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OS ESTADOS DE CRISTO
Introdução: A doutrina dos estados de Cristo desenvolveu-se no século dezessete. Os
estados em questão são os da Pessoa do Mediador, e não, como sustentam os luteranos, os da
natureza humana de Cristo. Deve-se ter em mente que um estado não é o mesmo que uma condição.
O primeiro é a posição do homem na vida, e particularmente a relação que ele mantém com a lei,
enquanto que a última é um modo de existência, especialmente quando determinado pelas
circunstâncias da vida. Quem se acha culpado perante um tribunal de justiça está num estado de
culpa ou condenação, o que é usualmente seguido por uma condição de encarceramento com toda a
privação e vergonha conseqüentes. Os estados do Mediador são geralmente tratados de maneira que
incluem condições resultantes. Com efeito, a enumeração usual dos estágios da humilhação e da
exaltação de Cristo torna as condições resultantes mais proeminentes do que os próprios estados.
A. O ESTADO DE HUMILHAÇÃO
O estado de humilhação consiste em Cristo ter posto de lado a majestade divina que era
Sua como soberano governador do universo, ter assumido a natureza humana na forma de servo, e
ter ficado, ele que é o supremo legislador, sujeito às exigências e à maldição da lei. Esta doutrina
baseia-se em passagens como Mt.3:15; Gl.3:13; 4:4; Fp.2:6-8. Este estado de Cristo se reflete na
condição correspondente, em que se distinguem usualmente os seguintes:
1. A ENCARNAÇÃO E O NASCIMENTO DE CRISTO
Na encarnação, o Filho de Deus, às vezes chamado o Verbo (Jo.1:1), tornou-se carne. Isto
não significa que deixou de ser o que era e Se transformou em homem. Em sua natureza essencial, o
Filho de Deus é exatamente o mesmo antes e depois da encarnação. Encarnação significa
meramente que Ele tomou, além da Sua natureza divina, uma natureza humana completa, que
consiste em corpo e alma (Jo.1:14; Rm.8:3; 1ª Tm.3:16; 1ª Jo.4:2; 2ª Jo.7).
Pela encarnação Ele Se tornou realmente um membro da raça humana, visto que derivou
Sua natureza humana da substância de Maria. Isto deve ser sustentado em oposição aos anabatistas
que afirmam que Ele a recebeu do céu e que Maria foi meramente o canal ou meio por onde passou.
A Escritura ensina-nos que a encarnação se efetuou por um nascimento virginal, e à vista disto a
Confissão Belga estabelece que a natureza humana de Cristo foi “concebida no ventre da bem
aventurada virgem Maria, pelo poder do Espírito Santo, sem o concurso do homem”. Baseia-se
esta doutrina nas seguintes passagens da Escritura: Is.7:14; Mt.1:20; Lc.1:34,35.
A obra do Espírito Santo em relação ao nascimento de Cristo foi dupla: a) Operou a
concepção da natureza humana de Cristo no ventre de Maria; b) Santificou esta natureza humana
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logo no início de sua existência e assim a conservou livre da poluição do pecado. A doutrina do
nascimento virginal foi aceita pela Igreja desde os tempos mais primitivos, mas é negada pelos
teólogos modernos e liberais, como sendo contrárias às leis da natureza. Alguns afirmam que a
encarnação não é parte da humilhação de Cristo, visto que Ele ainda possui a natureza humana, e
não está mais em estado de humilhação. Mas devemos cuidadosamente discriminar aqui. Conquanto
fosse um ato de grande condescendência, não era uma humilhação que o Filho de Deus assumisse a
natureza humana; mas foi um ato de humilhação assumir a “carne”, isto é, a natureza humana
como Ela é desde a queda, enfraquecida e sujeita ao sofrimento e a morte, posto que em seu caso,
livre da mancha do pecado.
2. OS SOFRIMENTOS DE CRISTO
Somos muitas vezes inclinados a pensar nos sofrimentos de Cristo como sendo limitados
às Suas agonias finais. Todavia, toda a Sua vida foi de sofrimento. Foi a vida de um servo assumida
pelo Senhor dos Exércitos, a vida de alguém sem pecado num mundo amaldiçoado pelo pecado. O
caminho da obediência foi para Ele o caminho de sofrimento. Os repetidos assaltos de Satanás, o
ódio e a incredulidade de Seu próprio povo, e a perseguição de Seus inimigos causaram-lhe
sofrimento. Sua solidão devia ter sido opressiva e Seu senso de responsabilidade esmagador. Não se
deve procurar a essência verdadeira de Seus sofrimentos nos desconfortos e dores corporais como
tais, mas nestes acompanhados de angústias de alma e da consciência mediatária do pecado.
Por causa de Sua perfeição ética e de Sua paixão pela justiça, santidade e verdade, os
motivos de sofrimento foram para Ele muito mais numerosos do que são para nós. Ninguém podia
sentir a pungência da dor e tristeza e o mal moral como Jesus. As tentações de Cristo foram também
uma parte de Seus sofrimentos, e uma parte muito essencial. Foi somente entrando realmente nas
provações dos homens que Jesus pôde tornar-se um Sumo Sacerdote verdadeiramente compassivo,
e “capaz de socorrer os que são tentados” (Mt.4:1-11; Lc.22:28; Jo.12:27; Hb.2:18; 4:15; 5:7-9).
Nenhuma resposta plenamente satisfatória pode-se dar à pergunta, como foi possível a Jesus,
Aquele que estava isento de pecado, ser tentado. De um lado devemos sustentar a realidade de Suas
tentações e de outro a certeza de que essas tentações nunca podiam resultar em pecado de Sua parte.
3. A MORTE DE CRISTO
Quando falamos aqui da morte de Cristo, temos em mente a Sua morte física. Cristo não
morreu em consequências de um acidente, nem por mão de um assassino, mas por sentença judicial.
Era importante que assim fosse, porque tinha de ser contado com os transgressores. Além disso, era
significativo que fosse julgado e sentenciado por um juiz romano, representando o mais alto poder
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judicial do mundo, funcionando pela graça de Deus e dispensando justiça em nome de Deus. Além
disso, tem significado especial não ter sido decapitado ou apedrejado até morrer, mas crucificado.
Sofrendo essa forma romana de castigo, foi contado com os mais vis criminosos e a escória da
humanidade, e satisfaz assim as exigências mais extremas da lei. Ao mesmo tempo sofreu uma
morte maldita, dando com isso prova de que se tornou uma maldição por nós (Dt.21:23; Gl.3:13).
4. O SEPULTAMENTO DE CRISTO
Podia parecer que a morte de Cristo foi o último estágio de Sua humilhação, especialmente
à vista das últimas palavras na cruz: “Tudo está consumado”. Mas estas palavras com toda a
probabilidade se referem aos Seus sofrimentos ativos. É perfeitamente claro que Seu sepultamento
foi também uma parte de Sua humilhação. A volta do homem ao pó é parte do castigo do pecado
(Gn.3:19). Além disso, diversas passagens na Escritura indicam claramente que a permanência do
Salvador na sepultura era uma humilhação (Sl.16:10; At.2:27, 31; 13:34,35).
O pecador é apresentado como sendo sepultado como Cristo, e isto se refere à descida, ao
despojamento, e à destruição do homem velho (Rm.6:1-6). Isto mostra claramente que o
sepultamento de Cristo é considerado como parte de Sua humilhação. O sepultamento de Cristo
serviu ao propósito de remover os terrores da sepultura para os remidos, santificando-a para eles.
5. A DESCIDA DE CRISTO AO HADES
Depois de falar dos sofrimentos e da morte do Salvador, a Confissão Apostólica
acrescenta: “Desceu ao Hades”. Estas palavras são interpretadas de várias maneiras. Os católicos
romanos as interpretam dizendo que Cristo depois da morte desceu ao LIMBUS PATRUM, onde
os santos do Velho Testamento estavam encarcerados, para libertá-los e conduzi-los ao céu. Os
luteranos consideram a descida ao hades como o primeiro estágio da exaltação de Cristo, uma
marcha triunfal, talvez entre a Sua morte e ressurreição, para celebrar a Sua vitória sobre os poderes
das trevas. A Igreja Anglicana afirma que, embora o corpo de Cristo estivesse na sepultura, a alma
desceu àquela parte do hades chamada paraíso, a habitação das almas dos justos, e deu-lhes uma
exposição mais completa da verdade. Finalmente, as Igrejas Reformadas comumente interpretam a
frase, “Desceu ao hades”, figuradamente1 como uma expressão da ideia de que Cristo sofreu as
agonias do inferno no Getsêmani e na cruz.

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Desceu ao hades é uma referencia simbólica para entendermos a intensidade do sofrimento de Cristo, bem como sua
agônica realidade. Expressão de simbolismo entre inferno e dores profundas são encontradas no Salmo 116, quando o
Salmista, o rei Ezequias em meio a dolorosa notícia de que iria morrer, ele diz “angústias do inferno se apoderaram de
mim”. Outra referência é a expressão popular de sofrimento, “há um dor infernal no meu corpo” ou quando determinada
situação da vida está um caos, as pessoas dizem “a minha vida está um inferno”. Estas são analogias ricas e impactantes
para fazer-nos refletir sobre o sofrimento.
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No todo parece melhor combinar dois pensamentos: a) Que Cristo sofreu as angústias do
inferno no jardim e na cruz; e b) que entrou na mais profunda humilhação no estado da morte. As
passagens da Escritura em que a doutrina da descida ao hades se baseia são especialmente as
seguintes: Sl. 16:8-10; Ef. 4:9; 1ª Pe.3:18,19; 4:6.
B. O ESTADO DE EXALTAÇÃO
No estado de exaltação Cristo saiu de debaixo da lei, que era uma obrigação pactual, tendo
pago a penalidade do pecado e merecido a justiça e a vida eterna para o pecador. Como Mediador
começou a gozar agora do favor total e do bom prazer de Deus, e foi coroado com glória e honra
correspondentes. Também teve de aparecer pela Sua condição que a penalidade do pecado foi
anulada. Sua exaltação foi também Sua glorificação. Os católicos romanos e os luteranos ensinam
que a exaltação de Cristo começou com a Sua ressurreição. Quatro estágios devem ser levados em
consideração aqui:
1. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A ressurreição é o grande ponto decisivo nos estados de Cristo.
a) A Natureza da Ressurreição. A ressurreição de Cristo não consiste no mero dato
de ter Ele voltado à vida e de se terem reunido nEle o corpo e a alma. Se fosse só
isto, Ele não podia ser chamado “as primícias dos que dormem” (1ª Co.15:20),
nem “o primogênito de entre os mortos” (Cl.1:18; Ap.1:5). Consiste aliás, em que
nEle a natureza humana, tanto o corpo como a alma, foi restaurada à sua pureza,
força e perfeição originais, e elevada até a um nível superior, enquanto o corpo e a
alma se uniram novamente para formar um organismo vivo. Era perfeitamente
evidente após a ressurreição que Seu corpo tinha passado por uma notável
mudança. Era o mesmo e, todavia, tão diferente que não era facilmente
reconhecido. Era um corpo material e genuíno, mas um corpo que podia
repentinamente aparecer e desaparecer de maneira surpreendente, um corpo
transformado num órgão perfeito do espírito, e portanto “espiritual” (Lc.24:31, 26,
39; Jo.20:19; 21:17; 1ª Co.15:50). Evidentemente houve uma mudança na vida da
alma de Cristo, o que não significa que Ele se mudou religiosamente ou eticamente,
mas que Sua alma foi dotada de novas qualidades, perfeitamente ajustadas ao Seu
futuro ambiente celestial. Pela ressurreição Ele se tornou espírito vivificante (1ª
Co.15:45).
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b) O Significado da Ressurreição. A ressurreição de Cristo tem um tríplice


significado: a)
2. ASCENSÃO DE CRISTO

3. A ENTRONIZAÇÃO DE CRISTO À MÃO DIREITA DE DEUS

4. A VOLTA FÍSICA DE CRISTO

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