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UniAGES

Centro Universitário
Paripiranga (BA)

COLEGIADO DE DIREITO
ALUNO: TURMA (1): TURNO:

MATHIAS SOARES SANTANA 2° PERÍODO NOT ( ) CAL ( X)

DISCIPLINAS: PROFESSORES: TURMA (2)

DIREITO DAS COISAS SIDINEI ANTÔNIO ANESI 2° PERÍODO

HERMENÊUTICA E ARG. JURÍDICA LEONARDO DE MENEZES 2° PERÍODO

SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA JOSÉ MARCELO DOMINGOS DE OLIVEIRA 2° PERÍODO

TEORIA DAS PENAS E CRIMES CONTRA AS PESSOAS ADRIANA CAETANA DOS SANTOS 2° PERÍODO

TEORIA DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA LEONARDO DE MENEZES 2° PERÍODO

(1) Turma referente a semestralização do aluno, ou seja, contagem dos semestres a partir do ingresso na IES.
(2) Informar a turma onde a disciplina encontra-se ofertada.

PRODUÇÃO ÚNICA
“Segurança e Controle Social”
Nota Nota Nota
Máxi obti de
Itens avaliados
ma da Recur
so
Não atende* - 2,0
Plágio - 2,0
Problematização: (QUESTÃO NORTEADORA - contexto + problema). 0,2
Caracterização dos elementos do problema: Recorte do objeto (tema de
acordo com o campo de observação do Projeto Integrador) –, Problematização 0,2
(cientifica e jurídica).
Resumo do problema: (organização, lógica e conteúdo apresentado,
0,1
discussão problema do Projeto Integrador)
Hipótese (s): solução ou explicação (caminhos prévios possíveis para a
0,1
solução do caso)
Discussão (analise do Caso): análise fundamentada a partir das leituras das
obras de fichamento do Período correspondente, junto ao Curso de Direito da 0,6
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Finalização da análise (confronto de hipótese + tomada de posição): 0,2
Formatação (formato artigo, ABNT, 8 a 15 páginas, capa padrão) 0,2
Citações representativas por obra fichada 0,2
Vocabulário jurídico, gramatica, coesão e coerência. 0,2
Total 2,0

* Somente citações; somente resumo; somente resumo e citações; ausência de relação com o Relatório do Projeto Integrador.

Nota Recurso

Observações do professor:
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PARIPIRANGA/2017-1

O caso trabalhado analisa a atuação dos Conselho de Segurança Municipal nos municípios
de Paripiranga e Cicero Dantas, nos seus respectivos esforços para lidar com o problema da
criminalidade e buscar soluções com o apoio participativo da população. No município de
Paripiranga a criação da CONSEG ocorreu devido a iniciativa do Prof. Wilson (UniAges), em 2014,
que incentivou a comunidade a se comprometer com a participação no Conselho. Em Cícero Dantas
o surgimento se deu em 2010 através da reunião dos próprios cidadãos para organizar um plano de
trabalho e reivindicar dos órgãos de segurança o comprometimento com a causa. Os CONSEGS
atuam analogamente a uma ONG, com o objetivo de possibilitar o diálogo entre os cidadãos e os
órgãos públicos nas decisões sobre a segurança social, de modo a proporcionar voz ativa à
comunidade e desenvolver uma abordagem coletiva sobre a resolução do problema da
criminalidade.
Em Paripiranga a proposta para diminuir a criminalidade é a instalação de câmeras de
segurança em áreas de maior incidência de criminalidade, a exemplo de outros municípios onde o
Conselho existe, no qual se constatou eficiência significativa na redução dos crimes mediante a
vigilância. No município de Cícero Dantas não há dados patentes sobre a atuação do CONSEG,
contudo notou-se uma contribuição para a segurança com a chegada da Caatinga à cidade. A
participação da população é de suma importância para gerar uma aproximação com a polícia e os
órgãos públicos, pois enseja uma atuação mais humana contra a criminalidade, e fornecer paz social
para as comunidades de forma eficiente.
Dentro da situação relatada no Projeto Integrador, concernente à atuação das CONSEGS nos
municípios de Paripiranga e Cícero Dantas, respectivamente, não há dados anteriores e após a
atuação desses Conselhos, por não haver a instalação da câmera de segurança nessas cidades.
Contudo, através dos relatos é possível notar que há o planejamento de medidas para lidar com a
criminalidade, mediada pela população com o apoio do órgão de segurança pública. As medidas
adotadas são voltadas para a vigilância de áreas com incidência de criminalidade, tráfico e delitos. É
importante ressaltar que essa atuação deve ser pautada em dados científicos sobre a criminalidade,
do contrário os Conselhos se tornam ventríloquos do senso comum e da repressão assídua do
Estado, ao invés de um meio de participação democrática nas decisões sobre a segurança social.
O dever de gerar a paz social é incumbido ao Estado, e para isso utiliza de ferramentas
jurídicas positivada na norma, com a Lei que permite ou coíbe determinada conduta, norteada pela
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aceitação dentro dos laços de convivência, portanto, é necessário que haja uma previsão das
possíveis ações dos indivíduos para atingir a paz social. Para tal, o Estado se utiliza das instituições
policiais, pautada no sistema jurídico, como agente primário no controle social, entretanto, a
repressão resultante daí incorre mormente sobre uma determinada casta social, as minorias menos
favorecidas, pois a “miséria e as desigualdades sociais são vistas não em seu potencial de oposição
política mas sempre como geradoras do crime enquanto um mal a ser sanado por medidas
repressivas e técnicas” (RAUTER, 2013, p.62). Os CONSEGS, em vista do seu potencial de
representação democrática, ensejam uma abordagem menos segregacionista do criminoso e do
problema da criminalidade, com o abandono de medidas ostensivas paralelo à adoção de práticas
eficientes que resolvam a ocorrência da violência nos municípios, focada na prevenção em
detrimento da aplicação irrestrita de penalidades.
Na seara prática, ao mesmo tempo que amplia a participação popular, os Conselhos
desembocam na reprodução da política violenta de repressão do Estado, não obstante a participação
dos próprios cidadãos, a presença de representantes da Polícia em contato com os membros do
conselho de segurança influenciam as decisões a serem tomadas, ofuscando a representação dos
membros da comunidade, como expõe MARCHIORI (2011). Desta forma, longe de resolver os
problemas oriundos da criminalidade, esse tipo de operacionalização do controle social não traz
mais segurança, pois continua a reproduzir o método decadente de punição típico das forças
policiais conjuntamente com o ordenamento jurídico, e o reflexo disso se impõe sobre a própria
população, principalmente pobres e negros, o alvo predeterminado do policiamento. Longe de haver
representação desses grupos, se intensifica a opressão sobre eles, os quais não encontram
representatividade dentro do Conselho. Assim, “o poder disciplinar se generaliza na sociedade [...]
instaurando formas de controle sutis, não violentas à primeira vista” (RAUTER, 2013, p.68) mas
que tornam o papel da CONSEG legitimador das práticas ostensivas do Estados sobre a população,
subsidiadas pela força Policial.
A reprodução dos mecanismos de controle social típicos do Estado dentro do modo operante
da CONSEG é exposta a partir da iniciativa do monitoramento por câmeras de segurança nos
CONSEGS de Paripiranga e Cícero Dantas, com o objetivo de evitar a incidência de crimes nos
locais onde as câmeras são aplicadas. Esse método de vigilância voltado a evitar o crime, mais do
que o punir, demonstra um caso prático do conceito de panoptismo, de FOUCAULT (1997), onde a
vigilância constante e incessante das ações de todos os indivíduos se tornam um meio de prevenir o
desvio criminoso. No mesmo sentido no que é demonstrado no caso estudado, a vigilância de torna
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o papel principal para lidar com os desvios de conduta, não obstante, fortalece o monopólio do uso
da força pelo Estado, pois o fato de ser deliberado pela própria comunidade, dentro do contexto do
exercício da cidadania, confere legitimidade à opressão estatal.
Em âmbito semelhante expõe ZACCONE (2015, p.265) ao defender que “as atuais políticas
nacionais de segurança pública, intituladas sob a rubrica da "Segurança Cidadã", ao pressupor o
tema da impunidade na produção e ampliação das violências e dos crimes, acabam por operar uma
máquina repressiva, idealizada como momento fundador e mantenedor da paz”. Por conseguinte, o
papel dos Conselhos de segurança se indetermina com o do próprio Estado, e a participação da
população é obstruída pela influência, dos representantes do Poder Público sobre os integrantes da
CONSEG. A vigilância incorre não mais sobre os possíveis criminosos, mas sobre a própria
população, que confere o aval para o próprio monitoramento, abdicando da sua liberdade em favor
de suposta segurança.
Os atos do Estado no controle social não poderiam se operacionalizar sem o ordenamento
jurídico, o qual serve como sustento para as ações de repressão ostensiva tanto dos profissionais do
Direito (juízes, promotores, delegados) quanto da própria forca policial ao tornar a população
submissa.

Ao recorrer a padrões objetivos de justiça é operada a milagrosa transmutação da violência


em força legítima, e a instituição de uma ordem jurídica, porta nto, nunca é afirma da
como um ato de violência, dado que a constituição de um sistema jurídico precisa ser
entendida como exercício legítimo do poder, realizado por uma autoridade que atue em
nome da própria, justiça. (ZACCONE, 2015, p.66)

Concernente ao Conselhos de Segurança, a autoridade de buscar segurança social cabe aos


próprios cidadãos. No entanto, como essa participação depende inevitavelmente da permissão do
Estado nas decisões a serem tomadas, o processo de democratização sofre o revés de se voltar
contra a própria comunidade que deveria favorecer. “Uma cultura punitiva se estabelece como
forma de sociabilidade, na qual a criação e manutenção da ordem se indeterminam não apenas a
partir do chamado monopólio do uso da força pela polícia, mas principalmente pelos discursos
punitivos, presentes em outras inúmeras agências de controle social” (Ob. Cit. p.203). As
diligencias operacionalizadas representam o próprio poder de controle do Estado, ao invés de
viabilizar uma atuação eficiente e conciliadora ao lidar com os problemas de segurança pública.
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A atuação dos Conselhos de Segurança precisa ser pautada na deliberação majoritária da


comunidade através dos participantes que o integrem, sem a limitação do Estado nas decisões
tomadas. Outrossim, este deve atuar como mediador dos projetos elaborados pela comunidade, sem
participação ativa no momento de discussão das decisões, do contrário, o CONSEG se torna um
mais um mero instrumento de controle sobre a própria população, ao favorecer ainda as
desigualdades e alimentar o pensamento punitivo. Além do monitoramento de segurança, as ações
dos Conselhos devem permear medidas humanistas de interagir com a criminalidade, mediante uma
perspectiva cientifica e empírica das maneiras de intervir para a diminuição dos crimes que assolam
a comunidade, não se limitar aos métodos ostensivos recorrentes. Para tanto, é indispensável que
sejam voltadas também para ações de cunho social dentro dessas comunidades, visto que a mera
prevenção através de vigilância e medidas similares não é capaz de resolver o problema
isoladamente. Destarte, a operação dos CONSEGS precisa abranger também as causas do problema
de segurança, que tem raiz nos problemas sociais, cobrando atuação do Poder Público também na
educação, trabalho e lazer dentro das comunidades.

REFERENCIAS:
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RAUTER, Cristina. Criminologia e Subjetividade no Brasil. Revan: Rio de Janeiro, 2013.

MARCHIORI, Thaise. O Papel Dos Municípios Na Segurança Pública. UNESP: São Paulo, 2011

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1997.

ZACCONE, Orland. Indignos de vida. A desconstrução do poder punitivo. Rio de Janeiro: Revan,
2015.

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