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A decisão que homologa os cálculos de liquidação não precisa seguir os mesmos formalismos da sentença de cognição e possui natureza declaratória integrativa. O exeqüente não teve razão ao alegar nulidade da sentença de homologação por ausência de fundamentação ou ofensa à coisa julgada, uma vez que os cálculos homologados contemplaram todos os itens devidos e a impugnação não apresentou delimitação dos valores questionados.
A decisão que homologa os cálculos de liquidação não precisa seguir os mesmos formalismos da sentença de cognição e possui natureza declaratória integrativa. O exeqüente não teve razão ao alegar nulidade da sentença de homologação por ausência de fundamentação ou ofensa à coisa julgada, uma vez que os cálculos homologados contemplaram todos os itens devidos e a impugnação não apresentou delimitação dos valores questionados.
A decisão que homologa os cálculos de liquidação não precisa seguir os mesmos formalismos da sentença de cognição e possui natureza declaratória integrativa. O exeqüente não teve razão ao alegar nulidade da sentença de homologação por ausência de fundamentação ou ofensa à coisa julgada, uma vez que os cálculos homologados contemplaram todos os itens devidos e a impugnação não apresentou delimitação dos valores questionados.
NULIDADE PROCESSUAL. SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO. A decisão que homologa os cálculos de
liquidação não possui os mesmos formalismos daquela da fase de cognição, uma vez que possui natureza declaratória integrativa, ou seja, apenas completa a sentença do processo de conhecimento que somente declarou o an debeatur. Hipótese em que a decisão que homologou os cálculos de liquidação é revestida de fundamentação que, embora concisa, serve como preenchimento dos requisitos do artigo 458 do CPC.
DELIMITAÇÃO DE VALORES E NULIDADE DA SENTENÇA DE HOMOLOGAÇÃO. Insurge-se o
exeqüente contra a decisão que julgou improcedente sua impugnação à homologação dos cálculos de liquidação. Afirma que não delimitou os valores respectivos porque sua insurgência não se referia ao quantum apurado pela executada, mas dizia respeito à ofensa à coisa julgada, uma vez que, no seu entender, nos cálculos apresentados não fizeram constar a totalidade dos itens que a executada restou condenada. Por outro lado, afirma que a decisão que homologou os cálculos de liquidação deve ser anulada por ausência de fundamentação, conforme o disposto nos artigos 165 e 458, II do CPC, além do artigo 93 da Constituição Federal. Ainda, afirma que houve afronta ao artigo 5º, XXXV e XXXVI da Carta Magna. Não lhe assiste razão. Inicialmente, cumpre afastar a hipótese de nulidade do julgado, uma vez que a natureza da sentença que homologa os cálculos de liquidação é declaratória integrativa, como diz Pontes de Miranda (Tratado de Direito Privado), ou seja, completa a declaração já inserida na sentença condenatória genérica (processo de conhecimento), sendo pois, claro que a sentença que julga a liquidação traz algo de novo que à sentença condenatória se acrescenta e, justamente por ser ela, nesse caso, “incompleta”, quanto à declaração, a sentença de liquidação tem função integrativa dessa declaração incompleta (que somente contém o an debeatur), não necessitando possuir os pressupostos de uma sentença propriamente condenatória ou propriamente declaratória, estabelecidos no artigo 458 do CPC. Por outro lado, não se pode afirmar, como o fez o agravante, que a decisão da fl. 498 esteja totalmente desprovida de fundamentação, pois a homologação dos cálculos de liquidação foi precedida de conciso embasamento, relacionado à impugnação da parte. Não há falar, portanto, em afronta aos dispositivos mencionados pelo exeqüente. Relativamente à delimitação de valores, o próprio exeqüente assume a sua ausência, alegando que não existiu na sua impugnação porquanto somente se referiu à ofensa à coisa julgada. No entanto, ao contrário do entendimento do agravante, os cálculos homologados (fls. 487/494) não ofenderam à coisa julgada, uma vez que trouxeram calculadas parcelas as quais foram deferidas ao reclamante por ocasião da decisão exeqüenda. A falta de alguns itens, conforme manifestação do exeqüente deveria ter sido demonstrada claramente, com a delimitação dos valores respectivos. É isso que determina o artigo 879, § 2º da CLT, ou seja: “Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.” (grifado) Logo, no caso, como o exeqüente apresentou impugnação não fundamentada com a indicação dos valores objeto da discordância, houve evidentemente preclusão. Assim, nega-se provimento ao agravo de petição do exeqüente. Ac. 47450.005/94-8 AP Julg.: 06.04.2000 - 5ª Turma Publ. DOE-RS: 08.05.2000 Relator: Juraci Galvão Júnior