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DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL

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Disciplina
Empreendedorismo
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Professor(a) Franklin Jorge Santos
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Módulo I – 2010.1
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Professor: Franklin Jorge Santos.
Disciplina: Empreendedorismo.
Carga Horária: 60 ha

SUMÁRIO

Quadro-síntese do conteúdo programático


Contextualização da disciplina

MÓDULO 1 - Origem e Evolução do Empreendedor

1.1 Empreendedorismo - Aspectos Conceituais;


1.2 Conceitos relacionados ao empreendedor;
1.3 A utilidade dos empreendedores;
1.4 Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade;
1.5 Características, valores e virtudes do ser empreendedor;
1.6 O líder empreendedor;
1.7 O futuro do empreendedorismo no Brasil e no mundo.

Mensagem ao aluno:

Prezado aluno você está recebendo o primeiro módulo da disciplina, com os respectivos, estudo de
casos e exercícios de revisão do conteúdo. Bom estudo. Dedique-se.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA

Diz-se que a visão empreendedora já nasce com o indivíduo, não se constrói. No entanto,
temos convicção de que eles podem ser desenvolvidos e este potencial empresarial é uma
qualidade muito comum entre a população em geral.

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade de risco no ramo de negócios é fundamental


identificar seu potencial empreendedor, desenvolver habilidades empreendedoras,
desenvolver suas características de comportamento empreendedor e identificar
oportunidades e recursos.

Os problemas que afligem ou desafiam os empresários são ilimitados. Eles variam desde
motivação pessoal, família, empregados e sócios, fornecedores e impostos.

Dentre os problemas mais pontuais que os novos empresários enfrentam podemos


destacar os atrasos nos processos de licença e outras aprovações governamentais, pois,
nem sempre, o empresário esta ciente das regras e regulamentos e, os atrasos são
inevitáveis e acarretam perdas desnecessárias.

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Os impostos, frequentemente, causam grandes preocupações e problemas para muitos
empresários, pois tanto por evitar quanto por não pagar eles acabam sendo motivo de
rombos no caixa da empresa no fim do mês. As altas taxas de impostos têm levado alguns
pequenos negócios para a economia informal.

A definição dos preços é um problema comum para novos empresários. O novo


empresário não tem a experiência nem a segurança para determinar os preços de forma
correta. Muitos não entendem a relação entre o preço e o mercado e consideram a
definição dos preços como uma função de contabilidade, quando na verdade é uma
função de persuasão e planejamento estratégico.

Vender ou não vender é a causa fundamental de muitos problemas, pois a maioria dos
empresários tende a se interessar mais pelo desenvolvimento do produto do que pelo
marketing, consideram que as vendas são problemas de outras pessoas, não deles.

Uma série de problemas é de competência da administração e um dos mais difíceis é o de


pessoal, contratação, treinamento e supervisão. Um erro comum nos novos empresários é
contratar alguém sem conhecimento prévio do que exatamente vai querer que ele faça.

O treinamento de novos empregados é um item de alto custo que os proprietários de


negócios, muitas vezes, não percebem claramente. Administrar significa conseguir que os
outros façam as coisas de forma organizada e estejam motivados a fazê-lo. Embora isso
possa ser demorado e levar até mesmo anos para se aprender, provoca resultados
significativos.

Um conceito errôneo de um produto pode abalar profundamente as vendas e a


sobrevivência de uma pequena empresa. Um mau produto ou serviço é particularmente
destrutivo para novos negócios. A seleção correta do produto requer uma análise
cuidadosa e pesquisa de mercado.

Muitos negócios são afetados por problemas com sócios e membros da equipe. Embora
alguns negócios possam ter uma maior chance de sobreviver com sócios do que sem eles,
sociedades podem provocar desavenças, disputas e separações. Trabalhar efetivamente em
equipe é uma questão de vital importância e que diz respeito ao empreendedor de
sucesso.

Segundo o Dornelas (2008), ao analisar as várias definições existentes para o termo


“empreendedorismo”, alguns aspectos sempre estarão presentes em todas elas,
principalmente no que diz respeito ao comportamento empreendedor, como:
• Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
• Utilização de recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e
econômico;
• Saber os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

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Ou seja, o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem se antecipa aos fatos e
tem uma visão futura da organização.

Módulo I

1.1 Empreendedorismo - Aspectos Conceituais

“O Empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a
revolução industrial foi para o século 20.”
Timmons, Jefrey A.,
New Venture Creation, Irwin, Boston, USA

O primeiro uso do termo “empreendedorismo” foi registrado por Richard Cantillon, em


1755, para explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um determinado preço e
vendê-lo em um regime de incerteza. Jean Baptiste Say, em 1803 ampliou essa definição-
para ele, empreendedorismo esta relacionado àquele que “transfere recursos econômicos
de um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento” ficando, portanto,
convencionado que quem abre seu negócio é um empreendedor.

Como já dito o empreendedorismo tem sua origem na reflexão dos pensadores


econômicos do século XVIII e XIX. O empreendedorismo tem sido visto como um engenho
que direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico.

No entanto, outras ciências sociais têm contribuído para a compreensão do


empreendedorismo: a sociologia, a psicologia, a antropologia e, a história econômica.

Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos de tempo,


principalmente no século XX, em virtude de contextos sociopolíticos, culturais, de
desenvolvimento tecnológico de desenvolvimento e consolidação do capitalismo, entre
outros. A figura 1 mostra quais desses conceitos formam mais determinantes: no inicio do
século passado foi a racionalização do trabalho; na década de 1930, o movimento das
relações humanas; nas décadas de 1940 e 1950, o movimento do funcionalismo estrutural;
na década de 1960, o movimento dos sistemas abertos; nos anos 1970, o movimento das
contingências ambientais. No momento presente, não se tem um movimento
predominante, mas acredita-se que o empreendedorismo irá cada vez mais mudar a forma
de se fazer negócios no mundo.

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Figura 1- Algumas invenções e conquistas do século XX

1903: Avião motorizado


1915: Teoria geral da relatividade
1923: Aparelho televisor
1928: Penicilina
1937: Náilon
1943: Computador
1945: Bomba atômica
1947: Descoberta da estrutura do DNA abre caminho para a engenharia genética
1957: Sputnik, o primeiro satélite
1958: Laser
1961: O homem vai ao espaço
1967: Transplante de coração
1969:O homem chega à lua; inicio da internet, Boeing 747
1970: Microprocessador
1989 : Wold Wide Web
1993: Clonagem de embriões humanos
1997: Primeiro animal clonado: a ovelha Dolly
2000: Sequenciamento do genoma humano

Fonte: Dornellas (2008, p.6)

1.2 Conceitos relacionados ao empreendedor

A psicologia, a filosofia, a sociologia, a economia, a administração, a política e a medicina,


para citar apenas algumas das ciências, vêm se interessando pelo assunto e trazendo suas
próprias contribuições, com suas respectivas abordagens para definir esse que vem sendo
o grande fenômeno socioeconômico deste século.

Cunningham e Lischeron (1991, apud HASHIMOTO, 2009, p.2) classificaram as escolas de


pensamento em torno de um tema em uma boa tentativa de posicionar os estudos sob
diferentes perspectivas. Estas seis escolas estão descritas a seguir:

A escola Bibliográfica estuda a história de vida de grandes empreendedores, mostrando


que os traços empreendedores são inatos e não podem ser desenvolvidos. A pessoa
simplesmente nasce empreendedora.

A escola psicológica estuda as características comportamentais e de personalidade dos


empreendedores. Nesta escola assume-se que o empreendedor desenvolve uma série de
atitudes, crenças e valores que moldam sua personalidade em três campos áreas de
atenção: valores pessoais, como: honestidade, comprometimento, responsabilidade e ética;
propensão ao risco, e necessidade de realização.

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A escola clássica tem como principal característica a inovação. Ela crê que o empreendedor
é aquele que “cria algo” e não simplesmente o “possui”. Descoberta, inovação,
criatividade são os temas de estudo desta escola. A base desta linha de estudos é o
trabalho do economista Joseph Schumpeter (1950, apud HASHIMOTO, 2009, p.2).

A escola da administração sugere que o empreendedor é uma pessoa que organiza e


administra um negocio, assume os riscos de prejuízo e o lucro inerentes a ele, planejando,
supervisionando, controlando e direcionando o empreendimento. A importância do plano
de negócios, como instrumento de planejamento e estruturação de idéias, nasce desta
escola.

A escola da liderança mostra que o empreendedor é um líder que mobiliza as pessoas em


torno de objetivos e propósitos. Esta escola parte do pressuposto nenhum empreendedor
obtém resultados sozinho. É preciso, acima de tudo, que ela saiba montar sua equipe,
motivá-la e desenvolvê-la para construir coisas em conjunto.

Escola corporativa diz que as habilidades empreendedoras podem ser úteis em


organizações complexas, para ações de foco bastante especifico como abrir um mercado,
expandir serviços ou desenvolver produto. Seu foco de estudo é a organização e o seu
desenvolvimento. Ela ganhou relevância a partir da necessidade e das dificuldades das
organizações em desenvolver empreendedores internos ou o clima empreendedor.

1.3 A utilidade dos empreendedores

O empreendedor revolucionário é aquele que cria novos mercados por meio de algo único.
Entretanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes apesar
do sucesso na atuação de segmentos já estabelecidos. Qualquer que seja o tipo de
empreendedor- revolucionário ou conservador-, qualquer que seja o caminho escolhido
para entrar e sobreviver no mercado, o processo empreendedor requer os seguintes
passos:
• Identificação do desenvolvimento de uma oportunidade na forma de visão;
• Validação e criação de um conceito de negócio e estratégias que ajudem a alcançar
essa visão por meio da criação, aquisição, franquia, etc;
• Captação de recursos necessários para implementar o conceito, ou seja, talentos,
tecnologias, capital de crédito, equipamentos, etc;
• Implementação de conceito empresarial ou de empreendimento para fazê-lo
começar a trabalhar.
• Captura da oportunidade por meio do inicio e crescimento do negocio;
• Extensão do crescimento do negocio por meio de atividade empreendedora
sustentada.

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Todas essas atividades levam tempo e não obedecem às regras definidas, fazendo por
vezes que o empreendedor volte atrás no processo, ou ainda, mude os caminhos para
ajustar seu negocio às novas oportunidades.

1.4 Características, valores e virtudes do ser empreendedor

O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de


sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades.
Com esse arsenal, transforma idéias em realidade, para beneficio próprio e para beneficio
da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor
demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o
habilitam a transformar uma idéia simples e mal- estruturado em algo concreto e bem
sucedido no mercado.

O empreendedor deverá possuir um perfeito conhecimento e domínio de sua atividade.


Isso poderá ser comprovado por um plano de negócios conciso, completo, de fácil
comunicação a terceiros e que reflita, de forma realista e clara, o empreendimento em si, o
mercado em que está inserido, seus principais concorrentes, fornecedores e equipe de
gestão. Além disso, deve informar a etapa em que o negócio se encontra o que planeja para
curto, médio e longo prazo, as ações delineadas para atingir as metas estabelecidas e quais
os resultados esperados. O empreendedor também deverá estar aberto a aconselhamentos
e participação ativa de terceiros em seu negócio, de forma a obter o melhor proveito da
sinergia assim criada.

Assumir riscos. É a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor.


Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo
empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os
riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles.

Identificar oportunidades. Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades


que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom
negócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo
curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta.

Conhecimento, organização e independência. Quanto maior o domínio de um empresário


sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da
experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de
ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos,


materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na
maioria das vezes, a desorganização principalmente no início do empreendimento
compromete seu funcionamento e seu desempenho.

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Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão,
enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedor
deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em
obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de
cidadão-empresário.

Tomar decisões. O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a


capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige o
levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a
escolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões
corretas, na hora certa.

Liderança, dinamismo e otimismo Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas,


combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas
traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do
empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com
clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade
sempre presente.

Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazer


com que simples idéias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e
cultivar certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos.

O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar
o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e
acima das dificuldades.

Planejamento e plano de negócios. Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas,


combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas
traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do
empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com
clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade
sempre presente.

Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo
seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de cultura
de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela sua
criatividade e persistência.

Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se
transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples,
porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o
planejamento.

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Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de maturidade é


creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e realizou uma
análise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em prática.
Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos
que podem ser destacados:

- Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e


apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes e para seus parceiros, sejam eles
fornecedores ou seus funcionários,

- Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros


necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos
inerentes ao negócio, e

- Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios.


A maioria destes é composta de micro e pequenos empresários, os quais não têm
conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de
equilíbrio e projeções de faturamento. Quando entendem o conceito, geralmente não
conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.

Tino empresarial. O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro
empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das
vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior
parte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por
conta própria no mercado interno e, principalmente, alçar vôos mais altos na conquista do
mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só
respeitam os que se mostram à altura do desafio.

Como empresário e empreendedor, você deve vender três coisas: Você mesmo, sua
empresa e seu produto. Ser bom vendedor e crucial para o perfil de um grande
empreendedor.

Os estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do


empreeendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um
traço de personalidade. Para Meredith, Nelson e Nech (apud UFSC/LED 2000 p. 51) “
Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de
negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada
para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem
riscos para atingirem seus objetivos”.

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Perfil do empreendedor:

Aceitação do risco – o empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e
precavido contra o risco.
Ambição – o empreendedor procura fazer sempre mais e melhor, nunca se contentando
com o que já atingiu. Não tentar progredir significa estagnar e um empreendedor deve ter
a ambição de chegar um pouco mais além do que da última vez.
Auto-confiança – o empreendedor tem auto-confiança, acredita em si mesmo. Se não
acreditasse, seria difícil tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar
mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais
empreendedor.
Auto-motivação e entusiasmo – pessoas empreendedoras são capazes de auto motivação
relacionada com desafios e tarefas em que acreditam. Não necessitam de prêmios externos,
como compensação financeira. A sua motivação permite entusiasmarem-se com suas
idéias e projetos.
Capacidade de trabalho em equipe – o empreendedor cria equipe, delega, acredita nos
outros e obtém resultados por meio de outros indivíduos.
Conhecimentos técnicos – para ser um empreendedor não basta possuir características
empreendedoras; é preciso adquirir conhecimentos técnicos, daí que a formação em
empreendedorismo seja fundamental para um empreendedor adquirir e/ou melhorar os
seus conhecimentos.
Controle – o empreendedor acredita que a sua realização depende de si mesmo e não de
forças externas sobre as quais não tem controle. Ele vê-se com capacidade para se controlar
a si mesmo e para influenciar o meio de tal modo que possa atingir os seus objetivos.
Criatividade – à medida que a concorrência se intensifica, a necessidade de criar novas
coisas em novos mercados também aumenta. Já não é suficiente fazer a mesma coisa de
maneira melhor. Pelo contrário, é preciso que o empreendedor vá mais longe, apostando
na criatividade, para que os negócios possam evoluir com as mudanças.
Decisão e responsabilidade – o empreendedor não fica à espera que os outros decidam
por ele. Ele toma decisões e aceita a responsabilidade que acarreta.
Determinação – o empreendedor deve definir metas e consequentemente tentar atingi-las,
sempre com um espírito positivo, sem se deixar abater por algo que corra mal.
Eficiência – o que o empreendedor faz, fazer o melhor que sabe e pode.
Energia – é necessária uma dose de energia para se lançar em novos projetos que
geralmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de
energia, provavelmente proveniente de seu entusiasmo e motivação.
Flexibilidade – o empreendedor adapta-se às circunstâncias que o rodeiam, pois se algo
corre diferente do inicialmente previsto, o empreendedor não deve desistir, mas sim
alterar os seus planos de modo a atingir os seus objetivos.
Iniciativa – o empreendedor não fica à espera que os outros (governo, empregador,
familiar) venham resolver o seu problema. A iniciativa é a capacidade daquele que, tendo
um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.
Liderança – o empreendedor tem a capacidade de planear um projeto e pô-lo em prática,
liderando a equipa que com ele trabalha.

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Otimismo – o empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido.
Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos
problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.
Persistência – o empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas
possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente.
Sem medo do fracasso e da rejeição – o empreendedor fará tudo o que for necessário para
não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas com
grande amor próprio e medo do fracasso preferem não correr o risco de não acertar –
ficam, então, paralisadas.

1.5 Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade

A criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que
esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. Isso passou a ficar claro a
partir do estudo anual do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) - utilizada para medir as
taxas de empreendedorismo mundial.

O GEM diferencia os empreendedores em função de sua motivação para desenvolver um


negócio próprio. O objetivo é verificar se as iniciativas empreendedoras decorrem de
oportunidades de negócios ou se estão relacionadas à falta de opções no mercado de
trabalho. Tem-se, portanto, as taxas de empreendedorismo por oportunidade e por
necessidade. Originam-se duas definições de empreendedorismo, a seguir:

A primeira seria empreendedorismo por oportunidade, em que o empreendedor


visionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em
mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa à geração de lucros, empregos
e riqueza.

A segunda definição seria o empreendedorismo por necessidade, em que o candidato a


empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estar
desempregado e não ter alternativas de trabalho. Nesse caso, esses negócios costumam ser
criados informalmente, não são planejados de forma adequada e muitos fracassam
bastante rápido, não gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas de
criação e mortalidades de negócios.

1.6 O líder empreendedor


que aparecem em uma velocidade estonteante, assim co
O líder empreendedor assume riscos calculados; gosta de trabalhar com pessoas e
acompanha as mudanças tecnológicas que aparecem em uma velocidade estonteante,
assim como desenvolve sua competência técnica para formular conhecimentos necessários
e imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomar
diariamente. Um líder, para exercer sua liderança necessita de poder e autoridade.

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Necessita principalmente desenvolver a capacidade de saber se comunicar com sua equipe
de trabalho. Liderança sempre foi um tema estudado por muitos cientistas sociais e
psicólogos, pois é uma importante característica presente dentro dos grupos e
particularmente dentro das organizações. A infinidade de teorias sobre esse tema pode, de
certa maneira, esclarecer muitos pontos, porém, pode também, dificultar a escolha de um
modelo mais adequado.

O líder convive todos os dias com a diversidade e complexidade dos sistemas. Nestes
sistemas processos, tecnologia e pessoas se misturam. Em um ambiente de profundas
mudanças o líder precisa ser empreendedor e facilitador de processos além de aliar as
necessidades da empresa e as necessidades individuais de seus colaboradores.

A definição de liderança também sofreu algumas modificações ao longo dos anos. A mais
difundida diz que liderança é um processo de influenciar as atividades de um grupo
organizado com relação aos seus esforços em relação ao estabelecimento de objetivos e ao
esforço para atingi-los.

Atualmente, a liderança passou a ser vista mais como um “ato simbólico”, em que o líder
toma para si a responsabilidade de identificar e desenvolver para os seus subordinados
um senso do que é importante - definindo a realidade organizacional. Essa segunda
definição é mais fluida que a primeira. Nela, o papel do líder é promover valores que
resultarão em um significado comum para o grupo/organização sobre a natureza do
negócio.

Podem-se descrever quatro tipos básicos de liderança:

Liderança Autocrática: é o líder quem determina as idéias e o que será executado pelo
grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais.

Liderança Democrática: nesse estilo de liderança, o grupo é considerado o centro das


decisões, não tão somente a pessoa do líder. Isso não significa que, na liderança
democrática, o papel do líder perca sua importância, pois é exatamente aí que a mesma
fica bem caracterizada, distinguindo-se das funções de simples chefia e ganhando um
sentido mais profundo.

Liderança Liberal: é aquela em que o líder funciona apenas como agente de informação,
reduzindo sua importância na atividade de grupo e obtendo o mínimo de controle; o líder
estimula a iniciativa e a criatividade, atuando como facilitador do processo.

Liderança Situacional: a idéia de liderança situacional parte do princípio de que o estilo de


liderança a ser utilizado deve depender mais da situação do que da personalidade do
líder.

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Há várias competências que precisam ser desenvolvidas: ter visão de futuro; catalisar as
soluções dentro e fora da empresa; transformar dados em informações; distribuí-las
adequadamente e com rapidez para toda a equipe e para a empresa; avaliar os processos e
inovar; usar e criar novas tecnologias; ser capaz de perceber e atender às necessidades da
equipe, da empresa e do mercado; identificar tendências; valorizar as pessoas e os seus
talentos e gerir projetos e promover mudanças.

Este perfil é totalmente diferente do líder do século passado que impunha os objetivos sem
a participação das pessoas. Sua liderança tem que ser visionária e ao mesmo tempo capaz
de formular estratégias para materializar, junto com a equipe que ele foi capaz de formar e
capacitar, a visão de futuro estabelecida de forma participativa. Verá que o sucesso
também está no fato de se ter uma equipe com formação coesa, preparada e envolvida com
diretrizes bem definidas. Saberá identificar novas oportunidades, internamente, para fazer
a estratégia se materializar dentro da visão de futuro e que não adianta determinar nada se
as pessoas que serão impactadas não estiverem se sentindo envolvidas no processo. Seria
como perguntar para todos: onde queremos chegar e fazer com que todos, de maneira
organizada, desenhem o caminho.

Outro ponto é a questão da comunicação entre os liderados e o líder. Saber se comunicar


com sua equipe é importante para o bom processo de gestão. Independentemente da
postura do líder o “feedback” é essencial ao aprendizado. O líder do mais autocrático ao
mais liberal poderá errar se deixarem de construir um canal direto e aberto para a
comunicação entre as partes. Dessa forma, estimular uma cultura empresarial que valorize
o “feedback” se torna decisivo para eliminar as restrições que impedem o crescimento dos
trabalhadores e, por conseguinte, da empresa.

Um líder empreendedor tem uma visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e
ações que deve desempenhar, devendo saber ajudar cada membro da equipe a ajustar o
seu comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta
trajetória. Enquanto líder terá que basear a sua gestão na confiança, na valorização das
pessoas, na sinergia, na cooperação e em um processo de comprometimento e de
envolvimento mental constante e negociado.

A liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das


organizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e no
comportamento do grupo de trabalho.

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1.7 O futuro do empreendedorismo no Brasil e no mundo

O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990,


quando entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
empresas) e a Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas.
Antes disso praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas
empresas.

O fato que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento de empreendedorismo no


mundo e principalmente, no Brasil foi o resultado do primeiro relatório executivo da
Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2000), onde o Brasil apareceu como o país que
possui a melhor relação entre o numero de habitantes adultos que começam um novo
negocio e o total dessa população: 1 em cada 8 adultos. Observou-se que o brasileiro
adulto tem uma mentalidade empreendedora bastante desenvolvida. Esse foi outro
aspecto favorável ao Brasil demonstrado na pesquisa. Constatou-se que, direta ou
indiretamente, a atividade empreendedora faz parte da vida cotidiana do brasileiro.

Criado em 1999, o (GEM) é o maior estudo independente do mundo sobre a atividade


empreendedora, abrangendo mais de 50 países consorciados, o que representa 90% do PIB
e 2/3 da população mundial. O GEM é atualmente coordenado pela London Business
School (Inglaterra) e Babson College (Estados Unidos).

No Brasil, desde 2000, o GEM vem se consolidando como uma importante referência para
as iniciativas relacionadas ao empreendedorismo. O projeto é liderado no País pelo
Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), que coordena e executa o GEM,
tendo como parceiros o SEBRAE Nacional, a Federação das Indústrias do Estado do
Paraná (Sistema Fiep), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e o Centro
Universitário Positivo (Unicenp).

A pesquisa GEM também identifica e distingue em cada país que participa do estudo, um
conjunto de "Condições Nacionais que Afetam o Empreendedorismo". Entre essas
condições está a "Atual Política relativa ao Empreendedorismo". Nela é analisado até que
ponto as políticas governamentais regionais e nacionais, refletidas ou aplicadas em termos
de tributos e regulamentações, são neutras ou encorajam ou não o surgimento de novos
empreendimentos.

O Brasil ocupou a 13ª posição no ranking mundial de empreendedorismo realizado pelo


Global Entrepreneurship Monitor em 2008. A Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial
(TEA) brasileira foi de 12,02 o que significa que de cada 100 brasileiros 12 realizavam
alguma atividade empreendedora até o momento da pesquisa. Essa taxa está
relativamente próxima da média histórica brasileira, que é de 12,72. Pela primeira vez
desde que a pesquisa foi iniciada no Brasil, o país ficou fora do grupo dos dez países com
maiores taxas de empreendedorismo. A mudança se deve principalmente à alteração no
conjunto de países participantes da pesquisa GEM 2008 e não significa necessariamente

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uma piora relativa do Brasil. Países como Bolívia, Angola, Macedônia e Egito realizaram a
pesquisa GEM pela primeira vez neste ano e ocuparam posições entre os dez países com
as maiores taxas de empreendedorismo. A TEA apresentada pelo Brasil em 2008 ficou
próxima das taxas obtidas por Uruguai (11,90) e Chile (13,08) e semelhante também às
apresentadas por Índia (11,49) e México (13,09).

Os países da América Latina e Caribe foram os mais empreendedores na rodada da


Pesquisa GEM em 2008. A Bolívia ficou em primeiro lugar, com uma TEA de 29,82, o que
significa que um em cada três bolivianos desempenhou alguma atividade empreendedora.
O Peru ocupou o segundo lugar no ranking, com uma TEA de 25,57, ou seja, um em
quatro peruanos realizou atividades empreendedoras. No outro extremo do ranking,
pode-se observar que os últimos lugares foram ocupados por países desenvolvidos, com a
Bélgica em último lugar, precedida por Rússia e Alemanha.

A GEM 2008 revela dados preocupantes. A inovação ainda está longe de se tornar uma
realidade nas empresas brasileiras. Apenas 3,3% dos entrevistados acreditam que seus
produtos podem trazer alguma novidade para quem comprá-los. Em oposição a este dado,
68% dos brasileiros acreditam na importância de se lançar produtos inovadores, segundo a
GEM. O dado revela que o consumidor brasileiro quer inovação, mas as empresas ainda
não conseguem atendê-lo.

Em contra partida a pesquisa realizada pela Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2008,
pela primeira vez desde que o estudo é realizado no Brasil, inverteu-se a proporção entre
as pessoas que empreendem por necessidade e oportunidade. Para cada brasileiro que
empreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade.

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REFERÊNCIAS:

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Pioneira, 2002.

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Research. Wellesley: Babson College, 1987.

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competitividade através do intra- empreendedorismo. Saraiva: 3 ed,2009.

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Paulo:EPU, 2 ed, 1977.

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Características de Empreendedores e Empresas. Dissertação (Mestrado em Administração)
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Disponível em <http://volpi.ea.ufrgs.br/teses_e_dissertacoes/td/004042.pdf>.
Acesso em 04.dez.09.

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Entrepreneurship Monitor. www.sebraepr.com.br. Acesso 27.jan.10.

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