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1.

Introdução

O cabeleireiro tem uma função não apenas estética, como


também de asseio e higiene para cada indivíduo, sendo este
homem ou mulher.

Antes dessa profissão se tornar ampla, quem a executava


eram os médicos, sendo estes responsáveis pela saúde e
asseio das famílias, examinando e orientando os hábitos
pessoais cotidianos.

Portanto, higiene pessoal, saúde e boa aparência desde


sempre foram tratados como fatores diretamente relacionados
e essenciais um para o outro, assim como indispensáveis.

2. Surge uma nova profissão

Mas como se pode imaginar, com o tempo o número de


afazeres dos médicos aumentou, e começou a ficar difícil a
organização para os cuidados gerais de todas as pessoas de
uma mesma família, ou de várias.

Dessa forma, surge então a profissão de cabeleireiro,


necessária para a higiene pessoal, e esta passa a ser uma
função de assistência aos médicos: os deveres de cortar
cabelos, acertar unhas, sobrancelhas, barba bigode e remover
pêlos em excesso era uma função estritamente necessária e
não mais atribuída aos profissionais de saúde, que agora
cuidariam somente da saúde corporal dessas famílias.

3. Profissionais e espaços separados para cada sexo

Mas como era de se esperar, essa profissão saiu dos


ambientes domésticos, e foram criados estabelecimentos com
sessões específicas para cada sexo:

As barbearias, focadas nos homens, local de higiene e


negócios, onde os mesmos faziam seu network ou seja, eram
também locais de encontros entre empresários e comerciantes.

O que significa que estes locais não serviam apenas como


referência estética e de asseio: era fundamental que, para
cuidar de seus negócios, os homens frequentassem este
ambiente, assim como são frequentados os campos de golfe
atualmente, com o mesmo objetivo.

Já as assistentes mais habilidosas iniciaram seu negócio de


beleza focado nas mulheres. Tingir os cabelos, fazer
penteados, inserir adornos, tranças e apliques e tudo o mais
para que a beleza das mesmas pudesse ser potencializada,
transformando-as assim em novas mulheres, cheias de brilho e
beleza.

Entrava em cena nesse momento o que chamamos


de Visagismo.

4. Como surgiu afinal, a profissão de cabeleireiro?

Desde os primórdios da humanidade, o ser humano se


preocupa mesmo que minimamente com sua aparência, seja
por razões religiosas e simbólicas, seja por razões pessoais
(algo que supostamente teve início um pouco mais tarde).

Objetos arqueológicos recentemente encontrados, como


pentes e navalhas, entalhados em pedra, mostram que a
preocupação com as madeixas vem da pré-história (e continua
firme, cada vez mais tecnológica e especializada).

Logo depois, as civilizações começaram a utilizar da beleza e


da aparência como brasões poderosos, que demonstravam
poder e riqueza. Entenda mais a seguir!

A cultura capilar no Antigo Egito


No Egito, há aproximadamente cinco mil anos, a arte de cuidar
dos cabelos e da aparência chegou a seu auge: nessa época
surgiram perucas sofisticadas, que mostravam o trabalho do
cabeleireiro tal como uma arte, benefício e prestígio dos quais
gozavam os faraós na antiguidade.

Isso mostra como o cuidado com os cabelos e com a aparência


em geral sempre foi um traço característico do Antigo Egito.

O arsenal empregado nesses cuidados eram básicos: escovas,


tesouras, loções de tratamento, entre outros). Tudo isso era
cuidadosamente guardado em caixas especiais, luxuosamente
decoradas.

Embora a partir do ano 3.000 a.C as cabeças raspadas e lisas


e os corpos sem pêlos tenham passado a ser sinais de nobreza
e glamour no Egito, a moda exigia dos homens e mulheres o
uso de perucas de cabelo humano ou até mesmo lã de
carneiro.

As barbas postiças passaram a ser costume entre os homens.

As tinturas eram usadas para conseguir a cor predileta das


perucas e barbas (o preto lustroso e brilhante) e entre os tipos
dessa substância estavam a Henna, pó feito a partir das folhas
da Alfena Egípcia, que oferecia um também um tom vermelho-
alaranjado (conhecido também como acobreado) aos cabelos e
unhas.

Os estilos mais populares de cabelos, tanto para os homens


quanto para as mulheres, eram os cortes retos, cujo
comprimento variava desde a altura do queixo até abaixo dos
ombros, sendo usados geralmente com o acompanhamento de
franjas na altura das sobrancelhas.

Os Gregos na história do cabeleireiro

Impossível citar a história da beleza sem citar a Grécia Antiga,


não é mesmo? Precisamos e devemos citar os criadores dos
primeiros salões de beleza (Koureia), em Atenas, construídos
sobre a praça pública, chamada “Ágora”.
Lá, os Kosmetes, conhecidos como também “Embelezadores
do Cabelo”, vulgo escravos e escravas especiais, circulavam
soberanos, sendo estes muito relevantes e importantes para a
sociedade.

Os escravos cuidavam dos homens, e as escravas cuidavam


das mulheres. Podemos perceber então, o quanto os cabelos
sempre tiveram sua importância e espaço particular na história.

Já no século II a.C, na Grécia antiga, para encontrar um


penteado requintado e exclusivo era conveniente das asas à
imaginação, e ir ao topo do Olimpo (espaço reservado aos
Deuses e Deusas) para buscar inspiração.

Estes penteados criativos ostentavam sobriedade e/ou


fantasias, prevalecendo como ditava a moda, cabelos louros,
frisados, caracóis estreitos e discretos, com franjas em espiral.

Conversas sobre política, esportes e eventos sociais eram


mantidas por filósofos, escritores enquanto estes eram
barbeados ou enquanto recebiam massagens, ou ondulavam
os cabelos, ou faziam pés e mãos. A estética da moda entre
eles eram cabelos espessos e escuros, que eram usados
longos e ondulados.

Já para as mulheres, nos afrescos de Creta, por exemplo, o


rabo-de-cavalo, muito usado por elas, aparece pela primeira
vez como penteado personalizado.

Os preparos cosméticos, como óleos, pomadas, graxas e


loções eram usados para dar brilho e perfumar os cabelos.

As madeixas louras eram raras e admiradas pelos gregos de


ambos os sexos, que tentavam descolorir os mesmos com
infusões de flores amarelas.

Já as barbas, verdadeiras ou falsas, permaneceram populares


até o reinado de Alexandre, o Grande, e a moda dos cabelos
se manteve na Grécia antiga por dois a três séculos.

A Roma antiga na história dos cabelos


A moda na Roma antiga, em geral, mudava rapidamente: era
ditada pelas esposas dos soberanos, e seguidas com
fidelidade por todas as romanas que se interessavam na
beleza pessoal.

A essa altura, no Império Greco-Romano, gregos e gregas


faziam os cabelos dos romanos e penteavam suavemente as
madeixas das romanas nos salões. Nestes estabelecimentos
também aconteciam interações sociais entre as damas da alta
sociedade.

Já nas chamadas barbearias da época, eram tratados assuntos


sociais, e nelas um grande número de barbeiros ofereciam a
prestação de seus serviços nos mercados e casas de banho
públicas, muito populares na Roma Antiga.

Uma curiosidade muito interessante é que, nesta época, os


cidadãos prósperos tinham o costume de oferecer a seus
convidados os serviços dos seus barbeiros particulares, o que
eleva ainda mais a profissão: ela era reconhecida como um
presente símbolo de hospitalidade.

As tecnologias no entanto não eram muito desenvolvidas,


como de se esperar: os cabelos e a barba eram ondulados com
ferro quente, e muitas receitas especiais (conhecidas como
poções) eram usadas para prevenir a temida queda de cabelos
e seu embranquecimento (que sabemos, chega com a idade).

O estilo capilar mais popular entre os homens dessa época era


o cabelo curto, escovado para frente, com leves ondulações.
Inclusive entre as mulheres também era usado o cabelo
ondulado, repartido no centro e caindo sobre as orelhas.

A moda dos cabelos na França

Se antes existiam particularidades de cunho regional, a partir


de Luís XIV, a moda francesa dominou todas as civilizações.

No começo do século XVIII, as mulheres casadas usavam uma


touca para esconder os cabelos e somente o marido das
mesmas poderia vislumbrar seus cabelos.
Essa era uma referência de comparação à Maria Madalena,
que usava os cabelos soltos e longos, com as Santas, que não
mostravam seus cabelos e propiciavam a imagem de auto-
preservação e castidade.

Então entra em cena a influência da corte, dominada por Luís


XIV e Maria Antonieta, e a partir desse momento, os jornais
focados em moda dessa época, que até então eram os
responsáveis por divulgar os novos estilos por toda a Europa,
incitavam a população a seguir sempre o exemplo das casas
reinantes de Paris e Viena, e também de todas as elites
européias.

Os primeiros cabeleireiros das senhoras dessa elite foram os


Coiffures parisienses Leonard, Autier e Legros Rumigny, que
prestavam seus serviços à rainha Maria Antonieta e recebiam
altíssimos salários, além de se tornarem referência por cuidar
de um ícone forte da moda e beleza da época.

Do século XX até hoje: as tecnologias de beleza e seus


rendimentos

Contudo, foi no século XX (e se estende até os dias atuais) que


a moda dos cabelos começou a se aliar à tecnologia.

A pesquisa científica sobre os cabelos começou quando a


higiene pessoal se solidificou como prevenção indispensável
para o acúmulo de piolhos e sujeira, que ficavam escondidos
sob as perucas, pós, perfumes e receitas especiais que já eram
utilizadas antes pelos amantes assíduos da beleza.

Como se sabe, início do século apareceram os salões de


beleza para mulheres, os quais não serviam apenas para
cuidar dos cabelos, mas eram também um ponto de encontro
social, como as barbearias na Grécia Antiga, como citado
anteriormente em nosso texto.

5. A profissão na era moderna

Com o advento e popularização da eletricidade, que aconteceu


por meios de 1906, Charles Nestle (Londres), inventou a
máquina de fazer ondas permanentes nos cabelos. Mesmo
levando aproximadamente 10 horas para concluir o processo
de ondulação permanente dos cabelos, essa invenção poupou
as mulheres de horas e horas usando ferro quente para fazer
as ondas da moda.

No ano seguinte, um estudante de química francês, Eugene


Schuller, fundou a empresa L’Oreal, criando uma tintura para
cobrir os cabelos grisalhos com cores naturais, utilizando para
isso um processo permanente.

A década de 20

Entrando nos anos 20, a moda exigia cabelos “a la garçonne”


moda que parecia polêmica aos partidários do cabelo comprido
como padrão de beleza e castidade, e estes condenavam que
o cabelo curto era uma vergonha para a mulher.

Entretanto, as mulheres cada vez mais independentes a nível


pessoal e profissional não se dispunham mais a seguir
tradições que consideravam arcaicas e desnecessárias, e essa
moda prosseguiu forte.

Outro uso da moda para os cabelos capaz de causar polêmica


foi lançada logo depois do fim da Primeira Guerra Mundial, o
corte de cabelo conhecido como “Joãozinho” para as mulheres
(cabelos bem curtos como os de homem) foi considerado
escandaloso, mas acabou ganhando popularidade devido à
sua praticidade.

O advento do cinema nessa década também nos trouxe novos


padrões de moda para os cabelos. As mulheres do mundo todo
rapidamente adotaram os estilos e cores usados pelas belas
atrizes de Hollywood!

As décadas de 50 e 60

A moda masculina, por sua vez, não mudou tanto assim logo
na primeira metade do século em questão, prevalecendo o
“look clean” que tinha como referência a influência militar das
duas guerras mundiais.
Esta influência foi quebrada na década de 50, onde Elvis
Presley foi um ícone que ajudou a mudar esse contexto de
moda masculina, exibindo suas costeletas compridas e o
topete brilhante, até que os Beatles tornaram novamente
populares os cabelos mais compridos para os homens na
década de 60.

Nas mesmas décadas também houveram mudanças no estilo


dos cabelos das mulheres, com o retorno dos cabelos lisos e
de corte simétrico, inspirados nas criações do cabeleireiro
inglês Vidal Sassoon.

A década de 70

Por fim, partir da década de 70, houve ampla aceitação de


estilos variados tanto para homens quanto para mulheres,
desde os cabelos soltos e naturais até o estilo “punk”.

A partir daí, as modificações de estilo foram se desenvolvendo


até as atuais, e a cada ano temos mais novidades nesse amplo
mercado de atuação devido à procura cada vez mais
recorrente pela beleza.

6. E o que podemos concluir visualizando o mercado


brasileiro de beleza?

O mercado da beleza cresceu muito no Brasil nos últimos anos


(estimativa de 2012 até o momento), e isso se deve tanto ao
crescimento de pessoal apto a trabalhar em tal área quanto ao
surgimento das redes sociais e sua importância quando se fala
de demonstrar estilos de vida e de aparência.

Em conclusão, seja por superstição, por costume, ou por


vaidade, a verdade é que o ser humano sempre utilizou a
beleza como expressão e inspiração pessoal, mas continua-se
dispensando grande atenção a essa importante parte do corpo
e de sua personalidade, que são os cabelos e a beleza
pessoal.

Mas mesmo com a taxa de rejeição percebida, houve um


crescimento e fixação dessa área de atuação no país (assim
como no resto do mundo) como uma demanda essencial e
diretamente ligada ao estilo de vida que se pauta na aparência
e cuidados consigo mesmo.

E além de tudo, nós, homens e mulheres, podemos contar com


um imenso arsenal para nos ajudar nessa tarefa. Por que não
usá-lo?

Compridos ou curtos, lisos, crespos ou ondulados, qualquer


que seja a cor ou o seu estilo de cabelos, o importante é
manter a saúde deles e a saúde da nossa pele.

Se você não se sente mais confortável, mude: cuide de seus


cabelos e de sua beleza, eles são essenciais!
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