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Disciplina
Empreendedorismo
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Professor(a) Franklin Jorge Santos
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Módulo I – 2010.1
——————————-––––———— Empreendedorismo —–—––––––—
Professor: Franklin Jorge Santos.
Disciplina: Empreendedorismo.
Carga Horária: 60 ha
SUMÁRIO
Mensagem ao aluno:
Prezado aluno você está recebendo o primeiro módulo da disciplina, com os respectivos, estudo de
casos e exercícios de revisão do conteúdo. Bom estudo. Dedique-se.
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Diz-se que a visão empreendedora já nasce com o indivíduo, não se constrói. No entanto,
temos convicção de que eles podem ser desenvolvidos e este potencial empresarial é uma
qualidade muito comum entre a população em geral.
Os problemas que afligem ou desafiam os empresários são ilimitados. Eles variam desde
motivação pessoal, família, empregados e sócios, fornecedores e impostos.
Vender ou não vender é a causa fundamental de muitos problemas, pois a maioria dos
empresários tende a se interessar mais pelo desenvolvimento do produto do que pelo
marketing, consideram que as vendas são problemas de outras pessoas, não deles.
Muitos negócios são afetados por problemas com sócios e membros da equipe. Embora
alguns negócios possam ter uma maior chance de sobreviver com sócios do que sem eles,
sociedades podem provocar desavenças, disputas e separações. Trabalhar efetivamente em
equipe é uma questão de vital importância e que diz respeito ao empreendedor de
sucesso.
Módulo I
“O Empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a
revolução industrial foi para o século 20.”
Timmons, Jefrey A.,
New Venture Creation, Irwin, Boston, USA
O empreendedor revolucionário é aquele que cria novos mercados por meio de algo único.
Entretanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes apesar
do sucesso na atuação de segmentos já estabelecidos. Qualquer que seja o tipo de
empreendedor- revolucionário ou conservador-, qualquer que seja o caminho escolhido
para entrar e sobreviver no mercado, o processo empreendedor requer os seguintes
passos:
• Identificação do desenvolvimento de uma oportunidade na forma de visão;
• Validação e criação de um conceito de negócio e estratégias que ajudem a alcançar
essa visão por meio da criação, aquisição, franquia, etc;
• Captação de recursos necessários para implementar o conceito, ou seja, talentos,
tecnologias, capital de crédito, equipamentos, etc;
• Implementação de conceito empresarial ou de empreendimento para fazê-lo
começar a trabalhar.
• Captura da oportunidade por meio do inicio e crescimento do negocio;
• Extensão do crescimento do negocio por meio de atividade empreendedora
sustentada.
Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão,
enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedor
deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em
obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de
cidadão-empresário.
O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar
o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e
acima das dificuldades.
Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo
seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de cultura
de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela sua
criatividade e persistência.
Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se
transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples,
porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o
planejamento.
Tino empresarial. O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro
empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das
vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior
parte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por
conta própria no mercado interno e, principalmente, alçar vôos mais altos na conquista do
mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só
respeitam os que se mostram à altura do desafio.
Como empresário e empreendedor, você deve vender três coisas: Você mesmo, sua
empresa e seu produto. Ser bom vendedor e crucial para o perfil de um grande
empreendedor.
Aceitação do risco – o empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e
precavido contra o risco.
Ambição – o empreendedor procura fazer sempre mais e melhor, nunca se contentando
com o que já atingiu. Não tentar progredir significa estagnar e um empreendedor deve ter
a ambição de chegar um pouco mais além do que da última vez.
Auto-confiança – o empreendedor tem auto-confiança, acredita em si mesmo. Se não
acreditasse, seria difícil tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar
mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais
empreendedor.
Auto-motivação e entusiasmo – pessoas empreendedoras são capazes de auto motivação
relacionada com desafios e tarefas em que acreditam. Não necessitam de prêmios externos,
como compensação financeira. A sua motivação permite entusiasmarem-se com suas
idéias e projetos.
Capacidade de trabalho em equipe – o empreendedor cria equipe, delega, acredita nos
outros e obtém resultados por meio de outros indivíduos.
Conhecimentos técnicos – para ser um empreendedor não basta possuir características
empreendedoras; é preciso adquirir conhecimentos técnicos, daí que a formação em
empreendedorismo seja fundamental para um empreendedor adquirir e/ou melhorar os
seus conhecimentos.
Controle – o empreendedor acredita que a sua realização depende de si mesmo e não de
forças externas sobre as quais não tem controle. Ele vê-se com capacidade para se controlar
a si mesmo e para influenciar o meio de tal modo que possa atingir os seus objetivos.
Criatividade – à medida que a concorrência se intensifica, a necessidade de criar novas
coisas em novos mercados também aumenta. Já não é suficiente fazer a mesma coisa de
maneira melhor. Pelo contrário, é preciso que o empreendedor vá mais longe, apostando
na criatividade, para que os negócios possam evoluir com as mudanças.
Decisão e responsabilidade – o empreendedor não fica à espera que os outros decidam
por ele. Ele toma decisões e aceita a responsabilidade que acarreta.
Determinação – o empreendedor deve definir metas e consequentemente tentar atingi-las,
sempre com um espírito positivo, sem se deixar abater por algo que corra mal.
Eficiência – o que o empreendedor faz, fazer o melhor que sabe e pode.
Energia – é necessária uma dose de energia para se lançar em novos projetos que
geralmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de
energia, provavelmente proveniente de seu entusiasmo e motivação.
Flexibilidade – o empreendedor adapta-se às circunstâncias que o rodeiam, pois se algo
corre diferente do inicialmente previsto, o empreendedor não deve desistir, mas sim
alterar os seus planos de modo a atingir os seus objetivos.
Iniciativa – o empreendedor não fica à espera que os outros (governo, empregador,
familiar) venham resolver o seu problema. A iniciativa é a capacidade daquele que, tendo
um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.
Liderança – o empreendedor tem a capacidade de planear um projeto e pô-lo em prática,
liderando a equipa que com ele trabalha.
A criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que
esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. Isso passou a ficar claro a
partir do estudo anual do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) - utilizada para medir as
taxas de empreendedorismo mundial.
O líder convive todos os dias com a diversidade e complexidade dos sistemas. Nestes
sistemas processos, tecnologia e pessoas se misturam. Em um ambiente de profundas
mudanças o líder precisa ser empreendedor e facilitador de processos além de aliar as
necessidades da empresa e as necessidades individuais de seus colaboradores.
A definição de liderança também sofreu algumas modificações ao longo dos anos. A mais
difundida diz que liderança é um processo de influenciar as atividades de um grupo
organizado com relação aos seus esforços em relação ao estabelecimento de objetivos e ao
esforço para atingi-los.
Atualmente, a liderança passou a ser vista mais como um “ato simbólico”, em que o líder
toma para si a responsabilidade de identificar e desenvolver para os seus subordinados
um senso do que é importante - definindo a realidade organizacional. Essa segunda
definição é mais fluida que a primeira. Nela, o papel do líder é promover valores que
resultarão em um significado comum para o grupo/organização sobre a natureza do
negócio.
Liderança Autocrática: é o líder quem determina as idéias e o que será executado pelo
grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais.
Liderança Liberal: é aquela em que o líder funciona apenas como agente de informação,
reduzindo sua importância na atividade de grupo e obtendo o mínimo de controle; o líder
estimula a iniciativa e a criatividade, atuando como facilitador do processo.
Há várias competências que precisam ser desenvolvidas: ter visão de futuro; catalisar as
soluções dentro e fora da empresa; transformar dados em informações; distribuí-las
adequadamente e com rapidez para toda a equipe e para a empresa; avaliar os processos e
inovar; usar e criar novas tecnologias; ser capaz de perceber e atender às necessidades da
equipe, da empresa e do mercado; identificar tendências; valorizar as pessoas e os seus
talentos e gerir projetos e promover mudanças.
Este perfil é totalmente diferente do líder do século passado que impunha os objetivos sem
a participação das pessoas. Sua liderança tem que ser visionária e ao mesmo tempo capaz
de formular estratégias para materializar, junto com a equipe que ele foi capaz de formar e
capacitar, a visão de futuro estabelecida de forma participativa. Verá que o sucesso
também está no fato de se ter uma equipe com formação coesa, preparada e envolvida com
diretrizes bem definidas. Saberá identificar novas oportunidades, internamente, para fazer
a estratégia se materializar dentro da visão de futuro e que não adianta determinar nada se
as pessoas que serão impactadas não estiverem se sentindo envolvidas no processo. Seria
como perguntar para todos: onde queremos chegar e fazer com que todos, de maneira
organizada, desenhem o caminho.
Um líder empreendedor tem uma visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e
ações que deve desempenhar, devendo saber ajudar cada membro da equipe a ajustar o
seu comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta
trajetória. Enquanto líder terá que basear a sua gestão na confiança, na valorização das
pessoas, na sinergia, na cooperação e em um processo de comprometimento e de
envolvimento mental constante e negociado.
No Brasil, desde 2000, o GEM vem se consolidando como uma importante referência para
as iniciativas relacionadas ao empreendedorismo. O projeto é liderado no País pelo
Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), que coordena e executa o GEM,
tendo como parceiros o SEBRAE Nacional, a Federação das Indústrias do Estado do
Paraná (Sistema Fiep), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e o Centro
Universitário Positivo (Unicenp).
A pesquisa GEM também identifica e distingue em cada país que participa do estudo, um
conjunto de "Condições Nacionais que Afetam o Empreendedorismo". Entre essas
condições está a "Atual Política relativa ao Empreendedorismo". Nela é analisado até que
ponto as políticas governamentais regionais e nacionais, refletidas ou aplicadas em termos
de tributos e regulamentações, são neutras ou encorajam ou não o surgimento de novos
empreendimentos.
A GEM 2008 revela dados preocupantes. A inovação ainda está longe de se tornar uma
realidade nas empresas brasileiras. Apenas 3,3% dos entrevistados acreditam que seus
produtos podem trazer alguma novidade para quem comprá-los. Em oposição a este dado,
68% dos brasileiros acreditam na importância de se lançar produtos inovadores, segundo a
GEM. O dado revela que o consumidor brasileiro quer inovação, mas as empresas ainda
não conseguem atendê-lo.
Em contra partida a pesquisa realizada pela Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2008,
pela primeira vez desde que o estudo é realizado no Brasil, inverteu-se a proporção entre
as pessoas que empreendem por necessidade e oportunidade. Para cada brasileiro que
empreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade.
REFERÊNCIAS:
DRUCKER, Peter F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Ed.
Pioneira, 2002.
MUCHINSKY, Paul M. Psicologia Organizacional. Trad. Ruth Gabriela Bahr. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2004.
SILVEIRA, A.; GONÇALVES, G.; BONELI, J.; CASTRO, E.; BARBOSA, P.; VILLENA, D.
Empreendedorismo: a Necessidade de se Aprender a Empreender. Disponível em
http://www.novomilenio.br/foco/2/artigo/artigo_daniele.pdf>. Acesso em 04.dez.09.