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COES DA IGREJA
VIOL Preiácio à Edição
Brasileira;
Usânias Moara
Cristianismo Pagão?
DAVE NORRINGTON
Palestrante de estudos religiosos em Blackpool eno Fylde College;
autor de "To PreachorNotto Preachf"
Coordenação Editorial
Cida Paião
Impressão
Imprensa da Fé
ISBN 978-85-7857-013-2
Dedicatória ^
Prefácio àEdição em Português 7
Prefácio àEdição em Inglês f1
Apresentação
Introdução por George Barna: "O que aconteceu com à
Igreja?" 15
Prefácio por Frank Viola 25
Capítulo 1
— Estamos realmente fazendo conforme o Livro? 31
Capítulo 2
—A Construção da Igreja 41
Capítulo 3
— A Ordem do Culto 95
Capítulo 4
— O Sermão 147
Capítulo 5
— O Pastor 173
Capítulo 6
—As Roupas Dominicais 227
Capítulo 7
— Ministros do Louvor 241
Capítulo 8
— Dízimo e Salário do Clero 259
Capítulo 9
— O Batismo e a Ceia do Senhor 279
CristianismoPagão?
Capítulo 10
— Educação Cristã 295
Capítulo 11
— Uma Nova Abordagem do Novo Testamento 323
Capítulo 12
— Um Segundo Relance no Salvador 347
Epílogo: O Próximo Passo 359
Pensamentos Finais: Q&R (Questões eRespostas com
FrankViola e George Barna 367
Apêndice: Resumo de Origens 379
Figuras-chave na Flistória daIgreja 387
Bibliografia 393
Prefácio àEdição em Português
Cristianismo Pagao?
Querido leitor,
Frank Viola
6Para uma discussão mais profunda deste princípio, veja meus artigos 'The
Kingdom, the Church, The Culture" ("O Reino, a Igreja, aCultura").
Prefácio por FrankViola 29
7Este livro foca nas práticas Cristãs Protestantes. Eo seu principal alvo são
as denominações do Protestantismo chamadas Baixa igreja , mais do que
as chamadas "Alta igreja", como a Anglicana, Episcopal, e algumas classes
da Luterana. Por Alta igreja, me refiro às igrejas que enfatizam elementos
católicos sacerdotais, sacramentais e htúrgicos do Cristianismo ortodoxo.
8Assim como ofilósofo inglês Francis Bacon uma vez disse: "Não são os traba
lhos de Santo Agostinho ou de Santo Ambrósio que farão um divino tão sábio
assim como ahistória eclesiástica tem lido a respeito eobservado a fundo".
30 Cristianismo Pagão?
GAINESVILLE, FLÓRIDA
JUNHO DE 2007
9Note que quando mencionei os pais da igreja, elegi citar, ao máximo possível,
seus trabalhos originais. Nos casos em que não cito seus trabalhos originais,
citei Early Christian Speak, 3rd ed., por Everette Ferguson (Abilene, TX:ACU
Press, 1999), que éuma compilação etradução de seus escritos originais.
Capítulo 1
influência. Nem estão prevenidos de que foi criada uma leva de tra
dições** apreciadas, calcifícadas e humanamente desenvolvidas —as
quais repetidamente estão dissimuladas para nós como "cristãs".^
4Edwin Hatch, The Influence ofGreek Ideas and Usages upon the Chris-
tian Church (A Influencia das idéias Gregas eseus uso nas Igrejas Cristãs)
(Peabody, MA: Hendrickson, 1895),!8. Hatch traça os efeitos prejudiciais
da cultura grega sobre aigreja, aqual foi mais influenciada por essa cultura
do que a suaprópria.
5Ofilósofo cristão Soren Kierkegaard (1813-1855) disse que oCristianismo
moderno é essencialmente um imitador. Veja a obra "Ataque à Cristanda-
de" de Soren Kierkegaard, Antologia de Kierkegaard, ed. Robert Bretall
(Princeton, NJ: Princeton University Press, 1946), 59 ff. 150 ff., 209 ff.
Estamos Realmente Fazendo Conforme o Livro? 37
UM MERGULHO PROFUNDO
1Para referências sobre Cristo noTemplo, veja João 1.14, onde apalavra grega
usada para habitação significa literalmente tabernáculo eJoão 2.19-21. Para
referências adicionais sobre Cristo como uma casa nova feita de pedras vivas,
veja Marcos 14.58; Atos 7.48; 2Coríntios 5.1, 6.16; Efésios 2.21-22; Hebreus
3.6-9, 9.11, 24; iTimóteo 3.15. Para referência sobre Cristo como sacerdote,
veja Hebreus 4.14,5.5-6,10; e8.1.0 novo sacerdócio émencionado em IPedro
2.9 eApocalipse 1.6. Textos das Escrituras que apontam Cristo como osacrifí
cio final incluem Hebreus 7.27; 9.14,25-28; 10.12; iPedro 3.18. Hebreus desta
ca, de forma contínua, que Jesus ofereceu asi mesmo "de uma vez por todas",
enfatizando o fato de que Ele não precisava ser sacrificado novamente.
2 A mensagem de Estevão em Atos 7indica que "o templo era simples
mente uma casa feita por mãos humanas criado por Salomão, não tinha ne
nhuma ligação com atenda de reuniões que Moisés havia comandado para
estabelecer um padrão e isso havia sido seguido até os tempos de Davi .
Veja From Temple to Meeting House: the Phenomenology and Theology of
Places ofWorship (Do Templo ao Local de Reuniões: a Fenomenologia ea
Teologia dos Lugares de Culto), de Harold WTurner (The Hague: Mouton
Publishers, 1979) 116-117. Veja também Marcos 14.58, onde Jesus diz que
oTemplo de Salomão (e Herodes) era feito "por mãos ,enquanto oTemplo
que Ele construiria seria feito "sem mãos". Estevão usa as mesmas palavras
em Atos 7.48. Em outras palavras. Deus não habita em templos "feitos por
mãos humanas". Nosso PaiCelestial não é um moradorde templos!
3Veja Colossenses 2.16-17. Otema central do livro de Hebreus éque Cris
to veio para preencher as sombras da lei Judaica. Todos os escritores do
Novo Testamento afirmam que Deus não requer qualquer sacrifício santo
nem um sacerdote mediador. Todas as coisas foram consumadas em Jesus
— o sacrifício e o sacerdote mediador.
4 Ernest H. Short dedica um capítulo inteiro à arquitetura dos templos gre
gos no livro History ofReligiousArchiteture ("História da Arquitetura Religio-
44 Cristianismo Pagão?
sa") (London: Philip Allan &Co., 1936), no cap. 2, David Norrington diz:
as construções religiosas eram, além de tudo, uma parte integral da religião
greco-romana" em seu livro To Preach orNotto Preach? The Church's Urgent
Question (Pregar ou não Pregar? A Questão Cristã Urgente) (Carlisle,UK:
Paternoster Press, 1996) 27. Pagãos também tinham locais "santos". (Os
Fundadores do Mundo Ocidental: AHistória da Grécia ede Roma). Para saber
mais sobre rituais pagãos, veja Pagans and Christians (Pagãos e Cristãos), de
Robin Lane Fox (New YorkrAlfred Knopf, 1987) 39, 41-43, 71-76,206.
5 John O. Gooch, "Did you know? Little-Known or Remarkable Facts
about Worship in the Early Church" (Você sabia? Fatos sobre cultos na
Igreja Primitiva que são pouco conhecidos ou surpreendentes), Christian
History 12,no. 1 (1993): 3.
6 Veja iCoríntios 3.16; Gálatas 6.10; Efésios 2.20-22; Hebreus 3.5-6; ITi-
móteo 3.15; 1Pedro 2.5, 4.7. Todas essas passagens se referem ao povo de
Deus, não a um templo. Arthur Wallis escreveu: " No Antigo Testamen
to, Deus tinha um santuário para Seu povo, no Novo, Deus tem Seu povo
como santuário", The Radical Christian (O Cristão Radical) (Columbia,
MO: Cityhill Publishing, 1987), 83.
7Deacordo com o Novo Testamento, aigreja éanoiva de Cristo, amulher mais
bonita do mundo: João 3.29; 2Coríntios 11.2, Efésios 5.25-32; Apocalipse 21.9.
8 Clemente de Alexandria, The Instrutor, Livro 3,cap.ll.
AConstrução daIgreja 45
9O historiador do séc. 19, Adoif Von Harnack referindo-se aos cristãos dos
séculos 1e 2, disse; "uma coisa é clara —a idéia de um lugar especial para
adoração não tinha surgido ainda. Aidéia cristã de Deus edo divino serviço
não apenas declinou em promover tal lugar, ela a excluiu, na medida em
que as circunstâncias práticas da situação retardaram seu desenvolvimento
{The Mission and Expansion ofChristianity in the First Three Centuries, vol.
2 (New York: G. P. Putnam's Sons, 1908), 86.
10 Robert L. Saucy, The Church in God's Prosam, (Chicago: Moody Publish-
ers, 1972) 11,12,16; A.T. Robertson,A Grammarofthe GreekNew Testament
in the Light ofHistorical Research, (Nashville: Broadman &Hofman, 1934),
174. Quando William Tyndale traduziu o NT, se recusou airzduzir ekklesia
como igreja, traduzindo-a mais corretamente como congregação. Infelizmente,
os tradutores da antiga Versão King James de 1611 (veja explicação dos tradu
tores em "Dos tradutores ao Leitor" na edição de 1611, conforme citação de
Gerald Bay em sua obra "Documents of the English Reformation , publicado
pela Cambridge: James Clarke, 1994, pág 435), preferiram usar apalavra "igre
ja" para traduzir aexpressão "ekklesia" (porque aexpressão congregação era
aterminologia usada pelos Puritanos), termo que passou para todas as versões
de Almeida em português, mas foi corrigido, sempre que necessário, na tra
dução da Bíblia King James Atualizada em português com base nos melhores
manuscritos originais eno Texto Crítico de Nestle-Aland (N. T).
11 Clemente de Alexandria, The Instrutor, Livro 3, cap.ll. Clemente escre
veu: "homens e mulheres devem ir decentemente vestidos à igreja .
46 Cristianismo Pagão?
22 Obra de Robert eJulia Banks, The Church Comes Home (Peabody: Hen-
drickson Publishers, 1998), pp. 49-50. A casa em Doura Europos foi des
truída em 256 d.C. De acordo com Frank Senn, "os cristãos dos primeiros
séculos evitaram a publicidade dos cultos pagãos. Não tinham quaisquer
santuários, templos, estátuas, ou sacrifícios. Não organizavam nenhum fes
tival público, danças, performances musicais, nem peregrinações. Oritual
central deles envolvia uma refeição de caráter doméstico e uma composição
herdada do judaísmo. Na verdade, os cristãos dos primeiros três séculos
normalmente se encontravam em residências particulares convertidas em
espaços de ajuntamento satisfatório para acomunidade cristã... Isso indica
que o ritual rudimentar da adoração cristã primitiva não deve ser interpre
tado como umsinal de atraso, mas sim como ummodo deenfatizar o cará
ter espiritual da adoração cristã." Chvisticin Liturgy: Católica eEvangelicay
(Minneapolis: Fortress Press, 1997), 53.
23 Alguns argumentam que os cristãos anteriores a Constantino eram po
bres eincapazes de possuir propriedade. Mas isso éfalso. Sob aperseguição
do Imperador Valeriano (253-260), por exemplo, toda propriedade possuí
da pelos cristãos foi confiscada. Veja Philip Schaff, History ofthe Christian
Church (Grand Rapids: Eerdmans, 1910) 2:62. L. Michael White pontua
que os cristãos primitivos tiveram acesso aestratos socioeconômicos mais
elevados. Além disso, o ambiente greco-romano dosséculos 2 e 3 estava to
talmente aberto amuitos grupos que adaptavam edifícios privados para uso
comunal ereligioso Building God's House in the Roman World, (Baltimore.
Johns Hopkins University Press, 1990) 142-143. Veja também Toward a
House Church Theology (Atlanta: NewTestament Restoration Foundation,
1998), 29-42 de Steve Atkerson.
24 Snyder, Ante Pacem, 67. Essas casas reformadas são chamadas de domus
ecclesiae.
50 Cristianismo Pagão?
25 Everett Ferguson, Early Chrstian Speak: Faith and Life inée First Three
Centuries, Terceira Ed. (Abiene, TX: A.C.U. Press, 1999). 46, 74. White,
Building God^s Flouse, 16-25.
26 John F. White, Protestant Worship and Church Architeture (New York:
Oxford University Press, 1964), 54-55.
27 "Convertendo uma Casa em uma Igreja", Christian History 12, no. 1
(1993):33.
28 Norrington, To Preach or Not to Preachf , 25. Além dessa reforma de
casas privadas, Alan Kreider revela que "antes do século 3, as congregações
cresciam em número e riqueza. Assim, cristãos que se encontravam em in-
sulae (ilhas), blocos de edifícios com vários andares contendo lojas emora
dias, discretamente começaram aconverter espaços privados em complexos
domésticos reunidos para ajustar necessidades congregacionais. Derruba
vam paredes para unir apartamentos, enquanto criavam espaços variados,
grandes epequenos. Tudo isso foi requerido pela vida de suas crescentes co
munidades" Worship and Evangelism in Pre-Christendom, (Oxford: Alain/
GROW Liturgical Study, 1995), 5.
29 Turner, From Temple to Meeting House, 195. Os renascentistas teóricos
Alberti ePalladio estudaram os templos da Roma antiga ecomeçaram ausar
o termo templo referindo-se ao edifício da igreja cristã. Posteriormente,
Calvino referiu-se aos edifícios cristãos como templos, adicionando-o ao
vocabulário da Reforma (p. 207). Veja também The Secular Use ofChurch
Buildings, 220-222, de Davies, sobre o pensamento que conduziu o uso
cristão do termo "templo" como referência para o edifício da igreja.
A Construção daIgreja 51
LiturQ/: To the Time ofGregory the Great (Notre Dame: Notre Dame Press,
1959), 141.
37White, Protestam Worship and Church Architeture, 60. Esses monumen
tos seriam mais tarde transformados em prédios de igreja magníficos.
38 Jungman, Early Liturgy, 178; Turner, From Temple to Meetinv House,
164-167.
47Norman Towar Boggs, The Christian Saga (New York: The Macmillan
Company, 1931), 209.
48 Ilion T. Jones, AHistorical Approach to Evangelical Worship, p. 103;
Schaff, History ofthe ChHstian Chuvch, 3:542. As palavras de introdução de
Schaff dizem: "Depois da cristandade ser reconhecida pelo estado eautori
zada ater propriedades, ela erigiu casas de adoração em todas as partes do
Império Romano. Provavelmente havia mais edifícios desse tipo no século
4do que houve em qualquer período, talvez com exceção do século 19 nos
Estados Unidos...". Norrington mostra que à medida que os bispos dos
séculos 4 e 5 cresciam em riqueza, canalizaram-nas através de um elabo
rado programa de construção de igrejas (Tb Preach or Not to Preachf, 29).
Ferguson escreve: Ate aera Constantino não encontramos edifícios espe
cialmente construídos, primeiro eram simples salões, depois basílicas cons-
tantinas . Antes de Constantino, todas as estruturas usadas para reuniões
AConstrução daIgreja 55
57 Fox, Pagans and Christians, 666; Durant, Caesar and Christ, 63, 656.
58 Cross and Livingstone, Oxford Dictionary ofthe Christian Churchi 1307.
59 Robert M. Grant, Early Christianity andSociety (San Francisco: Harper
& Row Publishers, 1977), 155.
60 Durant, Caesar and Christ, 656.
61 Johnson, History of Christianity, 69; Early History ofthe Christian
Church, p. 69. Na Igreja Oriental, Constantino éconsiderado, atualmente,
o 13° apóstolo eévenerado como um santo (Cross and Livingstone, The
O^ord Dictionary of the Christian Church, Terceira Edição, 405; Taylor,
Christians and the Holy Places, 303, 316; Snyder, Tlwíe Pacem, 93).
62 Taylor, Christians and the Holy Places, 308; Davies, Secular Use ofChurch
Buildings, 222-237.
63 Anoção de que relíquias tinham poderes mágicos não pode ser creditada aos
judeus, porque acreditavam que qualquer contato com um corpo morto era algo
sujo. Essa idéia era completamente pagã (Boggs, The Christian Saga, 210).
58 Cristianismo Pagão?
70 Taylor, Christians and the Holy Places, 308; Boggs, Christian Saga, 206-207.
71 Fox, PagansandChristians, 667-668.
72 Taylor, Christians and the Holy Places, 309.
73 Snyder,7lwfe Pacem, 65. Tais locais são mencionados como martyria.
7A Ibid., 92: Haas, "Where Did Christians Worship?" Christian History, 35.
75 Taylor, Christians and the Holy Places, 340-341. Assim como Davies
diz:"Como os primeiros cristãos não tiveram nenhum santuário sagrado,
a necessidade para consagração não surgiu. Foi apenas no século 4, com a
paz na igreja, que aprática de dedicar edifícios começou (The Secular Use
of Buildings, 9, 250).
76 Short, History ofReligious Architeture, 62.
60 Cristianismo Pagão?
120 Compare isso com Marcos 14.58, Atos 7.48,2Coríntios 5.1, Heb. 9 11
e Heb. 9.24.
123 Marcos 14.58; Atos 7.48; 17.24; Gál. 4.9; Gol. 2.14-19; IPedro 2.4-9;
Heb.3-11.
129 Para detalhes, veja Short, History ofReligious Architeture, cap. 11-14, e
aobra clássica de Otto von Simson The Gothic Cathedral: Origins ofGothic
Architeture andthe Medieval Concept ofOrder (Princeton: Princeton Uni-
versity Press, 1988).
130 Krautheimer, Early Christian and Byzantine Architeture, 43.
131 Durant,i4ge ofFaith, 856.
132 Von Simson, The Gothic Cathedral, 122. Frank Senn escreve: "O espaço
entre os pilares foi preenchido com janelas maiores que deram aos novos
edifícios aleveza eobrilho, ausentes nos velhos edifícios românicos. As ja
nelas foram preenchidas com vitrais coloridos que contavam histórias bíbli
cas ou empregavam símbolos teológicos previamente pintados nas paredes
{Christian Liturgy, 214).
133 Dutânt, Age of Faith, 856.
AConstrução daIgreja 71
134 Norman, House ofGod, 153-154; Paul Clowney and Teresa Clowney,
Exploring Churches (Grand Rapids: Eerdmans, 1982), 66-67.
135 Von Simson, The Gothic Cathedral, 22-42, 50-55, 58,188-191,234-235.
Von Simson mostra como a metafísica de Platão influenciou a arquitetura
gótica. Aluz ea luminosidade alcançam sua perfeição nos vitrais góticos.
Números de proporções exatas harmonizam todos os elementos do edifício.
A luz e a harmonia são imagens do céu; são os princípios do ordenamento
da criação. Platão ensinava que a luz é o mais notável fenômeno natural
—se aproxima da forma pura. Os neoplatonistas concebiam a luz como
uma realidade transcendental que ilumina nosso intelecto para compreen
der averdade. O desenho gótico era essencialmente uma mistura das visões
de Platão, Agostinho eDenis, opseudo-areopagita (um neoplatonista).
136 White, Protestam Worship and Church Architeture, 6.
137 Neil Carter, "The Story of the Steeple" (manuscrito não-publicado,
2001). O texto integral pode ser acessado em www.christinyall.com/stee-
ple.html.
72 Cristianismo Pagão?
143 White, Protestam Worship and Church Architeture, 64. Aprimeira igreja
protestante foi o castelo em Torgua construído em 1544 para culto lute
rano. Não havia nenhum santuário e o altar tornou-se uma mesa simples
(Turner, From Temple toMeeting House, 206).
144 White, Protestam Worship and Church Architecture, 78.
145 Jones, Historical Approach to Evangelícal Worship, 142-143, 225. De
forma interessante, os séculos 19 e 20viram, por parte de todas as corpo
rações protestantes, a maior restauração da arquitetura Medieval (White,
Protestam Worship and Church Architecture, 64).
146 White, Protestam Worship and Church Architecture, 79.
147 "De todos os grandes mestres do Cristianismo, Martinho Lutero foi
o que percebeu, mais claramente, a diferença entre a Ekklesia do NT e
a igreja institucional, e reagiu fortemente contra o quid pro quo que as
identificavam. Tanto, que meramente recusou tolerar a palavra igreja :
termo que descreveu como ambíguo eobscuro. Em sua tradução da Bíblia,
74 Cristianismo Pagão?
A TORRE ESPIRAL
O PÚLPITO
166 Christian Smith, Goingto theRoot (Scottdale, PA: Herald Press, 1992), 83.
167White, Building God'sHouse, 124.
168 Ibid.
174 Scott Gabrielson, "Ali Eyes to the Front: A Look at Pulpits Past and
Present," Your Church,Janeiro/Fevereiro 2C02, 44.
175 James F. White, The Worldliness ofWorship (New York: Oxford Uni-
versity Press, 1967), 43.
176 Cross and Livingstone, The Oxford Dictionary ofthe Christian Church,
Terceira Edição, 1271; Goingto theRoot, 81.
177 James F. White, The Secular Use ofChurch Buildings, 138. Ocasional
mente, alguns bancos de madeira ou pedra eram separados para idosos e
doentes.
182 Senn, Christúin LituTgy, 215; Clowney and Clowney, Exploring Churches^
28.
196 White, Protestant Worship and Church Architecture, 120,125, 129, 141.
197 Como disse J.G. Davies: "A questão do edifício da igreja éinseparável
da questão da igreja ede sua função no mundo moderno {Secular Use of
Church Buildings, 208).
198 Leonard Sweet: "Church Architecture for the 21 st Century," Your
Church Magazine, Março/Abril 1999, 10. Nesse artigo, Sweet tenta ima
ginar edifícios de igreja pós-modernos que fogem do velho molde arqui
tetônico que promove apassividade. Porém, ironicamente, opróprio Sweet,
inadvertidamente, é escravo do antigo paradigma de edifícios de igreja, es
paços sagrados. Escreveu: "naturalmente, você não constrói um edifício
qualquer quando constrói uma igreja, você constrói um espaço sagrado .
Esse tipo de pensamento pagão tem raízes bem profundas!
84 Cristianismo Pagão?
199 Senn, Christian Liturgy, 212, 604. O edifício de igreja do estilo "audi
tório" transforma a congregação em uma audiência passiva, enquanto que
o estilo gótico adispersa em uma nave longa eestreita ou angulosa echeia
de rachaduras.
200 Uma citação de Gotthold Lessing {Lessing's Theological Writings).
AConstrução daIgreja 85
UM MERGULHO PROFUNDO
215 Rodney Stark, Fot the Gloty ofGod: How Monoteistn Lcd to RefoTtnutios,
Sciencey Witch-Hunts, and the End of Slavery (Princeton, NJ: Princeton
University Press, 2003), 33-34.
94 Cristianismo Pagão?
ACONTRIBUIÇÃO DE LUTERO
Em 1520, Lutero lançou uma campanha apaixonada contra a
Missa Católica Romana.^' O ponto altodaMissa Católica sem-
17 Ibid., 618-619.
18 A missa moderna mudou pouco desde 1500 (James R White, Protestam
Worship: Traditions in Transition (Louisville: Westmínster/ John Knox,
1989), 17). A forma usada hoje remonta aoMissal Romano, Sacramentos
e Instruções de 1970 (Senn, Christian Liturgy, 639). Mesmo assim, a missa
do século 6assemelha-se à missa de nossos dias (Jungmann, The Early
Liturgy^ p. 298).
19 Essa campanha foi articulada no radical tratado de Lutero, The
Baip/lonian Captivity ofthe Church. Esse livro caiu como uma bomba sobre
osistema catolico romano, desafiando onúcleo da teologia por trás da missa
católica. No The Babylonian Captivity, Lutero atacou as seguintes três ca
racterísticas da missa; 1) Negação do cálice aos leigos; 2) Transubstanciação
(a crença de que o pão e o vinho se tornam o corpo esangue reais de Cris
to); 3) O conceito de que a missa é uma obra humana oferecida para Deus
como um sacrifício de Cristo embora Lutero rejeitasse atransubstanciação,
ainda acreditava numa "presença real" do corpo e do sangue de Cristo nos
elementos do pão edo vinho, uma crença chamada "consubstanciação". Em
A Ordem do Culto 103
tantes.2^ Seu âmago era este: Lutero fez da pregação, mais do que
a Eucaristia, o centro da reunião.^^
Consequentemente, noculto contemporâneo protestante, o
púlpito, mais do que amesa do altar, éoelemento central.^^ (A
mesa do altar éonde aEucaristia écolocada na Igreja Católica,
Anglicana e Episcopal). Lutero toma o créditode fazersermões
como oclímax do culto protestante.^® Leia suas palavras: "Uma
congregação cristã nunca deveria se reunir sem apregação da Pa
lavra de Deus eaoração, não importa o quanto sejam breves''...
"a pregação e o ensino da Palavra de Deus são as partes mais
importantes do culto Divino".^^
Acrença de Lutero na centralidade da pregação como amar
ca do culto ficou fixada até os dias de hoje. Ainda que aatitude de
fazer da pregação ocentro da reunião da igreja não tenha prece-
não percebeu que onovo vinho não pode ser armazenado em odres
devinho velho."*^ Em nenhum momento, Lutero (ou nenhum dos
outros principais reformadores) demonstrou um desejo de retor
nar às práticas da igreja do primeiro século. Esses homens começa
ram uma mera jornada para reformar ateologia da igreja católica.
Em suma, as mudanças mais duradouras que Lutero fez para
a Missa Católica foram as seguintes: (1) promoveu os cultos
mais na linguagem do povo do que em latim, (2) centralizou o
sermão nas reuniões, (3) introduziu olouvor congregacional,
(4) aboliu aidéia de que aMissa era um sacrifício de Cristo e(5)
permitiu que acongregação também se unisse ao pão eao vinho
(além do padre, como era costume na igreja católica). Entre ou
tras diferenças como essas, Lutero manteve a mesma ordem de
culto como encontrada na Missa Católica.
Pior que isso, embora Lutero tivesse falado tanto sobre o
"sacerdócio de todos os crentes", nunca abandonou a prática de
umclero ordenado."*^ De fato, sua crença emumclero ordenado
era tão forte que escreveu: "a ministração publica da Palavra deve
ser estabelecida por ordenação santa como as funções maiores
e mais altas das funções da igreja."*^ Debaixo da influência de
Lutero, o pastor protestante simplesmente substituiu o padre
42 Ironicamente, Lutero insistiu que sua missa alemã não deveria ser
adotada de modo legalista e se fosse antiquada deveria ser descartada
{Christian Worship andIts Cultural Setting, 17). Isso nunca aconteceu.
43 Amante da música, Lutero introduziu a música como principal parte do
culto. (White, Protestam Worship, 41; Hinson, "Worshiping Like Pagans?"
Christian History, 12, no. 1 (1993): 16-19. Lutero era um gênio musical.
Seu dom musical era tão forte que os jesuítas disseram que os cânticos de
Lutero "provocaram mais dano às almas do que seus escritos e pregações .
Não éde admirar que um dos maiores talentos musicais da história da igre
ja fosse um luterano: Johann Sebastian Bach. Para mais detalhes quanto à
contribuição musical de Lutero à liturgia protestante veja: Senn, Christian
Liturgy, 284-287; Protestam Worship, 41, 47-48; Will Durant, Reformation
(New York: Simon andSchuster, 1957), 778-779.
44 White, Protestam Worship, 41.
45 "Concerning the Ministry," Luther's Works, XL, 11.
108 Cristianismo Pagão?
ACONTRIBUIÇÃO DE ZWINGLI
Com o advento das impressões de Gutenberg (aproxima
damente 1450), aprodução em larga escala de livros litúrgicos
acelerou as mudanças litúrgicas que os reformadores tentaram
fazer.5° Aquelas mudanças estavam agora ajustadas para algo mó
vel eimpresso em grande quantidade.
O reformador suíço Ulrich Zwingli (1484-1531) fez um
pouco em suas próprias reformas que ajudaram amoldar aor
dem de culto de hoje. Ele substituiu a mesa do altar por algo
chamado "mesa da Comunhão" naqual opão eovinho são servi-
dos.^^ Também introduziu as bandejas demadeira ondeopãoera
servido e as taças onde o vinho era servido às pessoas sentadas
nos bancos.^^
A maioria das igrejas protestantes ainda têm essa mesa.
Geralmente tem duas velas sobre ela — um costume que
veio diretamente da corte cerimonial dos imperadores ro
manos." E a maioria carrega o pão e a taça ao povo sentado
nos bancos.
Zwingli também recomendou que a ceia do Senhor fosse
realizada trimestralmente (quatro vezes porano). Isso foi em
oposição ao tomá-la semanalmente como outros reformadores
sustentavam." Muitos protestantes seguem essa orientação so-
bre a ceia, de quatro vezes por mês, hoje. Alguns afazem uma
vez por mês.
Zwingli também é reconhecido por lutar pela visão "memo
rial da Ceia. £ssa visão e abraçada pelo principal movimento
do Protestantismo Americano." Essa éavisão do pão eda taça
como meros símbolos do corpo e do sangue de Cristo." De
qualquer forma, ao lado dessas variações, aliturgia de Zwingli
não era muito diferente da de Lutero.^'' Como Lutero, Zwingli
enfatizou acentralidade da pregação, ao ponto dele eseus com
panheiros de trabalho pregarem quatorze vezes por semana."
Oração
Confissão
Louvor (Salmos)
Oração pordiscernimento do Espírito na pregação
Sermão
Ofertório (coleta de caridades)
Oração Geral
Comunhão (de acordo com aagenda) enquanto o salmo é
cantado
Bênção
ACONTRIBUIÇÃO PURITANA
Os Puritanos eram Calvinistas da Inglaterra.®'» Abraçaram
um biblicismo rigoroso e buscaram aderir suavemente à ordem
de culto do Novo Testamento.®^ Os Puritanos sentiam que a
ordem de culto de Calvino não erabíblica o suficiente. Conse
quentemente, quando pastores pregam "fazendo tudode acordo
com aPalavra de Deus", estão ecoando sentimentos puritanos.
Mas oesforço Puritano de restaurar areunião da igreja do Novo
Testamento não foi bem-sucedido.
O abandono das vestimentas clericais, ícones e ornamen
tos, assim como aescrita dos próprios sermões feita pelo clero
(como opostos a ler sermões), foram contribuições positivas
que os puritanos trouxeram anós. No entanto, porcausa de sua
enfase em oração espontânea , os puritanos também deixaram
Chamadapara o Culto
Oração de Abertura
Leitura das Escrituras
Músicas dos Salmos
Oração Pré-sermão
Sermão
Oração Pós-sermão
(Quando a comunhão é realizada, o ministro exorta à con
gregação, abençoa opão eovinho, eassim, passa para opovo).
No momento oportuno, os puritanos geraram seus próprios
ramos de denominações.'^ Algumas delas fizeram parte da tra
dição da Igreja Livre (Free Church).''' As Igrejas Livres criaram
uma ordem de culto que échamada de "hino-sanduíche'''^ eessa
110 Osbatistas são os mais notáveis para fazer doresgate doperdido ameta
do culto dominical matutino. A chamada revivalista para tomar a decisão
pessoal" por Cristo refletiu edisseminou aideologia cultural do individua
lismo estadunidense da mesma maneira que as novas medidas de Charles
Finney refletiram e disseminaram o pragmatismo americano. (Terry,
Evangelism^ 170-171).
111 Murray, Revival and Revivalism, 185-190.
112 Streett, Ejfective Invitation, 94-95. O reverendo James Taylor foi um
dos primeiros achamar pessoas para virem à frente em sua igreja em 1785
no Tennessee. O primeiro uso do altar de que se tem registro com relação a
um convite público aconteceu em 1799 em um acampamento metodista em
Kentucky. Veja também White, Protestam Worship, 174.
113 Finney foi um inovador em termos de apelo e por iniciar avivamentos.
Empregando oque era chamado de "novas medidas ,afirmou que não havia
nenhuma forma normativa de culto no NT. Mas tudo que tivesse êxito em
trazer pecadores para Cristo seria aprovado (Senn, Christian Liturgy, 564;
Protestam Worship^176-177).
124 Cristianismo Pagão?
114 Streett, Effective Invitation, 95. Finney começou a usar esse método
apartir de sua famosa cruzada de 1830 em Rochester, Nova York. O pri
meiro uso histórico da frase "banco de penitente" [anxious bench] vem de
Charles Wesley: Oh, aquele banco penitente abençoado." Para uma crítica
completa sobre obanco de penitentes veja The Anxious Bench de J.W Nevin
(Chamgersburg, PA: Wipf &Stock, 1843).
115 White, Protestam Worship, 181; James E. Johnson, "Charles Grandi-
son Finney: Father ofAmerican Revivalism", Christian History 7, No. 4
(1998):7; "Glossary ofTerms", Christian History 7, No. 4 (1998), 19.
116 "The Return of the Spirit: The Second Great Awakening", Chnstian
History 8, No. 3(1989): 30; Johnson, "Charles Grandison Finney" 7; Senn,
Christian Liturgy, 566.
117 Murray, Revival and Revivalism, 226, 241-243,177.
118 Streett, Effective Invitation, 96.
A Ordem do Culto 125
123 Dois livros que explicam bem esta diferença são: Watchman Nee, The
Normal Christian Life (Carol Stream, IL: Tyndale House, 1977) eTheRelease
oftheSpirit (Indianapoiis: Sure Foundation, 1956). Para mais detalhes sobre
a natureza anticristã do pragmatismo, veja Ronald Rolheiser, The Shattered
Lantem: Rediscovering God's Presence inEveryday Life (London: Holder &
Stoughton, 19940, 31-35.
124 White, Protestant Worship, 176; Pastor's Notes 4, no. 2:6. lan Murray
afirma que as reuniões nos campos dirigidas pelos metodistas foram pre
cursoras das técnicas evangelísticas sistemáticas de Finney (Revival and
Revivalism, 184-185).
A Ordem do Culto 127
Para Moody, "a igreja era uma associação voluntária dos sal-
vos"^^' A sua influência foi tão assombrosa, que em 1874 não
foi vista como um "grande corpo em comum", mas como uma
reunião de indivíduos.Essa ênfase foi adotada por todos os
revivalistas que o seguiram.^'^^ E acabou porentrar na medula e
nos ossos do Cristianismo Evangélico.
E também importante notar que Moody foi muito influen
ciado pelos ensinos dos irmãos Plymouth quanto àescatologia
[sobre ofinal dos tempos]. Esse éoensinamento de que Cristo
pode retornar aqualquer segundo antes da Grande Tribulação.
(Esse ensinamento é também chamado "Teoria do Arrebata-
mento Pré-Tribulacionista").^''^
A Teoria do Arrebatamento Pré-Tribulacionista trouxe a
ideia de que os cristãos deveriam salvar muitas almas, o mais
ACONTRIBUIÇÃO PENTECOSTAL
Começando por volta de 1906, o Movimento Pentecostal
nos trouxe uma expressão mais emotiva através de canções ento
adas pela congregação. Isso inclui levantar as mãos, dançar entre
os bancos, bater palmas, falar em línguas eusar os pandeiros. A
expressão pentecostal estava em harmonia com sua ênfase sobre
a obra extasiada do Espírito Santo.
O que poucas pessoas percebem é que, se você removesse
as características emotivas do cultopentecostal, simplesmente.
147 Com apalavra "sufocante" quisemos dizer "muito restrita". As igrejas pen
tecostais e carismáticas que tem cultos abertos a congregação para ministrar e
compartilhar livremente sem quaisquer restrições não são comuns hoje.
148 White, Protestant Worship, 204.
A Ordem do Culto 133
156 Banks, PauVs Idea ofCommunity, 108; Hatch, Influence ofGreek Ideas
and Usages, 308-309.
157 O capítulo 2 discute a influência da arquitetura da igreja do século 4
sobre o clero ativo ea congregação passiva. Neste sentido, Horton Davies
escreve: "a passagem de três ou quatro séculos mostra uma grande alteração
no caráter do culto cristão... No século 4, o culto não era celebrado em
casas, mas em catedrais majestosas e igrejas pomposas; não em cultos li
vres e simples, mas em reuniões regidas por uma liturgia fixa {Christian
Worship: History and Meaning, 26).
158 Nichols, Corporate Worship, 155.
136 Cristianismo Pagão?
163 David Norrington observa que embora não haja nada intrinsecamente er
rado no fato da igreja abraçar idéias da cultura asua volta, oproblema éque a
cultura pagã freqüentemente écontrária àfé Bíblica. Este sincretismo eacul
turação são, em geral, prejudiciais àigreja (Tb Preach orNot to Preachf 23).
164 ICoríntios 14.26. O Novo Testamento ensina que todos os Cristãos
devem usar seus dons como sacerdotes que "funcionam para edificar uns
aos outros quando se reúnem (Romanos 12:3-8; ICoríntios 12.7; Efésios
4.7; Hebreus 10.24-25,13.15-16; iPedro 2.5, 9).
165 Nas palavras de Arthur Wallis, "As liturgias, sejam antigas ou modernas,
escritas ou não-escritas, formam um artifício humano para manter as rodas
religiosas andando, enquanto se faz mais o que écostume, do que se exer
cita a fé na presença e naoperação doEspírito já existentes .
138 Cristianismo Pagão?
166 Para mais detalhes, veja Gary Gilley, This Little Church Went to Market:
The Church in the Age ofEntertainment (Webster, NY: Evaneelical Press
2005).
A Ordem do Culto 139
167 Veja o livro de Frank, Reimagining Church, para saber mais sobre este
assunto.
170 Marcos 7.9. Veja também Mateus 15.2-6; Marcos 7.9-13; Colossenses 2.8.
142 Cristianismo Pagão?
Ainda mais, Paulo confiou que aigreja iria aderir aessas dire
trizes. Isso expõe um princípio importante. Toda igreja primiti
va tinha asua disposição um apóstolo itinerante que aauxiliava a
superar eresolver todos os problemas comuns. Algumas vezes,
o auxílio vinhaatravés de cartas.Em outras vezes,vinha durante
visitas pessoais feitas pelo próprio apóstolo. Tal auxílio externo
pode ser extremamente benéfico em manter uma igreja orgânica
centrada em Cristo eensiná-la apermanecer concentrada duran
te as reuniões.
172 Veja tanbém Stanley Grenz, Created for Community (Grand Rapids:
Baker Books, 1998).
146 Cristianismo Pagão?
O SERMÃO EA BÍBLIA
6 Agostinho foi o primeiro a intitular Mateus 5-7 em seu livro The Lord's
Sermon on the Mount [O Sermão do Senhor no Monte] (escrito entre 392 e
396). Mas, geralmente, não se referiam a passagem ao Sermão doMonte até
oséculo 16 (Green, Dictionary ofJesus and the Gospels, 736; Douglas, Who 's
Who iri Christian History, 48). Apesar de seu nome, o Sermão do Monte é
bem diferente do sermão moderno, tanto no estilo quanto na retórica.
7 Norrington, To Preach orNot, 7-12. Norrington analisa os discursos no
Novo Testamento e faz um contraste com o sermão dos nossos dias.
8 Atos 2.14-35; 15.13-21, 32; 20-7-12, 17-35; 26.24-29. Norrington, To
Preach or Not, 5-7.
9 O caráter espontâneo enão-retórico das mensagens ministradas em Atos
ébem evidente, perante uma analise meticulosa. Veja, como exemplos. Atos
2.14-35; 7.1-53, 17.22-34.
10 Jeremy Thomson, Preaching as Dialogue: ís the Sermon a Sacred Cowf
(Cambridge: Grove Books, 1996), 3-8. Apalavra grega freqüentemente usa
da para descrever a pregação e os ensinamentos do primeiro século é diale-
gomai (Atos 17.2, 17; 18.4, 19; 19.8-9; 20.7, 9; 24.25). Essa palavra significa
uma forma de comunicação bilateral. Apalavra inglesa dialogue [diálogo em
o Sermão 151
23 O amor pelo discurso era a segunda natureza para os gregos. "Era uma
nação de 'tagarelas'" (Hatch, Influence of Greek Ideas and Usages, 27).
Norrington, To Preach ar Not, 21.
24 Norrington, To Preach orNot, 21.
154 Cristianismo Pagão?
CRISÓSTOMO EAGOSTINHO
42 Ibid., 107.
43 Brilioth, BriefHistory ofPreaching, 26, 27.
44 Hatc, Influence ofGreek Ideas and Usage, 109; Brilioth, BriefHistory of
Preaching, 18.
45 J. D. Douglas, New Twentieth Century Encyclopedia ofReligious Knowl-
edge (Grand Rapids: Baker Book House, 1991), 405.
46 Etn seu leito demorte, Libanius (tutorpagão de Crisóstomo) disse que
ele havia sido seu sucessormais valioso. "Se os cristãosnão o tivessem rou
bado". (Hatc, Influence ofGreek Ideas and Usage, 109).
47 Tony Castle, Lives ofFamous Christians (Ann Arbor, MI: Servant Books,
158 Cristianismo Pagão?
1998), 69; Hatch, Influence ofGreek Ideas and Usage, 6. João foi apelidado
de golden-mouth [boa dourada] (Crisostosmo) por causa de suas pregações
eloqüentes e(Krupp, "Golden Tongue and Iron '^1", Christian Historyy 7).
48 Durant, Age ofFaith, 63.
49 Kevin Dale Miller, "Did you know? Little-Known Facts about John
Chrysostom , Chvistian Histoiry 13, no. 4 (1994): 3. ÍMais de 600 sermões
de Crisóstomo sobreviveram, dentre todos que pregou.
50 Krupp, "Golden Tongue and Iron Will", 7; Schaff, History of ée
Qhristian Church, 3:933-941; Durant,/Ige ofFaithy 9. Crisóstomo aprendeu
a retórica com Libanius, mas também estudava filosofia e literatura pagã.
(Durant,Age ofFaith, 63).
51 Um aplauso cheio de entusiasmo e uma platéia para uma homilia de um
sofistico, era um costume grego.
52 Schaff, Flistory ofthe Christian Church, 3:938.
53 Durant, Age of Faith, 65.
54 Norrington, To Preach orNot, 23.
o Sermão 159
65 Meie Pearse e Chris Matthews, We Must Stop Meeting Like This (E.
Sussex, UK: Kingsway Publications, 1999), 92-95.
66 White, Protestam Worship, 53, 121, 126, 166, 183; Guelzo, "When the
Sermon Reigned", 24-25. Os fantasmas da pregação puritana ainda estão
conosco hoje. Toda vez que você ouvir um pastor protestante "sermoni-
zar", no fundo você encontrará o estilo de sermão puritano, que tem suas
raízes na retórica pagã.
162 Cristianismo Pagão?
71 Para saber mais sobre esse tópico, veja Reimagining Church de Viola.
72 Essa passagem também afirma que "funcionar" é necessário para a ma
turidade espiritual.
73 Areunião descrita nessa passagem é, claramente, uma reunião de igreja.
74 Alguns pastores são conhecidos por dar atenção àidéia insensível de que
"tudo o que as ovelhas fazem é dizer 'baa' e comer grama".
75 Reuel L. Howe, Partners in Preaching: Clergy and Laity in Dialogue
(New York: Seabury Press, 1967), 36.
164 Cristianismo Pagão?
ressurreto era, de uma forma que não era ambígua, centrai em suas mensa
gens". Green, Evangelism in the Early Church (London: Hodder eStough-
ton, 1970), 150.
87 Para saber mais sobre esse tópico, veja Reimagining Church de Viola.
88 Hebreus 3.12-13, 10.24-26. Note a ênfase em "uns aos outros" dessas
passagens. O autor tem como expectativa, que seja entendido como uma
exortação mútua.
89 Craig A. Evans, "Preacher and Preaching: Some Lexical Observations",
Joumalofthe Evangelical TheologicalSociety, 24, no. 4(Dezembro de 1981),
315-322.
91 Ibid.
3Apocalipse 1.6; 5.10, 20.6. R. Paul Stevens, The Other SixDays: Vocation,
Work and Ministry in Biblical Perspective (Grand RapidstEerdmans, 1999),
173-181.
fia, 7.1; Epístola aos habitantes de Magnésia (uma prefeitura da Grécia, loca
lizada na periferia da Tessálial 7.1; Epístola aos habitantes de Tralia, 3.1. As
Epístolas de Inácio estão repletas deste tipo de linguagem. Veja Early Chris-
tian Writings: The Apostolic Fathers (NewYork: Dorset Press, 1968), 75-130.
23 Edwin Hatch, The Organization ofthe Early Christian Churches (Lon-
don: Longmans, Green, and Co., 1895), 106, 185; Early Christian Writ
ings, 88. O livro de Hatch mostra que a evolução gradual da organização
eclesiástica e vários elementos daquela organização foram emprestados da
sociedade greco-romana.
24 Robert M. Grant, The Apostolic Fathers: A New Translation and Com-
mentary, vol. 11 (NewYork: Thomas Nelson &Sons, 1964), 58.
25 R. Alastair Campbell, The Elders: Seniority within Earliest Christianity
(Edinburgh: T. & T. Clark, 1994), 229.
26 Hatch, Organization ofthe Early Christian Churches, 124.
27 Ibid., 100.
28KennethStrand, "The Rise of theMonarchical Episcopate," emThreeEs-
says on Church History (Ann Arbor, MI: Braun-Brumfield, 1967); Warken-
tin, Ordination: A Bihlical-Historical View, 175.
182 Cristianismo Pagão?
DE PRESBÍTERO A SACERDOTE
48
ocasiões."*^ No século 3, cada igreja tinha seu próprio Bispo
(Neste momento, Bispos eram essencialmente as cabeças sobre
as igrejas locais. Não eram superintendentes diocesanos como
são hoje no Catolicismo Romano). Bispos epresbíteros, junta
mente, começaram aserchamados de"clero".'*'
A origem da doutrina antibíblica de "protetorado pode
também ser atribuída aCipriano.^° Ele ensinava que oBispo tem
apenas um superior. Deus, a quem deveria prestar contas, so
mente. Qualquer um que se separasse do Bispo, se separaria de
Deus.'* Ensinou também que uma porção do rebanho do Senhor
seria entregue aum pastor individualmente (o Bispo)
O PAPEL DO SACERDOTE
AFALÁCIA DA ORDENAÇÃO
No século 4, ateologia eo ministério pertenciam ao domínio
dos sacerdotes. Otrabalho eaguerra, ao domínio do leigo. Qual
era o rito de passagem para o âmbito sagrado do sacerdote? A
Ordenação.
Antes de examinar as raízes históricas da ordenação, veja
mos como aliderança foi reconhecida na igreja primitiva. Após
o início da igreja, os obreiros apostólicos (plantadores de igre
jas) do século 1voltavam avisitar aigreja depois de um tempo.
Em algumas congregações, os obreiros reconheciam os anciãos
publicamente. Em todos os casos, os anciãos já tinham estado
"naquele lugar" antes desse reconhecimento público.'^'
ções orais ordenaram homens para ooficio no Sinedrio. Esses homens eram
vistos como mediadores davontade deDeus para todo Israel. Os ordena
dos" do Sinédrio tornaram-se tão poderosos que nocomeço do século 2, os
romanos condenavam aqueles que desempenhavam a ordenação judaica à
morte! Warkentin, Ordination: A Bihlical-Historical View, 16, 21-23,25).
122 Warkentin, Ordination: A Biblical-Historical View, 35. Isto e evidente
doApostolic Constitutions (350-375 d.C.).
123 Ibid., 45.
124Niebuhr e Williams, Ministry in HistoricalPerspectives, 75.
125 von Campenhausen, Tradition and Life inthe Church, 224.
126 Ibid., 227.
127 Ibid. 228.
202 Cristianismo Pagão?
A REFORMA
DE SACERDOTE A PASTOR
A CURA DE ALMAS
181 Esse livro veio em versões na língua alemã elatina (McNeill, History of
theCureofSouls, 177).
182Veja Reimagining Church de Viola. A cura humanavem através da inte
gração na comunidade cristã. Veja Connecting: Healing Ourselves and Our
Relationships de Larry Crabb (Nashville: WPublishing, 2004).
o Pastor 215
183 Muitas igrejas reformadas diferenciam anciãos que "ensinam" dos anciãos
que "administram". Os anciãos que ensinam ocupam aposição tradicional
de bispo ou ministro, enquanto que os anciãos que administram ocupam as
funções da disciplina. Essa forma de governo eclesiástico foi levada àNova
Inglaterra apartir da Europa (Hall, Faithful Shepherd, 95). No fim, devido à
impopularidade do ofício, os anciões governantes foram abolidos enquanto
que o ancião pedagógico permaneceu. Isso também aconteceu nas igrejas
batistas dos séculos 18 e 19. Freqüentemente, essas igrejas precisariam de
recursos financeiros para sustentar um "ministro". Desse modo, ao final do
século 19, as igrejas evangélicas adotaram atradição do pastor único Mark
Dever, ÁDisplay of God's Glory (Washington D. C.: Center for Church
Reform, 2001), 20; R.E.H. Uprichard, "The Eldership in Martin Bucer and
John Calvin", Irish Biblical Studies Joumal (18 de junho de 1996): 149,
154). Assim, aequipe de anciãos na tradição reformada evoluiu para o"pas
tor unico
CONCLUSÃO
207 Searching Together, 23, no. 4 (Inverno 1995) discute sobre esse assunto
com mais profundidade.
208 Johann Gerhard em Church Ministry de Eugene F. A. King (St. Louis:
Concórdia Publishing House, 1993), 181.
209 Extraído do poema de Milton de 1653: "On the New Forces of
Conscience Under the Long Parliament".
224 Cristianismo Pagão?
péis, eles devem cumprir muitas tarefas que estão além de seus
dons e talentos. Isso é injusto, tanto a eles quanto para os que
estão dentro do corpo, que possuem esses dons e não podem
usá-los.
A ROUPA DA IGREJA
5 Ibid.
18 Deus olha para ocoração; não se impressiona com as roupas que usamos
(ISamuel 16.7; Lucas 11.39; IPedro 3.3-5). Nossa adoração é no espírito,
não na aparência física Qoão 4.20-24).
19 Christian Smith, "Our Dressed Up Selves," Voices in the Wildemess (Set/
Out. 1987),2.
As Roupas Dominicais 233
Deus não falou.^^ Tal prática émais uma tradição humana em sua
melhor forma.
O TRAJE DO CLERO
51 Ibid., 94,118.
52 Niebuhr e Williams, Ministry in Historical Perspectives, 164. De acordo
com oThe London Times (14 de março de 2002), ocolar clerical foi inventado
pelo reverendo Dr. Donald McLeod de Glasgow. Acrença popular éque o
colar clerical foi inventado pela Contra-Reforma Católica para impedir que os
padres usassem os rujfs largos usados pelos pastores protestantes (Chadwick,
Reformation, 423). Mas parece que eles vieram bastante tempo depois.
240 Cristianismo Pagão?
Ministros do Louvor:
Clero Pedicado à Música
Qv/'''ovocê
ENTRAR EM QUALQUER CULTO DE UMA IGREJA CRISTÃ,
notará que geralmente começam-no com hinos,
coros ou louvores e músicas de adoração. Uma pessoa (ou um
grupo) irá liderar etambém direcionar olouvor. Mas nas igrejas
tradicionais, aliderança caberá aodiretor docoral ouaoministro
de música. Em algumas igrejas, esse papel é tambérn desempe
nhado pelo pastor sênior. Ouao próprio coral. Em igrejas con-
242 Cristianismo Pagão?
A ORIGEM DO CORAL
ACONTRIBUIÇÃO DA REFORMA
Aprincipal contribuição da música dos reformadores foi a
restauração da música na congregação e o uso de instrumen
tos. John Huss (1372-1415 d.C.) de Boêmia e seus seguidores
(chamados husitas), estiveram entre os primeiros a restaurar a
música na congregação e na igreja.^^
Lutero também encorajou o cântico congregacional em de
terminadas partes do culto.^^ Mas a música da congregação não
23 Veja o capítulo 3.
24 Quasten, Music and Worship, 163.
25 Ibid., 164-165.
26 MacMullen, Christianizing the Roman Empire, 11-13.
27 Jones, Historical Approach to Evangelical Worship, 257. Os Hussites
criaram o primeiro hinário protestante em 1505 em Praga. Veja também
Evangelism: A Concise History, deTerry, 68.
28 Jones, HistoricalApproach to Evangelical Worship, 257. Nos dias de Lute
ro, cerca de sessenta hinários foram publicados. Mais especificamente, Lutero
argumentou que as músicas congregacionais faziam parte da liturgia. Ele dei-
248 Cristianismo Pagão?
xou uma missa latina que era cantada pelo coro em cidades e universidades, e
uma missa alemã que era cantada pela congregação em aldeias e nazona rural.
Esses dois modelos foram estabelecidos como prática luterana dos séculos 16
atéo século 18. Os reformadores seopunham às músicas decoral e aos hinos
congregacionais eaprovavam apenas o cântico métrico (versificado), Salmos
e outros cânticos bíblicos. Da perspectiva deles, os coros e os hinos eram
romanos. Então, esse uso luterano revelou uma reforma imatura (Frank Senn
em e-mail particular para Frank Viola, 18/11/2000).
29 Jones, HistoricalApproach to Evangelical Worship, 157. Os hinos de Isaac
Watts, John Wesley, eCharles Wesley foram amplamente usados. Acompo
sição eocântico de hinos se espalharam por todas as Igrejas Livres dos dois
continentes nessa época.
30 Liemohn, Organ and Choir in Protestam Worship, 15. James F. White
destaca que "desde aquela época até hoje permanece uma considerável con
fusão sobre qual é exatamente a função do coral na adoração protestante.
Não há umaúnica boa razão paraa existência do coral no Protestantismo".
{Protestam Worship and Church Architecture, 186).
31 Liemohn, Organ andChoir in Protestam Worship, 15-16.
32 Ibid., 19. No século 17, oórgão tocava algumas partes, opondo-se ao unís
sono cantado pela congregação, abafando as pessoas. As igrejas de Genebra
arrancaram os órgãos dos edifícios das igrejas porque não queriam que o lou
vor fosse roubado das pessoas (Wilson-Dickson, Story ofChristian Music, 62,
76-77). Juntamente com opúlpito eoutros ornamentos, as igrejas evangélicas
importaram órgãos dos anglicanos durante a primeira década do século 17
para semanterem competitivas. Bushman, Refinement ofAmérica, 336-337.
33 Ferguson, Early Christians Speak, 157.
Ministros do Louvor 249
41 A igreja foi a Trinity Church em New York. Para uma discussão sobre
os primeiros órgãos usados nos Estados Unidos, veja Liemohn, Organ and
Choir in Protestant Worship, 110-111.
42 Ibid,. 113; White, Protestan Worship and Church Architeture, 110.
43 Liemohn, Organ andChoir in Protestant Worship, 115.
44 Ibid., 125. APrimeira Igreja Presbiteriana em Flemington, NewJersey é
considerada a primeira a organizar um coral infantil.
45 Ibid.
céu ederramarei tanta bênção que vocês não terão suficiente espaço
paraguardá-la.'* (Malaquias 3.8-10)
Essa passagem parece ser o versículo preferido de muitos
pastores, especialmente quando a maré está baixa. Se você
freqüentou a igreja contemporânea por algum tempo, deve
ter escutado essa passagem sendo lida do púlpito em muitas
ocasiões. Considere um pouco da retórica que acompanha
esse tema:
O DIZIMO ÉBÍBLICO?
século 2 foram os primeiros a pagar seus líderes, mas essa prática não se
espalhou até Constantino (Smith, From Christto Constantine, 193).
31 Para uma resposta aessas passagens bíblicas que alguns usam para defen
der o salário do clero (pastor) veja, Reimagining Church de Viola.
32 Sem mencionar toda a complexidade do dízimo. Considere o seguin
te: o dízimo deve ser do valor líquido ou do bruto? Como fica a isenção
tributária ou fiscal? Murray detalha a complexidade de tentar importar o
sistema bíblico do dízimo praticado pela antiga nação de Israel para nossa
cultura hoje. Em seu sistema de anos, jubileus, sábados sagrados, colheita,
e primícias, o dízimo fazia sentido eajudava adistribuir ariqueza da nação.
Hoje, freqüentemente contribui para aumentar as injustiças (veja Beyond
Tithing, cap. 2).
Dízimo e Salário do Clero 269
CONCLUSÃO
49 Murray trata desses quatro exemplos com detalhes, provando que não
são textos "comprovados" para o dízimo cristão. Ele também mostra que,
de acordo com Jesus, o dízimo está mais relacionado com o legalismo e o
sentimento de superioridade moral [farisaísmo] do que com um modelo a
ser imitado. (Veja Beyond Tithing, cap. 3).
276 Cristianismo Pagão?
alguns dos novos convertidos tinham que esperar até três anos
pelo batismo!
Se você fosse um candidato ao batismo no século 3,suavida
seria profundamente examinada.Você teria que se mostrar dig
no do batismo por sua conduta.^^ O batismo chegou a ser um
ritual adornado erígido que havia adotado muitos aspectos das
culturas judias e gregas —com água benta, sem as roupas, com
a repetição de uma crença, unção de azeite,exorcismo e dar leite
com mel àpessoa recém batizada.Chegouaseruma atitude de
obrasno lugardafé.
O legalismo que acompanhou obatismo trouxe umconceito
ainda mais surpreendente: somente obatismo perdoa os peca-
A CEIA DO SENHOR
20 João 17.23, 20-21; Romanos 8.15; Gáiatas 4.6; Efésios 1.4-6. Para uma
discussão mais completa sobre oassunto, veja The Church is Christ de Bill
Freeman (Scottsdale, AZ: Ministry Publications, 1993), cap. 3.
21 Uma das figuras mais conhecidas que foi assassinada por suas posições
sobre a Ceia do Senhor foi Thomas Cranmer. Cranmerfoi nomeado arce
bispo de Canterburry por Henrique XVIII, mas sua maior influência foi
sentida durante o breve reinado do filho de Henrique, Eduardo VI. Mais
tarde, durante o reinado da rainha Mary, Cranmer foi acusado de realizar
motins para defender a teologia sacramentai protestante eem seguida, exe
cutado e morto na fogueira em março de 1556. (Douglas, Who's Who in
Christian History, 179-180).
286 Cristianismo Pagão?
ENCURTANDO AREFEIÇÃO
Então por que a refeição completa foi substituída por uma
cerimonia que inclui somente o pão eo cálice? Eis ahistória. No
século primeiro enos poucos séculos seguintes, os cristãos pri
mitivos chamavam aceia de "festa do amor''.^'' Naquele tempo,
tomavam o pão e o cálicedentro do contexto de uma ceiafestiva.
22 Veja The Table ofthe Lord de Eric Svendsen (Atlanta: NTRF, 1996), F. F.
Bruce, First and Second Corinthians NCB (London: Oliphant, 1971), 110;
White, The Worldliness ofWorship, 85; William Barclay, The Lord's Supper
(Philadelphia: Westminster Press, 1967), 100-107; 1. Howard Marshall,
Supper andLord's Supper (Grand Rapids, Eerdmans, 1980); Vernard Eller,
In Place ofSacraments, (Grand Rapids, Eerdmans, 1972), 9-15.
23 Barclay, Lordes Supper, 102-103. Aceia era uma função "de lei", mas ago
ra se trata de uma tarefa especial de uma classe privilegiada, o clero.
24 Erachamada de festa "ágape". Judas 1.12.
o Batismoe a Ceia do Senhor 287
25 Dix, Shape ofthe Litnrgy, 23; Ferguson, Early Christian Speak, 82-84,96-
97, 127-130. Nos séculos 1e 2, a ceia parecia mesmo com uma refeição no
começo da noite. Fontes do segundo século mostram que ela era realizada
somente aos domingos. Em Didache, a Eucaristia ainda era uma refeição
Ágape ("love feast", em português, festa do amor). Veja também Secular Use
ofChurch Buildings de Davies, 22.
26 Svendsen, Table oftheLord, 57-63.
27 Para saber mais sobre as influências pagãs no desenvolvimento da rnissa
cristã, veja o artigo do Bispo Edmundo "The Genius ofthe Roman Rite ,
Duchesne, Christian Worship, 86-227; Jungmann, Early Liturgy, 123, 130-
144, 291-292; Smith, Eram Chríst to Constantine, 173; Durant, Caesar and
Christ, 599-600, 618-619, 671-672.
28 Foi proibida pelo Concilio de Cartago em 397 d.C. Barclay, Lord sSup-
per, 60; Charles Hodge, First Corinthians (Wheaton, IL: Crossway Books,
1995), 219; R. C. H. Lenski, The Interpretation of1 and 1 Cortinthians
(Minneapolis: Augsburg Publishing Flouse, 1963), 488.
29 Gough, The Early Christians, 100.
30 Ibid., 93. Eucaristia significa "ação de graças".
31 Tad WGuzie,/es«s andthe Eucharist (New York: Paulist Press, 1974), 120.
288 Cristianismo Pagão?
32 Ibid.
creveu sua primeira tese que abordava aEucaristia com ofoco direto no pão
e no vinho. Todos os escritores cristãos antes de Radbert descreveramo que
os cristãos faziam quando tomavam ovinho eopão. Descreveram z.a,ção de
tomar os elementos. Radbert foi o primeiro aseconcentrar exclusivamente
nos próprios elementos —o pão e o vinho que ficavam na mesa do altar.
(Guzie,/e5«5 and the Eucharist, 60-61, 121-123).
37 Dunn, New Testament Theology in Dialogue, 125-135.
38 Isso começou por volta do século 4.
39 Hanson, Christian Priesthood Examined, 80.
40 GmXe, Jesus and the Eucharist, 125-127.
41 Para muitos escravos epessoas pobres, aceia do Senhor era aúnica refei
ção de verdade. Por mais incrível que pareça, o conceito de jejuar a ceia do
Senhor emergiu depois do Sinodal de Hipona em 393 d.C. (Barclay, Lord s
Supper, 100).
290 Cristianismo Pagão?
CONCLUSÃO
1John Owen, Hebrews 3, Mister McGrath eJ.I. Packer, eds. (Wheaton, IL:
Crossway Books, 1998), 568.
2 Marrou, Liherating the Laity (Downers Grove, IL: InterVarsity Press,
1985), 46. Note que não podemos dizer isso sobre a igreja institucional
moderna, pois se aplica mais ao estilo da igreja do primeiro século.
Educação Cristã 297
eram chamadas de mestres. Doutor significa "aquele que ensina". Que vem de
doctnna que significa aprendizado". Um doutor, portanto, éum mestre que
ensina. Estudantes ansiosos por reconhecimento eram chamados debacharéis
(p. 153). Ochanceler da Catedral detinha omais elevado posto da universida
de. Os mestres ensinavam os bacharéis, os quais moravam primeiramente em
quartos devidamente preparados, depois em saguões emprestados aeles pelos
mestres (Rowdon, "Theological Education in Historical Perspective," 79). A
psizwYzfaculdade, que significa "força, poder, ehabilidade" surgiu por volta de
1270 e representava as varias divisões do grêmio Medieval. Apalavra "facul
dade" foi depois substituída por "grêmio", referindo-se ao grupo de estudan
tes em cada temática. Bowen, AHistory ofWestem Education, 2:111; Charles
Homer Haskins, The Rise ofUniversities (New York: H. Holt, 1923), 17.
31 Stevens, Other Six Days, 12-13; eStewens, Abolition oftheLaity, 10-22.
32 D.W Kohertson,Abelardand Heloise (New York: The Dial Press, 1972),
xiv.
atual. (Antes dele, essa palavra era utilizada apenas para descrever
crenças pagas)
Seguindo anorma de Aristóteles, Abelardo dominou aarte fi
losófica da "dialética" —adisputa lógica da verdade, eaplicou essa
arte àsEscrituras.^^ A educação teológica cristãnuncase recuperou
da influência de Abelardo. Atenas ainda corre em suas veias. Aris
tóteles, Abelardo e Aquino acreditavam que a razão era a ponte
para averdade divina. Desde suas origens, aeducação universitária
ocidentalenvolveu a fusão de elementoscristãose pagãos.^^
Martinho Lutero estava certo quando disse: 51 Universidade
nãoéoutracoisa senão umlocal detreinamento dajuventudepara
a glória Embora o próprio Lutero fosse um universi
tário, sua crítica dirigia-se ao ensino da lógica Aristotélica na
Universidade.^®
Books ofthe Western Worid, voi. 19 Thomas Aquinas I,vi; Collins ePrice,
Story of Christianity, 113).
47 Summa Theologica, vil.
48 Henry C. Thiessen, Lectures in Systematic Theology (Grand Rapids: Eer-
dmans, 1979), p.v. Qualquer texto padrão de teologia sistemática protestan
te segue esse mesmo modelo. Tudo isso veio deAquino.
49 O sistema teológico de Aquino continua em voga. Por exemplo, a
maioria dos seminários protestantes na América e Europa segue o que é
conhecido como o Modelo de Berlim da educação teológica. Esse modelo
começou em Berlim em 1800. Era um desdobramento do racionalismo ilu
minado e de teologia enquanto exercício cerebral. A maioria dos seminá
rios modernos usa esse modelo até hoje {Vantage Point: The Newsletter of
Educação Cristã 307
Denver Seminary, Junho 1998, 4). De acordo com o Dr. Bruce Demarest,
"Como um legado do liuminismo do século 18, os evangélicos geralmente
enaltecem a 'razão' como uma chave que abre o conhecimento de Deus.
A teologia, então, se torna uma obrigação teológica —uma atividade da
mente e para a mente. Morton Kelsey observa que 'no Protestantismo,
Deus é uma idéia teológica conhecida mais pela dedução do que uma re
alidade conhecida pela experiência'. Através de uma 'abordagem do lado
esquerdo do cérebro para afé'. Deus se torna, facilmente, numa abstração
removida de uma experiência real, que foi vivida. A. W Tozer notou que
assim como muitos cientistas perdem Deus em Seu mundo (por exemplo.
Gari Sagan), muitos teólogos perdem Deus em Sua Palavra. {Satisfy Your
Soul, 95-96).
50 Francis Turrentin (Reformado) eMartin Chemnitz (Luterano) foram os
dois principais escolásticos protestantes.
51 O termo ambigüidade lógica denota grandes períodos de tempo para
forçar a lógica de um argumento para encaixar numa determinada idéia.
Se você duvida que Aquino realmente fez isso, simplesmente leia sua obra
Summa Theologica. Aquino recorreu bastante a lógica e a filosofia aristo-
teliana para sustentar suas opiniões teológicas. Aquino também escreveu
comentários sobre as obras de Aristóteles. De acordo com Durant, Aquino
conhecia mais as obras de Aristóteles do que qualquer pensador medie
val, exceto Averroes. Para um debate completo sobre como Aquino adotou
o sistema filosófico Aristoteliano, veja Douglas, Who is Who in Christian
History, 30-34, e Durant, Age ofFaith, 961-978.
52 Durant, StoYy ofPhilosophy (New York: Washington Square Press, 1952,
104; Durant, Age ofFaith, 962. Acadeira francesa de filosofia em Paris cen
surou Tomás por "manchar" a teologia cristã com a filosofia de um pagão.
308 Cristianismo Pagão?
OS PRIMEIROS SEMINÁRIOS
FACULDADES BÍBLICAS
ESCOLA bíblica
Schools and Working Class Culture, 1780-1850 [New Haven, CT: Yale Uni-
versity Press, 1976], 21). Também dizem que o reverendo Thomas Stock,
de Gloucester, foi quem deu a Raikes a idéia da escola dominical, (p. 22).
78 Harper's Encyclopedia ofReligious Education, 625. Aescola dominical cres
ceu como parte de uma avivamento evangélico dos anos 1780 e1790 (Laqueur,
Religion and Respectability, 61). Quando Raikes faleceu em 1811, 400.000
crianças participavam da Escola Dominical na Grã-Bretanha. C. B. Eavey,
History ofChristian Education (Chicago: Moody Press, 1964), 225-227.
79Terry, Evangelism: A Concise History, 180.
80 Harper's Encyclopedia ofReligious Education, 625
81 Terry, Evangelism: A Concise History, 181.
314 Cristianismo Pagão?
104 Tenha em mente que Joseph Stalin participou do seminário Tiflis Theo-
logical Seminary na idade de 14 a 19 anos. (Adam B. Ulam, Stalin the Man
and His Era [New York: Viking Press, 1973], 18-22; Alan Bullock, Hitlerand
Stalin: Parallel Lives [New York: Knopf, 1992], 6,13).
105 Paulo deTarso eraum homem muitoerudito e suainfluência foi essen
cial para aextensão do Cristianismo primitivo. Pedro, por outro lado, não
tinha formação universitária.
106 Jesus e os doze apóstolos não eram eruditos: "E os judeus, mara
vilhados, diziam: 'Como sabe este homem letras, sem nunca ter estu
dado'"? (João 7.15). "Observando a coragem de Pedro e João, e ten
do notado que eram homens simples e iletrados, ficaram perplexos,
e reconheceram que eles haviam convivido com Jesus (Atos 4.13).
Entre alguns cristãos notáveis usados por Deus, que nunca recebe
ram um treinamento teológico formal estão: A. W. Tozer, G. Campbell
Morgan, John Bunyan. C. H. Spurgeon, D. L. Moody e A. W. Pink.
Também, alguns dos maiores intérpretes da Bíblia na história da igreja,
como Watchman Nee, Stephen Kaung e T. Austin-Sparks não recebe
ram treinamento em seminários.
320 Cristianismo Pagão?
9Efésios, na realidade, éum pouco maior que Gálatas, mas os livros foram mal
ordenados devido aum erro do escriba. Isto não surpreende, pois adiferença de
extensão ébem pequena (Murphy-CConnor, Paulée Letter-Writer, 124).
10 Veja Donald Guthrie, New Testament Introduction: Revised Edition; RE
Bruce s The Letíers ofPaul:Án Expanded Pavaphrase (Grand Rapids: Eerdmans,
1965); RR Bruce, Paul: The Apostle ofthe Heart Set Free (Grand Rapids:
Eerdmans, 1977).
Uma Nova Abordagem doNovo Testamento 331
Filemom
Efésios
Filipenses
1 Timóteo
Tito
2 Timóteo
CONHEÇA O ZÉ IGREjA-NA-CASA
O Zé Igreja-na-Casa cresceu numa igreja institucional. Está
insatisfeito com ela hápelo menos dez anos. Ainda assim, seu
coração foi entregue a Deus e deseja ardentemente ser usado
por Ele.
Quando Zé descobre um livro sobre a"igreja nas casas", ex
perimenta uma crise de consciência e aprende algumas coisas
surpreendentes, como por exemplo: afigura do pastor contem
porâneo não existe no Novo Testamento. Não ha edifícios para
igrejas. Não há um clero assalariado eos cultos são abertos para
todos que desejarem compartilhar.
Todas essas descobertas agitam tanto o mundo do Zé, que
ele renuncia e deixa a igreja institucional (depois de enfrentar a
336 Cristianismo Pagâo?
Equipar pessoas para fazer isso exige bem mais do que abrir
sua casa e dizer: ''Venhaniy teremos um estudobíblico".
Voltemos a nossa história. Zé Igreja-na-Casa agora tem uma
igreja neotestamentaria . Como em todos os pequenos grupos
iguais aos do Zé, aquestão da liderança sempre surge. O que Zé
faz? Começa abuscar alguns versículos sobre liderança. Ele pára
em Atos 14 eseconcentra noversículo 23 que diz: "Então, Paulo
eBarnabélhes constituíram presbíteros [anciãos] em cada igreja".
José acaba de receber outra revelação! 51 Palavra deDeus declara
que todas as igrejas que vêm do Novo Testamento têm anciãos", re
flete. ''Portanto, nossa igrejaprecisa deanciãos!" (Zé faz essa desco
berta apenas duas semanas depois de abrir asua casa).
Depois de recortar esse texto, fora do seu contexto, nomeia
alguns anciãos. (A propósito, Zé está entre eles).
Qual é o contexto histórico de Atos 14? Dois plantadores
de igreja, Paulo eBarnabé, foram enviados por sua congregação
para aAntioquia. Antes de serem enviados, ambos jáhaviam ex
perimentado a vida eclesiástica como irmãos, não como líderes
(Barnabé em Jerusalém ePaulo em Antioquia).
Atos 14.23 é a parte de uma descrição do que aconteceu de
pois que esses plantadores foram enviados. Eles estavam no sul
da Galácia. Os dois homens terminam de fundar quatro igrejas.
Agora, estão retornando para visitar aquelas igrejas, seis oudoze
meses depois de terem sido fundadas. Paulo eBarnabé regres
sam acada uma das igrejas e"aprovam anciãos publicamente" em
cada congregação.^'
Mas Zé cometeu um erro ainda mais sutil. O versículo diz
que Paulo eBarnabé nomearam anciãos em cada congregação.
Zé pensa que isso significa que é necessário ter um ancião em
cada igreja. Mas esse texto não diz isso. O versículo refere-se a
um evento no sul daGalácia durante o primeiro século. "Cada
igreja" quer dizer"cada congregação no sulda Galácia" no ano
49 d.C.!^^ Lucas refere-se às quatro congregações que Paulo e
UM REMÉDIO PRÁTICO
uma nova.' Veio para gerar uma nova aliança —um novo Reino
— um novo nascimento — uma nova raça — novas espécies
— uma nova cultura — e uma nova civilização.^
À medida que você lê os Evangelhos, do princípio ao fim,
você vê seu Senhor, o Revolucionário. Veja como Ele deixa os
fariseus empânico, quando, intencionalmente, expõe suas con
venções. Jesus curou no sábado diversas vezes, rompendo de
frente com a estimada tradição. Se o Senhor quisesse aplacar a
ira de seus inimigos, poderia teresperado o domingo ouasegun
da-feira chegar, para curar algumas daquelas pessoas. Ao invés
disso, curou deliberadamente no sábado, sabendo, muito bem,
que seus oponentes ficariam furiosos.
Esse modo de agir tem um sentido profundo. Uma vez,
Jesus curou um cego com uma mistura de barro com saliva nos
olhos do homem. Tal fato foi um desafio direto à ordenança ju
daica que proibia curar aos sábados com misturas de barro com
saliva!^ Mesmo assim, seu Senhor, intencionalmente, rompeu
publicamente essa tradição, com a mais absoluta resolução.
Veja como Ele come sem lavar as mãos, sob o olhar intolerante
4 De acordo com Mishnah: "Cada um deve desejar andar quatro milhas até
as águas mais para lavar as mãos do que comer com as mãos sujas" (Sotah,
4b); "Aquele que rejeita lavar as mãos écomo se fosse um assassino". (Cha-
liahj, 58:3).
5Veja God's Ultimate Passion de Viola para um debate sobre esse propósito
eterno.
Um Segundo Relance noSalvador 351
6Oassunto da igreja orgânica étão amplo que não pode ser totalmente expla
nado neste livro. No entanto, a obraReimagining Church (Colorado Springs:
David C. Cook, 2008) de Frank Viola, fornece uma visão meticulosa ebasea
da nas Escrituras sobre as práticas orgânicas da igreja doNovo Testamento.
352 Cristianismo Pagão?
O Próximo Passo
Tal coragem é exigida não por causa do que o livro diz, mas
por causa de como você, um seguidor de Cristo, deveria respon
der ao que leu.
Épossível para um crente conhecer a verdade e ignorá-la?
Sim, como foi evidenciado através depequenos passos tomados
para longe dos planos de Deus pela igreja que os cristãos têm
sistematicamente assumido por dois milênios.
Éapropriado para nós nos caminharmos para longe dos pla
nos de Deus para sua igreja? Absolutamente, não. E aceitável
simplesmente estarmos cientes que tomamos muitas direções
erradas no passado sem retomar o plano divino no presente?
Claro que não. Uma das marcas peculiares do Cristianismo ésua
integridade. Demonstramos a integridade em seguir ao nosso
Senhor, semconsiderar o que os outros fazem, somenteporque
Ele é o Senhor.
360 Cristianismo Pagão?
Após ler este livro, você deve tomar uma decisão: Você agirá
em cima do que leu, ou simplesmente se manterá informado so
bre isso? Muitas pessoas estão em um dilema real hoje. Querem
estar na igreja, como Deus planejou, mas não têm certezasobre
como fazer isso. Especialmente nesses dias, quando expressões
antibíblicas da igreja são as normas.
Colocando numa questão: Agora que você descobriu que a
igreja institucional não é bíblica, qual será seu próximo passo?
O que deverá fazeragora?
Eis aqui alguns pontos para refletir epelos quais poderá orar:
Deus tinha uma maneira específica pela qual deveria ser adorado
e não abriu mão dessaexpectativa.
Mesmo que os corações do povo de Deus estivessem certos
e emboraasintenções de Davi fossem puras, o erro era porque
não o buscamos segundo a ordenança [sobre como adorar].
(1 Crônicas 15.13). Deus deixou claro, através de Moisés, que
a Arca da presença do Senhor era para ser carregada sobre os
ombros santificados dos sacerdotes Levíticos. Não era para ser
levada numa carroça.
Davi obedeceu isso na segunda vez e colocou a Arca nos
ombros dos Levitas, assim como Deus prescreveu. Deus ficou
satisfeito. Considere as palavras sóbrias de Davi sobre oerro de
Israel na primeira vez:
"Porquanto vós [Levitas] não a levastes na primeira vez, o
SENHOR nossoDeus fez rotura em nós, porque não o busca
mos segundo a ordenança". (1 Crônicas 15.13).
O erro de Israel foi que não buscaram aDeus de acordo com
"sua ordenança", isto é, não adoraram aDeus de acordo com Sua
forma. Adoraram aEle conforme sua própria maneira. E impor
tante notar que Israel emprestou aidéia de colocar aArca numa
carroça dos Filisteus pagãos! (Veja iSamuel 6.1-12).
Da mesma forma. Deus não ficou em silêncio sobre como
queria ser adorado. Ele quer ser adorado em espirito e em ver
dade Qoão 4.23). "Em verdade" simplesmente significa na re
alidade e de acordo com a forma dEle. Lamentavelmente, no
entanto, osvasos santos doSenhor ainda estão sendo carregados
em carroças. Você jáleu a história neste livro.
2. Veja Kevin Giles, Jesus and the Father (Grand Rapids: Zomdervan, 2006);
The Trinity &Subordinationism (Doeners Grove, IL, IVP, 2002); Gilbert
Bilezikian, Community 101 (Grand Rapids; Zondervan, 1997), Appendix.
3. Veja John W.Kennedy, The Torch of the Testimony (Bombay: Gospel
Literature Service, 1965); E.H. Broadbent, The Pilgrim Church. (Cham-
bersburg, PA: Wiptt & Stock Publishers, 1998); and Leonard Verduim,
The Reformers and Their Stepchildren (Paris, AR: The Baptist Standard
Bearer,2001).
Pensamentos Finais
CAPÍTULO 3: A LITURGIA
O Culto Dominical Matutino — Evoluiu da Missa de Gre
gório no século 6 até as revisões feitas por Lutero, Galvino,
Puritanos, a tradição da Igreja Livre, Metodistas, Evangelistas
Fronteiriços e Pentecostais.
A Centralidade doPúlpito na Liturgia do Culto —Marti-
nho Lutero em 1523.
Duas Velas Colocadas Sobrea 'Mesada Comunhão'*eQuei
ma de Incenso — As velas eram usadas no cerimonial da Corte
Imperial Romana do século 4. A "Mesa da Comunhão" foi in
troduzida porUlrich Zwingli (Ulrico Zwínglio) noséculo 16.
Tomara Ceia do Senhor Trimestralmente —Ulrich Zwingli
(UlricoZwínglio) (1484-1531).
APrática da Congregação dese Levantar e CantarQuando
o Clero Entra —Adotada do cerimonial da Corte Imperial Ro
mana no século 4. Introduzida naliturgia protestante porJoão
Galvino (1509-1564).
Entrar na Igreja com uma Atitude Sombria/Reverente—Ba
seada na visão piedosa medieval. Prática introduzida no culto
protestante porJoão Calvino eMartin Bucer (1491-1551).
Condenação e Culpaporfaltar ao cultodominical— Puri
tanos da Nova Inglaterra no século 17.
Apêndice 381
CAPÍTULO 4: O SERMÃO
O Sermão Moderno — Prática copiada dos sofistas gregos,
os quais eram mestres em oratória eretórica. João Crisóstomo e
Agostinho popularizaram agreco-romana (sermão) ea
colocaram no centro da fé cristã.
O Sermão de Uma Hora, o Sermão Anotado, e o Sermão
Dividido em Quatro Partes -Puritanos do século 17.
CAPÍTULO 5: O PASTOR
OBispo Único (predecessordopastormoderno) —Inácio da
Antioquia no começo do século 2. O "modelo do bispo único
deInácio não prevaleceu naigreja atéo século 3.
A Doutrinado ''Covering" [Cobertura] - Foi inventada por
Cipriano de Cartago (200-258), ex-orador pagão. Retomada por
Juan Carlos Ortiz da Argentina e pelo "Fort Lauderdale Five"
382 Cristianismo Pagão?
Pois esta pesquisa realizada pelos conhecidos doutores George Barna e Frank Viola
revela que: A maioria dos costumes e doutrinas religiosas praticadas pela atual igreja
Cristã em todos os seus cultos, reuniões e eventos, não tem base bíblica e raiz no Novo
Testamento, mas, sim, em culturas pagãs e rituais desenvolvidos depois da morte dos
apóstolos de Cristo!
Essa revelação já causou muita polêmica, desapontamento, irritação e até violência
nos Estados Unidos, Mas, para os autores, a verdade não pode ser ocultada. A Igreja
Cristã deve reencontrar seu caminho bíblico nas páginas e na história do Novo
Testamento conforme Jesus ensinou e inspirou seus discípulos (Mt 28.16-20, King
James Atualizada).
Barna e Viola defendem suas teses, apoiados emséria, competente, longa e científica
análise de farto material e evidências históricas (com documentos registrados em
extensivo serviço de notas de rodapé), sobreas origens da maioria das práticas cristãs
tão emvogaem nossos dias.
Enquanto afastam o telhado da falsa igreja cristã, os pesquisadores e autores desta
obra corajosa e cheia de valor revelam que a Igreja de hoje mais se assemelha a uma rede
globalizada deempresas voltadas para olucro econômico-financeiro, do que aoCorpo de
Cristo, o organismo vivo criado porJesus. Ao caminhar atentamente pelas páginas deste
livro, prepare-se para o impacto de olhar para Jesus Cristo e avaliar sua igreja e
procedimentos, à luz do verdadeiro plano deDeus paraseu povo.
Boa leitura,
Qswaido Paião
Editor
Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana
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Site: www.abbapress.Gom bi
E-niail; abbapress(ifJabbapress.com.bi'