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I.
Como um filho querido
Tendo agradado ao marido nas primeiras semanas de casados, nunca quis ela se separar da receita
daquele bolo. Assim, durante 40 anos, a sobremesa louvada compôs sobre a mesa o almoço de
domingo, e celebrou toda data em que o júbilo se fizesse necessário.
Por fim, achando ser chegada a hora, convocou ela o marido para o conciliábulo apartado no quarto.
E tendo decidido ambos, comovidos, pelo ato solene, foi a esposa mais uma vez à cozinha assar a
massa açucarada, confeitar a superfície.
Pronto o bolo, saíram juntos para levá-lo ao tabelião, a fim de que se lavrasse ato de adoção,
tornando-se ele legalmente incorporado à família, com direito ao prestigioso sobrenome Silva, e
nome Hermógenes, que havia sido do avô.
Fonte: COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p.57.
1. No conto “Como um filho querido” a esposa e o esposo foram ao tabelião com intuito de:
a) Regularizar a situação de um parente registrando seu nome.
b) Registrar o nome do filho querido que há 40 anos fazia parte da família, mas não tinha registro.
c) Lavrar o ato de adoção do bolo no tabelionato, e assim, incorporá-lo à família como um filho
querido com direito ao sobrenome da família Silva.
d) Lavrar o ato de adoção do filho querido para que o mesmo recebesse o nome do seu avô paterno,
Hermógenes.
II.
Por que os japoneses vieram ao Brasil?
E por que, agora, seus descendentes estão indo para o Japão?
III.
A dura realidade africana
Cerca de 315 milhões de africanos vivem com menos de um dólar por dia – 84 milhões deles estão
desnutridos. Um terço da população não sabe o que é água encanada e mais da metade não tem
acesso a hospitais. Sem garantias básicas, o continente vira ninho de conflitos de terra, ditaduras e
terroristas que podem agir na Europa ou nos EUA. (...) Com tantos problemas, nada melhor que
receber ajuda do resto do mundo, certo? Pois é no meio dessa empolgação para fazer a pobreza virar
história que o economista queniano James Shikwati grita para o mundo: “Pelo amor de Deus, parem
de ajudar a África”.
Fonte: Revista Superinteressante, edição 240- junho;2007,p. 87. 15.
7. A expressão “Com tantos problemas, nada melhor que receber ajuda do resto do mundo, certo?”
é um (a):
a) Exemplo
b) Comparação
c) Ironia
d) Ofensa
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IV.
Sou contra a redução da maioridade penal
9. Com base na leitura do texto, assinale a alternativa que expressa a opinião do autor e não um fato
narrado:
a) O Brasil tem 400 mil trabalhadores na segurança pública e 1,5 milhão na segurança privada para
uma população que supera 171 milhões de pessoas.
b) No [ECA] estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que
violaram a lei.
c) Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, um projeto ético e político de sociedade que
valorize a vida em todas as suas formas.
d) A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu a fogueira da redução da
idade penal.
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V.
Um endocrinologista de sucesso
Aos 51 anos o médico paulista Geraldo Medeiros é um dos endocrinologistas brasileiros de maior e
mais duradouro sucesso. Numa especialidade em que o prestígio dos profissionais oscila conforme
a moda, há três décadas ele mantém sua fama em ascendência. Em seu consultório de 242 metros
quadrados, na elegante região dos Jardins, uma das mais exclusivas de São Paulo, Medeiros guarda
as fichas de 32.600 clientes que já atendeu. Mais da metade o procurou para fazer regime de
emagrecimento. Sua sala de espera está permanentemente lotada e à vezes é necessário marcar uma
consulta com semanas de antecedência. Como professor de Clínica Médica e Endocrinologia da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Medeiros já atendeu outros milhares de
pacientes. A maioria, porém, foi parar em suas mãos em razão de outra especialidade da qual é
mestre: as doenças da tireoide.
Fonte: Revista Veja nº 567.
13. Qual a utilidade de ser dada a idade do médico entrevistado logo ao início do texto?
a) Indicar sua experiência e capacidade.
b) Mostrar sua vitalidade e competência.
c) Demonstrar sua capacidade e perspicácia.
d) Provar seu conhecimento e juventude.
e) Aludir à sua juventude e vitalidade.
14. Por que, segundo o texto, é maior o mérito de Geraldo Medeiros como endocrinologista?
a) Porque atende doenças da tireoide.
b) Porque atende em uma região exclusiva de São Paulo.
c) Porque sua especialidade varia muito pela moda.
d) Porque coleciona as fichas de seus pacientes.
e) Porque é muito famoso no Brasil.
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VI.
As táticas de Tim
O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times ficam
perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes foi designado
no esquema - e parados. Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro negro e pensar
no futebol como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os
jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo mortal de
qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas cruelmente traídos pela
dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo. Tático exemplar, planejava todo o jogo numa mesa de
botão. Da entrada em campo até a troca de camisetas, incluindo o minuto de silêncio. Foi um
técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma reputação no campo à altura de sua reputação no
vestiário. Falava um jogo e o time jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus
botões eram mais inteligentes do que seus jogadores.
Fonte: L. F. Veríssimo, O Estado de São Paulo, 23/08/93
17. Por que é importante o minuto de silencio para o futebol, segundo o texto?
a) Porque aí se lembra aos jogadores falecidos.
b) Porque Tim é o selecionador muito bom.
c) Porque é um momento muito útil para planejar as táticas de jogo.
d) Porque os jogadores ficam parados nesse minuto.
e) Porque os times de Tim jogavam diferente ao que ele dizia.
VII.
Uma crise no Brasil
Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta
nação. A frustração cresce e a desesperança não cede. Empresários empurrados à condição de
liderança oficial se reúnem em eventos como este, para lamentar o estado de coisas. O que dizer
sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a auto-absolvição? É da história do mundo
que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo.
Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam a
motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter.
Aliás, é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite.
É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre,
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para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas, e chego a
um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas. Digamos, a Mitsubishi
e mais um pouquinho. Sejamos francos. Em termos mundiais somos irrelevantes como potência
econômica, mas ao mesmo tempo extremamente representativos como população.
Fonte: “Discurso de Semler aos Empresários", Folha de S. Paulo, 11/09/91
19. Segundo a opinião do autor, pode-se dizer também que, no Brasil, só não há melhor distribuição
de renda:
a) por falta de uma política econômica melhor dirigida.
b) porque não é do interesse das elites, nem têm elas possibilidades de favorecer essa distribuição.
c) porque as elites estão sempre com um pé atrás, desconfiadas do poder público.
d) porque os recursos acumulados, embora suficientes, são manipulados pelas elites.
e) porque, se assim fosse feito, as elites reagiriam ao processo de seu empobrecimento.