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Barroso escancarou o estrago da decisão do STF
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Josias de Souza
14/03/2019 20h12

Luís Roberto Barroso lamentou retorno à fase do "mais do mesmo" no combate à corrupção
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O Supremo Tribunal Federal deu uma paulada na Lava Jato. Desceu o porrete ao
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decidir, por 6 votos a 5, que os processos devem ser enviados à Justiça Eleitoral
quando crimes como corrupção e lavagem de dinheiro estiverem associados à
prática de caixa dois. Luís Roberto Barroso, um dos ministros que ficaram vencidos
no julgamento, dimensionou o tamanho do estrago. "É difícil de entender. E é difícil
de explicar para a sociedade por que estamos mudando uma coisa que está
funcionando bem para o país."

Além de ocupar um assento no plenário do Supremo, Barroso é vice-presidente do


Tribunal Superior Eleitoral. Foi ostentando essa condição que o ministro declarou: "As
estatísticas de condenação criminal pela Justiça Eleitoral são pífias." Segundo ele, o
ramo eleitoral do Judiciário não está aparelhado para julgar causas criminais. "Nós
vamos  transferir para essa estrutura inexistente a competência para enfrentar a
criminalidade institucionalizada no Brasil, quando esteja associada a delitos
eleitorais. Penso que não seja uma transformação para melhor."

Barroso não desmerece o ramo eleitoral do Judiciário. Ele apenas reconhece que a
Justiça Eleitoral não é a mais equipada para enfrentar a criminalidade comum. O
ministro recorreu a uma analogia médica para explicar o seu ponto de vista: "Afirmar
que um grande oftalmologista não é o profissional indicado para fazer uma cirurgia
de fígado não significa desmerecer a grandeza do oftalmologista. Significa, ao
contrário, assegurar que ele continuará a cumprir bem a missão para a qual está
preparado."

O que Barroso declarou, com outras palavras, foi mais ou menos o seguinte: "Num
instante em que a Lava Jato passa a ladroagem no bisturi, o Supremo decidiu
receitar um colírio para os larápios." Ao resumir o que está por vir, o ministro
apresentou os resultados da Lava Jato como uma pintura que marca uma espécie
de renascimento na restauração dos costumes no país. Na sequência, referiu-se à
decisão que prevaleceria no Supremo como se falasse de um borrão.

Primeiro a pintura: "Pela primeira vez na história do Brasil nós vínhamos obtendo
resultados concretos, efetivos contra a corrupção. O movimento contra a corrupção
começa aos poucos a produzir o principal papel do direito penal, que é o de
funcionar na prevenção geral —as  pessoas não delinquirem pelo temor de que vão
ser efetivamente punidas."

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Mais pintura: "As ações do Ministério Público Federal perante a Justiça Federal
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levaram à condenação inúmeros saqueadores do Estado brasileiro. Um modelo de
competência da Justiça Federal que tem dado certo, tem sido replicado. E vem
ampliando com sucesso a repressão à criminalidade institucionalizada no Brasil."

Agora, o borrão produzido nesta quinta-feira: "Aí, então, uma das coisas que estão
dando certo no Brasil, neste momento em que tanta coisa anda errado, nesse
momento em que tem uma coisa que está dando certo, vem o Supremo e muda. E
passa para uma justiça (eleitoral) que não tem nenhum expertise no tratamento de
questões penais. E menos ainda no enfrentamento criminal da corrupção."

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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SOBRE O AU TOR

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou
por 25 anos na ''Folha de S.Paulo'' (repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de
Redação e articulista). É coautor do livro ''A História Real'' (Editora Ática, 1994), que revela
bastidores da elaboração do Plano Real e da primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso à
Presidência da República. Em 2011, ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sudeste)
com a série de reportagens batizada de ''Os Papéis Secretos do Exército''.

SOBRE O BL OG

A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o


contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de
luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários.

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seth sp
 4 horas atrás

OU O BRASIL ACABA COM O STF, OU O STF ACABA COM O BRASIL!!! PONTO!


 90  Responder Respostas (6)  

José Dossapa Tolargo


 5 horas atrás

E depois tofolli ainda quer investigar quem anda, supostamente ,ameaçando ministros do supremo. Seria o caso,
na verdade, de se investigar ministros que andam ameaçando os impostos que todos nós, cidadãos honestos,
pagamos.
 63  Responder Respostas (5)  

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