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PÓS-GRADUAÇÃO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

MÓDULO DIREITOS E GARANTAIS FUNDAMENTAIS

Professor: Bernardo Gonçalves Fernandes

1. Material pré-aula

a. Tema

Direitos Individuais e Coletivos.

b. Noções Gerais

Principais pontos relacionados aos direitos individuais e


coletivos:

Direitos previstos na Constituição:


 Vida
 Liberdade
 Igualdade
 Propriedade
 Privacidade, Intimidade e Imagem
 Quebras de sigilos: de correspondência, comunicação telegráfica e
de dados
 Interceptação telefônica e gravação clandestina
 A inviolabilidade do domicílio
 Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito e Coisa Julgada
 O direito ao devido processo legal (constitucional) e seus princípios
correlatos
 Provas ilícitas e as provas lícitas derivadas das provas ilícitas
 Direito Geral de informação, direito de certidão e direito de petição
 Diferença entre o Princípio da legalidade e o Princípio da reserva
legal
 A questão dos Tratados Internacionais frente a Constituição

Princípios Constitucionais:
Celeridade;
Dignidade da Pessoa Humana;
Economia;
Isonomia;
Proteção do vulnerável.

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Princípios Específicos:
Acesso à Jurisdição Coletiva;
Adequada representação ou controle judicial da legitimação Coletiva;
Ampla divulgação da demanda Coletiva;
Atipicidade/não-taxatividade da demanda Coletiva;
Ativismo Judicial;
Devido processo legal Coletivo;
Indisponibilidade da execução Coletiva;
Indisponibilidade mitigada da ação Coletiva;
Integratividade do microssistema processual coletivo;
Interesse jurisdicional no conhecimento do mérito;
Máxima amplitude da Tutela Coletiva;
Máximo benefício da Tutela Coletiva;
Participação;
Primazia ou prioridade da Tutela Coletiva.

Direitos correlatos:
Direito Difuso;
Direito Coletivo;
Direito individual homogêneo.

c. Legislação

CF: artigo 1º, III; artigo 5º; artigo 129; artigo 170, V; artigo 48 do
ADCT.
Lei da Ação Popular: Lei nº 4.717/65.
Lei sobre Política Nacional do Meio Ambiente: Lei nº 6.938/1981.
Lei da Ação Civil Pública: Lei nº 7.347/85.
Lei sobre proteção às pessoas portadoras de deficiências: Lei nº
7.853/1989.
Lei sobre a ação civil pública de responsabilidade por danos causados
aos investidores no mercado de valores mobiliários: Lei nº
7913/1989.
ECA: Lei nº 8.069/1990.
CDC: Lei nº 8.078/1990.
Lei sobre Improbidade Administrativa: Lei nº 8429/1992.
Estatuto do Idoso: Lei nº 10.741/ 2003.
Estatuto das pessoas em situação de rua: Decreto nº 7.053/ 2009.
Mandado de Segurança: Lei nº 12.016/2009.
Estatuto da igualdade racial: Lei nº 12.288/2010.
Lei da Defesa da Ordem Econômica e da Livre concorrência: Lei nº
12.529/2011.

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Estatuto da pessoa com deficiência: Lei nº 13.146/2015.
Novo Código de Processo Civil: Lei nº 13.105/2015.
Mandado de Injunção: Lei nº 13.300/2016.
Outras normas correlatas: proteção ao patrimônio cultural; proteção
ao patrimônio público e social; proteção da ordem urbanística; defesa
de grupos étnicos e das minorias; defesa das mulheres; defesa dos
contribuintes.

d. Julgados/Informativos

(íntegra dos respectivos acórdãos proferidos pelo STF em:


http://stf.jus.br/portal/inteiroTeor/pesquisarInteiroTeor.asp
- informar apenas o número do processo sem ponto ou dígito
verificador e serão listadas as classes relacionadas ao número)

“Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção


previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é responsável pela morte
de detento. Essa a conclusão do Plenário, que desproveu recurso
extraordinário em que discutida a responsabilidade civil objetiva do
Estado por morte de preso em estabelecimento penitenciário. No
caso, o falecimento ocorrera por asfixia mecânica, e o Estado-
Membro alegava que, havendo indícios de suicídio, não seria possível
impor-lhe o dever absoluto de guarda da integridade física de pessoa
sob sua custódia. O Colegiado asseverou que a responsabilidade civil
estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à
teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais
comissivas quanto paras as omissivas, uma vez rejeitada a teoria do
risco integral. Assim, a omissão do Estado reclama nexo de
causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nas hipóteses em
que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de
agir para impedir o resultado danoso. Além disso, é dever do Estado
e direito subjetivo do preso a execução da pena de forma
humanizada, garantindo-se-lhe os direitos fundamentais, e o de ter
preservada a sua incolumidade física e moral. Esse dever
constitucional de proteção ao detento somente se considera violado
quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus
direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da
responsabilidade civil objetiva estatal. Por essa razão, nas situações
em que não seja possível ao Estado agir para evitar a morte do
detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade),
rompe-se o nexo de causalidade. Afasta-se, assim, a
responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se a teoria do
risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento

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pode ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou
morte natural, não sendo sempre possível ao Estado evitá-la, por
mais que adote as precauções exigíveis. Portanto, a responsabilidade
civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público
comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento,
rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado
danoso. Na espécie, entretanto, o tribunal “a quo” não assentara
haver causa capaz de romper o nexo de causalidade da omissão do
Estado-Membro com o óbito. Correta, portanto, a decisão impositiva
de responsabilidade civil estatal”. RE 841526/RS, rel. Min. Luiz
Fux, 30.3.2016. (RE-841526)

“A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ação


civil pública em ordem a promover a tutela judicial de direitos
difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, as pessoas
necessitadas. Essa a conclusão do Plenário, que negou provimento a
recurso extraordinário no qual discutida a legitimidade da Defensoria
Pública para ajuizar ação civil pública em defesa de interesses difusos
e coletivos. O Colegiado lembrou o RE 605.533/MG, com
repercussão geral reconhecida, em que se debate a legitimidade ativa
do Ministério Público para ajuizar ação civil pública com o objetivo de
compelir entes federados a entregar medicamentos a pessoas
necessitadas. Embora o mérito do recurso ainda estivesse pendente
de julgamento, o STF não teria modificado entendimento segundo o
qual o Ministério Público teria legitimidade para propositura de ações
transindividuais na defesa de interesses sociais e de vulneráveis.
Nesse sentido, também cabe lembrar dos demais legitimados para
propor as ações civis públicas, os quais poderiam, na defesa dos
interesses difusos, buscar a tutela dos direitos desse grupo de
cidadãos. Concluiu que a imposição constitucional seria peremptória e
teria por objetivo resguardar o cumprimento dos princípios da própria
Constituição. Não haveria qualquer inconstitucionalidade no art. 5º,
II, da Lei da Ação Civil Pública, com as alterações trazidas pela Lei
11.448/2007, ou no art. 4º, VII e VIII, da Lei Orgânica da Defensoria
Pública, alterado pela LC 132/2009. Dever-se-ia dar, entretanto,
interpretação conforme à Constituição a esses dispositivos, visto que
comprovados os requisitos exigidos para a caracterização da
legitimidade ativa da Defensoria Pública. O Ministro Teori Zavascki
acrescentou que essa legitimidade se estabeleceria mesmo nas
hipóteses em que houvesse possíveis beneficiados não necessitados.
Sucede que os direitos difusos e coletivos seriam transindividuais e
indivisíveis. Assim, a satisfação do direito, mediante execução da
sentença, conforme o caso, não poderia ser dividida ou

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individualizada. No que se refere a direitos
individuais homogêneos, todavia, a sentença seria genérica, e as
execuções individuais só poderiam ser feitas pelos necessitados
conforme a lei. Portanto, eventual execução em benefício pessoal, no
que coubesse, só poderia ser feita pelos necessitados. Vencido, em
parte, o Ministro Marco Aurélio, que não conhecia do recurso.
Ademais, entendia que não se deveria limitar a atuação da Defensoria
Pública quanto à ação civil pública. RE 733433/MG, rel. Min. Dias
Toffoli, 4.11.2015. (RE-733433) . Informativo 806

O Plenário ponderou que, consideradas as características próprias dos


direitos transindividuais e dos direitos individuais homogêneos,
também seria particular o tratamento processual atribuído a cada
qual. Equacionou que, estabelecidas as distinções, tanto do ponto de
vista do direito material, quanto do ponto de vista processual,
cumpriria examinar o papel do Ministério Público em relação à tutela
jurisdicional de cada uma dessas espécies. A esse respeito, no que se
refere aos direitos transindividuais, lembrou que dentre as mais
proeminentes funções institucionais atribuídas pela Constituição ao
Ministério Público estaria a de promover o inquérito civil e a ação civil
pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Concluiu, no
ponto, que relativamente às ações civis públicas que tivessem por
objeto a tutela de direitos e interesses transidividuais, a legitimação
atribuída ao Ministério Público (CF, art. 129, III) deveria ser
entendida em sentido amplo e irrestrito. Verificou que, em relação à
tutela dos direitos individuais homogêneos, divisíveis,
individualizáveis e de titularidade determinada, seria cabível a
postulação em juízo por parte do próprio titular individual. Asseverou
que, no caso de direitos homogêneos decorrentes de relações de
consumo, o primeiro dos legitimados ativos eleitos pelo CDC seria o
Ministério Público. Além dessa hipótese, haveria outras em que o
Ministério Público seria incumbido de demandar em juízo a tutela
coletiva em prol de direitos de natureza individual e disponível:
propositura de ação de responsabilidade por danos causados aos
investidores no mercado de valores mobiliários e propositura de ação
de responsabilidade pelos prejuízos causados a credores por ex-
administradores de instituições financeiras em liquidação ou falência.
Nesses três casos, os direitos lesados seriam individuais, divisíveis e
disponíveis. RE 631111/GO, rel. Min. Teori Zavascki, 6 e 7.8.2014.
(RE-631111) . Informativo 753

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“O Plenário, no que diz respeito à constitucionalidade da legitimação
do Ministério Público para promover demandas em defesa de
outros direitos individuais homogêneos, que não nas hipóteses já
referidas, previstas pelo legislador ordinário, ponderou ser necessário
interpretar o alcance do art. 127 da CF. Examinou que a orientação
da Corte ao longo do tempo a respeito do tema não seria pacífica.
Mencionou a existência de três correntes: a) os direitos
individuais homogêneos, porque pertencentes a um grupo de
pessoas, qualificar-se-iam como subespécie de direitos coletivos e,
assim, poderiam ser amplamente tutelados pelo Ministério Público
(CF, art. 129, III). Reputou que a adoção dessa linha expandiria de
modo extremado o âmbito da legitimação, a credenciar o Ministério
Público para defender irrestritamente quaisquer direitos homogêneos,
independentemente de sua essencialidade material, o que não seria
compatível com a Constituição; b) a legitimação ativa do Ministério
Público para a tutela de direitos individuais homogêneos se
limitaria às hipóteses previstas pelo legislador ordinário. Ressaltou
que essa tese imporia excessivas restrições à atuação do Ministério
Público, notadamente quando presentes hipóteses concretas, não
previstas pelo legislador ordinário, em que a tutela de direitos
individuais seria indispensável ao resguardo de relevantes
interesses da própria sociedade ou de segmentos importantes dela; e
c) a legitimidade do Ministério Público para tutelar em juízo direitos
individuaishomogêneos se configuraria nos casos em que a lesão a
esses direitos comprometeria também interesses sociais subjacentes,
com assento no art. 127 da CF. Enfatizou que esse posicionamento
guardaria harmonia com os valores constitucionais e não acarretaria
as consequências demasiado restritivas ou expansivas das outras
duas. RE 631111/GO, rel. Min. Teori Zavascki, 6 e 7.8.2014. (RE-
631111). Informativo 753

e. Leitura sugerida

- FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional.


Cap. “Direitos fundamentais individuais e coletivos na constituição de
1988”. Editora Juspodivm:2017.

- MARINS, Mariela Moni. O processo coletivo à luz do Novo Código de


Processo Civil. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/49822/o-
processo-coletivo-a-luz-do-novo-codigo-de-processo-civil

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- MAZZILLI, Hugro Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em juízo:
Meio Ambiente, Consumidor, Patrimônio Cultural, Patrimônio Público
e outros interesses. 29ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

______________________. O processo coletivo no Código de


Processo Civil de 2015. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=7u8G8UfKQMI.

_____________________. I Ciclo de Palestras sobre o novo Código


de Processo Civil promovido pela Associação Paulista do Ministério
Público. Disponível em:
http://www.mazzilli.com.br/pages/informa/pro_col_CPC_15.pdf

- RIBEIRO, Bruno Servello. A nova era dos microssistemas jurídicos.


In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 103, ago 2012. Disponível
em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo
_id=12138&revista_caderno=27>

- SICA, Heitor Vitor Mendonça. Linhas fundamentais do Novo Código


de Processo Civil Brasileiro. Disponível em:
http://genjuridico.com.br/2016/04/14/linhas-fundamentais-do-novo-
codigo-de-processo-civil-brasileiro

f. Leitura complementar

- ALMEIDA, Gregório Assagra. Direito Material Coletivo: Superação da


Summa Divisio Direito Público e Direito Privado por uma nova Summa
Divisio constitucionalizada. Belo Horizonte: Del Rey.

- DIDIER, Fredie. ZANETI, Hermes. Curso de Direito Processual Civil –


Processo Coletivo. Salvador: Jus Podivm.

- LA BRADBURY, Leonardo Cacau Santos. O mandado de segurança


coletivo, as discrepâncias da Lei 12.016/2009 com o microssistema
processual coletivo e a mitigação do direito de excluir-se da tutela
coletiva. Revista de Doutrina da 4ª Região, Porto Alegre, n. 53, abr.
2013. Disponível em:
http://www.revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/edicao053/Leonardo_B
radbury.html

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- LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2016. Capítulos: “Direitos Individuais e Coletivos”,
“Direitos Sociais”.

- MAZZEI, Rodrigo. A ação popular e o microssistema da tutela


coletiva. In: Luiz Manoel Gomes Júnior; Ronaldo Fenelon Santos Filho
(Coords.) – Ação Popular – Aspectos relevantes.

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