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Resumo: O Nordeste, tanto o sertão como o litoral, caracteriza-se por ser reduto das mais
diversas manifestações culturais. Na busca por uma identidade, a música está presente,
representando grupos, culturas e marcando épocas. As experiências vividas nos bailes e festas
de forró, também chamados simplesmente de forró, remetem às raízes do indivíduo, gerando
uma identidade, senso de pertencimento, com o poder simbólico, capaz de construir
realidades. Analisamos a indústria fonográfica e as transformações na mediação nas relações
entre artista e público, a partir do advento da internet. A partir desse cenário, observamos o
gênero forró, tanto o dito tradicional, quanto o eletrônico, traçando um perfil das cantoras:
Marinês, a Rainha do xaxado e Solange Almeida, vocalista da Banda Aviões do forró.
Entre alguns pesquisadores não é consensual a origem do termo forró, alguns afirmam
que vem da palavra forrobodó, que significa baile ou festa, origem defendida pelo Câmara
Cascudo (1988). Em contrapartida, se declara que a palavra forró surgiu da expressão em
inglês for all, em razão da presença estrangeira no nordeste no início do século XX, quando
os trabalhadores ingleses organizavam bailes abertos para a população, ou seja, para todos −
for all.
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Trabalho apresentado ao GT1: Memória e história midiática da música do III Musicom – Encontro de
Pesquisadores em Comunicação e Música Popular, realizado no período de 30 de agosto a 1º de setembro de
2011, na Faculdade Boa Viagem, em Recife-PE.
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Jornalista, mestranda do Programa de Pós-graduação em Estudos da Mídia (PPgEM/UFRN) atua na linha de
Produção de Sentido. Participa do grupo de pesquisa PRAGMA, associada à Rede Folkcom, pesquisa mídia,
cultura popular, música e suas relações com gênero. Bolsista REUNI Contato: libnyfreire@gmail.com.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4413636H1
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Publicitário, atua como produtor musical há 12 anos e é mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em
Estudos da Mídia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte [PPgEM-UFRN], na linha de pesquisa
Estudos da Mídia e Produção de Sentido. Aluno bolsista Reuni e estagiário de Docência Assistida na UFRN.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do
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III ENCONTRO DE PESQUISADORES EM COMUNICAÇÃO E MÚSICA POPULAR
Negócio da música em tempos de interatividade
30 de agosto a 1º de setembro de 2011 – Faculdade Boa Viagem–Recife-PE
Nos anos 50, o forró, executado nos bailes da região norte-nordeste, era direcionado
aos migrantes nordestinos, que frequentavam as festas com o intuito de manter contato com
os símbolos de sua cultura, manter a memória de sua terra natal. Com essa estratégia
comercial, as casas que tocavam forró mantinham seus clientes e a partir desses sucessos,
veiculados nas emissoras de rádio, foi se construindo essa indústria de música regional
nordestina, com representantes como Marinês, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro que
permaneceram no mercado fonográfico com boa vendagem de LP’s e tendo suas composições
interpretadas por artistas de outros gêneros, inclusive, fator que contribuiu para a difusão da
música regional para demais grupos da população.
Nos anos 90, com a utilização da sanfona e temas relacionados ao Nordeste, diversas
representações do forró surgiram, mas por serem de estilos variados, ganharam denominações
diferentes.
O forró divide-se em três categorias principais: tradicional, universitário e eletrônico.
Silva (2003, p.17) nos dá os conceitos:
Forró tradicional – Surgido em meados da década de 1940. Caracteriza-se pela criação
artística do universo do homem sertanejo. Apesar de compartilharem de um universo
cultural comum, seus principais artistas se diferenciam social e historicamente.
Atualmente não tem tido muito destaque na mídia por não serem reconhecidos como
produtores de grandes sucessos, isto é, com forte retorno comercial.
Forró Universitário – Surgiu a partir de 1975 (1ª fase), mas consolidou-se na década
de 1990 (2ª fase). É fruto da junção do forró tradicional com a musicalidade do pop e
do rock. A fusão da linguagem regional do forró com a linguagem da música popular
urbana, mixando tanto os atributos e valores do rock quanto do forró tradicional,
gerou um novo estilo de forró que ganhou adeptos e apreciadores de várias classes
sociais. Nesta segunda categoria, incluem-se os primeiros artistas a introduzirem
instrumentos eletrônicos no forró.
Quando pensamos em forró tradicional, temos Luiz Gonzaga como ícone, responsável
pela difusão do gênero. O pernambucano, nascido em Exu, iniciou sua carreira musical
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tocando em bares e calçadas na zona portuária do Rio de Janeiro. Após um período, percebeu
que havia um espaço na indústria fonográfica brasileira para a música regional e passou a usar
a indumentária do homem sertanejo, cantando e tocando em festas e rádios pelo Brasil. O
ritmo, originado do trio zabumba, sanfona e triângulo, chegava aos nordestinos migrantes
como uma lembrança da terra natal. Esses elementos identitários, como a vestimenta,
linguajar e ritmo explicam o sucesso do forró no sudeste do país, primeiramente entre os
migrantes, pois a classe média não aceitava a música de Gonzaga e criticava o sotaque, e por
isso, inicialmente suas canções foram interpretadas por outros músicos. Após um período, em
turnê pelo Nordeste, Gonzaga passou a ser reconhecido nacionalmente, em parceria com
Humberto Teixeira, lançou ritmos como o xamego e baião e posteriormente, o forró. Tornou-
se o “Rei do Baião” (SILVA, 2003).
Há diversas críticas dos adeptos do forró tradicional em relação ao eletrônico,
entretanto, ambos estão imbuídos de estratégias mercadológicas, tanto a vestimenta de Luiz
Gonzaga como as dançarinas do forró eletrônico foram colocadas para gerar experiências com
a música, formar identidades, remeter à cultura, e claro, manter o seu público.
Em relação às estratégias de Luiz Gonzaga, Lima (2010 p.142) afirma
Essa postura de Luiz Gonzaga como senhor do mercado cultural permitiu uma maior
aproximação da indústria cultural e da mídia do eixo Rio-São Paulo com a cultura
popular nordestina. Houve o “despertar” por parte da indústria. Com isso, a música
regional vai permitir a inclusão de novos artistas.
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A pirataria sempre existiu. Após o lançamento dos LP’s, era comum encontrar fitas cassetes com o conteúdo do
disco original sendo comercializadas por vendedores ambulantes, a preços inferiores. O advento da internet,
apenas mudou a forma de piratear, através dos chamados downloads.
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Todos esses fatores colaboram para uma perda da exclusividade da indústria com seu
público consumidor, incitando a necessidade de novos formatos, estratégias e práticas.
Entendemos a crise como o estopim para um novo posicionamento dessa indústria para com
seu público, trata-se se uma reestruturação dos padrões de apresentação, difusão e consumo de
música nos dias atuais.
A música de forró tem sua temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos do
nordeste. Considerado um subgênero do forró, o eletrônico surgiu devido a esse novo
território da indústria fonográfica, onde variadas transformações ocorreram, principalmente
no que diz respeito à produção e distribuição da música. O forró eletrônico trouxe mudanças,
no que diz respeito à composição das letras de suas músicas e apresentações de shows, tem
sua linguagem própria, vestimentas e estilo de dança, ambos influenciados pela demanda do
mercado fonográfico
No forró eletrônico, assim como nos demais gêneros musicais, produzidos para uma
cultura de massa, as composições musicais pertencem à mesma lógica de produção da
indústria cultural. Nesse processo de comunicação, entendemos indústria cultural e mídia,
atuando como produtores de sentido, que busca gerar identificação com o público-consumidor
do seu produto: o forró eletrônico e seus discursos, imbuídos de representações da cultura
nordestina.
Através do cearense Emanoel Gurgel, nasceu a Somzoom Sat, uma emissora de rádio
via satélite, responsável por lançar a primeira banda de forró eletrônico, a Banda Mastruz com
Leite. A Somzom Sat envolve um conjunto de outras empresas no mesmo segmento, indo do
rádio via satélite ao entretenimento, como disco, selo fonográfico, bandas de forró e casas de
shows e estúdio de gravação, tendo, porém como segmento de maior sucesso as bandas de
forró.
O forró eletrônico e os dispositivos midiáticos por ele utilizados, não podem ser
desvinculados da indústria cultural e indústria fonográfica, que integram a cultura do
entretenimento no meio musical.
Sobre essa relação entre indústria fonográfica, mídia e música, Filho (2008) declara:
Na medida em que a experiência musical é permeada, cada vez com maior
intensidade, por camadas de mediações que se estabelecem no diálogo conflituoso
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Nos anos 60, Chacrinha chamou seus músicos de sua gente. Marinês e Sua Gente
ganharam o Nordeste do Brasil. Lançou mais de 40 discos, participou de programas de
televisão e filmes e foi gravada por inúmeros artistas, homenageadas por grandes nomes da
música brasileira, como Elba Ramalho e Gilberto Gil, além de espetáculo teatral que conta a
sua trajetória.
Em 1960, recebeu o troféu Euterpe no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, como a
melhor cantora regional. Gravou ainda o LP "Outra vez Marinês", que lhe rendeu um
segundo troféu Euterpe, além de ter obtido o prêmio de melhor vendagem. Em 1988 recebeu
discos de ouro com "A dama do Nordeste" e "Bate coração".
Faleceu em 2007, vítima de um acidente vascular cerebral que foi acometida um mês
antes de sua morte. O SESI da Paraíba, na edição 2011 do Troféu Gonzagão, a homenageou
pelo legado e valorização da cultura nordestina através da música.
Natural da cidade de Alagoinhas/BA, Solange Almeida é cantora profissional, foi
backing vocal da banda Caviar com Rapadura. Hoje é vocalista da Banda Aviões do Forró,
junto com José Alexandre, conhecido como Xand. Formada em Fortaleza/CE em 2002, por
quatro empresários da A3 Entretenimento, o nome da banda foi escolhido por “aviões”
significar, popularmente, mulher bonita, em uma alusão às dançarinas da banda.
Eleita como melhor cantora através do prêmio Jackson e Gonzagão 20115, em votação
realizada anualmente com base no voto popular através do site, Solange Almeida, também
conhecida por Solanja e Sol, no início à frente do vocal da banda não se encaixava nos ditos
padrões estéticos das demais vocalistas das bandas de forró eletrônico, que se apresentavam
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http://premiojacksonegonzagao.blogspot.com/
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com roupas sensuais e carregadas de erotismo, que usavam o corpo como forma de sedução
no palco. Apesar da voz e carisma, legitimados pelo público, a aparência física era
questionada sobre ser apropriada para uma vocalista de banda de forró eletrônico. Em
entrevista publicada no jornal O Povo (25/03/2011), um dos donos da A3
Entretenimento, Antônio Isaías Paiva Duarte – Isaías Cd - responsável por montar a Banda
Aviões do Forró comenta “As cantoras eram só as mulheres bonitas e eu escolhi a Solange,
pesando 120 quilos. Era fã dela desde a Banda G6. Em 2008, Solange Almeida se submeteu a
cirurgia de redução do estômago, passando a usar o manequim 36 em substituição ao
costumeiro manequim 54, além de plástica na barriga e silicone nos seios. A mudança é o
motivo da maioria dos comentários em sites e blogs. No blog da cantora há diversas
referências a mudança do visual, algumas delas são justificadas por aumento da autoestima,
mensagem direcionada aos fãs e postadas diariamente, com fotos, com citações das grifes de
roupas por ela usadas. Segue abaixo, fotos que registram os dois momentos:
a luta pela igualdade dos gêneros, vemos a mulher tomando posições, até então ocupadas
somente por homens, como por exemplo, o papel de provedora da família. Consideramos que
essa atual posição feminina deveria ser também considerada em sua mediação pela música,
que possui conteúdo simbólico, por manifestar as representações sociais. Dessa forma, vemos
esse trabalho como ponto de partida para esses questionamentos.
Analisando a discografia de Marinês percebemos que, nas canções que interpretava,
não mantinha uma postura de submissão, pelo contrário, a artista foi combatida pela
sociedade por considerar que as canções iam de encontro aos costumes da época.
O blog Cifra Antiga comenta:
Gravou diversas músicas consideradas apimentadas e que mexeram
com a moral da época, como Peba na pimenta e Pisa na fulô, de
João do Vale, Cadarço de sapato, Xote da Pipira e Viúva nova,
entre outras. Devido a essas gravações, chegou a ter problemas com
os meios católicos do país, tendo ocorrido casos de padres que
durante as missas pediam aos fiéis para não comprarem seus discos,
como foi o caso de Peba na pimenta.”
Peba Na Pimenta7
Seu Malaquias preparou cinco pebas na pimenta,
Só do povo de Campinas convidou mais de sessenta
Entre todos convidados convidou Maria Benta
Benta foi logo dizendo: Se arder não quero não!
Seu Malaquias disse então: Pode comer sem susto, esse pimentão,
Não arde não!
Benta danou-se a comer a pimenta era da "braba"
E danou-se a arder, ela chorava e se mal-dizia:
Ai se eu soubesse dessa peba não comia!
Depois houve o arrasta-pé o forró 'tava esquentando
O sanfoneiro então me disse tem gente aí dançando
Procurei pra ver quem era...
Mas era a Benta reclamando:
Ai, ai seu Malaquias a pimenta que 'cê deu só ardia!
Tá ardendo eu sei que tá! Tá me dando uma agonia
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Disponível em http://letras.terra.com.br/dkv/326910/. Acesso em 10/06/2011
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É comum ouvirmos que forró eletrônico não é forró, que possui duplo sentido, é
apelativo, e que, no forró tradicional, não temos composições que expõem o lado sensual com
linguagem erótica. Inúmeras são as barreiras impostas para que se consolide um novo gênero
musical, a legitimidade dependerá de fatores culturais e sociais
“As manifestações culturais que evocam costumes já estabelecidos e foram
apropriadas por amplas camadas da população como “legítimas” têm mais
chances de canonização. Já o caminho dos produtos culturais híbridos é
usualmente mais turbulento, seja pela identificação com estéticas populares,
seja pela confrontação com formas “tradicionais”, que muitas vezes têm seus
sentidos “originais” deslocados. A luta para afirmar autenticidade e
conquistar legitimidade como novo gênero local, regional ou nacional é
constante.” (KISCHINHEVSKY, HERSCHMANN p. 168, 2006)
O lugar que um indivíduo ocupa socialmente determina a leitura que ele faz da
música, podendo gerar sentidos diversos. Não pretendemos entrar na questão frankfurtiana −
música boa e ruim – entendemos que essas questões estão ligadas também às classes sociais,
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Disponível em http://letras.terra.com.br/avioes-do-forro/1385545/ Acesso em 13/05/2011.
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como por exemplo, o indivíduo de classe média alta não compra roupas em lojas populares,
porque seu poder aquisitivo difere do poder aquisitivo dos consumidores destas lojas, e ele
usando as mesmas roupas, está dizendo “somos iguais”. Com o samba e as gafieiras, ocorria o
mesmo, a classe média brasileira preferia bossa nova, “música de intelectuais”.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS:
ALFONSI, Daniela do Amaral. Para todos os gostos: um estudo sobre classificações, bailes
e circuitos de produção do forró. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social).
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007.
BOSI, Ecléa. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. Petrópolis: Vozes,
1996.
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CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 1954. 6. ed. São Paulo:
EDUSP; Belo Horizonte: Itataia, 1988.
CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das Mídias. Trad. Angela S. M.Corrêa. São Paulo:
Contexto, 2007.
COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural. 17. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.
LIMA, Maria Érica de Oliveira. Mídia Regional: indústria, mercado e cultura. Natal, RN:
EDUFRN – Editora da UFRN, 2010.
QUADROS JUNIOR, Antonio Carlos de; VOLP, Catia Mary. Forró Universitário: a
tradução do forró nordestino no sudeste brasileiro. Motriz, Rio Claro, v. 11, n. 2, p. 127-130,
maio/ago. 2005.
SILVA, Expedito Leandro. Forró no asfalto: mercado e identidade sociocultural. São Paulo:
Annablume/FAPESP, 2003
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia?. Trad. Milton Camargo Mota. 2. ed. São
Paulo: Edições Loyola, 2005.
ON LINE:
http://fiepb.com.br/noticias/2011/05/24/marines_sera_homenageada_pelo_sesi_no_trofeu_go
nzagao_2011
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Marin%C3%AAs
http://www.forroemvinil.com/marines-marines-e-sua-gente/
http://www.cantorasdobrasil.com.br/cantoras/marines.htm
http://raizesdonordeste.blogspot.com/2008/08/marins.html
http://www.solangealmeida.com.br/2011/
http://cifrantiga7.blogspot.com/2010/12/marines.html