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RESIDENTE DE PEDIATRIA
RENATA DA SILVA ALMEIDA
PRECEPTORA
ADRIANA TAVEIRA
DEFINIÇÃO:
SOBREPESO
• Relação peso/altura alterada sem a ocorrência de mudanças
substanciais na composição do compartimento adiposo.
• IMC- 85 a 95 (percentil)
CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE:
•Problemas respiratórios;
•Lesões articulares;
•Hiperinsulinemia;
•Resistência periférica à insulina;
•Diabetes mellitus;
•Doenças cardiovasculares;
•Alterações psico-sociais;
•Apnéia.
OBESIDADE NO BRASIL:
Fatores Genéticos:
Fatores Socioeconômicos:
•Influencia os hábitos por meio da educação, da renda e da
ocupação, resultando em padrões comportamentais que
afetam ingestão calórica, gasto energético e a taxa
metabólica basal.
PRINCIPAIS CAUSAS:
Mudanças na alimentação:
•Em torno dos anos 90 houve um aumento
no consumo de doces, biscoito recheado,
refrigerantes, fast-food e etc e uma
diminuição no consumo de frutas e
hortaliças . A transição alimentar e
nutricional levou ao declínio da prevalência
de desnutrição e levou ao aumento de
sobrepeso e obesidade.
PRINCIPAIS CAUSAS:
Globalização:
•Introduziu alimentos que não faziam parte da cultura local,
fazendo com que culturas de outros países fossem aceitas.
•Com isso houve a introdução de alimentos não saudáveis
como o costume de comer hambúrguer, cachorro-quente e
etc.
PRINCIPAIS CAUSAS:
Sedentarismo:
•Antigamente as crianças eram mais ativas, com brincadeiras
na rua e etc., hoje em dia com o avanço da tecnologia, as
crianças passam a maior parte do tempo sentadas em
frente a tv, do computador, jogando vídeo game,o que
contribui para o acúmulo de gordura junto a uma
alimentação não saudável.
PRINCIPAIS CAUSAS:
Influência da mídia:
•As crianças são muito influenciadas por
comerciais chamativos e apelativos,com
bastante coloridos que acabam estimulando
o consumo da criança por interesse aquele
alimento, geralmente são alimentos
industrializados:biscoitos, refrigerantes e
fast-food e etc.
PREVALÊNCIA NA INFÂNCIA:
Doença Crônica:
•Não transmissível;
•Progressiva;
•Recorrente.
Neuropeptídeos orexígenos:
- Y (NPY)- é um dos mais potentes estimuladores da ingestão
alimentar dentro do sistema nervoso central;
- hormônio concentrador de melanina (MCH);
- orexinas A eB;
- proteína do gen. Aguti (AGRP);
Outros fatores:
É CLÍNICO!!!
ANAMNESE:
d) Estadiamento Puberal;
Estadiamento puberal (sexo feminino): mamas (M) Estadiamento puberal (sexo masculino): volume testicular (G)
e pelos pubianos (P); e pelos pubianos (P);
EXAME FÍSICO
É multidisciplinar:
Instituído gradualmente;
• Individualizado com dieta balanceada adequada à idade do
paciente, evitando-se a imposição de dietas rígidas e
extremamente restritivas;
• O planejamento inadequado da intervenção dietética pode
levar à diminuição da velocidade de crescimento e à
redução da massa muscular;
• Resultados esperados:
- adolescentes - redução gradual do peso;
- crianças - manutenção do peso;
- redução das morbidades.
TRATAMENTO DIETÉTICO
• Adoçantes?
- não há indicação formal;
- crianças e adolescentes obesos que não apresentam intolerância à glicose
nem diabetes mellitus, é preferível modificar o hábito alimentar, estimulando o
consumo moderado de alimentos ricos em açúcar e de doces e limitando a
ingestão lipídica.
• Alimentos light?
- Os alimentos “light”, especialmente aqueles com redução do
conteúdo de gordura, apesar de frequentemente
apresentarem custo mais elevado, podem ser usados como
coadjuvantes no tratamento dietético.
• Alimentos diet?
- Não está indicado no manejo da obesidade infantil;
- É elaborado para regimes alimentares especiais, ou seja,
aqueles destinados a indivíduos com alguma doença.
ATIVIDADE FÍSICA
•Apoio ao tratamento;
•Intervenção na dinâmica familiar;
•Estilo de vida.
MONITORAMENTO
1. Comer frutas e verduras variadas, pelo menos duas vezes por dia;
2. Consumir feijão pelo menos quatro vezes por semana;
3. Evitar alimentos gordurosos como carnes gordas, salgadinhos e
frituras;
4. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele do frango;
5. Nunca pular refeições: fazer três refeições e um lanche por dia. No
lanche escolher uma fruta;
6. Evitar refrigerantes e salgadinhos de pacote;
7. Fazer as refeições com calma e nunca na frente da televisão;
8. Aumentar a sua atividade física diária. Ser ativo é se movimentar.
Evitar ficar parado, você pode fazer isto em qualquer lugar;
9. Subir escadas ao invés de usar o elevador, caminhar sempre que
possível e não passar longos períodos sentado assistindo à TV;
10. Acumular trinta minutos de atividade física todos os dias.
A PREVENÇÃO DA OBESIDADE É
MAIS BARATA E EFICIENTE QUE
SEU TRATAMENTO!
QUESTÕES SOBRE OBESIDADE
1) Escolar, 11 anos, obeso, anda pouco, “enrola” nas aulas de educação física e alimenta-se mal. Sua mãe
trabalha o dia todo e não fiscaliza a sua rotina. Vai para a escola no período vespertino e todo tempo
livre gasta na frente da TV, com jogos eletrônicos ou na internet. Neste caso, o pediatra deve:
A) mobilizar a equipe multiprofissional para modificar comportamento da criança e da família com relação
a higiene do sono, hábitos alimentares e atividade física;
B) envolver a escola cujo papel é fundamental, na promoção do desenvolvimento saudável com uma
cultura prevencionista, principalmente na faixa etária de adolescente;
C) alertar a família sobre atitudes relativas às mudanças alimentares, de horários, inserção de atividade
física vigorosa por 60 minutos três vezes por semana e uso de mídias até duas horas diárias ;
D) envolver a família e escola como parceiras na educação em saúde estimulando cuidados alimentares,
higiene do sono, atividade física diária e limitação do uso de mídias até duas horas por dia.
2) O panorama da evolução nutricional da população brasileira revela, nas duas últimas décadas,
mudanças em seu padrão. As tendências temporais da desnutrição e da obesidade definem uma das
características marcantes do processo de transição nutricional do país. Ao mesmo tempo em que a
ocorrência da desnutrição em crianças e adultos declina em ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência
de sobrepeso e obesidade. Dessa forma, analise as recomendações para a promoção da alimentação
saudável da criança e, consequentemente, prevenção da obesidade e das doenças crônicas não
transmissíveis:
I. Promoção, apoio e estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o segundo mês e complementar até
2 anos de vida ou mais;
II. Valorização do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, a partir da caderneta da criança;
III. Orientação da alimentação da criança com base nos 10 passos da alimentação da criança menor de 2
anos; IV. Estímulo ao uso do sal e seu correto armazenamento no domicílio;
V. Incentivo ao uso de alimentos regionais, especialmente frutas, legumes e verduras;
VI. Incentivo ao consumo de alimentos que são fontes de ferro. Assinale a alternativa que contém todas as
recomendações corretas:
(A) I, II, III e VI; (B) I, III, V e VI; (C) I, III, IV e V; (D) II, III, V e VI; (E) II, III, IV e VI
3) Escolar, seis anos e nove meses, sexo feminino, é levada à consulta anual de puericultura. Exame físico:
peso: 28.800g; altura: 120 cm, sem alterações no restante do exame. Utilizando o gráfico abaixo, deve-se
comunicar ao responsável:
A) o diagnóstico de sobrepeso, solicitando rigor no controle no âmbito alimentar;
B) a probabilidade de obesidade, realizando medições adicionais de adiposidade;
C) a probabilidade de sobrepeso, instituindo avaliações de parâmetros bioquímicos;
D) o diagnóstico de obesidade, orientando medidas para a prevenção de comorbidades.
4) A prevalência da obesidade tem aumentado de forma acelerada nas crianças brasileiras. Ela pode
comprometer de forma significativa a saúde, não só da criança, mas do adulto que ela será. Entre as
medidas abaixo, a única que NÃO tem impacto positivo na prevenção da obesidade é:
(A)aleitamento materno;
(B)atividade física regular;
(C)uso de hipoglicemiante oral;
(D)reduzir o uso de alimentos processados;
(E) diminuir o tamanho das porções dos alimentos.
5) A obesidade é um problema de saúde grave que atinge várias pessoas ao redor do
planeta. Marque a alternativa que apresenta o único fator que não é considerado
desencadeador da obesidade.
a) Problemas genéticos.
b) Hábitos alimentares inadequados.
c) Hipertensão arterial.
d) Problemas hormonais.
e) Falta de atividades físicas regulares.
RESPOSTAS
• 1º LETRA D: O sedentarismo e os maus hábitos alimentares produzem um balanço positivo de ganho
ponderal que necessita do esforço da família para as mudanças de atitudes que precisam ser
implementadas para a prevenção da obesidade e suas comorbidades. A escola é parceira e fundamental
neste processo, para se trabalhar a educação em saúde, alimentação saudável, vigilância nas cantinas
escolares e na merenda escolar, e, segundo a Academia Americana de Cardiologia, no desenvolvimento de
atividades físicas aeróbicas, preferencialmente lúdicas, 60 minutos diários.
• 2º LETRA D: As alternativas incorretas são: I - aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e não até o 2º
mês IV –Não estimular o uso do sal.
• 3º LETRA B: Considerando os dados fornecidos, peso, altura e o gráfico de índice de massa corporal, calcula-
se que este índice é 20. Plotando no gráfico está acima do segundo desvio padrão positivo (+2SD; entre esta
curva e a do +1SD classifica-se como sobrepeso), o que serve para indicar a probabilidade de obesidade.
Porém, deve-se levar em conta que não necessariamente há excesso de gordura, podendo neste caso haver
excesso de massa muscular. Desta forma, para se fazer o diagnóstico de obesidade, outras mensurações da
adiposidade devem ser realizadas. As crianças classificadas como sobrepeso têm indicação de avaliação
bioquímica caso haja história familiar de diabetes mellitus ou achado de acantose nigricans; demais exames
podem ser feitos caso haja na história ou no exame físico indícios que os justifiquem.
• 4º LETRA C: O uso de hipoglicemiante oral é uma medida terapêutica e não preventiva. Todas as outras
medidas têm efeito preventivo e algumas também terapêutico.
• 5º LETRA C: A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial. Sendo assim, a
hipertensão pode ser considerada como uma consequência, e não uma causa da obesidade.
OBRIGADA!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Obesidade na Infância e Adolescência: Manual de Orientação(2012) – SBP;