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COMO FAZER INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL

Escolha do cartório e contratação do advogado

Os primeiros passos do inventário são a escolha de um Cartório de


Notas onde será realizado todo o procedimento e a contratação de
um advogado, que é obrigatória e pode ser comum ou individual para
cada herdeiro ou interessado.

Os honorários advocatícios são tabelados pela Ordem dos Advogados


(OAB) e variam de acordo com o estado. Mas, segundo Rodrigo da
Cunha Pereira, presidente do Instituto Brasileiro do Direito da Família
(IBDFAM), nem sempre os preços praticados seguem a tabela da
OAB.

“Em muitos casos o preço é cobrado de acordo com o trabalho que vai
dar”, afirma. Segundo ele, em um inventário extrajudicial bem simples,
que envolva apenas a transmissão de um apartamento, um bom
advogado pode cobrar cerca de 10 mil reais.

Mas quando o tabelião (oficial do cartório) realiza boa parte do


procedimento, pode ser negociada uma redução dos honorários.

De acordo com Rogério Portugal Bacellar, presidente da Anoreg-BR


(Associação dos Notários e Registradores do Brasil), em muitos casos
a família se dirige ao cartório e só contrata o advogado depois. “Muitas
vezes o cartório analisa quase todo o inventário e o próprio tabelião
faz toda a documentação, tira as certidões e faz a partilha de bens. Só
depois a família contrata um advogado”, diz.

Nomeação do inventariante

A família deve nomear um inventariante, que será a pessoa que


administrará os bens do espólio (conjunto de bens deixados pelo
falecido). Ele ficará responsável por encabeçar todo o processo e
pagar eventuais dívidas, por exemplo. “O inventariante costuma ser a
esposa ou o filho”, afirma Rodrigo Barcellos.

Levantamento das dívidas e dos bens

Após o início do processo, o tabelião levanta as eventuais dívidas


deixadas pelo falecido. Conforme Barcellos explica, todas as dívidas
devem ser quitadas com opatrimônio do falecido, até que os débitos
se esgotem ou até o limite da herança.
Para verificar a existência ou ausência de pendências, o cartório reúne
as certidões negativas de débito, documentos que atestam que o
falecido não deixou dívidas em quaisquer esferas públicas.

“É preciso reunir também as dívidas com credores particulares. Se


elas não forem declaradas, podem acabar aparecendo. Mesmo se não
constarem no inventário, depois o credor pode ir atrás do herdeiro”, diz
Barcellos.

Além das dívidas, a família deve informar todos os bens deixados pelo
falecido para que sejam reunidos, pelo tabelião ou pelo advogado, os
documentos de posse atualizados, como matrículas de registro de
imóveis, o Documento Único de Transferência (DUT) dos carros,
etc. Se não houver irregularidades sobre os bens, como ônus ou
ausência de algum registro, o procedimento é bem simples.

Pagamento do imposto

Para que o processo do inventário seja finalizado e oficializado no


cartório, é preciso pagar o Imposto de Transmissão Causa Mortis e
Doações (ITCMD),imposto estadual cuja alíquota varia de estado para
estado, podendo chegar a até 8%.

“A grande dificuldade do inventário extrajudicial é o pagamento do


ITCMD, porque ele que só acontece se estiver tudo resolvido", diz
Rodrigo da Cunha Pereira.

O inventariante, com o auxílio do advogado ou tabelião, deve


preencher a declaração do ITCMD no site da Secretaria da Fazenda
do seu estado. O documento funciona como um resumo dos bens
deixados, dos herdeiros envolvidos e dos valores a serem pagos.

Por isso, nesta fase, a divisão de bens já deve ter sido acordada com
a família, os registros e certidões negativas devem ter sido
providenciados, e as informações sobre os herdeiros e a partilha
devem ter sido reunidas.

O imposto é calculado sobre o valor venal dos bens. Por isso, no


preenchimento da declaração do ITCMD são informados os valores de
mercado de cada bem. No caso dos imóveis, por exemplo, o valor
informado é aquele que aparece no carnê do IPTU.

Após preenchida a declaração, o sistema emite uma guia de


recolhimento do imposto para cada herdeiro, já com o valor que cada
um deve pagar.
Divisão dos bens

Como o inventário extrajudicial parte do pressuposto de que os


familiares concordam com a forma como foi feita a partilha, a função
do advogado e do tabelião é apenas de explicar à família quais são os
direitos de cada herdeiro, o que fica explicitado na declaração do
ITCMD.

“O ideal é sempre conseguir um acordo no qual cada um fique com


uma coisa sozinho. Se o patrimônio for de duas casas de 50 mil reais,
fica um imóvel de 50 mil reais para um filho e outro imóvel de 50 mil
reais para outro, por exemplo", afirma Rodrigo Barcellos.

Porém, em muitos casos a parte que cabe a cada herdeiro não


corresponde exatamente ao valor de cada bem. Quando for assim, na
declaração de ITCMD e no inventário deve constar as condições
diferentes de partilha. Por exemplo, que cada filho ficará com 50% de
um imóvel e que posteriormente definirão o que vão fazer com ele - se
vão vendê-lo e dividir o dinheiro ou se um vai vender sua parte ao
outro.

Encaminhamento da minuta

Com a declaração do ITCMD finalizada e todos os documentos


reunidos, o cartório ou o advogado envia a minuta da escritura, que é
um esboço do inventário, à procuradoria estadual.

“Em muitos casos, os cartórios entregam o serviço pronto para o


advogado só assessorar o procedimento, mas alguns advogados se
empenham e fazem a minuta também”, afirma Rogério Bacellar,
presidente da Anoreg.

A procuradoria então avalia as informações, conferindo sobretudo as


declarações dos bens do espólio e seus valores para que não haja
erro no cálculo do imposto, e autoriza a realização da escritura do
inventário. Esse processo demora cerca de 15 dias, segundo Bacellar.

Alguns estados, no entanto, como é o caso de São Paulo, já não


exigem mais o envio da minuta para aprovação quando a escritura for
lavrada em um cartório do estado.

Lavratura da Escritura

Depois de recebida a autorização da procuradoria e entregue toda a


documentação, é agendada no cartório uma data para a lavratura da
Escritura de Inventário e Partilha pelo tabelião, que encerra o
processo.

Todos os herdeiros e respectivos advogados devem estar presentes,


munidos de uma série de documentos (veja a lista completa), tais
como: a certidão de óbito; documentos de identidade das partes e do
autor da herança; as certidões do valor venal dos imóveis; certidão de
regularidade do ITCMD etc.

Registro dos bens nos nomes dos herdeiros

Se houver imóveis envolvidos na partilha, os herdeiros devem levar a


certidão do inventário aos Cartórios de Registros de Imóveis onde
estão matriculados os imóveis para que ocorra a transferência da
propriedade.

“Feito o inventário, os bens deixam de ser dos mortos e passam a ser


dos herdeiros, que devem ir aos respectivos cartórios e registrar a
posse dos bens”, explica o presidente do IBDFAM.

A certidão do inventário, portanto, poderá ser apresentada ao Detran


para a transferência de propriedade de veículos, e às repartições
públicas e empresas para regularizar a nova propriedade do titular dos
bens, direitos e ações.

Prazo

Segundo o artigo 983 do Código de Processo Civil, o processo de


inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 dias a contar da
abertura da sucessão (falecimento).

Mas, conforme afirma o presidente da Anoreg, o prazo é dificilmente


cumprido na prática. “Pelo Código de Processo Civil existe o prazo de
60 dias, mas ele não é cumprido e não tem muita jurisdição sobre
isso. Muitas famílias procuram o advogado depois de seis meses e até
hoje eu nunca vi nenhum juiz estipular multas por isso”, diz.

Existem também prazos para o pagamento do ITCMD, que variam de


acordo com o estado. Em São Paulo, por exemplo, se a declaração do
ITCMD não for feita dentro de 60 dias após a data do óbito, o imposto
é calculado com o acréscimo de multa equivalente a 10% do valor do
tributo, e se o atraso exceder 180 dias, a multa é de 20%.

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