Sei sulla pagina 1di 5

O MAPA TÁTIL 3D COMO FERRAMENTA DIDÁTICA

Bárbara Neres Carvalho1


Israel Pereira de Quadro 2
Marcelo Laranjeiras Claro 3
Paula Cristina Soares Beserra 4

Segundo Brasil (2018), uma das competências a serem alcançadas no componente


curricular chamada geografia é: “desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e
aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço,
envolvendo os princípios da analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão,
localização e ordem.”. No entanto para a efetivação de tais aptidões pelos discentes, o
protagonismo do professor em elaboração de métodos e didáticas, nas quais, sirvam de
estratégias de aprendizagem e logística para as aulas, tornam-se essenciais. Logo o presente
artigo tem como objetivo analisar o mapa tátil e com três dimensões (3D) como ferramenta útil
didática.
O presente estudo contempla as referências de Freire e Al (2012) ao basear-se nas
ideias de Wallon, em seus quatro elementos básicos, que interagem concomitantemente, a afetividade,
o movimento e a inteligência, promovendo circunstâncias que possibilitam experiências oportunas aos
indivíduos no conseguimento de seus valores morais, histórico-culturais e éticos em seus espaços
geográficos, tornando-os participativos a contribuírem para o desenvolvimento dos mesmos. Inspirados
nesses princípios, o mapa e grupo de discentes estudados, foram estimulados a praticas didáticas
geradoras de dialéticas entre os envolvidos com o suporte concreto do material confeccionado tátil,
auxiliando o professor no desenvolvimento cognitivo dos alunos inseridos no 5° ano do Ensino
Fundamental na Escola Municipal Airam Veras – Crateús, Ceará.
A demonstração do mapa tátil 3D estimula os sentidos, além de tudo, torna-se uma
ferramenta de inclusão de alunos que apresentem déficits cognitivos, e também uma ferramenta
de fácil locomoção para o professor. Visto que, a BNCC – Base Nacional Curricular Comum

1
Estudante do segundo semestre do curso de Geografia/licenciatura do IFCE Campus Crateús
2
Estudante do segundo semestre do curso de Geografia/licenciatura do IFCE Campus Crateús
3
Estudante do segundo semestre do curso de Geografia/licenciatura do IFCE Campus Crateús
4
Professora do segundo semestre do curso de Geografia/licenciatura do IFCE Campus Crateús
indica o uso de mapas temáticos por prever a facilitação do aprendizado do aluno (BRASIL,
2018). E tomando por base os mapas táteis usados na inclusão de deficientes visuais e os de
isolinhas, confeccionando-os em MDF, uma representação da América do Sul para servir de
mediador das discussões temáticas, pondo a prova as teses do conhecimento prévio dos alunos,
sempre sobre o recorte espacial geográfico e seus conceitos chaves na geografia.
Com ênfase pedagógica no movimento, manipulando, tateando, relocando os
mesmos em espaços educacionais diversos, requer um preparo interdisciplinar do docente, para
assim, uma aula que desenvolva uma competência dialética, fortalecendo a fácil assimilação
pelo discente, mesmo tratando-se de uma multilinguagem, que é a cartográfica. (A
CARTOGRAFIA ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA, 2017)
Entretanto, os alunos do 5° ano do Ensino Fundamental estão no estágio das
operações concretas, o qual favorece a aprimoração de suas capacidades cooperativas,
solidarias, pois já compreende o ponto de vista dos colegas sendo este dissociado do seu. O
mapa tátil 3D parece brinquedo, passando um sentimento de jogos ou brincadeiras com regras,
tornam-se fecundas nesta idade, sendo de fácil compreensão com a evolução da linguagem
egocêntrica para a linguagem social promovida pela cartografia (MONTOYA et al., 2011).

MÉTODOS E TÉCNICAS
Esta pesquisa tem como caráter investigativo apropinquar-se do ensino da
geografia, sobre a forma de entender a realidade a partir da cartografia, especificamente com
um mapa tátil 3D. Enfoco qualitativo e quantitativo, baseando-se no debate dialético que
perpassa a temática aferida pela BNCC – Base Nacional Curricular Comum. Nesse sentido, a
área de estudo compreende a Escola Municipal de Cidadania Airam Veras, localizada na cidade
de Crateús, Ceará, com 52 alunos do 5º ano de turno integral e residentes na zona urbana da
aldeia indígena/bairro Maratoan (IBGE, 2010).
Para melhor efetivar a pesquisa, a mesma foi sistematizada em três etapas distintas.
Etapa 1. Confecção do Mapa Tátil 3D, que por sua vez foi desenhado no software CorelDraw,
retirado do mapa de relevos da América do Sul, fornecido pelo IBGE. Sendo editado, onde
foram separadas as camadas altimétricas ou linhas isoípsas, uma por uma, sendo separadas por
arquivos unitariamente. No qual os arquivos foram levados a uma gráfica local e modelados
um a um, em madeira MDF por uma impressora à laser. Após os cortes das camadas, a
montagem de sobreposição das camadas aconteceu manualmente. Adequando-se com
ferramentas de carpintaria, auxiliando para melhor fixação das camadas isoípsas umas nas
outras. Também foi usado uma tinta branca para madeira na superfície e o verniz.
Na elaboração do currículo, foram também contempladas habilidades relativas à
análise das interações entre a cidade e o campo e entre cidades na rede urbana. Pode-se, ainda,
incluída a análise da associação entre atividades econômicas e os espaços rurais e urbanos para
caracterizar e diferenciar o uso do território. (BRASIL, 2018).
E posteriormente aos estudos dessas habilidades e a produção do plano de aula,
procedeu-se à aplicabilidade da Etapa 3. Sobre o qual, o currículo foi dialogado na exposição
dos mesmos juntamente com a ferramenta pedagógica, construída na etapa inicial, sendo ele o
Mapa Tátil 3D. Fazendo-se de tabuleiro e uma abstração concreta muito semelhante aos de
jogos, limitando-se no contexto do relevo e das bacias hidrográficas que dificultava a ocupação
do território, sendo tal concepção histórico-dialético e material, suas abstrações alcançadas
autonomamente pelos alunos , visto que a intermediação do professor foi crucial, pois o mesmo
deve esta preparado para as analises interdisciplinares trazida pelo discente e direcionar as
discussões.
RESULTADOS
Entendendo que a realidade do professor da educação básica brasileira,
lecionando em mais de uma turma ou até mesmo, outra unidade escolar, além de seus
protagonismos, agora muito cobrados pela BNCC, o mapa tátil 3D mostrou-se viável pela
praticidade, portabilidade, durabilidade e fácil manuseio. Atende bem a essas demandas
interdisciplinar dos temas pedagógicos do currículo da geografia e das ciências humanas, pois
possibilitou uma discussão dentro da territoriedade do mapa apresentado e contemplando
sempre o contexto histórico de pertencimento e identidade, podendo-se assim dizer, que o
mesmo mostrou-se impactante pelo designer, fortalecendo no aprendente, sua concentração
sobre o objeto e tudo que ele representa na aula exposta.
Os resultados qualitativo e quantitativo em sala de aula, com o uso do mapa tátil
3D, foram positivos. De início, a maioria dos alunos tiveram certo receio em manipular tal
mapa, por conta de sua aparência e também por não haver outros elementos básicos de um mapa
tradicional, porém, no decorrer da explanação do professor, os alunos começaram a desenvolver
interesse pelo mapa, chegando perto para visualiza-lo, tocando-o e indagando, sua serventia em
tal temática: “Território, redes e urbanização” (BRASIL, 2018). E com os andamentos
dinâmicos de cunho pedagógico e do aluno, os mesmos perceberam que conseguiriam ler o
mapa, traduzir suas informações, transcrevendo no caderno através de outra ferramenta
chamada mapa mental. O mapa foi capaz de auxiliar a mediação do professor com o aluno por
meio do tato e visão, os alunos identificados com problemas cognitivos podem compreender
facilmente conceitos como o de relevo, por perceber as protuberâncias oriundas das camadas
do dado recurso.
Apesar de não ter uma definição de território visível em linhas, o mapa facilitou
aos alunos a se localizarem regionalmente e identificarem outras regiões e suas características
de relevo e tudo possível relacionado a esse fator morfoclimatobotânico, demográfico,
socioeconômico e histórico-cultural. Fazendo com que ele compreendesse respeitando seus
níveis de amadurecimento cognitivo, os conceitos básicos de cartografia, e uma visão geral dos
preceitos geográficos.
CONCLUSÃO
A BNCC gerou uma demanda para o docente na área da geografia,
disponibilizando temáticas interdisciplinares e práticas em suas normativas obrigatórias,
exigindo do mesmo a capacidade de desenvolver metodologias e uma didática eficaz para
cumprir com os objetivos propostos pelo documento. O mapa tátil desenvolvido na pesquisa
supriu as necessidades básicas estruturais do método expositivo, para alcançar a competência
de forma inclusiva, tal ferramenta é uma pratica pedagógica bastante flexível em diversos eixos
temáticos da área geográfica, morfoclimatobotânico, demográfico, socioeconômico e histórico-
cultural, com um bom custo-benefício, aproximadamente, duzentos reais (R$200,00),
portabilidade e durabilidade boa, aplicado constantemente nas análises em salas de aula sobre
recortes espaciais.
A linguagem cartográfica acaba sendo incorporada de forma autodidata ao tratar de
uma práxis pedagógica Curricular da BNCC, no qual ele está presente como alicerce em todas
as fases educacionais, garantindo melhores resultados nas competências cobradas na base.
Portanto, o mapa tátil permite envolver os discentes mesmo em diferentes estágios piagetianos
de desenvolvimentos cognitivos, em experiências práticas inclusivas e multilinguísticas verbais
e não verbais dos elementos básicos da cartografia obrigatória, aplicando-o em situações
subjetivas e operatórias presenciando as aplicabilidades da linguagem cartográfica na
interpretação do cotidiano e fazendo-se útil para construções de representações formais das
realidades humanas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARTINELLI, Marcello. Curso de cartografia temática. São Paulo: Contexto, 1991

OKA, C. M. Mapas táteis são necessários? Pôster apresentado no IX Congresso Brasileiro


de Educadores de Deficientes Visuais. Guarapari/ES. 1999. (Cópia eletrônica cedida à LIMA,
Francisco José de, em comunicação pessoal, em janeiro de 2000.)

TERRA, Márcia Regina. O Desenvolvimento Humano na Teoria de Piaget. Disponível em:


<https://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm>.

BRASIL. Maria Helena Guimarães de Castro. Ministério da Educação (Org.). Base Nacional Comum
Curricular: EDUCAÇÃO É A BASE. Distrito Federal: Ministério da Educação, 2018. 472 p.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-
site.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2019.

FREIRE, Cleudo A.; AL, Et. O jogo segundo a teoria de desenvolvimento humano de Wallon.2012.
Disponível em:
<http.//www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/pedagogia/jogo¬_teoria_do d>.
Acesso em: 15 ago. 2016

A CARTOGRAFIA ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA. {s.i}:


Puc - Minas, v.27, n. 50, 2017. Disponível em:
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/download/p.2318-
2962.2017v27n50p500/11762>. Acesso em: 11 mar. 2019.

Potrebbero piacerti anche