998; IMPACTO, 2005; cabeçuda (Caretta caretta), olivácea (Lepidochelys
IMPACTO, 2007): olivacea), coriácea (Dermochelys coriacea) e bico-
de-falcão (Eretmochelys imbricata).
 Espécies pelágicas: principalmente anchovas
(Stolephorus sp.), sardinhas (várias
espécies), xaréu Macoa (Caranx hippos),
várias espécies de arenque, carapau
(Scomberomorous sp.), e barracudas (quatro
espécies).

 Espécies demersais: escienídeos (Johnius


belangerii, J. dussumieri, Otolithes rubber),
roncadores (Pomadasys hasta, P.
maculates), salmonetes (Upeneus vittatus),
peixe lagarto (Saurida undosquamis) e peixe-
fita (Trichiurus lepturus).

 Espécies costeiras/estuarinas:
principalmente rombanas (Ambassis safgha), Figura 13: Cabeçuda (canto superior direito) e coriácea
peixe-porco-galhudo (Arothron immaculatus), (canto inferior direito).
tainha (Valmugil sp., Mugil sp.), Peixe-zebra-
violão (Therapon jarbua), pargo tinteiro As duas áreas são consideradas de grande
(Lutjannus fulviflamma), anchova do Índico importância para aves marinhas migratórias,
(Anchoviella indica), sardinha de banda azul sendo que foram observadas congregações de
(Harengula ovalis), meia agulha manchada algumas espécies com números superiores ao
(Hemiranphus far), peixe-prata (Pranesus limiar de 1% da população nas áreas do Bazaruto
pinguis), peixe coelho (Siganus rivulatus), e do Delta do Zambeze. Segundo Parker (2001)
entre outros. estas espécies são: Tarambola-cinzenta (Pluvialis
squatarola), Borrelho-mongol (Charadrius
Não existem evidências da presença de dugongos mongolus), Pilrito-sanderlingo (Calidris alba),
na região do Banco de Sofala, isto deve-se Gaivina-comum (Sterna hirundo), Gaivina-de-bico-
provavelmente à escassez de ervas marinhas. No laranja (Sterna bengalensis), Gaivina-pequena
entanto, é possível que a área possa servir como

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(Sterna albifrons), Cegonha-de-bico-aberto a cerca de 70 km do limite sul da área do


(Anastomus lamelligerus) e Grou-carunculado Projecto.
(Bugeranus carunculatus).
A autoridade responsável pela gestão destas
áreas é o Ministério da Terra, Ambiente e
Áreas Protegidas
Desenvolvimento Rural (MITADER), através da
A área do Projecto não abrange áreas protegidas, Administração Nacional de Áreas de Conservação
no entanto quatro áreas protegidas localizam-se (ANAC). No entanto, a Coutada de Caça é gerida
nos seus arredores (Figura 29). Estas áreas são: por um operador privado a Africa Futura Wildlife
Restoration Lda.
 Reserva Nacional de Marromeu (faz parte da
zona RAMSAR do Delta do Zambeze):
localizada no Delta do Rio Zambeze, na costa
a cerca de 15 km a oeste da parte norte da
área do Projecto (a AID abrange uma parte
desta área protegida);

 Área de Protecção Ambiental das Ilhas


Primeiras e Segundas: Localizada na parte
norte do Banco de Sofala, a cerca de 130 km
do limite norte da área do Projecto;

 Coutada de caça Número 5: Na margem


norte do Delta do Rio Save, localizada a cerca
de 90 km a oste do limite sul da área do
Projecto (a área de estudo abrange o limite
da Coutada);

 Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto


Figura 14: Areas de influência do projecto, a preta é a
(PNAB): Localizado a sul do Banco de Sofala,
área do projecto, a verde é a Área de Influencia Directa,
é a vermelha e a Área de Estudo.

1.11 Socioeconomia
Em 2011 Moçambique tinha um total estimado de 23.049.621 habitantes e uma densidade populacional de
28,8 hab/km2, uma das mais baixas a nível mundial. A maioria da população (67%) está localizada nas regiões
centro e sul, com 43% da população a habitar os distritos litorais e ocupando 19% do território nacional.

De acordo com censo de 2007 (INE, 2008), a Província de Sofala tem uma estimativa de 1.642.920 habitantes.
A tabela a seguir mostra a população da Província de Sofala por sexo.
Tabela 1: População da Província de Sofala por sexo
Grupos por sexo e idades Número da Pop.
Total 1.642.920
Mulheres 843.169
Homens 799.751

Para a Província da Zambézia, os resultados do Censo de População e Habitação de 2007 apresentam um


total de cerca de 3 849 455 habitantes habitantes para esta província. Zambézia é considerada a província
mais populosa depois de Nampula com 3,985,613 habitantes.

A taxa de alfabetização é um bom indicador da vulnerabilidade de uma comunidade, sendo uma taxa de
analfabetismo elevada um indicador de forte dependência do sector primário (agricultura, pesca e pecuária)

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e do emprego informal para subsistência, ao passo que uma baixa taxa de analfabetismo indica a presença
de um sector de emprego mais formal.

A taxa de analfabetismo parece seguir um padrão decrescente de norte para sul, a Província da Zambézia
tem uma taxa de analfabetismo mais elevada do que Sofala (43,4%).

Na Região Centro (Zambézia e Sofala) apenas as capitais das províncias estão equipadas com hospitais
centrais. As infraestruturas da saúde são limitadas e têm muitas vezes falhas de armazenamento de bens
médicos e uma falta geral de comodidades básicas.

A taxa de incidência do VIH/SIDA abrange mais do que 10% da população. A malária é a principal causa de
morte, a cólera e a diarreia são também doenças dominantes.

A Região Centro também recebe energia vinda de Cahora Bassa, mas apenas 6% da população tem acesso
a este serviço. A restante população usa sobretudo madeira e parafina como fontes de energia (INE, 2007).
Apenas 6% das famílias na Região Centro têm acesso ao fornecimento de água canalizada, enquanto o resto
utiliza água não tratada de rios, poços e outras fontes.

Região Centro também é servida por uma linha férrea que liga o Zimbabwé ao Porto da Beira. A linha férrea
do Sena, que liga Moatize (na Província de Tete) com o Porto da Beira e as estradas N1, N7, N104, e N6
ligam a Região Sul ao norte de Moçambique.

A Cidade da Beira tem o segundo maior porto do país e a cidade de Quelimane tem o quarto maior.

A população dos distritos costeiros vivem basicamente da agricultura de subsistência e igualmente da pesca,
particularmente para as populações que vivem nas proximidades da costa e ao longo dos rios Zambeze. A
agricultura praticada é completamente dependente das condições climáticas, o que a torna extremamente
vulnerável.

O sector de pesca em Moçambique está categorizado em três subsectores: sector artesanal, semi-industrial
e industrial. O sector artesanal é constituído por pescadores de subsistência que se encontram ao longo de
toda a faixa costeira em aldeias piscatórias e que usam embarcações pequenas (<10 m) e uma grande
variedade de equipamento de pesca de baixa selectividade, operam geralmente dentro de um raio de três
milhas náuticas da faixa costeira (em ecossistemas diferentes) mas mais recentemente adquiriram a
capacidade de se deslocarem mais para o alto mar durante o ano.

O sector semi-industrial, por outro lado, é um sector comercial que só se encontra nas águas costeiras mais
próximas dos seus respectivos portos (por ex. Beira e Angoche) e usam embarcações de tamanho médio (10-
20 m) e fazem a preservação do pescado em gelo. Esta frota visa espécies diferentes dependendo das áreas
de pesca. A maior parte destas frotas pescam emáguas superficiais, e praticam a pesca de demersais ao
longo da plataforma continental do Banco de Sofala e de outras regiões costeiras de Moçambique.

Figura 15: Parte da frota de pesca de camarão que realiza actividades no Banco de Sofala e na Área do Projecto

Contudo, o sector industrial utiliza embarcações maiores com mais de 20m, dedicando-se à pesca comercial
de camarão no Banco de Sofala, enquanto as outras frotas pesqueiras praticam a pesca à linha e camarão
de águas profundas no Banco de Sofala, e em outras áreas de pesca.

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As actividades de pesca que são consideradas relevantes dado se sobreporem às do Projecto incluem,

 Apesca artisanal nos distritos de Chinde, Inhassunge e Quelimane;

 A pesca industrial de camarão em águas superficiais no Banco de Sofala

 A pesca semi-industrial de camarão em águas superficiais no Banco de Sofala

 A pesca semi-industrial e industrial à linha no Banco de Sofala

 A pesca de atum

 A pesca de crustáceos em águas profundas

O número de pescadores nos três distritos foi estimado em 8.087. Cerca de 52 por cento dos quais usam
barcos (IDDPE 2013, banco de dados do censo). Em termos de números relativos, Chinde hospeda 64 por
cento do número de pescadores e 19 por cento são de Inhassunge e os restantes 17 por cento relatados de
Quelimane.

Em 2015 foram concedidas licenças a um total de 12 embarcações semi-industriais e uma embarcação


industrial que operam no Banco de Sofala. O esforço total de pesca (dias de pesca) reduziu ligeiramente em
3.7 durante 2015 com relação ao ano anterior, invertendo a tendência crescente que se tinha observado
durante os últimos três anos. Esta frota tanto opera durante o dia como à noite.

Turismo
Na província da Zambézia, no eixo das ilhas segundas, acima Moma e Pebane existe um arquipélago
constituído pelas ilhas primeiras (Silva, Fogo, Coroa, Epidendron), com potencial para o estabelecimento de
empreendimentos turísticos, registando um lodge na Ilha Silva que presentemente esta fechado.

Na província de Sofala, a sul da baía do mesmo nome, existe a ilha de Chiloane que não dispõe de qualquer
empreendimento turístico.

A província da Zambézia, para além da baía de Quelimane, não apresenta outras dignas de menção e na
província de Sofala, existe a baía de Nhandoze e a grande baía de Sofala.

A Província de Sofala é caracterizada por áreas de natureza pantanosa, confluência de estuários e por estas
características não é propícia ao desenvolvimento do turismo de Sol&Praia e de lazer ao longo da sua costa.

A quase totalidade dos estabelecimentos turísticos construídos junto a praia estão situados na Cidade da
Beira, com a excepção de uma pequena unidade de alojamento de baixa qualidade e capacidade, o Savane
lodge, junto da embocadura do rio Savane.

A actividade turística ainda é incipiente nos distritos a Sul da Cidade de Quelimane, apesar de apresentar
grandes potencialidades ligadas à sua localização na costa e no Delta do Zambeze onde existem inúmeros
riachos, onde ocorrem formações florestais densas de mangal, únicas em toda a Bacia do Zambeze.

Transito Maritimo
O Canal de Moçambique é uma rota marítima preferida nas ligações marítimas entre a América do Norte e
do Sul, o Golfo Pérsico, a Ásia e o Sul ea África Oriental. Esta rota tem em conta tanto o tráfego de navios
petroleiros como de navios contentores e de carga geral, o tráfego marítimo regional costeiro e da África
Oriental e o transporte marítimo nacional de Moçambique.

O Porto da Beira tem três cais principais: o cais de Mercadorias Gerais, o cais para Minérios (para o
manuseamento de carvão de Tete e de outros minerais dos países vizinhos) e o Terminal de Petróleo que
atende à importação nacional de produtos petrolíferos e de produtos dos países vizinhos, o Oleoduto Beira-
Zimbabwe. Este porto inclui também um Porto Pesqueiro que serve a indústria de pesca industrial e semi-
industrial.

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Figura 16: Vista Geral do Porto da Beira.

O maior volume de tráfego de cabotagem é de nível regional, com o porto sul-africano de Durban a constituir
o ponto de origem do tráfego regional de referência, dado este porto desempenhar a função de “Principal
Centro Portuário” para a Região da África Austral. Em termos de volume de cabotagem, depois do porto de
Durban, segue-se o tráfego marítimo a nível regional nos segmentos de Maputo-Beira, Beira-Quelimane,
seguido do outro tráfego gerado pelos outros portos nacionais (Nacala, Pemba, Angoche, Quelimane,
Inhambane e Chinde).

De entre a rede portuária de Moçambique, o Porto de Quelimane é um porto de segunda linha, com uma
capacidade de manuseamento para acomodar o tráfego local, a cabotagem nacional e regional bem como o
tráfego internacional. Também acomoda um Porto Pesqueiro para as embarcações de pesca industrial e semi-
industrial, juntamente com uma componente sólida de pesca artesanal. O porto tem um cais de pequenas
dimensões que só pode acomodar dois navios de tamanho médio (com um comprimento de até 120 metros)
de cada vez e tem uma profundidade máxima de 6.1 metros. O maior volume de tráfego deste porto
compreende a cabotagem nacional e regional, sendo que o tráfego estabelece ligação com os portos da Beira,
Nacala, Pemba, Angoche, e algum tráfego de menor volume a escala local com os portos mais pequenos de
Chinde e Pebane.

O Canal de Moçambique constitui uma das principais rotas de navegação marítima do mundo, estando
integrado na área de estudo, e acomodando uma vasta variedade de tipos de tráfego tais como:

 Navios de grande capacidade que ligam a América do Sul com os países da África Austral bem como o
tráfego entre a Península Arábica e a América do Norte;

 Embarcações de capacidade grande e médias envolvidas no comércio regional entre os portos da


África do Sul, Moçambique, Madagáscar, Ilhas Comores, Tanzânia e Quénia;

 Embarcações envolvidas no tráfego doméstico de e para os Portos da Beira, Chinde e Quelimane;

 Embarcações médias e pequenas que estabelecem a ligação com os postos de Chinde e de


Quelimane;

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 Barcos pesqueiros envolvidos na pesca industrial e semi-industrial que actuam nesta área e utilizam os
portos da Beira e de Quelimane como Portos de Base;

 Tráfego local constituído por pequenas embarcações de transporte que operam entre os pequenos
povoados nas proximidades das Cidades da Beira e de Quelimane, bem como em redor da Vila de
Chinde;

 Pequenas embarcações de pesca envolvidas na pesca artesanal nos Povoados dentro da área de
estudo e em redor da mesma.

Avaliacao de Impactos
Os potenciais impactos ambientais e socioeconomicos do Projecto foram identificados atraves de estudos de
gabinete e algumas interações a nível de campo. Todos os impactos provaveis resultantes das actividades
propostas foram identificados, descritos e avaliados. A avaliação de impactos leva em conta quatro elementos
principais

 Previsao da magnitude dos impactos (as consequencias do Projecto no ambiente natural e social);

 Avaliacao da importancia (ou significancia) dos impactos, tendo em conta a sensibilidade dos recursos
ambientais e ambiente social;

 Desenvolvimento de medidas de mitigacao para evitar, reduzir ou gerir os impactos; e

 Avaliacao dos impactos significativos residuais depois da aplicacao das medidas de mitigacao.

A Significância do Impacto foi avaliada em termos das duas fases principais do projecto: i) a mobilização e
ii) as operações. Embora este termo seja algo subjectivo, constitui regra geral de aceitação que a significância
é uma função da magnitude do impacto e da probabilidade de o impacto ocorrer. A magnitude do impacto
constitui uma função da extensão, duração e severidade do impacto.

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Tabela 2: Classificação da Significância do Impacto


Valor Significância Comentário
Indica uma Onde um limite ou padrão aceite pode ser excedido, ou ocorrem
significância impactos de grande magnitude sobre recursos / receptores
SP >75 ambiental sensíveis/de alto valor. Os impactos de significância elevada irão
Elevada tipicamente influenciar a decisão de avançar ou não com o projecto.

Onde se podem sentir efeitos do impacto, mas a magnitude do mesmo


é suficientemente pequena e enquadra-se adequadamente nos
Indica uma
padrões aceites, e/ou o receptor tem uma sensibilidade baixa / valor
significância
reduzido.
SP 46 - 75 ambiental
É improvável que esse tipo de impacto venha a ter uma influência sobre
moderada
a decisão. Os impactos podem justificar uma alteração significante ao
desenho do projecto ou uma mitigação alternativa.

Onde se podem sentir efeitos do impacto, mas a magnitude dos


mesmos é baixa e está em conformidade com os padrões aceites, e/ou
Indica uma o receptor tem uma sensibilidade baixa / valor reduzido ou a
significância probabilidade do impacto é extremamente baixa. É pouco provável que
SP 15 - 45 ambiental esse tipo de impacto tenha qualquer influência sobre a decisão final
baixa muito embora o impacto deva à mesma ser reduzido para um nível tão
baixo quanto possível, particularmente quando se aproxima de uma
significância moderada.

Indica uma Quando qualquer recurso ou receptor não venha a ser afectado de
significância forma material por uma actividade específica, ou o efeito previsto é
SP < 15 ambiental considerado como sendo imperceptível ou não se distingue dos níveis
insignificante de fundo naturais. Não é necessária qualquer mitigação.

+ Impacto Positivo Onde são prováveis consequências / efeitos positivos.

Foram identificados um total de 10 impactos biofísicos; 5 impactos socioeconómicos (2 dos quais são
positivos). A tabela abaixo, resume os impactos e a as medidas de mitigação recomendadas para a
minimização e potenciação dos mesmos dos mesmos

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Tabela 3: Avaliacão de Impactos


Significancia Significancia
Impacto Sem Metigação Medida de Gestão
Com Metigação
Meio Biofisico
Baixa Ter um plano de gestão e um livro de registro de Insignificante
biofouling e ter um sistema anti-incrustante
1.Introdução e adequado;
proliferação de
Realizar regularmente inspecções sob água,
espécies invasoras
limpeza e manutenção.
introduzidas nos navios
do Projecto, nas águas
Os navios devem executar a gestão da área de
de lastro dos navios e
lastro até que sejam atingidas os padrões
nos equipamentos de
estipulados, em conformidade com o plano de
prospecção sísmica
gestão específico do navio;
provenientes de outras
regiões. Os navios devem ter um livro de registro de água
de lastro e ter um certificado internacional para a
gestão da água de lastro.

Moderada Deve ser estabelecida uma "zona de exclusão" Baixa


para os cetáceos e tartarugas marinhas, na área
num raio de 500 m, em relação aos tiros de ar
comprimido.

As actividades de exploração sísmica devem ser


bem planejadas, de modo a ocorrerem no menor
período possível.

A exploração sísmica não deve exceder o nível de


exposição de 180dB re 1 μPa rms, que é o limite
utilizado para outras regiões (como nos EUA) para
proteger os cetáceos (UNEP / CBD / SBSTT,
2.Perturbações 2012).
auditivas, alterações
fisiológicas ou Tiros de ar comprimido só podem ser levados a
comportamentais em cabo na área do Projecto;
cetáceos e tartarugas
marinhas causadas por Antes do tiroteio começar, deve haver um período
ruído subaquático de observação de 30 minutos ou 60 minutos (em
derivado de tiros de ar águas mais profundas do que 200 m). No caso de
comprimido. qualquer mamífero marinho ou tartaruga marinha
ser avistado, a actividade de tiroteio deve ser
adiada até 20 minutos sem qualquer avistamento
dentro desta zona de exclusão.

Deve-se utilizar um procedimento de aumento ou


início lento para os tiros de canhão (cada canhão
deve iniciar individualmente ou, se isso não for
possível) a pressão dos canhões deve ser
manipulada para aumentar gradualmente), durante
30 min.

Se, por qualquer razão, o disparo parar, ele só


pode ser reiniciado com força máxima se a
paralisação não exceder 5 min. Se o período for

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Report No.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

mais longo, então um processo completo de


aumento deve ser implementado.

Os canhões de ar comprimido devem ser


desligados enquanto o navio está realizando
manobras para mudar a linha sísmica, caso este
procedimento dure mais de 30 min (período de
procedimento para o arranque progressivo). Se a
mudança da linha durar mais de 30 minutos, os
canhões podem operar durante este processo,
mas de preferência com uma intensidade reduzida.

Programas de conscientização ambiental devem


ser organizados para todos os membros da
tripulação para explicar o estado de conservação
dos cetáceos e tartarugas e para destacar a
importância das medidas de mitigação.

Ruído desnecessário de alta intensidade deve ser


evitado sempre que possivel.

Monitorar e registar a ocorrência de de animais


mortos (cetáceos ou tartarugas marinhas) que
possam ser avistados na costa, encalhados nas
praias ou na água da área do Projecto.

Baixa As medidas de mitigação descritas para impacto nr Baixa


2 também são aplicáveis para a mitigação deste
impacto

Registrar a ocorrência de todos os grandes


tubarões e manta raias (elasmobrânquios) para
garantir a aplicação das medidas de mitigação e da
3.Distúrbios auditivos, zona de exclusão.
alterações fisiológicas
ou comportamentais em Sempre que espécies em perigo de extinção (como
peixes, cefalópodes e o tubarão-baleia e a manta raia) forem observadas
outros invertebrados dentro da zona de exclusão, os disparos devem ser
marinhos causados interrompidos e, em seguida, o procedimento deve
pelo ruído subaquático prosseguir iniciando de modo suave.
causado pelos tiros de
ar comprimido. Deve ser evitada a aquisição de dados sísmicos
perto da linha da costa, nos primeiros 20km, pois
trata-se de área muito rica em peixes e
invertebrados e de extrema importância para a
pesca.

Analise das taxas de captura, antes, durante e


apos a pesquisa sísmica.

Baixa A matriz do canhão de ar não deve ser maior do Baixa


4. Perturbação aos
que o necessário para o levantamento sísmico 3D
crustáceos (camarão e
específico
outros) e às funções
vitais de moluscos Deve ser evitada a aquisição de dados sísmicos
pelágicos perto da linha da costa, nos primeiros 20km, pois
trata-se de área muito rica em peixes e

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

invertebrados e de extrema importância para a


pesca.

Sistemas de monitoramento para manter um


registro de todos os peixes, cefalópodes (ou outros
invertebrados) animais mortos ou desorientados
que possam ser avistados na costa, encalhados
nas praias ou na água da área do Projecto, com
especial atenção aos elasmobrânquios.

Baixa Deve assegurar-se que o navio de exploração Insignificante


sísmica e outros navios de apoio estão equipados
com sistemas de ponta para reduzir o ruído
causado pelas máquinas e hélices.

Os navios que estão envolvidos no Projecto devem


evitar sempre que possível o encontro com os
cetáceos e tartarugas marinhas, distanciando-se
5. Afugentamento sempre.
temporário de cetáceos
e tartarugas marinhas A manutenção regular deve ser realizada nos
dos seus habitats navios do Projecto e a equipe de manutenção deve
causada pelo ruído prestar especial atenção ao ruído produzido pelos
subaquático derivado navios.
do tráfego dos navios
do Projecto. Deve estabelecer-se um sistema de monitorização
de registos de animais (cetáceos ou tartarugas
marinhas) mortos que sejam vistos na costa,
encalhados nas praias ou nas águas ao longo da
Área do Projecto. Para tal, deve ser estabelecido
um sistema de comunicação que permita, às
pessoas que vivem ou trabalham ao longo da costa
da área de estudo, comunicar este tipo de
observações.

Baixa As medidas de mitigação descritas para o impacto Insignificante


2 também são aplicáveis à mitigação deste
impacto.

Sempre que possível, a velocidade dos navios de


Projecto deve ser limitada a um máximo de 13 nós.
6. Morte ou lesões de
cetáceos e tartarugas Sempre que possível, deve assegurar-se de que os
marinhas devido a materiais de exploração rebocados (boias,
colisões com canhões aéreos, etc.) não tenham lacunas (ou
embarcações do estas devem ser cobertas ou reduzidas) nas quais
Projecto ou os animais (por exemplo tartarugas) podem ficar
emaranhamento em presos.
equipamentos usados
para exploração Todos os membros da tripulação devem ser
sísmica proibidos de matar ou causar ferimentos à fauna
marinha. Qualquer membro da tripulação que
deliberadamente matar ou causar qualquer dano à
fauna marinha deve ser imediatamente demitido,
comunicado às autoridades competentes e
enviado para a costa.

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Report No.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Observar a ocorrência destes animais na


vizinhança do navio de exploração sísmica,
sempre que se mover, mesmo quando não
realizar-se qualquer actividade de exploração
sísmica.

Deve haver alguém nos navios de apoio, que seja


responsável pela observação para a possível
ocorrência destes animais nas proximidades de
navios.

Prestar atenção para qualquer possível


emaranhamento desses animais no material de
exploração (canhões de ar e cabos de hidrofone).
Em caso de emaranhamento, todas as actividades
devem parar e as acções de resgate para resgatar
o animal devem ser postas em prática.

Um sistema para monitorar o registro de mamíferos


marinhos mortos ou feridos ou tartarugas marinhas
devido a colisões / emaranhamento deve ser
instalado no navio de exploração sísmica, nos
navios de apoio e material de exploração.

Baixa Os procedimentos de deposição aplicados devem Insignificante


obedecer à legislação nacional (por exemplo,
Regulamento para a Prevenção da Poluição e
Protecção Ambiental Marinha e Costeira, Decreto
n.º 45/2006, de 30 de Novembro) e às melhores
práticas internacionais (por exemplo, a Convenção
Internacional para a Prevenção da Poluição por
Navios - Marpol 73/78).
7. Redução da
qualidade da água do O tratamento dos esgotos deve ser feito antes de
mar e dos serem descarregados para o mar, de acordo com
desequilíbrios as recomendações da Marpol 73/78.
ecológicos causados
Os navios devem efectuar o tratamento das águas
pela adição de
de esgoto a bordo ou efectuar o transbordo no mar,
compostos orgânicos
em conformidade com as recomendações da
ou poluentes derivados
Marpol 73/78.
das águas de esgoto e
das águas residuais Implementar um Programa de Controlo da
Poluição, incluindo o tratamento, eliminação
adequada e minimização de resíduos, de acordo
com as recomendações da Marpol 73/78.

O monitoramento frequente das águas


descartadas, como forma de garantir que os níveis
de poluentes estão dentro das normas
recomendadas.

Baixa Os procedimentos de deposição aplicados devem Insignificante


8. Produção de estar em conformidade com a legislação nacional
resíduos domésticos (por exemplo, o Regulamento de Prevenção da
Poluição e Protecção Ambiental Marinha e
Costeira, Decreto n.º 45/2006, de 30 de Novembro)

Fevereiro 2017
Report No.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

e as melhores práticas internacionais (por


exemplo, a Convenção Internacional para a
Prevenção da Poluição por Navios - Marpol 73/78).

O navio sísmico deve possuir um manual de


procedimentos para lidar com os resíduos
domésticos que, se aplicado correctamente evita e
minimiza os potenciais efeitos negativos desse
impacto.

A CGG deve assegurar que o navio sísmico possui


um Plano de Gestão de Resíduos Domésticos que
esteja em conformidade com o Anexo V da
Convenção MARPOL: Prevenção da Poluição por
Navios.

Baixa Todas as emissões de poluição atmosférica devem Insignificante


estar em conformidade com as Leis de
Moçambique e Linhas de Guia Internacional.

De acordo com o Anexo VI da Convenção


MARPOL 73/78, o conteúdo de óleos sulfúricos
deve ter um valor máximo de 4,5% m / m, excepto
se o navio sísmico estiver equipado com um
sistema de limpeza aprovado para o tratamento de
9. Mudança na
gases de exaustão ou qualquer outro método
qualidade do ar
técnico que seja verificável e que reduza as
(poluição atmosférica)
emissões de SO2 para um máximo de 6,0 g /
kWh1.

É proibida a incineração de materiais


contaminados embalados a bordo do navio sísmico
e do policloreto Bifenil (PCB). Além disso, também
é proibida a emissão deliberada de substâncias
prejudiciais à camada de ozono, incluindo o halon
e os clorofluorcarbonetos (CFC).

Baixa Todos os equipamentos e máquinas que possam Insignificante


potencialmente vazar ou derramar combustível
devem ser regularmente mantidos, inspecionados
e testados.

10.Degradação de Um Plano de Resposta de Emergência para


habitats costeiros e Derrames de Petróleo deve ser preparado e deve
marinhos, e incluir, pelo menos, os requisitos especificados
mortalidade dos pelo Banco Mundial relativos à Saúde, Segurança
animais associados a e Meio Ambiente durante operações de petróleo e
eles, causada por Gás no mar (Grupo do Banco Mundial, 2015).
derrames de
combustível No caso de derrames de combustível ou outros
produtos químicos, um plano de reacção de
emergência para derrames de petróleo deve ser
posto em prática / implementado. A capacidade de
implementar esse plano deve ser comprovada
antes do início de qualquer actividade.

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Report No.
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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

O Plano de Reação de Emergência para Derrames


de Petróleo deve levar em conta a melhor medida
e os métodos mais avançados para conter
derrames ou perda de combustíveis, óleos e
produtos químicos em todos os navios envolvidos
no Projeto.

Deve-se oferecer treinamento regular e adequado


para todos os funcionários do Projecto,
relacionados à prevenção, contenção e resposta
aos derrames.

Todo o equipamento envolvido na resposta a


derrames deve ser frequentemente mantido,
inspeccionado e testado.

Meio Socioeconómico

Moderada Manter as zonas de exclusão de segurança tão Baixa


pequenas quanto possível para reduzir os
potenciais efeitos sobre a pesca do camarão de
águas rasas, a pesca à linha e a pesca do atum;

Será estabelecida uma comunicação eficaz com os


operadores

A matriz do canhão não deve ser maior do que o


necessário para o levantamento sísmico 3D
específico

Deve ser aplicada uma zona de segurança de 500


m do barco e equipamento sísmico.

Solicitar ao Instituto Marítimo Nacional (INAMAR),


11. Redução da área na qualidade de Autoridade Marítima, a instrução
comercial de pesca sobre as regras e procedimentos a serem
industrial e semi- cumpridas antecipadamente e durante as
industrial; e operações sísmicas em águas territoriais
(jurisdicionais) moçambicanas;
12. Redução da área
de pesca artesanal Notificar ao INAMAR sobre a chegada da frota de
navios a utilizar nas operações sísmicas nas águas
sob jurisdição moçambicana, com indicação das
coordenadas geográficas

Será considerada a possibilidade de utilização de


meios de divulgação de Avisos de Navegação,
como a rede de radiodifusão de Rádio
Moçambique.

Assegurar que o navio sísmico é fornecido com


radar adequado e outros equipamentos de
detecção, assistidos permanentemente, para
permitir a detecção de qualquer navio que possa,
potencialmente, interferir com a segurança das
operações sísmicas

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Report No.
21
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Para garantir que os navios de apoio estão


permanentemente em vigília da zona de segurança
estabelecida ao redor da embarcação sísmica
(500m ao redor do navio); esta medida vai permitir
a redução dos potenciais riscos de segurança
associados com as operações sísmicas

Para assegurar a conformidade com as normas


internacionais e moçambicanas em termos de
comunicação, gestão de danos / reclamações e
eventuais compensações.

Para estabelecer um procedimento de


reclamações / gestão de danos e, se qualquer
reclamação de terceiros for considerada
substancialmente evidente, para determinar as
medidas de reparação adequadas aos danos.

Insignificante Continuar a desenvolver o Fórum de Ligação Baixa


Comunitária (CLF) como um ligação para
comunicar as oportunidades para as comunidades
locais, para apresentar as candidaturas de
emprego das comunidades locais e seus
13.Criação de fornecedores.
Oportunidades de
Emprego e Gerir expectativas em relação às oportunidades de
Desenvolvimento de emprego e evitar conflitos dentro das comunidades
Competências Locais locais. As comunidades locais têm criticado o
recrutamento na área, realizadas por diferentes
empreiteiros e fornecedores, em que as pessoas
envolvidas no recrutamento, geralmente os líderes
comunitários, dão preferência aos membros da
família e amigos.

Baixa Oferecer oportunidades para os fornecedores Moderada


14.Aumento da receita locais moçambicanos para apresentação de
e benefícios propostas para o fornecimento de bens e serviços;
econômicos devido à
aquisição de bens e Promover iniciativas para aumentar e melhorar a
serviços locais produção agrícola e o comércio localIsso pode
incluir o conceito de agregar valor aos produtos;

Moderada O Proponente deverá notificar a Autoridade Baixa


Marítima, nomeadamente ao Instituto Marítimo
Nacional (INAMAR), sobre a entrada e
permanência do navio sísmico e quaisquer outros
navios associados às suas actividades para
15. Interferência no
realizar operações de aquisição sísmica nas águas
Transporte Marítimo e
sob jurisdição de Moçambique, com indicação
no Movimento de
precisa da área em que os navios operarão
Navios
(através de coordenadas de localização
geográfica);

Deve ser assegurado que "Avisos de navegação"


são emitidos e divulgados através da rede de
comunicações marítima, bem como através de

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

outros meios de difusão desses "Avisos de


navegação".

Estabelecer e implementar mecanismos de


comunicação com o público em geral, a fim de
assegurar que a informação possa chegar a
qualquer navio que não possa ser alcançado pelos
"Avisos de Navegação" normalmente divulgados
através dos canais formais de comunicação e
outros canais que podem ser utilizados para esse
efeito; As informações serão divulgadas
devidamente antecipadamente (ou seja, pelo
menos 30 dias antes do início das operações ou,
se aplicável, conforme estabelecido pela
Autoridade Marítima).

1.12 Conclusão
Depois de realizado o Estudo de Impacto Ambiental do Projecto de pesquisa sísmica 3 D no mar alto das
províncias de Sofala e Zambézia, e analisadas as diferentes componentes do Projecto e do meio ambiente
em que este se insere, conclui-se que o Projecto e ambientalmente viável.

Em resumo, a maioria dos impactos seriam de curta duração e limitados à área de levantamento imediata.
Como resultado, a maioria dos impactos associados às actividades de exploração são considerados de
importância MODERADA A BAIXA a BAIXA após mitigação.

As duas questões-chave identificadas neste estudo referem-se a:

 O potencial impacto sobre os mamíferos marinhos (lesão fisiológica e evasão comportamental) como
resultado de ruído sísmico; e

 O potencial impacto no sector das pescas (interação dos navios e perturbação das operações de
pesca) devido à presença do navio de levantamento com a sua zona de segurança associada.

Embora a maior parte dos impactos sobre os cetáceos seja avaliada como tendo significância BAIXA, o
impacto poderia ser de muito maior significância devido à pouca compreensão de como os efeitos de curto
prazo dos levantamentos sísmicos se relacionam com impactos de longo prazo. Por exemplo, se uma fonte
sonora desloca uma espécie de uma área de reprodução importante por um período prolongado, os impactos
ao nível da população podem ser mais significativos. A fim de mitigar o impacto potencial sobre os cetáceos,
recomenda-se que as actividades de exploração propostas sejam planeadas, sempre na para evitar a
migração de cetáceos.

Se o levantamento nos períodos sensíveis dos cetáceos for inevitável, a tecnologia PAM, que detecta animais
através de suas vocalizações, deve ser implementada 24 horas por dia. São recomendadas várias outras
medidas para mitigar ainda mais o potencial impacto nos cetáceos, por exemplo arranques suaves,
interrupção temporária do levantamento, etc. Deve notar-se, no entanto, que se as actividades de
levantamento forem realizadas quando mais baleias estiverem provavelmente presentes na área, pode haver
um aumento do tempo de inactividade devido à interrupção temporária de Actividades de levantamento.

O potencial impacto na indústria da pesca varia de significância MODERADA -BAIXA a BAIXA com e sem
mitigação. No entanto, se os peixes evitarem a área de levantamento e/ou alterarem o seu comportamento
alimentar, poderia ter um impacto mais significativo sobre o sector da pesca. Contudo, a investigação
demonstrou que os efeitos comportamentais são geralmente de curta duração, sendo a duração do efeito
inferior ou igual à duração da exposição, embora estes variem entre espécies e indivíduos e dependem das
propriedades do som recebido.

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

É importante que o CGG se envolva temporariamente com a indústria pesqueira antes e durante o
levantamento, assim como os pescadores artesanais. A comunicação regular com os navios de pesca nas
proximidades durante o levantamento irá minimizar a possível interrupção das operações de pesca e o risco
de enredamentos dos dispositivos.

1.13 Passos Seguintes


Após as Consulta Públicas, será permitido um periodo de 2 semanas para comentários (até ao dia 21 de
Março) a qualquer pessoa que deseje enviar comentários ao projeto. Após este periodo, o relatorio final do
EIA será finalizado, levando em consideração as observações e questões relevantes levantadas durante as
reuniões públicas (devidamente respondidos e integrados na avaliação ambiental).
O relatório final do EIA será enviado ao MITADER para aprovação. O MITADER emitirá uma Licença
Ambiental para prosseguir com o projeto, assim que este for aprovado.

O seu comentário é importante


Se você estiver interessado em participar na elaboração do Relatório do
Estudo de Impacto Ambiental, por favor, comente sobre este documento
até ao dia 21 de Março de 2017 para:

Jamila das Neves e Cândida Boavida

Golder Associados Moçambique Lda


Av. Vladimir Lenine, 174, Edificio Millenium Park, Bloco A, 6º Andar, Maputo
Tel: 21 301 292 or 21 360 750; Fax: 21 301 289
Email: jdasneves@golder.com e cboavida@golder.com

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Golder Associados Moçambique Limitada
6th Floor
Edificio Millenium Park
Av. Vlademir Lenine, No 174
Maputo
Moçambique
T: [+258] (21) 301 292

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