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1-)Explique e indique as situações onde é cabível “Reclamação”.

1. Preservar a competência do tribunal (art.988, I). Por


exemplo, no caso de ser instaurado processo em que sejam partes, de
um lado, a União e, de outro, um Estado da Federação. Pois nesse caso,
é competente para conhecer originariamente da causa o Supremo
Tribunal Federal (art. 102, I, f). Pois se o processo se desenvolver perante
outro órgão jurisdicional qualquer, terá havido usurpação da competência
do STF e, pois, será possível ajuizamento de reclamação.
2. Juízo de primeiro grau que profere decisão de inadmissão
de apelação. É que, por força do dispositivo no art. 1010, §3º, não é de
competência do juízo de primeira instância exercer juízo de
admissibilidade da apelação. Tal exame cabe, originariamente, ao tribunal
de segundo grau. Assim, decisão do juízo de primeira instância que
declare inadmissível a apelação é ato de usurpação de competência de
tribunal de segundo grau. Ocorre que tal decisão, de natureza
interlocutória, não é impugnável por agravo de instrumento (art. 1015),
motivo pelo qual a reclamação será, na hipótese, a única via processual
adequada para impugnar-se aquele ato jurisdicional praticado por órgão
desprovido de competência para praticá-lo.
3. Também admite reclamação, perante qualquer tribunal, para
garantir a autoridade das decisões do tribunal (art. 988, II). Imagine-se a
seguinte hipótese: um tribunal de segunda instância deixa de conhecer de
um recurso por reputá-lo inadmissível. Esta decisão vem a ser reformada
pelo Supremo Tribunal de Justiça que, em sede de recurso especial,
determina ao tribunal de segunda instancia que julgue o mérito daquele
recurso. O tribunal intermediário, então, retoma o julgamento do recurso
original e dele, uma vez mais, não conhece, por entendê-lo inadmissível
pelo mesmo fundamento já afastado pelo STJ. Pois neste caso há nítido
desrespeito à autoridade de decisão de tribunal superior, o que pode ser
impugnado por via de reclamação.
4. Outro caso pode ser figurado: juízo de primeira instância
indefere inversão do ônus da prova requerida pelo autor. Desta decisão
se interpõe agravo de instrumento (art.1015,XI ), que vem a ser provido,
determinando o tribunal uma nova distribuição dos ônus probatórios. O
juízo de primeiro grau, então, emite pronunciamento em que comunica às
partes que julgará causa sem a inversão do ônus da prova, por entender
não ser o caso de invertê-lo. Este pronunciamento, como parece claro,
desrespeita a autoridade da decisão do tribunal, e pode ser impugnado
por via de reclamação.
5. Reclamação destinada a garantir a observância de
enunciado de súmula vinculante ou de decisão proferida pelo STF em
controle concentrado de constitucionalidade (art.988,III na redação da Lei
nº 13,256/2016). Trata-se, a rigor, de hipótese que sequer precisaria estar
prevista em separado, já que está evidentemente englobada na hipótese
anterior. Afinal, as decisões proferidas pelo STF no exercício do controle
concentrado de constitucionalidade têm eficácia vinculante e erga omnes
(art.102,§2º, da Constituição da República). Assim, qualquer decisão
judicial que venha a ser proferida, em qualquer processo, e que
desconsidere o quanto decidido pelo STF em processo de controle
concentrado de constitucionalidade desrespeita a autoridade daquela
decisão é, pois, impugnável por meio de reclamação. O mesmo se diga
em relação às decisões que violem enunciado de súmula vinculante,
hipótese em que o cabimento da reclamação já está expressamente
previsto na Constituição Federal (art. 103-A, §3º, da Lei Maior).
6. Garantir a observância de acordão proferido em julgamento
de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de
assunção de competência, (art.988,IV, da Lei nº13.256/2016). Também
este inciso, a rigor, é desnecessário. É que a reclamação que tem por
objeto garantir a observância de precedente oriundo de julgamento de
incidente de resolução ou de incidente de assunção de competência
nitidamente se insere na hipótese prevista no inciso II do art. 988, já que
a reclamação terá, na hipótese, o objeto de preservar a autoridade da
decisão do tribunal.
4-) Se julgado procedente, quais as determinações serão feitas pelo
órgão julgador? Explique e fundamente.
O julgamento de procedência do pedido formulado na reclamação
cessará a decisão exorbitante ou determinará medida adequada à solução
da controvérsia (art.992). Percebe-se que, não sendo a reclamação um
recurso, não terá ela o efeito de reformar o ato reclamado. O tribunal, ao
julgar procedente a reclamação, poderá, no máximo, invalidar o ato
impugnado, cassando-o. Além disso, incumbe ao tribunal determinar as
medidas que sejam necessárias para preservar sua competência ou garantir
a autoridade de suas decisões. Assim, por exemplo, poderá o tribunal
determinar que lhe sejam remetidos os autos do processo (respeitando o
precedente ou enunciado de súmula vinculante que não tinha sido observado
no ato impugnado), ou, ainda, determinar que sejam praticados quaisquer
outros atos que se revelem necessários para garantir a autoridade de sua
decisão, o que mostra ter sido adotado um sistema de atipicidade das
medidas empregáveis para garantir o cumprimento da decisão tomada no
julgamento da reclamação.
Para assegurar pela eficácia ao julgamento da reclamação, incumbe
ao Presidente do Tribunal (ou do órgão fracionário competente para julgar a
reclamação) determinar o imediato cumprimento da decisão,
independentemente da lavratura do acórdão deverá realizar-se
posteriormente à determinação das medidas necessárias para dar
cumprimento à decisão proferida no julgamento da reclamação (art.993).

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