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RESENHA
Rogério Pereira Balbino1
FÉ CRISTÃ E MISTICISMO. Alderi de Souza Matos, Francisco Solano Portela Neto, Heber
Carlos de Campos, Augustus Nicodemus Lopes. São Paulo: Cultura Cristã, 2ª edição. 2013.p.167.

FÉ CRISTÃ E MISTICISMO
O próprio título do livro já nos introduz a um flash de sua temática, esta obra trata de
maneira clara e objetiva da Fé Cristã e Misticismo. Poderíamos chamá-la (não pejorativamente) de
uma colcha de retalho, pela forma como foi compilada. Diversos autores, com diversos artigos,
construindo uma obra reflexiva sobre o que é cristianismo e o que é o misticismo, que está
espalhado no arraial do povo de Deus. Os autores que escreveram estes artigos são presbiterianos e
acima disso, servos de Deus que se preocupam com a Igreja de Cristo, bem como a expansão dessa
Igreja em nosso Brasil; homens zelosos da fé reformada, a quem Deus tem usado para edificação do
corpo de Cristo; servos que estão preparados a falar do que propõem tanto pelo seu preparo
intelectual, bem como pelo testemunho que se tem aferido deles na seara do nosso Senhor Jesus
Cristo.
No capítulo 1 que nesta edição2 leva a temática de “Histórico do Movimento
Neopentecostal no Brasil”, de autoria do Rev. Alderi Souza de Matos (Th.D.), apresenta-nos o
embrião do movimento carismático no Brasil, abordando o pentecostalismo e seus diversos ramos,
bem como a divisão entre o pentecostalismo e o surgimento do neopentecostalismo, e as mais
conhecidas denominações que seguem esta linha mística de religião. No capítulo 2 o presbítero
Francisco Solano Portela Neto (Th.M.), desenvolve o seguinte artigo “Avaliando as Manifestações
Sobrenaturais”; somos incitados a meditar nos pensamentos de nossos dias, em que sinais e
maravilhas são buscados por uma multidão e somos por este pensamento instruídos a buscá-los
como comprovação da presença de Deus no nosso meio. Líderes religiosos diversos fazem uso
disto; dentro deste contexto, liturgias tradicionais são rejeitadas, e diluem-se governos eclesiásticos
mais formais, desenvolve o culto ao Espírito Santo como resposta a apatia da igreja. O autor
utilizando-se de relatos de alguns fenômenos discute a origem destes, bem como procura

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Rogério Pereira Balbino é membro da Segunda Igreja Presbiteriana de Taguatinga, e atua como evangelista
na Congregação em Santa Maria Norte, D.F., e aluno em curso no Seminário Presbiteriano de Brasília, 2016.
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A primeira edição do livro Fé Cristã e Misticismo. Cultura Cristã. 1ª edição, ano 2000, aparece alterações,
tais como na temática do artigo do Rev. Alderi Souza de Matos (na 1ª edição de 2000 o nome é “Uma História de Fé e
Entusiasmo” e na 2ª edição, a mais recente de 2013 o nome é “Histórico do Movimento Neopentecostal no Brasil”); ela
possui uma apresentação e uma introdução “Para quem quer um cristianismo 2.0”, o que penso, erradamente tiraram da
edição mais recente.
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igualmente discernir a atitude do cristão para com os eventos incomuns e estranhos, ceticismo
abrangente, ou compreensão do que a Palavra de Deus nos ensina sobre manifestações
sobrenaturais; ele aborda a concentração no inusitado e na procura pelas manifestações do Espírito;
e por fim procura definir as peculiaridades doutrinárias e de interpretação da Palavra de Deus
apresentadas no neopentecostalismo. Não deixando de apresentar as atitudes que o cristão deve ter
diante destes fenômenos a luz das Escrituras, bem como a sua suficiência à toda a igreja de Cristo.
No capítulo 3 “Profecia Ontem e Hoje” o autor Heber Carlos de Campos apresenta-nos
um artigo que é uma tentativa de preencher uma lacuna na formação teológica dos ministros do
Evangelho em nosso país. Ele faz uma comparação entre os profetas do Antigo Testamento e os
apóstolos no Novo Testamento. E compara os apóstolos do Novo Testamento e os profetas das
igrejas locais do Novo Testamento. E por fim, ele compara os profetas do Antigo Testamento e os
profetas das igrejas locais do Novo Testamento. Fechando o artigo, há algumas noções sobre a
contemporaneidade do ministério profético nas igrejas locais, mostrando as funções básicas dos
profetas, assim como uma ênfase especial sobre o instrumento que eles usam para o exercício de
suas funções.
No capítulo IV “A Batalha Espiritual em Perspectiva” o reverendo Augustus Nicodemus
Lopes aborda neste capítulo alguns dos principais ensinos do movimento de batalha espiritual
partindo do contexto doutrinário maior onde o mesmo se encaixa. Analisando temas maiores que
controlam a área de demonologia bíblica, procurando mostrar que muitas das distorções
apresentadas pela demonologia do movimento se devem ao fato que ele enfoca determinados
ensinos fora dos contextos a que pertencem. Quando analisado a atuação demoníaca da perspectiva
do ensino bíblico sobre a soberania de Deus, a suficiência das Escrituras, a queda do homem e a
plena redenção em Cristo, verificamos que a batalha espiritual não pode se tornar a porta de entrada
ou o tema dominante de uma teologia ou de uma estratégia missionária adequados para a Igreja de
Cristo. Seria reduzir e distorcer o ensino mais completo das Escrituras.
CRÍTICA
Analisando a 1ª edição desta obra, com a esta atual, achei estranho terem tirados dela a
apresentação e a introdução; isto desestruturou a obra, pois ela começa abruptamente e termina da
mesma forma; faltou nesta 2ª edição uma introdução do assunto, bem como uma conclusão dele;
conclusão esta que não há também na primeira edição. Faltou para enriquecimento desta obra um
artigo que ligasse os pontos de todos os artigos anteriores, com uma abordagem bíblica pastoral à
igreja de Cristo, bem como para os líderes. Ainda percebe-se a mudança do nome do primeiro artigo
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da 1ª edição em comparação com a 2ª edição, estranho, pois a edição e publicação de cada livro é
feita após uma séria revisão do que fora escrito.
Preciso concordar com as palavras do reverendo Guilhermino Cunha3, onde claramente nos
apresenta pontos positivos desta rica obra:

O momento porque passa a igreja evangélica brasileira torna este livro


extremamente necessário. Com os olhos e o coração voltados para esta
realidade e solidamente firmados nas Escrituras, os autores fazem uma
análise bíblico-teológica de algumas influências e tendências que
estão afetando pessoas e instituições cristãs em nossos dias. O livro
apresenta ampla discussão e profundidade de argumentos, de modo a
enriquecer o leitor e ajudá-lo na aquisição de bagagem que o
capacitará a melhor enfrentar as questões de sua época de modo
coerente com a Palavra de Deus (Guilhermino Cunha).

O primeiro ponto positivo a destacar nesta obra é sua relevância e urgente necessidade na
vida da Igreja Cristã no Brasil e mundial. É urgente a necessidade de sermos uma igreja que prega e
vive o cristianismo puro e simples da Bíblia. No artigo Profecia Hoje, há uma citação sábia do
reverendo Heber quando ele diz que para falar que não há revelações como no Antigo Testamento e
nos dias dos apóstolos, e opor-se a correntes contrárias, muitos tem caído no erro de afirmar que
cessaram também dons e ciência, pois a exegese que estes fazem tem o objetivo de eliminar
também o fenômeno de línguas, outra questão tão discutida na igreja. A negação do ministério
profético tende a causar um prejuízo enorme para a igreja de Jesus Cristo. Na tentativa de eliminar o
exercício de um dom (com o propósito de combater os exageros na corrente oposta), acabam
eliminando outros dons, privando, assim, a igreja daquilo que é muito importante para ela, ou seja,
o ministério profético (p.89).
APLICAÇÃO
Esta obra é muito prática à vida cristã de toda a Igreja de Cristo, pois traz instruções e
reflexões atuais bem como respostas bíblicas claras e bem fundamentadas. Ela enriquece
intelectualmente e espiritualmente o povo de Deus, dando-lhe condições de dar uma resposta as
inovações místicas do contexto brasileiro. É uma obra que bem poderá ser usada nos estudos
bíblicos da Igreja cristã, ou em salas de escolas dominicais. Pessoalmente sou instruído e edificado

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Na apresentação que o reverendo Guilhermino Cunha faz da 1ª edição do ano 2000 de Fé Cristã e
Misticismo ele deixa transparecer um coração pastoral, o que inclinou o meu coração a usar as palavras deste servo de
Deus, que até então atuava como pastor titular da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro.
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pelos ensinos bíblicos que aqui nos é apresentado, pelas respostas claras e objetivas a estes sérios
desvios de muitas igrejas atuais, a saber o misticismo e a ignorâncias das Escrituras; esta obra traz
consigo uma reafirmação da suficiência das Escrituras e o reforço da necessidade de pregarmos
fielmente esta Escritura. Ela soa um alerta às igrejas históricas, há uma sedução a volta da igreja e
devemos estar atentos.
MELHOR CITAÇÃO
Desta obra quero destacar este pensamente do presbítero Solano Portela “Fenômenos
sobrenaturais fazem parte da história revelada e registrada das interações de Deus com o homem,
nas Escrituras. A aceitação deles como realidade faz parte de uma compreensão correta da vida,
sem a qual caímos em um falso racionalismo, que caracteriza as pessoas que não temem a Deus”
(Solano Portela. Página 15). Quero acrescer a estas palavras outro trecho também do mesmo autor
que complementa este pensamento: “A existência de embustes neste campo, entretanto, não deve
levar o cristão a uma posição de rejeição da realidade destes fenômenos, pelas próprias declarações
da Bíblia, de que tais ocorrências podem ser verazes. Devemos ser muito críticos, mas sempre
conservar aberta a possibilidade da realidade dessas manifestações” (Solano Portela. Página 21).

Você leu todo o livro (ao invés de apenas “correr os olhos”)? Sim 100%.

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