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Introdução.................................................................................................................................... 1
1.7. Pessoas colectivas de direito público e pessoas colectivas de direito privado ............... 10
2. Conclusão........................................................................................................................... 14
3. Bibliografia ........................................................................................................................ 15
Introdução
O presente tema, deste trabalho em grupo, remeter-nos-á à matéria inerente às relações jurídicas,
relativamente às pessoas coletivas, tanto em latus senso como em strito senso, do ponto de vista
legal, mas sem descurar dos pareceres doutrinais, que decerto nos darão uma ideia mais ampla da
temática em abordagem.
É necessário antes realçar que o tema em questão ” pessoas coletivas”, é uma das categorias de
pessoas jurídicas, estas, são entidades entre os quais se pode estabelecer relações jurídicas, id est,
entidades à quem sejam imputadas poderes e as vinculações em que o conteúdo da relação jurídica
se analisa. Elas vulgarmente são entes que podem ser titular de personalidade jurídica e
automaticamente estar ou ser adstrita à vinculações e de acordo com a doutrina do direito civil,
estão categoricamente subdividida por pessoas singulares – refere-se geralmente à pessoas físicas
ou humanas que após o seu nascimento completo e com vida, habilitam-se à susceptibilidade de
ser titular de direitos e estarem adstritos à vinculações, - e pessoas coletivas – refere-se à entidades
formadas por pessoas( humanas ) ou massas de bens que perseguem um objetivo comum ou
coletivo e o ordenamento jurídico os atribui personalidade jurídica, tendo, portanto, direitos e
obrigações.
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1. PESSOAS COLECTIVAS
1.1.Noções Gerais
De acordo com Ascensao (2000:23), uma vez que a existência do Direito é concretamente inerente
á existência da pessoa humana, seria suposto que só à esses coubesse o estatuto pessoas jurídicas.
Esta afirmação tornaria evidente a máxima, ubi homo ibisocieta, ubi societa ibi jus, ergo, ubi homo
ibi jus. Mas a história do Direito mostra-nos que existiram épocas na evolução do Direito e na
própria história em si qua tale, que alguns homens perderam o estatuto de pessoas jurídicas e
passaram a ser considerados como res. Portanto, para o Direito, estes tinham a qualidade de coisa.
Era o caso dos escravos na antiga Roma e na época esclavagista, asmulheres na idade média e até
mesmo nalguns países como E.U.A no século XVIII e XIX.
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1.2.Conceito e Natureza das pessoas colectivas
Na visão de Pinto (2005:55) a expressão pessoas colectivas intuitivamente nos ortoga a noção de
uma colectividade, pluralidade de pessoas, contudo na linguagem de Direito esta expressão refere-
se não só a organizações constituídas por pluralidade de pessoas mas também à uma massa de bens
dai que podemos definir, pessoas colectivas como sendo organizações constituídas por uma
colectividade de pessoas ou por uma massa de bens, dirigidos a realização de interesses comuns,
às quais a ordem jurídica atribui a personalidade jurídica.
Trata-se de organizações integradas essencialmente por pessoas ou essencialmente ou bens, que
constituem centros autónomos de relações jurídicas – autónomos mesmo em relação aos seus
membros ou às que actuam como seus órgãos.
Segundo PERREIRA (2007:68) dizem-se pessoas colectivas as organizações de base pessoal ou
patrimonial, votadas a satisfação de determinados interesses comuns, que o direito trata como
sujeitos do direito e, por tanto, como centros de imputação jurídica.
De acordo com ASCENSAO (2000:56) Pessoa colectiva é uma organização essencialmente de
pessoas ou de bens, mobilizada para fins ou interesses determináveis e dotada de personalidade
jurídica uma organização de pessoas – associação ou sociedade; ou uma organização de bens
– fundações.
A estas categorias pertencem, designadamente, o estado, o município, a freguesia, os institutos
públicos, as fundações, as sociedades civis sob forma comercial, as sociedades comerciais, as
associações constituídas por escritura pública ou por meio legalmente admitido, com as
especificações ou requisitos estabelecidos no art. 167.o/1 do CC.
Nas definições dadas de pessoas colectivas referimos organizações constituídas por uma
colectividade de pessoas e organizações constituídas por uma massa de bens.
Há com efeito duas espécies fundamentais de pessoas colectivas: as corporações ou associações
e as fundações que aprofundaremos mais adiante a respeito das mesmas.
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Pode-se afirmar que uma personalidade colectiva criada levando em consideração a maneira
como suas atividades podem impactar positivamente a sociedade em que está inserida, gerando
empregos e fomentando o mercado, é uma instituição valorizada. É uma consciência geral que
as pessoas colectivas que se preocupam com o meio ambiente e que promovem melhorias à
comunidade são mais valorizadas pelo seu público alvo.
1.4.Elementos das pessoas colectivas
Analisando a figura “pessoa colectiva”, são surpreendíeis fundamentalmente dois elementos
básicos constitutivos: o substrato e o reconhecimento.
O substrato é o elemento de facto, essência e base; trata-se da realidade, lógica e cronologicamente
anterior ao segundo elemento, este é também designado por elemento material.
O reconhecimento é o elemento que faz entrar aquela realidade extrajurídica no mundo dos entes
jurídicos, das pessoas jurídicas. É por isso, o elemento de Direito, investe de personalidade
jurídica. AMARAL (2006:57)
1.4.1. Substrato
É o conjunto de elementos da realidade extrajurídica, elevado à qualidade de sujeito jurídico pelo
reconhecimento.
O substrato é imprescindível para a existência da Pessoa Colectiva.
No substrato destacam-se quatro subelementos, sendo estes:
Pessoal;
Patrimonial;
Teleológico;
Organizatório.
a) Elemento pessoal
Traduz-se no conjunto de pessoas reunidas na pessoa colectiva coerentemente mobilizadas a um
fim comum.
Não é elementos essencialmente constitutivos nas fundações, apenas se verificando nas
associações ou corporações, pelo que é em sentido próprio o conjunto dos associados.
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b) Elemento patrimonial
Este, intervém nas Fundações. É o complexo de bens que o fundador afectou à consecução do fim
fundacional. Tal massa de bens designa-se habitualmente por dotação.
Por sua vez nas Fundações só o Elemento Patrimonial assume relevo no interior da Pessoa
Colectiva, estando a actividade pessoal – necessária à prossecução do escopo fundacional – ao
serviço da afectação patrimonial – estando subordinada a esta, em segundo plano ou até,
rigorosamente, fora do substrato da Fundação.
c) Elemento teleológico
A Pessoa Colectiva deve prosseguir uma certa finalidade, justamente a fim ou causa determinante
da formação da colectividade social ou da dotação fundacional.
Toda pessoa colectiva age mobilizada para fins, que determinam a sua razão de existir. É
necessário a existência do fim e objecto determinado.
Torna-se necessário que o fim visado pela Pessoa Colectiva satisfaça a certos requisitos, assim:
Deve revestir os requisitos gerais do objectivo de qualquer negócio jurídico (art. 280º CC). Assim,
deve o fim da Pessoa Colectiva ser determinável, física ou legalmente, não contrária à lei ou à
ordem pública, nem ofensivo aos bons costumes (art. 280º CC).
Deve se comum ou colectivo. Manifesta-se a sua exigência quanto às sociedades. Quanto às
Associações que não tenham por fim o lucro económico dos associados não há preceito expresso,
formulando a sua exigência, mas esta deriva da razão de ser do instituto da personalidade colectiva.
Quanto às Fundações a exigência deste requisito não oferece dúvidas estando excluída a
admissibilidade duma Fundação dirigida a um fim privado do fundador ou da sua família; com
efeito, dos art. 157º e 188º/1 CC, resulta a necessidade de o escopo fundacional de ser de interesse
social.
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Põe-se, por vezes, o problema de saber se o fim das Pessoas Colectivas deve ser duradouro ou
permanente.
d) Elemento organizatório
Conjunto de poderes organizados e ordenados com vista à prossecução de um certo fim que se
procede à formulação e manifestação da vontade da Pessoa Colectiva, sendo assim que a Pessoa
Colectiva consegue exteriorizar a sua vontade (colectiva).
É o instrumento jurídico através do qual se organizam as vontades individuais que formam e
manifestam a vontade colectiva e final da associação. São o elemento estrutural, não tendo
realidade física.
“É através dos órgãos que a Pessoa Colectiva, conhece, pensa e quer”.
Os actos dos órgãos da Pessoa Colectiva têm efeitos meramente internos para a satisfação dos fins
dessa Pessoa Colectiva.
É o centro de imputação de poderes funcionais com vista à formação e manifestação da vontade
juridicamente imputável à Pessoa Colectiva, para o exercício de direitos e para o cumprimento das
obrigações que lhe cabem. Não tem todos os poderes e nem todos os direitos que cabem à Pessoa
Singular, só tem Capacidade de Exercício para aquilo que lhe é especificamente imposto.
A cada órgão são atribuídos poderes específicos segundo uma certa organização interna, que
envolve a determinação das pessoas que os vão exercer. Os titulares são os suportes funcionais
atribuídos a cada órgão, o qual denomina-se competência do órgão.
Órgão individual – decide;
Órgão deliberativo – delibera.
Os órgãos podem ser singulares ou colegiais.
Esta distinção resulta do suporte do órgão ser constituído por uma (singular) ou várias (colegial)
pessoas.
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Órgãos Consultivos: limita-se a preparar elementos informadores necessários à formação da
deliberação ou decisão final.
1.5.Reconhecimento
De acordo com Mário (1884), o reconhecimento é a atribuição pela ordem jurídica, ao substrato,
da personalidade jurídica.
Assim, só com o reconhecimento a organização de facto pode ascender a pessoa jurídica, ser
susceptível de direitos e deveres; ou seja, a pessoa jurídica nasce, constitui-se de Direito, apenas
com o reconhecimento.
O reconhecimento pode assumir as seguintes formas fundamentais:
Reconhecimento normativo;
Reconhecimento individual (por concessão).
1.5.1. Reconhecimento Normativo
A Personalidade Jurídica da Pessoa Colectiva é atribuída por uma norma jurídica a todas as
entidades que preenchem certos requisitos inseridos nessa norma jurídica. Este pode ainda ser:
Incondicionado: quando a atribuição da Personalidade Jurídica só depende da existência
de um substrato completo. Não são necessárias mais exigências.
Condicionado: quando a ordem jurídica, já pressupõe certos requisitos de personificação.
1.5.2. Reconhecimento Individual
Instituição – reconhecimento individual
Para que o reconhecimento tenha lugar, é necessário que o substrato esteja constituído.
Resultando o substrato, nas fundações, da vontade do fundador, o seu regime legal é orientado por
esta. Assim, é o fundador que constitui a fundação por acto intervivo ou por testamento (segundo
prevê o artigo 185.o do CC), ai determinando desde logo, o fim que a fundação deverá
exclusivamente prosseguir.
A instituição intervivos terá de revestir a forma de escritura pública.
Os elementos essenciais da instituição são apenas dois, nos termos do art. 186.o/1 do CC:
1. A determinação do fim: uma vez que não poderá ser reconhecida a fundação cujo fim não for
considerado de interesse social pele autoridade administrativa potente.
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2. A especificação dos bens que constituem a dotação: dado que também não
poderá ser reconhecida a fundação para a qual forem afectados bens que se mostrem insuficientes
para a prossecução daquele fim, nem se verifiquem justificadas expectativas de suprimento desta
insuficiência.
Já a determinação da sede, da organização e do funcionamento, podem apenas constar dos
estatutos. Estatutos que caso não existam ainda, ou se apresentem incompletos no momento do
reconhecimento, devem ser providos pela autoridade competente para este reconhecimento.
Se a falta ou a insuficiência de estatutos acontecer em função instituída por testamento, os
executores desta poderão elabora-los até um ano após abertura da sucessão.
O reconhecimento duma fundação só pode ser negado com fundamento nas duas verificações
apontadas: fim de interesse não social e insuficiência de bens necessários a prossecução deste fim.
1.6.Classificação das pessoas colectivas
No âmbito da classificação das pessoas colectivas recorremos a duas fontes mais citadas, são
nomeadamente a Doutrina e a Lei. São apenas classificações doutrinais aquelas que a literatura
jurídica elabora mas que não são explicitamente acolhidas na lei positiva; constituindo
classificações legais aquelas que o texto legal consagra. SOUSA (1994:63)
Faremos aqui referência as classificações mais divulgadas:
1.6.1. Classificações doutrinais
Distinguir-se-á entre associações e fundações e entre pessoas colectivas de Direito público e
pessoas colectivas de Direito privado.
Associações e fundações
Como dissemos, que a pessoa colectiva é uma organização de pessoas ou de bens mobilizada à
prossecução de um fim comum e dotada de personalidade jurídica; é tomada aqui a definição entre
os dois tipos de substrato que podem fundar a pessoa colectiva: Organização de pessoas e
Organização de bens.
a) Associações
Nas associações o conjunto de pessoas que nela se agrupam para prosseguirem o fim proposto,
assume uma importância primordial relativamente ao património de que a associação possa ser
titular.
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São os associados que (antes de o serem) projectam a futura pessoa colectiva. São os mesmos que
estruturam a associação subscrevem o seu estatuto e o seu acto constitutivo.
Depois da criação da pessoa jurídica, são ainda e sempre os associados a constituir a vontade da
associação até à decisão limite da sua própria extensão.
A esta classe pertence por delimitação negativa todas as pessoas colectivas que não sejam
fundações.
O fim prosseguido pelas associações é um fim determinado pelos associados. Mas ainda, esse fim
podendo ser altruístico pode ser também egoístico. ״A corporação tem membros _os associados
— que são os senhores e sujeitos de interesse ou finalidade corporacional״
A vontade da associação é uma vontade própria, imanente e alterável, porque realizada a cada
passo pelos associados, especialmente através da assembleia geral.
b) Fundações
As fundações são pessoas colectivas com especificidades muito claras. Desde logo, não surgem
realizando a vontade determinada e própria duma pluralidade de pessoas, pelo contrário por
impulso de apenas uma pessoa, de um fundador e num interesse social, alheio.
É o fundador que institui por acto unilateral, a fundação. Para tanto, afectara definitivamente uma
determinada massa de bens, à realização de um fim de interesse social. É assim, a vontade do
fundador que impõe no acto da instituição o fim da fundação e no mesmo acto e estatuto que
determinam a sua organização e funcionamento.
Diversamente da associação, na fundação os seus órgãos servem uma vontade transcendente, são
organizações para um interesse alheio.
Destas vinculações à vontade do fundador resultam óbvias as razões da inalterabilidade do fim, do
funcionamento, da duração e das condições de extinção da fundação; em contraposição ao regime
da associação.
Note-se contudo, que a caracterização de inicio apontada (individualidade do fundador) deve ser
entendida habilmente, o fundador tanto pode ser uma pessoa física como uma pessoa colectiva,
pode ainda, ser uma pluralidade de pessoas, o que é determinante é uma forma e um conteúdo
fundacional num acto de instituição.
Por outro lado, quando o fundador fizer parte dos órgãos da fundação, a sua competência é hetero-
determinada pelos estatutos fixados inicialmente e definitivamente.
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O fundador, quando administrador, tem os direitos e deveres deste, sem relevância especial
daquela qualidade, que nesta sede, deixou de acontecer.
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A personalidade colectiva assenta numa realidade social que implica a reunião de pessoas
determinadas, pessoas essas que prosseguem um certo fim que lhes é comum e que também, criam
um património que é determinado à realização de certos objectivos colectivos, que essas pessoas
entendem como socialmente relevantes.
Depois, segue-se o negócio jurídico. Negócio esse que se manifesta numa vontade adequada à
realização dos objectivos que nos propusermos e através deste regime jurídico do Código das
Sociedades Comerciais, adequamos o tal substracto à realização de um fim.
À formação do substracto das Associações referem-se os arts. 167º e 168º CC. A primeira destas
disposições, no seu n.º 1, refere-se ao chamado acto de constituição da associação, enunciando as
especificações que o mesmo deve conter; o n.º 2 refere-se aos chamados estatutos.
Note-se que a falta de escritura pública, provocando a nulidade do acto de constituição e dos
estatutos, impede o reconhecimento da associação, a qual figurará por falta deste requisito legal
(art. 158º CC), como associação sem Personalidade Jurídica (art. 195º e segs.).
A lei estabelece ainda para as sociedades comerciais e para as civis sob forma comercial a escritura
pública, que tem de abranger o pacto social.
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A natureza do acto constitutivo varia em função do seu tipo. Há no entanto dois pontos de contacto:
Denominação;
Sede.
1.8.2. Denominação
Relaciona-se com um requisito prévio comum à constituição das Pessoas Colectivas. O chamado
certificado de admissibilidade da firma ou denominação.
A denominação social acaba por desempenhar uma função correspondente à do nome nas pessoas
individuais. Constitui o momento de individualidade das Pessoas Colectivas.
O Código Civil, apenas se refere à denominação no art. 167º/1 (quanto a Associações). Esta
matéria veio a ser regulamentada no DL n.º 42/89 de 3 de Fevereiro (de forma genérica).
“Idoneidade ou aptidão (capacidade) para receber – para ser centro de imputação deles – efeitos
jurídicos”.
...sujeito de direito
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1.10. Capacidade jurídica
É a medida de Direitos e vinculações de que uma pessoa é susceptível, art. 67.o do CC, traduzindo
esta inerência, estabelece que “as pessoas podem ser sujeitos de quaisquer relações jurídicas, salvo
disposição legal em contrário: nisto consiste na sua capacidade jurídica”.
A noção de Capacidade de Gozo, tal como em relação às pessoas singulares, estabelece-se como
medida de direitos ou vinculações de que a Pessoa Colectiva pode ser titular ou estar adstrita.
A capacidade de exercício resulta duma capacidade de querer e entender que se traduz na aptidão
para agir juridicamente (mover as relações integradas na capacidade de gozo) por acto próprio e
autónomo, logo se questionará a natureza da relação entre as pessoas físicas através das quais a
pessoa colectiva age e própria pessoa colectiva.
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2. Conclusão
Após todas pesquisas, pudemos concluir que “pessoas colectivas”, não é simplesmente uma
pluralidade de pessoas, conjunto de indivíduos voltados à satisfação de interesses comuns,
contudo, na linguagem de Direito esta expressão refere-se a uma organização essencialmente de
pessoas ou de bens, mobilizada para fins ou interesses determináveis e dotada de personalidade
jurídica uma organização de pessoas – associação ou sociedade; ou uma organização de bens –
fundações.
Nas associações, é fundamental apenas o elemento pessoal, sendo possível, embora seja uma
hipótese rara, a inexistência de um património; este, quando existe, está subordinado ao elemento
pessoal.
Nas fundações, é fundamental o elemento patrimonial, sendo a actividade pessoal dos
administradores subordinada à afectação patrimonial feita pelo fundador e estando ao serviço dela;
beneficiários e fundadores estão, respectivamente, além e aquém da fundação.
Para o Direito Moçambicano adquire-se Personalidade Jurídica quando há vida,
independentemente do tempo que se está vivo. A durabilidade não tem importância para a
Personalidade Jurídica, geralmente, o “ponto” de referência para o começo da Personalidade
Jurídica é a constatação da existência de respiração. Isto porque a respiração vem significar o
começo de vida.
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3. Bibliografia
AMARAL, Diogo Freitas, Curso de Direito Administrativo, Vol. I, 2006, 3ª Edição
ASCENSAO, José de Oliveira. Direito Civil Teoria Geral. Introdução as pessoas e bens.Volume
2. 2ª Edição. Coimbra Editora. 2000.
CAETANO, Marcelo. Manual de Direito Administrativo, 1984, 10ª Edição
MÁRIO, Esteves De Oliveira, Direito Administrativo, 1984, 2ª Edição
PERREIRA, Manuel das Neves. Introdução ao Direito e às obrigações. 3ª Edição. Edições
Amedina, SA. Outubro.2007
SOUSA, Marcelo Rebelo Lições de Direito Administrativo, 1994/1995
TELLES, Inocêncio Galvão. Introdução ao estudo do Direito. Volume 2. 10ª Edição. Coimbra
Editora. Março, 2001.
PINTO, Carlo Alfredo da Mota. Teoria geral do Direito Civil. 4ª Edição. Coimbra Editora. Março,
2005.
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