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POR QUE AS OBRAS PÚBLICAS NO BRASIL ATRASAM? ANÁLISE DE


PROGRAMAS E PROJETOS DE INFRAESTRUTURA NO BRASIL

Rodrigo Lagoas Ferreira1

Eduardo Vacovski2

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo demonstrar qual a verdadeira razão dos atrasos das
obras públicas no Brasil. Diante da grande discrepância entre o prometido e o
realizado de diversas obras no país, buscou-se neste estudo evidenciar de maneira
clara e transparente as inúmeras razões que provocam estes atrasos. Para a
realização deste estudo foi feita uma pesquisa explicativa, bibliográfica e
documental, onde foram consultados livros, revistas, jornais, redes eletrônicas e
materiais acessíveis ao público em geral e analisados 23 artigos de periódicos sobre
as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Governo Federal.
Assim após a leitura desta obra o leitor conseguirá identificar os vários estudos
existentes sobre atrasos e conseguirá identificar o que é verdade ou não sobre as
diversas justificativas de atrasos dadas pelos órgãos públicos ou empresas privadas.
De maneira geral os resultados obtidos neste artigo demonstraram que os atrasos
das obras públicas são causados pela falta de um planejamento adequado pelo
dono da obra e esta ingerência desencadeia uma série de outros atrasos que
impactam no prazo prometido de entrega das obras para a população. Também se
observou que através da aplicação das classificações e metodologias de análise de
atrasos é possível chegar o mais próximo possível das reais razões e causas dos
atrasos e assim poder atribuir responsabilidade aos verdadeiros culpados.

Palavras-chave: Atrasos. Obras Públicas. Programas. Projetos. PAC.

1
Aluno do curso de MBA em Administração Pública e Gerência de Cidades, pela UNINTER.
2
Especialista em Direito Processual Civil com ênfase em Litígios Públicos e Processo Coletivo pelo
Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar. Especialista em Direito Processual Civil incluindo
Metodologia do Ensino Superior pelo IBEJ, Graduado em Direito pela PUC - PR e Professor
Orientador de TCC no Centro Universitário UNINTER.
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1 INTRODUÇÃO
Diante do rápido crescimento econômico e populacional, principalmente das
metrópoles, o Brasil tem demandado grandes investimentos em infraestrutura, nos
seus mais variados setores.
Estes investimentos em infraestrutura ainda estão aquém do necessário,
fazendo com que o país se distancie dos principais concorrentes, tenha uma
competitividade do produto nacional reduzida e caia no ranking de competitividade
mundial (PEREIRA, 2015).
Mas, ainda que os recursos governamentais investidos não sejam suficientes,
para que o país, em matéria de infraestrutura, tenha um nível de competição mundial
equiparado a outros países, o Brasil tem sofrido muito com o mau gerenciamento e
com o mau uso dos recursos disponíveis, causando assim grandes atrasos nas
obras públicas. Um exemplo disso é o Programa de Aceleração do Crescimento -
PAC, um programa do governo Federal lançado em 2007, com o intuito de alavancar
o país em sua infraestrutura, onde havia uma previsão de ser concluído em 2014,
mas em pleno ano de 2016 apenas 2 dos 10 grandes projetos prometidos foram
entregues (MERGULHÃO, ALVES E BORGES, 2016).
O mau gerenciamento e uso dos recursos são causados por várias razões:
falta de planejamento governamental, sistemas de fiscalização falhos, corrupção,
improvisação, demagogia, falta de punição dos servidores relapsos, paralisações da
obra, má gestão, burocracia política e diversas outras razões (JAPUR E PONTE,
2013, GANDINI, 2014).
Dentro deste contexto surge a importância de criar o presente artigo, cujo
objetivo geral é explorar os reais motivos que fazem com que as obras públicas
atrasem. Com a finalidade de alcançar o objetivo geral, este trabalho terá os
seguintes objetivos específicos:
 Demonstrar o que é uma obra pública e quais as etapas que a compõe;
 Elencar as inúmeras razões que causam os atrasos das obras e
serviços, de acordo com os diversos autores pesquisados;
 Analisar notícias e artigos relacionados ao Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e descobrir quais os motivos que causaram o atraso das
obras abrangidas por este programa.
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A problemática deste artigo gira em torno de responder a seguinte pergunta:


Quais foram as principais razões que fizeram com que as obras do PAC não fossem
entregues no prazo previsto?
Em relação à metodologia, Vergara (2011) propõe 2 critérios para classificar o
tipo de pesquisa, os relacionados aos fins e aos meios. Quanto aos fins, a presente
pesquisa será explicativa, pois procurará esclarecer quais os fatores contribuem
para os atrasos nas obras públicas. Quanto aos meios de investigação, esta obra
será composta por pesquisa bibliográfica e documental. Bibliográfica porque para a
fundamentação teórica do trabalho serão usadas as contribuições de vários autores
sobre o assunto através de pesquisas em livros, revistas, jornais redes eletrônicas e
materiais acessíveis ao público em geral. Documental, pois conforme Gil (2008)
destaca serão utilizados materiais que não receberam ainda um tratamento analítico
ou que podem ser reelaborados de acordo com o objetivo da pesquisa, materiais
estes obtidos por meio de relatórios de pesquisa, relatório de empresas, tabelas
estatística, reportagens de jornal, cartas, contratos diários, filmes, fotografias,
gravações etc.

2 OS ATRASOS EM OBRAS PÚBLICAS DE INFRAESTRUTURA NO BRASIL


Neste capítulo, destinado à revisão de literatura, serão abordados os
seguintes assuntos: Como está o cenário econômico de Infraestrutura no Brasil; O
que são obras públicas e qual a legislação brasileira pertinente a esta temática.
Quais são as causas, classificações, responsabilizações, efeitos e métodos de
análise sobre os atrasos. O que é o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC);
O que é o Gerenciamento de Programas e Projetos de acordo com as técnicas do
Instituto PMI.

2.1 A Infraestrutura no Brasil

Pereira (2015) informa que os investimentos em infraestrutura no Brasil ainda


são tímidos, fazendo com que o país prolongue o seu estado de “economia
emergente” perante o mundo. Entretanto, pode-se dizer que este não é o maior
problema, ao incorporar nesta análise outros fatores. Estes outros fatores são
relacionados ao modo que os administradores públicos gerenciam o orçamento
disponível em infraestrutura. Nota-se que o país está retroagindo neste quesito,
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ainda que haja uma vasta legislação que norteia a administração e o destino destes
recursos.
Este mau gerenciamento fica mais evidente no término de cada ano e no final
dos mandatos de cada governo, em todas as esferas públicas no âmbito municipal,
estadual e federal. Quando se divulgam os balanços de entregas de obras públicas,
o resultado é sempre negativo, ou seja, na maioria das vezes há obras inacabadas,
mau uso dos recursos destinados a estas obras, promessas não cumpridas e
milhares de justificativas não convincentes.
Dentro deste contexto, principalmente no que tange ao atraso no prazo de
entrega das obras públicas serão buscados elementos que possam indicar quais os
reais motivos destes atrasos nas obras públicas.

2.2 Obras Públicas

No artigo 6° da Lei nº. 8.666/1993 há a definição de que Obra é toda


construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação realizada por execução
direta ou indireta (BRASIL, 1993). Por execução direta entende-se toda a obra
realizada pelo próprio órgão ou Entidade da Administração, por seus próprios meios.
Já execução indireta, entende-se quando a obra é contratada com terceiros por meio
de licitação (BRASIL, 1993).
Serviço é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse
para Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem,
operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de
bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnicos profissionais (BRASIL, 1993).
A contratação de obras públicas é o procedimento existente no Brasil que
busca a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração concretizar seus
objetivos, pois quando esta decide executar novos empreendimentos, deverá, via de
regra, contratar a sua execução mediante a realização de procedimentos licitatórios,
conforme menciona o artigo 37 da constituição, inciso XXI (BRASIL, 1988).
A lei 8.666/1993 é o principal dispositivo legal que rege o processo licitatório
para a contratação de obras. Fontes (2012) e Altounian (2009), figura 1, demonstram
que há um conjunto de normativos que estabelecem diretrizes relativas a
procedimentos, preços, responsabilidades e estudos técnicos que devem ser
observados neste processo, a saber:
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 Lei de Licitações – Lei 8.666/1993;


 Plano Plurianual (PPA);
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
 Lei Orçamentária Anual (LOA);
 Lei de Responsabilidade Fiscal LRF;
 Lei do Pregão – Lei 10.520/2002;
 Leis e resoluções relativas à profissão:
o Lei 5.194/1966 (Profissionais de engenharia e arquitetura);
o Lei n° 6.496/1977 (Anotação de Responsabilidade Técnica na
prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e agronomia);
o Resolução n° 317/1986 (Registro de Acervo Técnico dos profissionais
de engenharia, arquitetura e expedição de certidão);
o Resolução n° 361/1991 (dispõe sobre a conceituação de projeto básico
em consultoria de engenharia e arquitetura);
o Resolução n° 425/1998 (Anotação de Responsabilidade Técnica);
 Lei das micro e pequenas empresas – Lei Complementar n° 123/2006;
 Instrução Normativa n° 2 – Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão SLTI/MPOG;
 Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n°:237/1997;
 Súmulas e decisões dos tribunais superiores (Decisões do Tribunal de Contas
da União e do Superior Tribunal de Justiça).
Figura 1 – Conjunto normativo aplicado à licitação e contratação de obra pública.

Fonte: Altounian (2009)


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O processo licitatório, no setor público, é dividido em cinco modalidades,


sendo que cada uma delas segue um processo diferente. São elas: “Concorrência”,
“Tomada de Preços”, “Carta Convite”, “Concurso” e “Leilão” (BRASIL, 1993).
Conforme artigo 6°, Inciso VIII, da lei 8.666/93, quando a obra é contratada
com terceiros por meio de licitação, são autorizados 4 regimes de contratação:
Empreitada por preço global: quando se contrata a execução da obra ou do serviço
por preço certo e total; Empreitada por preço unitário: quando se contrata a
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; Tarefa:
quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou
sem fornecimento de materiais e Empreitada integral: quando se contrata um
empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras,
serviços e instalações necessárias (BRASIL, 1993).
Altounian (2009) descreve 5 etapas para haver êxito em um empreendimento:
A Fase preliminar à licitação (Programa de necessidades, Estudos de viabilidade e
Anteprojeto); A Fase interna da licitação (Projeto básico, Projeto executivo, recursos
orçamentários e Edital de licitação); A Fase externa da licitação (Publicação do edital
de licitação, Comissão de licitação, Recebimento de propostas e Procedimento da
licitação); A Fase Contratual (Contrato, Fiscalização da obra e Recebimento da obra)
e a Fase Posterior à Contratação (Operação e Manutenção). Estas 5 etapas são
demonstradas a seguir na figura 2:

Figura 2 – Fluxograma de procedimentos

Fonte: BRASIL (2013)


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2.3 Atrasos

Stumpf (2000 apud Cruz, 2012) define atraso como sendo “um acontecimento
que origina um aumento do tempo necessário para realizar uma atividade e que
geralmente resulta em dias adicionais de trabalho ou em atrasos no início de uma
atividade”. Já Cruz (2012) complementa a definição dizendo que o atraso é a
“derrapagem do prazo de execução para além da data prevista no contrato ou para
além da data de conclusão das atividades críticas”.
Várias são as conceituações, classificações e metodologias sobre a causa
dos atrasos.
Bombig, Pinho e Gorczeski (2013) e Luders (2015) indicam que os atrasos
das obras são causados por projetos malfeitos, licitações irreais, aditamentos,
liminares, corrupção, má gestão, incompetência e legislação inadequada, falta de
inteligência, loteamentos errados e planejamento inadequado.
Há também a definição de que os atrasos são decorrentes da falta de:
planejamento governamental, dos sistemas de fiscalização falhos, da corrupção, da
improvisação, da demagogia, da falta de punição dos servidores relapsos, das
paralisações da obra, da má gestão, da burocracia política, da legislação brasileira e
da forma de contratação que é inferior a modelos de contratação existentes em
outros países (JAPUR E PONTE, 2013; GANDINI, 2014; SANTOS et al., 2002).
Trauner (1990 apud Cabrita, 2008) classificou os atrasos, quanto as suas
características, em: “desculpável / não desculpável”, “compensável / não
compensável”, “concorrente / não concorrente” e “crítico / não crítico”, conforme
demonstrado na figura 3.

Figura 3 – Características dos atrasos

Fonte: Trauner (1990 apud Cabrita, 2008).


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O atraso é tido como desculpável quando a causa da sua origem está num
evento imprevisível que foge ao controle do empreiteiro, com isso ele pode solicitar
uma prorrogação de prazo de modo que possa finalizar o trabalho atrasado
(KRAIEM ET DIECCKMANN’S, 1988 apud CABRITA, 2008). Este tipo de atraso é
causado por: Incêndios; Cheias; Alterações por parte do dono do empreendimento;
Erros e omissões no caderno de encargos; Condições não previstas do local de obra
e estaleiros e Condições climáticas muito adversas.
Os atrasos não desculpáveis são eventos contidos no controle do empreiteiro
ou que são previsíveis. Como exemplos de atrasos não desculpáveis tem-se: Baixo
desempenho de um subempreiteiro; Entrega tardia de material por parte do
fornecedor; Falta de mão de obra.
Cabrita (2008, p. 8 e 9) descreve em detalhes o que são os atrasos
compensável/não compensável, concorrente/não concorrente e crítico/não crítico:

Atraso compensável / não compensável - Um atraso é definido como


compensável se, ao ter sido considerado desculpável, o contrato dá direito
ao empreiteiro receber uma compensação monetária e/ou prorrogação de
prazo. A atribuição de compensações por trabalhos em atrasos deve estar
bem definida no contrato, de forma a não haver ambiguidades que possam
dar origem a desentendimentos entre o dono da obra e o empreiteiro.

Atraso concorrente / não concorrente - A divisão entre atraso concorrente e


não concorrente define-se pela simultaneidade de atividades com atrasos
em que, individualmente, cada atividade vai afetar ou não afetar a data de
conclusão da obra.

IV. Atraso crítico / não crítico - As atividades com atraso crítico são definidas
como atividades críticas e que representam um atraso que vai repercutir
diretamente no prazo final da obra. Nas atividades não críticas o
aparecimento de atrasos pode não ser tão condicionante, pois estas
atividades possuem folgas entre suas datas de início e conclusão dando-lhe
uma margem temporal para a execução sem afetar a duração total da obra.

Para André (2010), o atraso crítico é a categorização mais importante dos


atrasos, pois “os danos e efeitos negativos nos projetos resultam da existência de
atrasos críticos no projeto ou de atrasos que tornam atividades não críticas em
críticas”. E também “a análise dos atrasos críticos torna relevante à classificação dos
atrasos quanto à sua responsabilidade, uma vez que estes podem conduzir a
disputas e reclamações”.
Couto (2006) demonstra que a classificação dos atrasos em desculpáveis,
não desculpáveis, concorrentes, não correntes, compensáveis e não compensáveis
contribui para indicar quem é o verdadeiro responsável pelos atrasos. E ao escrever
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sobre o assunto “responsabilidade sobre os atrasos”, os pesquisadores Chan et


Kumaraswamy (1998, apud Cabrita, 2008) resumem que a responsabilidade pode
ser classificada em responsabilidade imputada ao empreiteiro que tem por
consequência a multa, ou por responsabilidade não imputável ao empreiteiro que
tem por consequência a prorrogação graciosa ou a prorrogação legal (ver figura 4).

Figura 4 – Responsabilização de atrasos.

Fonte: Chan et Kumaraswamy (1998, apud Cabrita, 2008)

Devido as múltiplas razões das causas dos atrasos, André (2010, p.22)
agrupou os atrasos de acordo com a origem deles. Assim há os atrasos
relacionados com os donos de obras, os atrasos relacionados com os empreiteiros,
os atrasos relacionados com o contrato, os atrasos relacionados com o projeto, os
atrasos relacionados com a fiscalização, os atrasos relacionados com as relações
institucionais, os atrasos relacionados com a mão de obra, os atrasos relacionados
com os equipamentos, os atrasos relacionados com os materiais e os atrasos
relacionados com fatores externos.
Cabrita (2008) num estudo sobre causas e efeitos dos atrasos na construção,
apontou os 5 principais efeitos dos atrasos: aumento dos custos da obra, aumento
da duração da obra, má imagem ao empreiteiro, desentendimento entre as partes
interessadas e aplicação de multas (figura 5). Assim observa-se a importância de
evitar ou mitigar os atrasos, visto que eles podem causar diversos prejuízos para o
empreiteiro e para o dono da obra.
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Figura 5 – Efeito dos atrasos

Fonte: Cabrita (2008)

A análise dos atrasos tem o foco de determinar as causas e os responsáveis


pelos mesmos. Com o intuito de identificar a natureza e a causa dos atrasos, pela
sua frequência e importância e analisar os efeitos dos atrasos no prazo final da obra,
foram desenvolvidas pela comunidade científica várias metodologias e técnicas de
análise dos atrasos. Levin (1998 apud Cabrita, 2010), Arditi et Pattanakitchamroon (
2006 apud Cruz, 2012) e Williams (2003 apud André, 2010) citam as seguintes
técnicas: o Método do Caminho Crítico (CPM); o Método planejado como construído
(As-planned vs. as-built analysis method); o Método impacto como planejado (Impact
as-planned analysis method); o Método finalizado como construído (Collapsed as-
built analysis method), o Método impacto de tempo (Time impact analysis method); a
Técnica de impacto global; a Técnica de impacto da rede; a técnica de ajuste ao
CPM; a Técnica de colapso (ou “but for”); a técnica de “snapshot” e a “Técnica de
impacto do tempo”.
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2.4 O PAC e o PGMBOK

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um programa do


Governo Federal Brasileiro de 2007 que tinha como objetivo para o período 2007-
2010 um grande investimento em transporte, energia, saneamento, habitação e
recursos hídricos com o intuito de estimular o investimento público e privado
(BRASIL, 2007 apud RODRIGUES E SALVADOR, 2011, MERGULHÃO, ALVES E
BORGES, 2016). Em 2011 em sua segunda fase, denominado de PAC 2, o
programa teve aporte de novos recursos, inserção de novas obras e reprogramação
de prazos das obras inacabadas e sua nova meta de finalização das obras passou a
ser o período de 2011 e 2014 (ALMEIDA, 2015).
Pelo descrito anteriormente sobre o PAC, os leitores podem até ficarem
convencidos que este programa seria a solução para os problemas de infraestrutura
do país. Seria sim uma solução, se estas definições, promessas e expectativas,
criadas pelo programa, fossem reais e cumpridas no prazo previsto, pois levariam o
país a outro patamar de desenvolvimento em infraestrutura. Mas o cenário atual, que
as obras do Programa de Aceleração do Crescimento encontram-se, é o relatado
nas palavras de Mergulhão, Alves e Borges (2016): “Nove anos após o lançamento
do Programa de Aceleração do Crescimento pelo ex-presidente Lula, as maiores
obras ainda estão em andamento ou foram canceladas” e também o descrito na
revista Veja: “... apenas 16,8% das pouco mais de 29 mil obras anunciadas nas duas
etapas foram concluídas no período previsto” (ALVES, 2016).
Diversas foram e são as justificativas dos atrasos neste programa do governo
federal, mas a maioria das justificativas não é convincente para a população. A
maioria das justificativas é ligada a falta de planejamento e ao mau gerenciamento
dos recursos públicos.
Para um bom gerenciamento de projetos e programas é importante conhecer
o guia PMBOK (Gestão de Projetos) e o guia PGMBOK (Gestão de programas)
criados pelo instituto PMI (Project Management Institute).
Limeira (2009) diz que o PMBOK (Project Management Body of Knowledge
Guide) é um dos guias mais seguidos na área de gerência de projetos pelos
profissionais do ramo e o PGMBOK (The Standard for Program Management) é um
guia que trata do gerenciamento de programas e os seus respectivos projetos
envolvidos. O objetivo do PGMBOK é otimizar e integrar os custos, os esforços e o
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cronograma, organizar as entregas integradas ou dependentes entre os projetos do


programa, gerar benefícios incrementais e otimizar as equipes envolvidas dentro das
necessidades gerais do programa. No PGMBOK, as boas práticas para o sucesso
no gerenciamento de programas, são apresentadas através de 39 processos, no
qual são demonstrados de 2 maneiras. Primeiramente estes processos podem ser
divididos em 5 grupos: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento/Controle
e Encerramento. E também estes processos podem ser demonstrados por meio de
10 áreas de conhecimento: Gerenciamento de Integração, Escopo, Custo, Tempo,
Qualidade, Recursos Humanos, Comunicação, Riscos, Aquisições/Contratos e
Stakeholders. Dentre as 10 áreas de conhecimento do PGMBOK a área mais ligada
ao tema “atrasos” é a área destinada ao Gerenciamento do Tempo. Esta área tem
por objetivo dedicar-se ao desenvolvimento e controle do cronograma para que
sejam evitados ou minimizados os atrasos.
Limeira (2009, p.44) ao analisar o PAC sobre o enfoque de algumas áreas de
conhecimento do PGMBOK (Gerenciamento da Integração, Escopo, Tempo, Custo,
Recursos Humanos e Comunicação) demonstrou que o Gerenciamento de Escopo e
o Gerenciamento de Tempo eram as áreas do PAC que estavam mais problemáticas
na época de sua pesquisa. Assim pode-se inferir que os atrasos do PAC podem ter
ocorrido pela negligência ou planejamento e controle adequados na aplicação das
boas práticas do gerenciamento de programas e projetos.
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3 METODOLOGIA, APLICAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.


A metodologia de investigação utilizada foi a Pesquisa Documental, pois
conforme Gil (2008) destaca serão utilizados materiais que não receberam ainda um
tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com o objetivo da
pesquisa, materiais estes obtidos por meio de relatórios de pesquisa, relatório de
empresas, tabelas estatística, reportagens de jornal, cartas, contratos diários, filmes,
fotografias, gravações etc.
Foram analisados 23 documentos contemplando relatórios institucionais e de
consultorias independentes e reportagens de diferentes jornais. Após selecionados
os documentos, foram extraídas as razões dos atrasos das obras do PAC de acordo
com o modelo proposto por André (2010, p.22 e 23).

Figura 6 – Atrasos relacionados com sua origem

Fonte: Elaborada pelo autor

A partir destes resultados pode-se inferir que a maior parte dos atrasos são
relacionadas com o dono da obra e mais especificamente pela falta de planejamento
deste. No caso do Programa de Aceleração do Crescimento, o dono da obra é o
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Governo. Isto ajuda a explicar as constantes reprogramações e postergações de


prazo feitas pelo Governo Federal e o não cumprimento do programa conforme
planejado. Também se observa que os atrasos relacionados ao projeto (20,22%), ao
empreiteiro (16,85%) e os relacionados a fatores externos (20,22%) tem um peso
muito grande na conclusão dos programas e projetos de infraestrutura do governo.
O motivo destes atrasos também podem ser consequência da falta de planejamento
do dono da obra que ao fixar ou prever um prazo de entrega não estimou um tempo
razoável para o desenvolvimento das outras atividades inerentes a obra. Assim os
atrasos de projetos podem ter ocorrido pela não realização de um projeto bem
elaborado e detalhado e por falta de definições do contratante. Já os atrasos
relacionados com o empreiteiro (16,85%), por exemplo, podem ser relacionados com
a falta de pagamento ou a não priorização orçamentária do dono da obra, que por
consequência trazem a diminuição do ritmo da obra. Já os atrasos relacionados com
os fatores externos -Legislação, clima, corrupção, crise, questões judiciais, Licença
Ambiental - que representam 20,22% do gráfico, ainda que sejam considerados
fatores não gerenciáveis, em sua maioria, também são consequência da falta de
planejamento, visto que todo o planejador deve considera-los ao elaborar o
Cronograma. Em relação aos atrasos relacionados aos fatores externos, um fator
que não era comum aparecer como razão para os atrasos, mas agora está
aparecendo, é a corrupção.
Os demais atrasos, que totalizam 10,11%, são os relacionados com
equipamentos (1,12%), mão de obra não qualificada (3,37%), relações institucionais
(3,37%) e atrasos relacionados com a fiscalização (2,25%). Apesar de estarem
enquadrados num grupo menor de atrasos devem ser considerados, pois podem ser
atrasos críticos em uma obra.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo buscou responder a seguinte pergunta problema: “Quais


foram as reais causas que fizeram com que as obras do PAC não fossem entregues
no prazo previsto? Através da revisão de literatura e da pesquisa documental
realizada nos 23 documentos que contemplaram reportagens de jornais e relatórios
institucionais, pode-se concluir que as reais causas dos atrasos do PAC foram em
sua grande maioria por falta de planejamento do governo. Esta falta de
planejamento implica em uma série de fatores, como constantes alterações
orçamentárias, alterações nos projetos e reprogramações de cronogramas. Percebe-
se que os atrasos, além de causarem frustrações na população, pelo não
cumprimento das promessas políticas, causam uma má imagem ao governo e aos
empreiteiros e o pior de tudo causam mais prejuízos aos cofres públicos.
Conclui-se também que um fator que está presente nos atrasos das obras
públicas é a legislação. Pois nota-se que grande parte dos atrasos são causados
pela demora nas licitações públicas, problemas judiciais com os órgãos
fiscalizadores o fator denominado como “excesso de burocracia”, que é a demora na
aprovação de licenças ambientais e licenças de funcionamento e quantidade de
requisitos que a legislação brasileira exige para a contratação das obras.
A literatura sobre atrasos permite identificar as diversas causas e efeitos que
os atrasos trazem no gerenciamento de projetos e programas e por isto esta
literatura deve ser considerada pelos gestores públicos e empreiteiras para um
melhor gerenciamento, evitando assim a continuidade do ciclo de atrasos.
Pelo grande número de obras do PAC, este trabalho limitou-se a fazer uma
pesquisa documental sobre as razões dos atrasos deste programa, ou seja, foram
consideradas como base do estudo dados secundários obtidos através de
publicações e artigos que falavam sobre o Programa de Aceleração do Crescimento.
Para futuros trabalhos investigativos sobre o tema, recomenda-se que seja realizada
uma pesquisa mais ampla e detalhada por meio de dados primários, obtidos através
de estudos de caso, entrevistas, etc.
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REFERÊNCIAS

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://www.niepmarx.com.br/MM2015/anais2015/mc82/Tc822.pdf>. Acesso em: 11
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utilização. 2.ed. Belo Horizonte: Fórum, 2009.

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ANDRÉ, Nuno Miguel Cardoso. Modelo de estimação do impacto dos atrasos nos
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Lisboa. Disponível em:
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BOMBIG, Alberto; PINHO, Angela; GORCZESKI, Vinicius. Por que tudo atrasa no
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<http://www.pac.gov.br/sobre-o-pac>. Acesso em: 11 jul. 2016.
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_______. Tribunal de Contas da União. Obras públicas: recomendações básicas


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GANDINI, Arthur. Obras no Brasil atrasam décadas por falta de planejamento e


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VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo:


13° ed. Atlas, 2011.
19

ANEXOS

ANEXO 1

Atrasos relacionados com sua origem

Dono de obra Contrato


Fontes de (falta de Empreiteiro (questões Relações Fatores
pesquisa Data planejamento) (Ritmo obras) financeiras) Projeto Fiscalização institucionais Mão-de-obra Equipamentos Materiais externos Total

Construção
Mercado PINI 30/04/2009 x x x 3

Blog Petrobras 02/03/2010 x x x x x 5

Folha de São
Paulo 02/03/2010 x x x x 4

Folha de São
Paulo 02/03/2010 x x x 3

SETCARR 12/05/2010 x x x x x 5

Diário Tucano 11/01/2011 x 1

Diário Online 13/04/2011 x x x x 4


G1 13/07/2013 x x x 3
G1 30/07/2013 x x 2
Veja 01/08/2014 x x x x 4
UOL 03/08/2014 x x x x 4

Anuário Exame
Infraestrutura 01/10/2014 x x 2

Revista Exame 10/10/2014 x x x x 4

Portal Brasil 11/12/2014 x x x x x x x 7

Valor
Econômico 01/09/2015 x x x x x 5
G1 01/09/2015 x x x 3
G1 05/01/2016 x x x x x 5
Estadão 06/01/2016 x x x x 4
O Globo 07/01/2016 x x x x x x x 7
Veja 06/04/2016 x x 2
O Globo 06/04/2016 x x x x 4

CBIC Mais 08/04/2016 x x x x 4


Estadão 21/04/2016 x x x x 4
Total 22 15 7 18 2 3 3 1 0 18 89
Total % 24,72% 16,85% 7,87% 20,22% 2,25% 3,37% 3,37% 1,12% 0,00% 20,22% 100,00%
Adaptado de André (2010, p.22)
20

ANEXO 2 (ARTIGOS ANALISADOS)

Data
Notícia Periódico/Jornal Título do artigo

30/04/2009 Construção Mercado PINI Por que o PAC não decolou


Obras do PAC: Respostas à Folha de S.
02/03/2010 Fatos e Dados: Blog Petrobras Paulo
Maquiagem camufla os atrasos nas obras do
02/03/2010 Folha de São Paulo PAC
Prazo é só um dos aspectos avaliados, afirma
02/03/2010 Folha de São Paulo o governo
SETCARR Sindicato das Empresas de
Transporte de Cargas de Atrasos empurram prazo de obras do PAC
12/05/2010 Rondonópolis e Região até 2016
Para Nogueira, governo demonstra
incapacidade gerencial para executar obras
11/01/2011 Diário Tucano do PAC
Diário Online - Deputado Wellington Deputado Welington Landim denuncia
13/04/2011 Landim paralisação das obras do PAC no Ceará
Governo patina em grandes obras do PAC:
13/07/2013 G1 prazos não são cumpridos
Obras das principais rodovias do PAC têm
30/07/2013 G1 atraso médio de quatro anos
TCU aponta falhas generalizadas em
programas do governo
01/08/2014 Veja Dilma
Atraso de obras aproximam PAC da
03/08/2014 UOL quiromancia
Revista Anuário Exame Infraestrutura
01/10/2014 2014-2015-SP As 1500 maiores obras do Brasil

10/10/2014 Revista Exame As 15 obras Prioritárias

11/12/2014 Portal Brasil 11° Balanço PAC 2


Metade das obras de saneamento do PAC
01/09/2015 Valor Econômico tem problemas, mostra balanço
Levantamento do Trata Brasil analisa obras
de água e esgoto do PAC 1 e 2.
Problemas em projetos e licitações são
01/09/2015 G1 apontados como motivo para atraso.
Secretário rebate atrasos em obras e defende
05/01/2016 G1 legado de Dárcy em Ribeirão
Para indústria, 'novo PAC' é receber
06/01/2016 Estadão atrasados

07/01/2016 O Globo Obras nas ferrovias fora dos trilhos


PAC teve apenas 16,8% das obras
06/04/2016 Veja concluídas no período previsto
Vitrine do governo federal, PAC teve apenas
06/04/2016 ANTP; O Estado de SP; O Globo 16,8% das obras concluídas
CBIC lidera debate e cobra retomada do
CBIC Mais - Informativo da Indústria e investimento, melhoria da execução e mais
08/04/2016 Construção eficiência do gasto público
Das dez maiores obras do primeiro PAC,
21/04/2016 Estadão apenas duas foram concluídas

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