Editorial

Olá, leitores!
É muito bom contar com a sua audiência neste material que, para nós do
PageGroup, é tão importante quanto o nosso Guia de Salários. Lançado
anualmente, chegamos à 6ª edição do Estudo de Perspectivas
Econômicas e Profissionais da América Latina.

É certo que caminhos e tendências ditados por qualquer consultoria

não se tornam regras no mundo corporativo. No entanto, pretendemos
que todas as antecipações e previsões feitas aqui contribuam para a
evolução dos negócios e empresas, sem deixar de pensar nas pessoas
que os movem diariamente.

E mais do que prevenir perdas, queremos aportar no seu desenvolvi-

mento profissional e fomentar as discussões de sua companhia – seja
em questões internas, a níveis estratégicos, ou externas, considerando
desafios socioeconômicos.

Para elaborarmos as Perspectivas Econômicas e Profissionais da

América Latina de 2019, contamos com a importante participação de
mais de 29 mil profissionais de 20 países da nossa região.

Além de mostrar algumas perspectivas macroeconômicas e os números

de investimentos corporativos, vamos tocar em assuntos
importantíssimos como o anseio da alta e média gerência por novas
oportunidades, e sobre a mão de obra da qual mais necessitamos: afinal,
qual é o tipo de profissional que a América Latina precisa?

A partir daqui, você confere os principais pontos que merecem atenção

em 2019. Desejamos uma ótima leitura e esperamos nos ver em breve.

Um abraço,
Equipe PageGroup

2
Índice

04 05
Metodologia
Tamanho das
empresas
06
O que vem pela frente
na macroeconomia da
América Latina?
08
Maiores investimentos
e visão de crescimento
positiva
10
Qual mão de obra
precisamos para
o sucesso?
12
A migração dos
gestores parece
inevitável

3
Metodologia Colômbia
11%

Entre novembro e dezembro de

2018, fizemos uma série de impor-
tantes questionamentos para mais
de 29 mil profissionais, que ocu-
México
pam os mais variados cargos.
21%
Estes profissionais trabalham em
empresas de diversos tamanhos da Brasil
América Latina, principalmente nos Peru 24%
países onde mantemos operações
fixas: Argentina, Brasil, Chile,
13%
Colômbia, México e Peru.

A pesquisa dispôs de perguntas

abertas e fechadas sem valor es-
tatístico, mas que nos propor- Outros
cionaram valores quantitativos e Chile 5%
qualitativos muito valiosos para 15%
a elaboração das perspectivas
econômicas e profissionais da Argentina
11%

Perfil dos Respondentes

Seguindo uma tendência dos nos-
sos estudos anteriores, os nossos
entrevistados são profissionais
que ocupam cargos de gestão –
inclusive, diretamente ligados às
tomadas de decisões e estratégias
das organizações.

53% Gerente

21% Gerentes Executivo

15% Diretores

4% Vice-Presidentes

7% Diretores Gerais | Presidentes

4
Tamanho
Tamanho
dasEmpresas
das Empresas
42%
Nacionais
Nacionais 48% 52% Multinacionais
48%
Multinacionais

37%
37% 6%
6% 21%
21% 25%
25%

Muito
Muito
grande
grande Médio
Médio

Faturamento anual Faturamento anual entre US$

maior que US$1 bilhão 100 milhões e US$ 500 milhões

22%
22% 10%
10% 20%
20% 59%
59%

Grande
Grande Pequeno
Pequeno

Faturamento anual entre Faturamento anual

US$ 501 milhões e US$ 1 bilhão menor que US$ 100 milhões

Áreas
As áreas
As áreascom
foram:
com maior
maior
postasOperações,
índice
índice de res-
de respostas
Vendas e Finanças.
foram: Operações, Vendas e
20%
20% 24%
24% 14%
14%
Outra vez, percebemos que a tendência
Finanças.
destas três áreas aparecerem no topo se
Outra vez, percebemos que a
mantêm. Da mesma forma, é possível ver Vendas
Vendas
Operações
Operações
Finanças
Finanças
tendência
o aumento no destas
númerotrêsdeáreas apare-
respostas de
cerem no topo se mantêm. Da
profissionais que desempenham suas mes-
ativ-
ma forma,
idades é possível
nas áreas ver o aumento
de tecnologia e serviços
nosuporte
de número aode respostas de profis-
business.
sionais que desempenham suas
atividades nas áreas de tecnologia
e serviços de suporte ao business.
10%
10% 10%
10% 7%
7%

Administração
Tecnologia
Tecnologia Administração
Pessoal
Marketing
Marketing
Pessoal

7%
7% 5%
5% 3%
3%

Recursos
Recursos
Humanos
Logística
Logística
Jurídico
Jurídico
Humanos

5
O QUE VEM PELA FRENTE NA
MACROECONOMIA DA AMÉRICA LATINA?
Da polarização política às reformas estruturais dos
governos e das leis, apenas uma cer teza: a desconfiança.
Um período de perspectivas claras
não é necessariamente como po-
demos classificar o decorrer dos
fatos na América Latina durante
2018. A instabilidade seguida dos
anos anteriores não causou nada
de diferente na região, a não ser o
clima de cautela e de uma sequên-
cia de fatos que não permitiram
movimentos ou avanços arrojados
na maioria dos países.
As ações tomadas pelo governo
Trump, o baixo clima de confi-
ança no Mercosul e a problemáti-
ca do governo da Venezuela não
causaram exatamente uma situ-
ação pró-mercado na América Lati-
na. Não distante dos impactos do
avanço do governo chinês, a região
pouco se movimentou, como pre-
viam nossos entrevistados na últi-
ma consulta feita pelo PageGroup,
no início do ano passado. Com
uma estimativa de crescimento do
Desconfiados por natureza?
Todos estes contextos de alternân-
cia de poder prometem ganhar
nuances mais profundas durante
2019. A fim de adiantar o que pode
vir mais adiante, consultamos nos-
sos parceiros em cargos de alta e
média gerência para perceber sua
confiança nos que, hoje, coman-
dam suas nações.
PIB feita pela CEPAL (Comissão
Econômica para América Latina e
Caribe), membro ligado a ONU, em
outubro de 2018, de aproximada-
mente 1,3%, o órgão estima que o
mesmo índice deva avançar pouco
mais de 1,8% em 2019.
Ainda em 2018, todos os países em
que o PageGroup atua na América
Latina passaram por mudanças
importantes no cenário políti-
co-econômico. A Argentina pas-
sou por sua pior situação cambial
na história e pela crise mais aguda
no penúltimo ano do presidente
Mauricio Macri, o que não promete
um cenário promissor a curto pra-
zo. O Peru, por sua vez, em março
teve a chegada de Martín Vizcarra
à Presidência, depois da renún-
cia de Pedro Pablo Kuczynski, em
meio a suspeitas de corrupção. No
Chile, também em março, Michelle
Bachelet deixou o governo com
Constatamos um cenário geral
pouco confiante, onde a média
geral de confiança sobre os gover-
nos é de apenas 56%. Segmentan-
do por localidades, fica clara a má
percepção pelos governos do Peru,
Argentina e, principalmente, o Mé
xico, com uma gritante negativi-
dade sobre as atividades recém-
inauguradas em dezembro, onde
Confiança
65% 35% 23% 77%
Argentina Brasil
10% 90% 38% 62%
Chile Colômbia
aprovação de apenas 39% para o
início das atividades comandadas
pelo candidato de centro-direita,
Sebastián Piñera.
Brasil e Colômbia elegeram, res-
pectivamente, os candidatos Jair
Bolsonaro e Iván Duque com ori-
entações mais conservadoras em
suas eleições presidenciais. Eles
terão os mesmos desafios de con-
trolar a violência, construírem go-
vernos menos frágeis à corrupção
e de unificar uma ferrenha polari-
zação política que se deu como
produto final do processo eleito-
ral. Não menos complicada, temos
a eleição de Andrés Manuel López
Obrador para a presidência do
México, este inclinado mais à es-
querda, o que de forma clara não
diminui as tensões com o governo
estadunidense de Donald Trump
e pouco agrada o empresariado e
aos interesses do mercado.
86% dos entrevistados afirmam
que a situação política atual de seu
país os inspira desconfiança.
Para Brasil, Chile e Colômbia,
com governos também iniciados
a menos de 12 meses e de viés
à direita, percebemos uma maior
positividade sobre o futuro, pelo
menos no que tange à economia.
Desconfiança
86% 14% 75% 25%
México Peru
44% 56%
LATAM
6
O 2019 que queremos X O 2019 que teremos

Percepção sobre os indicadores dos indicadores, demonstra um

macroeconômicos aos olhares
destes mesmos líderes corporati-
vos também não reflete percepções
muito diferentes das impressas
na questão anterior. Tradicional-
mente, os executivos de alto es-
calão latino-americanos ainda se
mantêm conservadores ao enxer-
gar grandes avanços para a região.
No México, é possível perceber
a maior concentração de respon-
dentes descrentes com o avanço
da economia, onde a esmagadora
maioria acredita na alta da inflação
e no aumento da taxa de juros e
da cotação do dólar versus o peso
mexicano. A Colômbia também,
apesar da maioria acreditar em um
crescimento lateral para a maioria
viés com tendência negativa da
segunda maior parcela dos seus
respondentes.
Na contramão, o Brasil se apresen-
ta com importante otimismo frente
ao cenário complicado que vem
demonstrando nos últimos meses.
Com a reticencia do governo Mi-
chel Temer e com o pouco avanço
das reformas que prometiam faz-
er a economia melhorar ainda em
2018, o governo Jair Bolsonaro
vem respaldado de uma visão de
possível melhora durante 2019, de
acordo com os líderes corporativos
entrevistados.
Veja abaixo com mais detalhes os
números de toda a região:

Menor que 2018 Igual a 2018 Maior que 2018

Argentina

Inflação 82% 15% 3%

Taxa de juros 73% 19% 8%
Taxa de câmbio (dólar) 9% 19% 72%
Produto Interno Bruto (PIB) 39% 34% 27%
Taxa de desemprego 15% 43% 42%

Inflação 26% 56% 18%

Taxa de juros 26% 49% 25%
Brasil

Taxa de câmbio (dólar) 59% 30% 12%

Produto Interno Bruto (PIB) 3% 15% 82%
Taxa de desemprego 79% 17% 4%

Inflação 9% 75% 16 %
Taxa de juros 7% 38% 55%
Chile

Taxa de câmbio (dólar) 17 % 42% 41%

Produto Interno Bruto (PIB) 8% 36% 56 %
Taxa de desemprego 38% 42% 20%

Inflação 18% 44% 38%

Colômbia

Taxa de juros 16% 44% 40%

Taxa de câmbio (dólar) 10% 26% 64%
Produto Interno Bruto (PIB) 15% 35% 50%
Taxa de desemprego 20% 51% 29%

Inflação 7% 25% 68%

México

Taxa de juros 2% 17% 81%

Taxa de câmbio (dólar) 1% 9% 90%
Produto Interno Bruto (PIB) 43% 44% 13%
Taxa de desemprego 9% 54% 37%

Inflação 15% 70% 15%

Taxa de juros 9% 46% 45 %
Peru

Taxa de câmbio (dólar) 5% 31% 64%

Produto Interno Bruto (PIB) 10% 34% 56%
Taxa de desemprego 18% 61% 21%

7
Maiores investimentos
e visão de crescimento positiva
Expandir nem sempre significa grandes cifras
no orçamento e 2019 promete nos ensinar como fazer.

Ainda que o cenário pareça nebuloso Argentina México Percebemos ainda que Brasil e
quanto ao sucesso dos novos arranjos Chile lideram esta visão de cresci-
políticos na América Latina, uma máx- Brasil Peru mento, sendo seguidos de possi-
ima foi constatada na consulta feita bilidades mais conservadoras nos
entre os executivos líderes da região: Chile LATAM demais países em que o Page-
os investimentos em 2019 prometem Group atua na América Latina.
força! Colômbia

A pesquisa aponta uma parcela de 11% Um ano de investir e contratar

45% dos executivos na região que com responsabilidade
afirmam ter um orçamento maior de 45% 63% Para suportar os planos de cresci-
investimento neste ano, superando mento de 2019, nossos entrevista-
2018 com bons números. Esta é uma dos também demonstraram clare-
tendência que vem subindo desde za nas áreas que pretendem dar
43% Maiores
nossa consulta em 2015, que mostra- que 2018 foco no próximo ano:
va que apenas 33% dos executivos na
região dispunham de tal recurso, sen-
32%
do seguidos por 35% em 2017.

Em nosso acompanhamento, as pre- 44%

36%
visões para o ano de 2018 se mostra- Ganho de
vam ainda mais positivas, atingindo 37%
Produtividade / Inside
o percentual de 49% dos executivos Sales / Inbound Marketing
que, no início do ano, acreditavam 58%
ter investimentos mais agressivos
40%
do que no período anterior, em 2017.
Como você leitor pode acompan-
30%
19%
har, tremendas mudanças fizeram 39%
o cenário instável e os últimos 12 Iguais a
meses mais lentos do que o esperado 2018 Inovação &
para a América Latina. 42% Novas Tecnologias
45%
Tal cenário aliado à alternância políti-
ca citada no capítulo anterior justifi-
cam o recuo da perspectiva de inves- 12%
timento prevista para 2019, ainda que 47%
apenas 4% menos.
Expansão de Operações
Os investimentos previstos para a sua 31%
companhia em 2019 são maiores ou 15%
menores do que em 2018? Estas áreas de investimento
claramente abrem perspectiva de
carreira para profissionais com
18% 6% perfis mais ligados à realização
Menores
que 2018 e solução de problemas. Perce-
ba que, em tempos de possibili-
23% 14% dade de retomada econômica e
dinamismo de mercado, é preciso
manter-se pertinente mesmo com
recursos limitados, e mostrar-se
16% à disposição de investir na ex-
pansão das operações na região.

8
É importante focar em ferramentas de in-
sumos e possibilidades de negócio com
atuação indireta, mostrando uma visão
plural de canais para a conclusão tática
de um ano realmente competitivo. Para
garantir que você faça parte destes pla-
nos, é preciso acompanhar o movimento e
buscar formas de perceber as tendências
de maneira proativa.
Ainda neste caminho, 56% dos
executivos em cargo de liderança
entrevistados, afirmaram terem
planos de expansão de quadro
de funcionários em 2019. Sen-
do, mais uma vez, as áreas de
Vendas (51%), Operações (45%)
e Tecnologia & Inovação (23%)
aquelas com maior perspectiva
de expansão. Não à toa, são estas
as áreas que demonstram a maior
carência de profissionais de alta
qualificação em nosso mercado.
Nas escalas dos maiores desa-
fios para cumprirem suas metas
para este ano, nossos entrevis-
tados elencaram, regionalmente,
a otimização da performance de
suas companhias como a princi-
pal barreira para o sucesso (37%).
Não resta dúvidas de que estes
desafios também variam de acor-
do com o tamanho e setor em que
atuam as companhias lideradas
por nossos entrevistados. Por
este motivo, os executivos rep-
resentando empresas com oper-
ações limitadas às fronteiras de
seus países de origem afirmaram
serem, por sua vez, a criação de
um mindset de mudança e pro-
gresso em seus colaboradores
como o seu maior desafio (38%),
enquanto as multinacionais apon-
tam a otimização dos custos
(36%) em suas sucursais como a
principal batalha a ser enfrentada
nos próximos 12 meses.
9
Qual mão de obra
precisamos para o sucesso?
O fator comportamental é regra e a busca por profissionais que atuam
diretamente nos déficits corporativos é cada vez mais intensa.
Nesta história de quase duas
décadas na América Latina e
aproximadamente 100.000 con-
tratações e novos rumos nas vi-
das das quais fizemos parte, é
fácil afirmar que são as pessoas
a principal força motriz e pon-
to chave para que um plano de
negócios atinja o sucesso.
Hoje, 70% dos executivos em cargos
de liderança afirmam que os planos
de retenção de suas empresas es-
tão classificados como importante
e muito importante nas suas agen-
das. No entanto, essa nem sem-
pre foi a realidade Latam, uma vez
que os mercados, individualmente,
passaram a se tornar carente dos
perfis profissionais desejados para
acompanhar o ritmo ou o propósito
das companhias.
No passado pudemos vivenciar
altos índices de desemprego na
região, com profissionais com
qualificação técnica disponíveis
para preencher uma demanda
baixa de posições. Hoje, mais próx-
imos de cenários como ocorrem
na Espanha e Itália, por exemplo,
há posições e profissionais dis-
poníveis; no entanto, não são mais
as qualificações técnicas as mais
desejadas.
Agora, entram em cena os chama-
dos soft skills. Ou ainda, carac-
terísticas de personalidade, ati-
tudes e cultura desempenhados
por um indivíduo, além das suas
capacidades técnicas. Aqui, o com-
portamental é mais importante e
melhora avaliado por recrutadores
e gestores.
Assessments, entrevistas por com-
petências, teste para aderência de
cultura e uma série de outras ferra-
mentas já não são mais novidades
para compreender se um candidato
tem, além de suas competências
técnicas, o fator comportamental
indicado para aderir aos desafios
de uma companhia contratante.
Ainda assim, por meio de nosso
mapeamento percebemos que a
característica que os executivos
apontam como mais desejada pe-
las companhias é a de tomador de
decisão (56%) e a de solucionador
de problemas (52%).
São estes colaboradores que não
são represados por quaisquer in-
stâncias e que, principalmente aos
olhos da alta direção, são capazes
de expor ações que impactam dire-
tamente em gargalos nos setores
A palavra do
Headhunter
Pedimos aos nossos
consultores para de-
screverem um candida-
to que, na entrevista,
demonstra ser um...
Tomador de
Decisão
Pode ser identificado em
uma entrevista por com-
petência, quando o candi-
dato narra situações pas-
sadas onde suas opiniões
ou ideias foram colocadas
com segurança e aceitas
por seus colegas e/ou ge-
stores mais de uma vez.
Este tipo de profissional é
sempre referência em con-
hecimento. A chave para o
tomador de decisão é o
seu poder de influência
no ambiente corporativo.
Muitas vezes, está apto
a assumir posições de
liderança – com ou sem
gestão de pessoas.
Solucionador
de problemas
É facilmente encontrado
quando um candidato men-
ciona situações de adversi-
dade nas suas experiências
anteriores. No entanto, ele
foca nos resultados obtidos
e não nos problemas em si.
Assim, ele vê a adversidade
como um simples obstáculo a
ser superado. Este profissional tem
a visão do todo, sendo referência
para a sua equipe e clientes quando
estes se deparam com algum prob-
lema. Tende a ser mais positivo e a
enxergar saídas e oportunidades que
outros não identificam.
Torna-se fundamental perceber,
então, que a busca por novas
oportunidades de carreira e que a
vida-útil de um executivo dentro
da empresa está altamente ligada
à sua capacidade de desenvolv-
er seus soft skills, ao passo que
é capaz de conectá-los às usas
habilidades técnicas e visão inter-
disciplinar. Indivíduos com capaci-
dade analítica, estratégica e tática,
claramente, saem na frente e têm
a chance de rentabilizar oportuni-
dades mesmo em mercados menos
maduros ou instáveis.
10
Qual é o profissional
que buscamos?
Obstantes também estão as pos-
sibilidades limitadas de ensino
de tópicos arrojados ou polos
de pesquisa de desenvolvimento
na América Latina. Ao conside-
rar nosso lento passo frente à
inovação, se comparada a outras
regiões no mundo, não é possível
negar o déficit de qualificação
que têm os nossos profissionais.
Para 56% dos nossos entrevista-
dos, esta é a maior dificuldade no
momento de contratar um execu-
tivo para cargos de alta e média
gerência: falta gente qualificada.
Em seguida, como segunda maior
dificuldade, está a falta de fide-
lidade destes profissionais com
seus vínculos empregatícios
(26%). Também não é para
menos; em um mercado de per-
fil competitivo, vence aquele que
tem maior recursos para, juntos,
garantir o desenvolvimento para
ambas partes.
Isto aproxima, mais uma vez,
a América Latina de mercados
como Europa e América do Norte
que veem o mercado freelancer
e temporário como uma manei-
ra mais fácil de garantir atrativ-
idade para profissionais de alto
padrão técnico que, hoje, pre-
ferem ter a liberdade de transitar
entre projetos e rentabilizar me-
lhor seu trabalho, do que depen-
der apenas de uma empresa.
11
A migração dos gestores
parece inevitável
Uma nuvem de inquietude ronda a alta e média gerência na
América Latina. Conheça os motivos desta dança das cadeiras.

Dentre todos os apontamentos
levantados por nosso Mapa de
Pespectivas Econômicas e Profis-
sionais para 2019, o mais agudo
deles está certamente ligado à
permanência de profissionais.
Para que se possa vencer os de-
safios enumerados por este estu-
do, é preciso ter um time de alta
e média gerência comprometido
e bem alinhado com as diretrizes
que devem ser efetuadas durante
os próximos meses. No entanto,
a estabilidade e sucessão destas
posições na América Latina está
em risco. De acordo com o depoi-
mento de mais de 10.000 exe-
cutivos em posições efetivas de
gerência e direção, cerca de 80%
afirmaram terem planos de trocar
de emprego durante 2019. Sendo
que 46% deles desejam efetuar
esta transição ainda no primeiro
semestre do ano.

Você planeja trocar de emprego

nos próximos meses?

Argentina Brasil Chile Colômbia

México Peru LATAM

81% 83% 19% 17%

27%
73%
86%
14%
Sim Não

80% 80% 20% 20%

84% 16%

12
Todos querem melhores
remunerações. E o que mais?
Este cenário não é só uma reali-
dade de países com melhor situ-
ação empregatícia, mas sim um
desejo unânime causado também
pelos últimos anos de instabi-
lidade do mercado de trabalho
como um todo.
O motivo principal apurado para
tamanha inquietude é a insatis-
fação com o salário. Cerca de 35%
dos executivos entrevistados afir-
maram não acreditar que sua re-
muneração está adequada às res-
ponsabilidades que exerce hoje.
Destes, os que receberam um rea-
juste ou aumento salarial entre os
últimos 12 e 18 meses são os mais
insatisfeitos.
Atualmente, de acordo com 16%,
as maiores barreiras para a movi-
mentação estão na má situação
econômica que se encontram os
países em que atuam e o
baixo volume de opor tuni-
dades atraentes. Entretanto, além
dos salários – ponto fundamental
para 24% - estes executivos de
média e alta gerência veem como
chamariz as posições com desafi-
os mais arrojados (18%), ligados
à inovação e experiências ain-
da inéditas. Sem contar nos que
desejam um ambiente de trabalho
que pudesse abarcar flexibilidade,
leveza e bem-estar.
Vocêdesistiria
Você desistiriada
dabusca
buscapor
por
umnovo
um novoemprego
empregose seaasua
sua
companhiaatual...
companhia atual...
Oferecesse benefícios ligados
60% à educação, treinamento
e desenvolvimento
Realizasse mudanças em
44% questões de inovação
e tecnologia
Aplicasse uma nova política de
43% premiação e bônus que comple-
mentasse a remuneração
Aqui, percebemos uma inter-
secção importante entre aquilo
que os líderes máximos das com-
panhias enxergam como priori-
dade de investimento para 2019, e
o que a alta gerência também vê
com bons olhos para seguir fiel às
companhias e aos projetos com os
quais trabalham. Ainda assim, é
possível questionar a capacidade
de comunicação e absorção desta
percepção entre as partes.
Considere, está clara qual é a es-
tratégia da sua companhia para o
time que você gerencia? E mais,
sua equipe percebe quais são
os papéis a serem desempenha-
dos para isso? Quais indicadores
serão medidos para constatar efe-
tividade? E ainda, o que cada um
tem a contribuir e a ganhar caso o
sucesso ocorra?
13
Até Logo...
Acreditamos imensamente no potencial da América Latina como atuante
fundamental no desenvolvimento e manutenção sustentável da economia
global. E, logicamente, você também faz parte disso.

Não diferente, temos um plano longo de investimento na região para os

próximos meses, justamente por acreditar em um maior potencial de nos-
sos parceiros e de todas as empresas em solo latino-americano. Isso sem
nos esquecer, é claro, do poder transformador das pessoas – o nosso prin-
cipal pilar e motor.

Ainda que os fatores macroeconômicos nos deem margem para dúvidas

em um ambiente de veloz transformação, são os profissionais que cons-
tituem o corpo das empresas que têm grande capacidade de transformação
nas mãos.

Com isto em vista, convidamos você que chegou às conclusões deste es-
tudo para que reflita sobre como você tem capacitado, gerenciado e per-
cebido seus times. Seguido à esta reflexão, nos colocamos à disposição,
como a única companhia global com solução completa de gerenciamento
de capital humano, para lhe auxiliar a alcançar o seu máximo potencial.

Continue acompanhando nossos outros estudos e apontamentos de tendên-

cias diversas através de nossos sites – nossos consultores e pesquisa-
dores estão sempre atentos às principais mudanças do mercado.

Desejamos boa sorte e um ótimo trabalho em 2019,

e esperamos nos encontrar em breve.

Abraços,
PageGroup Latam

14