Sei sulla pagina 1di 33

Cinesiologia e Biomecânica

Autoria: João Paulo Manfré dos Santos

Tema 02
Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral
Tema 02
Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral
Autoria: João Paulo Manfré dos Santos
Como citar esse documento:
SANTOS, João Paulo Manfré dos. Cinesiologia e Biomecânica: Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral. Caderno de Atividades. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2016.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
Pág. 3 Pág. 3

ACOMPANHENAWEB
Pág. 23 Pág. 25

Pág. 28 Pág. 28

Pág. 31 Pág. 31

© 2016 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
Prezado aluno, seja bem-vindo ao nosso segundo caderno de Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral.
Portanto, convido você a se aprofundar nesta temática importantíssima na preparação e execução de atividades da
Educação Física no ambiente escolar, uma vez que você terá que abordar no futuro ações preventivas e concretas para
melhorar os níveis de saúde e qualidade de vida dos seus alunos sem comprometer este segmento fundamental para
a dinâmica corporal. Um dos principais objetivos do estudo da biomecânica da coluna é a possibilidade de identificar
e analisar mudanças que ocorrem nos movimentos, para que elas não gerem lesão. Além disso, notamos atualmente,
com a inclusão de elementos digitais e tecnológicos na vida dos estudantes, uma mudança de conduta e de postura,
que afetou a forma como esses alunos se relacionam, estudam e se divertem, e a coluna vertebral não fica isenta e
acaba sofrendo com essas mudanças, pois são impostas a ela cargas diferentes das fisiológicas, que no futuro podem
desenvolver complicações às estruturas, impactando nas atividades e ações executadas por essas crianças.

PORDENTRODOTEMA
Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral

A Anatomia e o Movimento

Iniciaremos este caderno com uma breve revisão anatômica, para em seguida nos aprofundarmos nas análises dos
movimentos da coluna vertebral. A coluna representa o pilar central do tronco, é composta por vértebras empilhadas
que são formadas pelo corpo vertebral, processo espinhoso, processos transversos, pedículo e lâmina (protege o saco
dural e serve de ponto de referência para o processo espinhoso) (MOORE; DAYLE; AGUR, 2014; VERDERI, 2005;
BERRY et al., 1987; WHITE; PANJABI, 1978; REYNOLDS et al., 1985), discos intervertebrais, que são compostos pelo
núcleo pulposo e ânulo fibroso que fornecem uma resistência substancial ao estresse axial (TAKEUCHI et al., 1999),
ligamentos e músculos formando um complexo intrincado e articulado, que promove mobilidade e protege a medula
espinal (MOORE; DAYLE; AGUR, 2014; VERDERI, 2005).

3
PORDENTRODOTEMA
Localizada na região posterior e mediana do corpo humano, a coluna vertebral tem como função fornecer um suporte
rígido e proporcionar flexibilidade para o tronco; sua distribuição pode ser considerada um pouco mais anterior na
cervical, mais posterior na coluna torácica e no centro do abdome na região lombar (HAMIL; KNUTZEN, 1999). Essas
funções antagônicas da coluna vertebral se dão pelo resultado de um sistema complexo de estabilização muscular
(ROCHA; PEDREIRA, 2001).

As facetas articulares são compostas por uma cápsula frouxa e líquido sinovial, com papel menos importante no suporte
de cargas, mas com implicações importantes para o movimento segmentar (MOORE; DAYLE, AGUR, 2014).
Figura 2.1 - Vértebra

Fonte: MOORE; DAYLE, AGUR, 2014, sp.

4
PORDENTRODOTEMA
As vértebras estão dispostas por segmento, sendo sete vértebras cervicais, 12 torácicas e cinco lombares, além das
cinco vértebras sacrais que são fundidas e as quatro coccígeas, formando quatro curvaturas normais, que servem
para absorção do impacto e de choque, além de promover ganho mecânico. São elas a lordose cervical com curvatura
posterior, a cifose torácica com curvatura anterior, a lordose lombar com curvatura posterior e uma cifose sacral
(MOORE; DAYLE, AGUR, 2014). Essas curvaturas surgiram pelo fato de o homem assumir a postura bípede, durante
a evolução da espécie, fazendo com que a curvatura primária da coluna cifótica seja alterada para curvaturas lordóticas
na coluna cervical e na coluna lombar (RESENDE; SANCHES, 1992).

As curvaturas da coluna compensam-se harmoniosamente, mantendo a horizontalidade do olhar, protengendo o sistema


nervoso, e aumentando a resistência de modo proporcional ao quadrado do número de curvas mais um, ou seja,
aumentam a resistência 10 vezes (NORDIN; FRANKELL, 2008).
Figura 2.2 – Curvaturas vertebrais

Fonte: MOORE; DAYLE, AGUR, 2014, sp.

5
PORDENTRODOTEMA
As vértebras aumentam de tamanho da região cervical para a região lombar devido à maior necessidade de suporte
de carga (HALL, 2013). Isto está diretamente relacionado com o peso e a carga axial imposta à vértebra (BERRY et al.,
1987; PANJABI et al., 1991; WHITE; PANJABI, 1990; BELL et al., 1967; MAAT et al., 1996; MACINTOSH; NICKOLAI,
1987; PERRY, 1974; PERRY, 1957).

As curvaturas da coluna vertebral ajustam-se ao centro de gravidade (CAILLIET, 2001 ), tendo como objetivo bom equilíbrio
dinâmico, caracterizado pelo máximo de eficiência fisiológica e biomecânica, pelo mínimo de esforço (MOMESSO,
1997). Isto ocorre quando os músculos estão equilibrados, fortes e flexíveis, gerando bons hábitos posturais (GROOS;
FETTO; ROSEN, 2000).

Em resumo, na coluna vertebral temos uma coluna principal anterior, formada pelos discos intervertebrais e corpos
vertebrais, com função principalmente estática, pois é submetida a forças de compressão. Uma coluna acessória que
se faz atrás dos processos articulares, com função dinâmica, pois conduzem os movimentos relativos das vértebras. E
a articulação entre os arcos posteriores pode ser comparada a um fulcro de uma balança entre duas forças elásticas (à
frente o disco em trabalho de compressão e atrás o ligamento interespinhal, em trabalho de alongamento). As vértebras
articulam-se por duas formas, uma entre os corpos vertebrais e o disco intervertebral e outra entre os arcos posteriores
através das articulações dos processos articulares (MOORE; DAYLE; AGUR, 2014).

Movimentos da Coluna Vertebral

Os movimentos do corpo humano ocorrem nas articulações, através de um sistema de alavancas, tendo como
motor para produção de torque a ação muscular, pelo controle e ordenação do sistema nervoso, fazendo com que a
resposta neuromusculoesquelética gere um movimento funcional (BANTON, 2012).

Os movimentos de cada segmento vertebral ocorrem e são limitados pelas estruturas anatômicas como os ligamentos,
discos intervertebrais e facetas articulares (BANTON, 2012).

6
PORDENTRODOTEMA
A coluna vertebral é definida como triaxial, permitindo os movimentos de

1. Flexão e extensão/hiperextensão: que ocorre no plano sagital e eixo transversal (HALL, 2013).

a. Na flexão o corpo da vértebra suprajacente inclina-se para frente, enquanto seu arco posterior se ergue,
deslizando para cima das facetas articulares, neste caso todos os elementos do arco posterior são tensionados
(ligamento amarelo, cápsula articular, ligamento interespinhal e ligamento supraespinhal) (KAPANDJI, 2013).

b. Na extensão o corpo da vértebra suprajacente projeta-se para cima e para trás e seu arco posterior se abaixa,
todos os elementos fibrosos relaxam (KAPANDJI, 2013).
Figura 2.3 – Flexão/Extensão

Fonte: KAPANDJI, 2013, p. 289.

7
PORDENTRODOTEMA
2. Inclinação lateral direita e esquerda ou flexão lateral direita e esquerda: que ocorre no plano frontal e eixo
anteroposterior (HALL, 2013). As faces articulares da vértebra suprajacente inclinam-se de duas formas:

a. Lado da convexidade: face da vértebra suprajacente desliza para cima, neste caso ligamentos e elementos
fibrosos ficam tensionados.

b. Lado da concavidade: face da vértebra suprajacente desliza para baixo, neste caso ligamentos e elementos
fibrosos ficam relaxados.
Figura 2.4 – Inclinação lateral

Fonte: KAPANDJI, 2013, p. 289.

8
PORDENTRODOTEMA
3. Rotação para direita e para esquerda: que ocorre no plano transversal e eixo longitudinal (HALL, 2013).
Figura 2.5 - Rotação

Fonte: KAPANDJI, 2013, p. 290.

Esses movimentos ocorrem nas articulações entre as vértebras, as chamadas articulações apofisárias ou zigoapofisárias,
compostas pelas facetas articulares superior e inferior, que são articulações sinoviais de deslizamento, gerando
pequenos movimentos em cada segmento. As facetas articulares destacam-se neste complexo articular por permitirem
os movimentos intervertebrais ditando a direção, além de compartilhar o peso durante o rolamento do corpo vertebral
para manutenção do eixo longitudinal do corpo (RASCH, 2008).

Na coluna cervical as facetas articulares possuem uma direção mais coronal/diagonal, por isso possui grande amplitude
de movimentos nos três planos, sendo que metade do movimento de rotação ocorre no segmento C1/C2 que, por
suportar a cabeça, permite essa ampla mobilidade (RASCH, 2008). Tem, dessa forma, alto grau de mobilidade de flexão,
extensão, inclinação lateral e rotação (WHITE; PANJABI, 1990; PANJABI et al., 2000; PANJABI et al., 1988).

Já na coluna torácica as facetas estão na direção anterior/posterior e vertical, assumindo uma posição intermediária
em relação ao eixo coronal, permitindo movimentos de rotação e inclinação lateral, todavia, a presença das costelas
limita a quantidade de movimentos que este segmento realiza. (RASCH, 2008; WHITE; PANJABI, 1990; VAN SCHAIK;
VERBIEST; VAN SCHAIK, 1985; WHITE; PANJABI, 1978).

9
PORDENTRODOTEMA
Enquanto que na coluna lombar as facetas são mais medial/lateral e no plano sagital, tendo primariamente movimentos
de flexão/extensão que ocorre em L4/L5 e L5/S1 (RASCH, 2008).
Figura 2.6 – Facetas articulares

Fonte: MOORE; DAYLE, AGUR, 2014, sp.

10
PORDENTRODOTEMA
Outro elemento articular é o disco intervertebral, localizado entre as vértebras, os 23 discos atuam na absorção das
cargas impostas na coluna e permitem a mobilidade da coluna, compreendem cerca de 25% da altura da coluna vertebral.
O disco atua como uma “bola entre duas pranchas de madeira”, permitindo a inclinação, rotação e deslizamento dessa
“prancha”, desde que a “bola” que fica entre elas role. Agora, se a “bola” aumenta ou diminui de tamanho, nota-se que
haverá alteração na quantidade de movimento permitido entre essas “pranchas”, é o mesmo efeito nas articulações
intervertebrais. (KAPANDJI, 2013).

Quando o indivíduo realiza flexão da coluna, a porção anterior do ânulo fibroso é comprimida e arqueada posteriormente,
enquanto que a porção posterior é alongada, já na extensão ocorre o inverso (KAPANDJI, 2013).
Figura 2.7 – Disco intervertebral

Fonte: KAPANDJI, 2013, p. 161.

11
PORDENTRODOTEMA
Dessa forma, um movimento segmentar consiste da mobilidade entre as facetas articulares e do disco intervertebral.
Tendo como limitador o sistema ligamentar formado pelos:

• Ligamento longitudinal anterior: limita a hiperextensão excessiva.

• Ligamento longitudinal posterior: limita a flexão excessiva.

• Ligamento supraespinhal: limita a flexão excessiva.

• Ligamento interespinhoso: limita a flexão excessiva e a inclinação lateral (RASCH, 2008).

• Ligamento amarelo: menor resistência na flexão (OLSZEWSKI; YASZEMSKI; WHITE, 1996).

Mobilidade da Coluna

A coluna vertebral possui variadas funções mecânicas, como a absorção, amortecimento e transmissão de pressões
e impactos, bem como a delimitação dos movimentos. Sabemos também que o movimento segmentar ocorre entre duas
vértebras adjacentes, o disco intervertebral e as estruturas articulares. Neste caso, o disco intervertebral possui
certo destaque devido à sua ligação à base e ao teto da vértebra e ligamento longitudinal anterior, importante para a
estabilidade da coluna vertebral, sendo que a deformação do núcleo pulposo fornece mobilidade ao segmento. Assim,
notamos um equilíbrio funcional entre o disco e os ligamentos (RASCH, 2008).

Em resumo, os movimentos da coluna se darão através de alavancas representadas pelas vértebras, pivôs representados
pelas facetas articulares e discos intervertebrais, resistores passivos realizados pelos ligamentos e atuadores que são
os músculos (BERNHARDT; WHITE; PANJABI, 1992).

E teremos uma mobilidade considerável durante a flexão, extensão e hiperextensão nas colunas cervical e lombar,
destacando a importância da hiperextensão em algumas modalidades esportivas como a natação, o salto em altura e a
ginástica (HALL, 2013).

Já na inclinação os movimentos têm maior amplitude na região cervical, menor na região torácica e ligeiramente maior
na lombar. Enquanto que na rotação é mais livre na região cervical, sendo menor na região lombar (HALL, 2013).

12
PORDENTRODOTEMA
Movimentos da Coluna Cervical

A coluna cervical é dividida em superior (Occipital, C1 e C2), média (C2-C5) e inferior (C5-T1) (WHITE; PANJABI,
1990). Esta divisão didática permite a análise detalhada dos movimentos, tendo a região superior realizado cerca de
60% de toda rotação axial da coluna devido à particularidade da superfície articular das duas primeiras que possuem
uma superfície convexa, facilitando os movimentos da cabeça, com estabilidade provida pelo tensionamento ligamentar
(ligamento alar e ligamento convexo). O movimento de rotação ocorre com rotação e deslizamento da cabeça na direção
oposta (PETTMAN, 2006).

Durante a flexão cervical, as articulações zigoapofisárias e uncovertebrais deslizam em uma direção combinada superior,
lateral e inferior. Inversamente, durante a extensão cervical, as articulações deslizam em uma direção combinada inferior,
medial e posterior (BANTON, 2012).

Na coluna cervical e na coluna torácica superior, observamos que a inclinação lateral é combinada com a rotação axial
na mesma direção. Enquanto que na coluna lombar, a inclinação lateral é combinada com a rotação axial na direção
oposta. Já na coluna torácica média e inferior, o padrão de combinação é inconsistente (PETTMAN, 2006).

Movimentos da Coluna Torácica

Enquanto observamos que a coluna cervical é hipermóvel, a coluna torácica é basicamente hipomóvel (PETTMAN,
2006). Tendo como característica a coordenação dos movimentos da caixa torácica com os segmentos vertebrais, o
que aumenta a carga compressiva sobre a curvatura da coluna. Neste complexo entre a coluna torácica e da caixa
torácica, observamos uma quantidade considerável de movimento da coluna e do esterno, de forma independente
(BANTON, 2012).

Durante a flexão, nota-se uma translação anterior que facilita a rotação anterior da costela adjacente, sendo que na
torácica média (T4-T7) a rotação anterior da costela está associada com deslizamento superior (GRIEVE, 1988).

O padrão de combinação de movimentos da coluna torácica é similar ao da coluna cervical, com a inclinação lateral
combinada com rotação na direção oposta quando a inclinação lateral ocorre primeiramente. Já quando a rotação ocorre
primeiro, a rotação torácica é combinada com inclinação lateral na mesma direção (BANTON, 2012).

Na inclinação lateral, as costelas ipsilaterais deslizam anteriormente e inferiormente ao longo do plano da articulação
costotransversa, enquanto que a costela contralateral se move superior e posteriormente provocando rotação na direção
oposta da inclinação lateral (BANTON, 2012).

13
PORDENTRODOTEMA
E na rotação da coluna torácica, esse movimento é acompanhado pela inclinação lateral na mesma direção, por causa
dos ligamentos costovertebrais (BANTON, 2012).

Além disso, durante a respiração as costelas movem-se seguindo um padrão de “alça de balde” caracterizado pela
abertura lateral e braço de bomba caracterizado pela abertura anterior (WHITE; PANJABI, 1990).

Movimentos da Coluna Lombar

Como vimos anteriormente, a orientação das facetas articulares lombares facilita mais a flexão e extensão do
que a rotação, com maior amplitude nas vértebras mais superiores, com exceção da articulação lombossacra (L5-S1),
a qual oferece mais flexão e extensão do que qualquer outro segmento lombar. Durante os movimentos de flexão e
extensão, observamos uma associação do movimento de translação, dando uma característica importantíssima para
esse movimento (PETTMAN, 2006).

A inclinação lateral tem a mesma quantidade de movimento em qualquer segmento da coluna e a rotação axial é muito
limitada com distribuição praticamente igual em cada segmento lombar. Na coluna lombar, a inclinação lateral que terá
a combinação com rotação axial na mesma direção tem como padrão a ocorrência da inclinação lateral primeiro, porém,
caso a rotação ocorra primeiro, a inclinação lateral será na direção oposta (BANTON, 2012).

Todavia, o padrão de acoplamento associado com a coluna lombar, com a mínima mobilidade no plano transverso,
pode diretamente ou indiretamente contribuir para a alta incidência da instabilidade no segmento L4-L5. Sendo que nas
vértebras superiores, a inclinação e rotação ocorrem nas direções opostas, enquanto que nos segmentos lombares
inferiores elas inclinam e rodam na mesma direção (BANTON, 2012).

Articulação Sacroilíaca

Durante os movimentos do tronco a articulação sacroilíaca movimenta-se permitindo a conexão desses movimentos
com a pelve. Esta articulação tem formato de “L” com o braço longo direcionado posteriormente (BANTON, 2012).

14
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.8 – Articulação sacroilíaca

Fonte: MOORE; DAYLE, AGUR, 2014, sp.

Os movimentos desta articulação são a nutação, também conhecida como flexão do sacro, e a contranutação, também
denominada extensão. Na nutação o promontório sacral move-se anteriormente na pelve, assim o sacro desliza
inferiormente o braço para curto e posteriormente o braço longo em uma rotação anterior relativa. Na contranutação
o promontório sacral move-se posteriormente, com deslizamento anterior do sacro no braço longo e superiormente no
braço curto (BANTON, 2012).
Figura 2.9 – Nutação

Fonte: KAPANDJI, 2013, p. 345.

15
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.10 – Contranutação

Fonte: KAPANDJI, 2013, p. 346.

Ações Musculares

Dividiremos as ações musculares de acordo com as regiões.

1. Cervical

Na flexão temos as ações dos músculos reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, longo da cabeça e longo do
pescoço, esternocleidomastoideo e escaleno (HALL, 2013).

Na extensão temos a ação dos esplênios, suboccipitais, semiespinhal da cabeça, semiespinhal do pescoço, semiespinhal
do tórax, multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários e levantadores das costelas (HALL, 2013).

Na inclinação lateral temos as ações dos músculos reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, longo da cabeça e
longo do pescoço, esplênios, suboccipitais, semiespinhal da cabeça, semiespinhal do pescoço, semiespinhal do tórax,
multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores das costelas, esternocleidomastoideo, levantador
da escápula e escaleno (HALL, 2013).

Na rotação para o lado oposto temos as ações dos músculos reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, longo
da cabeça e longo do pescoço, semiespinhal da cabeça, semiespinhal do pescoço, semiespinhal do tórax, multífidos,
rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores das costelas e esternocleidomastoideo (HALL, 2013).

Na rotação para o mesmo lado temos a ação dos esplênios e suboccipitais (HALL, 2013).

16
PORDENTRODOTEMA
2. Torácica

Na extensão temos a ação dos eretores da espinha, multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores
das costelas (HALL, 2013).

Na inclinação lateral temos as ações dos músculos semiespinhal do tórax, multífidos, rotadores, interespinhais,
intertransversários e levantadores das costelas (HALL, 2013).

Na rotação para o lado oposto temos as ações dos músculos semiespinhal do tórax, multífidos, rotadores, interespinhais
e intertransversários (HALL, 2013).

3. Lombar

Na flexão temos a ação do músculo psoas, reto abdominal (indireta), oblíquo externo e oblíquo interno (HALL, 2013;
TRACY et al., 1989)

Na extensão temos a ação dos eretores da espinha, multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários e levantadores
das costelas (HALL, 2013; TRACY et al., 1989).

Na inclinação lateral temos a ação dos eretores da espinha e do reto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno,
multífidos, rotadores, interespinhais, intertransversários, levantadores das costelas e quadrado lombar (HALL, 2013;
TRACY et al., 1989).

Na rotação para o lado oposto temos a ação do oblíquo externo, eretores da espinha, multífidos, rotadores, interespinhais,
intertransversários e levantadores das costelas (HALL, 2013).

Já na rotação para o mesmo lado temos a ação do oblíquo interno (HALL, 2013).

Biomecânica Fundamental

Na coluna encontramos seis graus de liberdade, que ocorrem pela ação dos vetores de força sobre as alavancas,
gerando forças rotacionais e translacionais sobre o eixo da articulação. Estabelecendo a relação entre o momento da
força (produção da força) e o comprimento do braço de alavanca para geração do torque.

Toda carga aplicada na coluna será regida pela Lei de Hooke com a curva de carga/deformação, que trata da zona
elástica na qual o tamanho da deformação de um tecido é proporcional à força deformatória, através de uma relação
linear, e quando o estresse é removido, a tensão volta ao estado inicial. Entretanto, quando grandes forças são aplicadas

17
PORDENTRODOTEMA
na coluna, essa zona elástica pode ser excedida e entrarmos na zona plástica, neste caso a Lei de Hooke não se aplica
mais e o objeto sofre uma deformação permanente que não se modifica com a retirada do agente estressor, e se a carga
for aplicada com mais força ainda, o tecido irá falhar (romper, quebrar).

Cargas sobre a Coluna Vertebral

Quando o corpo está em pé, a principal carga imposta à coluna vertebral é a axial, neste caso o centro de gravidade
posicionado anteriormente à coluna vertebral requer tensão dos músculos extensores da coluna, e como sempre nos
movimentamos, ao realizar movimentos dos membros observamos aumento do torque e, consequentemente, o aumento
da tensão sobre os músculos extensores do tronco, e como esses músculos apresentam braços de momento pequenos,
eles precisam gerar forças para contrabalançar os torques (HALL, 2013).

Já na posição sentada a compressão sobre a coluna lombar aumenta, e mais ainda na flexão vertebral e ainda mais
quando associada com má postura. Nesta posição a pelve é rodada posteriormente, e a lordose retificada, aumentando
a carga sobre os discos intervertebrais (HALL, 2013).

E durante a movimentação da coluna, quando fazemos inclinação ou torção, geramos uma carga compressiva muito
maior que a carga durante a extensão. Além disso, quanto mais rápido for o movimento, maiores serão as forças de
compressão e cisalhamento sobre a coluna vertebral, assim como a tensão nos músculos paravertebrais (HALL, 2013).

Ao levantar uma carga, o ideal é trazermos a carga próxima ao corpo, transferindo o momento do giro do tronco para
a carga, e ao se levantar com as pernas, o torque gerado pelo peso corporal sobre a coluna vertebral é minimizado.
Assim, ao levantar um peso com a manutenção da curvatura normal ou discretamente retificada permite aos músculos
extensores compensarem parcialmente o cisalhamento anterior (HALL, 2013).

Na má postura, a postura lordótica aumenta a carga sobre a parte posterior dos anéis fibrosos sobre as articulações
zigoapofisárias, enquanto que a flexão lombar modifica a linha de ação dos músculos extensores lombares, fazendo
com que eles não consigam contrabalançar efetivamente o cisalhamento anterior (HALL, 2013).

Além disso, a pressão intra-abdominal atua sustentando a coluna lombar gerando uma força de tensão que compensa
a carga compressiva, enrijecendo o tronco, evitando que a coluna se deforme sob cargas compressivas, aumentando
o momento extensor do tronco, através da contração da musculatura estabilizadora central composta pelos músculos
multífidos, diafragma, assoalho pélvico e transverso do abdome (HALL, 2013).

Portanto, uma carga instável é capaz de aumentar a coativação dos músculos antagonistas do tronco na tentativa de
enrijecer a coluna vertebral (HALL, 2013).

18
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.11 – Cargas sobre a coluna

Fonte: HALL, 2013, sp.

Figura 2.12 – Cargas sobre a coluna

Fonte: HALL, 2013.

19
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.13 – Pressão intra-abdominal.

Fonte: HALL, 2013, sp.

E finalizando a temática sobre cargas, o ato de carregar mochilas nas costas sobrecarrega a coluna vertebral na inclinação
para frente do tronco na tentativa de compensar, assim como na cabeça associado com diminuição da lordose lombar
(HALL, 2013).

Problemas Posturais

Crianças e adolescentes em idade escolar são altamente suscetíveis a alterações na coluna vertebral geradas
por má postura decorrente de hábitos adquiridos pela vida moderna, por exemplo, passar horas sentado à frente de
um computador ou televisor, carregar mochilas extremamente pesadas e ficar sentado em cadeiras ergonomicamente
incompatíveis (VALLADÃO; LIMA, BARROSO, 2009).

Além disso, durante a puberdade a coluna vertebral cresce mais rapidamente do que os membros superiores e inferiores,
fazendo com que a forma dos músculos e tendões não acompanhe esse crescimento ósseo, gerando uma postura
diferente e uma certa descoordenação dos movimentos.

As alterações posturais encontradas podem ser:

• Hiperlordose: caracterizada como um aumento da curvatura lombar ou cervical (VERDERI, 2008).

• Lombar: associada à rotação anterior da pelve, que provoca um desequilíbrio dos músculos glúteos e abdominais,
encurtando a musculatura lombar, ocasionando uma protusão anterior do abdômen e uma protusão posterior das
nádegas (ALTER, 1999).

20
PORDENTRODOTEMA
• Cervical: associada com anteriorização da cabeça, alterando a mecânica dos movimentos maxilares e do pescoço
(HAMILL; KNUTZEN, 1999).

• Hipercifose: caracterizada como um aumento acentuado da curvatura torácica, com retração dos músculos
anteriores do tórax, elevadores das escápulas, trapézio e músculos cervicais, associados com fraqueza dos romboides
e trapézio inferior, geralmente associada com uma lordose compensatória (VERDERI, 2005).

• Escoliose: curvatura lateral da coluna vertebral no plano frontal com rotação das vértebras no lado convexo da
coluna (VERDERI, 2008), que gera uma alteração muscular, ligamentar, dos discos intervertebrais e dos ossos,
podendo até comprometer a medula espinal, diafragma, pelve, pulmões e coração (FISCHINGER, 1982).

• Funcional ou postural: sem deformidades das estruturas vertebrais, pode evoluir para uma escoliose estrutural,
provocada por má postura, dores e inflamações, diferenças no tamanho dos membros inferiores ou contratura do
quadril (MAGEE, 2002).

• Estrutural: anormalidade nas estruturas da coluna e tecidos adjacentes, pode ser idiopática, neuromuscular e
osteoplástica, apresentando padrão de piora progressiva (MAGEE, 2002). A escoliose idiopática atinge de 75% a
85% dos casos de adolescentes com escoliose.

• Costa plana: retificação das curvaturas fisiológicas, com diminuição das angulações das lordoses lombar e cervical
e das cifoses dorsal e sacral, apresentando também ombros caídos, tórax plano e abdômen proeminente, gerando
sobrecarga em alguns pontos (VALLADÃO; LIMA; BARROSO, 2009).

21
PORDENTRODOTEMA
Figura 2.14 – Hiperlordose e hipercifose.

Fonte: HALL, 2013, sp.

Figura 2.15 – Desvios posturais.

Fonte: MOORE; DAYLE; AGUR, 2014, sp.

22
PORDENTRODOTEMA
E como fica a postura dos estudantes na escola? Sabemos que eles são mantidos em posições incômodas e inadequadas
por longos períodos, uma vez que as salas não são adaptadas para as características morfológicas (CONTRI;
PETRUCELLI; PEREA, 2009).

E como atua o professor de Educação Física? Ele pode atuar avaliando e trabalhando a postura dos alunos, através de
ações preventivas e educativas sobre a postura corporal (VALLADÃO; LIMA; BARROSO, 2009).

Pode atuar também ensinando a ergonomia da posição sentada, destacando a importância da altura do assento e da
mesa, que devem ser adaptados à morfologia da pessoa (KAPANDJI, 2013).

ACOMPANHENAWEB
Postura e Educação Física

• Este website traz um artigo sobre Postura e Educação Física, tratando sobre aspectos
importantes na prevenção e orientação de problemas posturais.
Disponível em: <http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v14%20n2%20artigo5.pdf>. Acesso em 12 out.
2016.

A Coluna Vertebral

• Neste website você observará, através de uma linguagem simples e direta, a importância de
se estudar a cinesiologia e biomecânica da coluna vertebral.
Disponível em: <http://professor-educacao-fisica.f1cf.com.br/professor-educacao-fisica-17-a-coluna-vertebral.
html>. Acesso em 12 out. 2016.

23
ACOMPANHENAWEB
Movimentos Articulares da Coluna Vertebral

• Este vídeo traz uma revisão sobre as funções e movimentos da coluna vertebral.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RIJOVU1b6jI>. Acesso em 12 out. 2016.

Tempo: 6:17

Cuidados para Não Lesionar a Coluna Vertebral Durante os Exercícios Físicos

• Neste vídeo temos uma entrevista sobre cuidados a serem tomados com a coluna durante a
prática de exercícios físicos.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Bfbfewefbf0>. Acesso em 12 out. 2016.

Tempo: 11:54

24
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

A coluna vertebral é composta pelas vértebras, discos intervertebrais, estruturas articulares e músculos que permitem que o
homem assuma postura bípede e tenha a possibilidade de executar inúmeras funções elaboradas. Sobre a anatomia da coluna
vertebral, analise as frases a seguir:

I – O corpo vertebral localiza-se anteriormente na coluna vertebral, assim como o disco intervertebral;

II – Os processos espinhosos servem para fixação de órgãos abdominais pela sua localização de proeminência anterior;

III – Os discos intervertebrais são estruturas rígidas que mantêm a estabilidade e não se adaptam nos movimentos.

Baseado nestas frases, assinale a alternativa que contenha a afirmação correta.

a) Somente a afirmativa I é verdadeira.

b) Somente a afirmativa II é verdadeira.

c) As afirmativas I e II são verdadeiras.

d) As afirmativas II e III são verdadeiras.

e) As afirmativas I e III são verdadeiras.

25
AGORAÉASUAVEZ
Questão 2

Durante a aula de Educação Física, o professor Raymundo Nonato chama seus alunos para explicar a função deste importante
componente corporal e sua aplicabilidade durante algumas atividades. Além disso, também explanou sobre a postura e os ele-
mentos influenciadores dela. Ao final da aula, o professor fez uma atividade com mitos e verdades sobre a coluna. Analise três
mitos ou verdades, colocando V para a(s) que julgar verdadeira(s) e F para a(s) que julgar falsa(s).

( ) A escoliose é um desvio lateral da coluna vertebral, que pode ser desenvolvido por mobiliário inadequado na hora dos estu-
dos;

( ) O uso indiscriminado do celular pode acarretar o aumento da lordose cervical pela necessidade de anteriorização da cabeça;

( ) A lordose é uma curvatura inata do ser humano presente desde a gestação.

Baseado nisto, assinale a alternativa que contenha a sequência correta.

a) V-F-V

b) F-V-F

c) V-V-F

d) F-F-V

e) V-F-F.

26
AGORAÉASUAVEZ
Questão 3

Márcio estava empilhando caixas de livros na biblioteca da escola, quando chegou Rafael e explicou a ele sobre a importância
de se adotar uma postura correta para evitar sobrecarga na coluna vertebral. De uma forma simples, ele orientou sobre a ne-
cessidade de se manter o objeto ___________ ao corpo e, ao levantar, realizar força com as ___________, evitando forças de
cisalhamento sobre a coluna.

Assinale a alternativa que contenha a complementação correta.

a) Distante – Cinturas

b) Próxima – Cinturas

c) Distante – Pernas

d) Próxima – Pernas

e) Distante – Costas.

Questão 4

Os movimentos da coluna vertebral fornecem mobilidade ao tronco, permitindo a execução de tarefas das mais simples até as
mais complexas. Esses movimentos ocorrem respeitando o eixo da articulação através de planos específicos. Baseado nestes
conceitos biomecânicos, determine o movimento que ocorre durante a execução de um exercício abdominal durante a elevação
do tronco, determinando seu plano, eixo e pelo menos dois músculos envolvidos.

Questão 5

A coluna vertebral trabalha de forma antagônica, fornecendo estabilidade e realizando movimentos, isto é possível graças aos
elementos que a compõem, destacando-se neste caso o disco intervertebral. Quando o Márcio se abaixou para pegar a caixa, ele
realizou uma flexão da coluna. Durante este movimento, como o disco intervertebral se adaptou?

27
FINALIZANDO
Trabalhamos neste caderno realizando uma conexão entre a anatomia com a cinesiologia e biomecânica da
coluna vertebral. Também abordamos os movimentos com as suas características articulares, assim como as ações
musculares. Entramos na temática das cargas impostas na coluna e na postura corporal, trabalhando o papel do professor
neste item tão importante na vida dos alunos, orientando que o professor de Educação Física deve colocar em prática
seus conhecimentos na área de saúde, anatomia, cinesiologia e biomecânica nas suas atividades, esportes, jogos e
brincadeiras, assim como no ensino das lutas, ginástica escolar, dança e atividades rítmicas, fazendo dela um motor
transformador do bem-estar.

REFERÊNCIAS
ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
BANTON, A. R. Biomechanics of the spine. Journal of the Spinal Research Foundation. v. 7, n. 2, p. 12-20, 2012.
BELL, G. H.; DUNBAR, O.; BECK, J. S. et al. Variation in strength of vertebrae with age and their relation to osteoporosis. Calcif
Tissue Res. v. 1, p. 75-86, 1967.
BERNHARDT, M.; WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. et al. Biomechanical considerations of spinal stability. In: Rothman RH,
Simeone FA, eds. The Spine. 3. ed. Philadelphia: WB Saunders; 1992:1167–1195.
BERRY, J. L.; MORAN, J. L; BERG, W. S., et al. A morphometric study of human lumbar and selected thoracic vertebrae. Spine.
v. 12, p. 362-6, 1987.
CAILLIET, R. Escoliose: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Manole, 1997.
CONTRI, D. E.; PETRUCELLI, A.; PEREA, D. C. B. N. M. Incidência de desvios posturais em escolares do 2º ao 5º do Ensino
Fundamental. Rev. ConScientice Saúde, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 219-224, 2009.
FISCHINGER, B. A escoliose vista por uma fisioterapeuta: uma revista didática. Caxias do Sul: Educs, 1982.

28
REFERÊNCIAS
GRIEVE, G. P. Common Vertebral Joint Problems. Edinburg: Churchill Livingstone, 1998.
GROSS, J; FETTO, J; ROSEN, E. Exame musculoesquelético. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
HALL, S. J. Biomecânica Básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
HAMILL, J; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Malone, 1999.
KAPANDJI, A. I. O que é biomecânica. Barueri: Manole, 2013.
MAAT, G. J. R; MATRICALI, B.; VAN PERSIJN, E. L. et al. Postnatal develop- ment and structure of the neurocanal junction.
Spine. v. 21, p. 661–6, 1996.
MACINTOSH, J. E.; NICKOLAI, B. The morphology of the lumbar erector spinae. Spine. v. 12, p. 658-68, 1987.
MAGEE, D. J. Avaliação músculo esquelética. 3. ed. São Paulo: Malone, 2002.
MOMESSO, R. B. Proteja Sua Coluna. São Paulo: Ícone, 1997.
MOORE, K. L.; DALLEY, A.; AGUR, A. M. R. Anatomia Orientada Para Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
NORDIN, M., FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 3. ed. São Paulo: Guanabara Koogan.
2008.
OLSZEWSKI, A. D.; YASZEMSKI, M. J.; WHITE, A. A. The anatomy of the human lumbar ligamentum flavum. Spine. v. 20, p.
2307-12, 1996.
PANJABI, M. M.; DURANCEU; J.; GOEL, V. et al. Cervical human vertebrae: quantitative three-dimensional anatomy of the
middle and lower regions. Spine. v. 16, p. 861-9, 1991.
PANJABI, M. M.; DVORAK J.; DURANCEU, J. et al. Three-dimensional movements of the upper cervical spine. Spine. v. 13, p.
726-30, 1988.
PANJABI, M. M.; SHIN, E. K.; CHEN, N. C.; WANG, J. L. Internal morphology of human cervical pedicles. Spine. v. 25, p. 1197-
1205, 2000.
PANJABI, M. M.; TAKATA, K.; GOEL, V. et al. Thoracic human vertebrae: quantitative three-dimensional anatomy. Spine. v. 16,
p. 888-901, 1991.
PERRY, O. Fracture of the vertebral end-plate in the lumbar spine. Acta Orthop Scand. v. 25, p. 157-65, 1957.

29
REFERÊNCIAS
PERRY, O. Resistance and compression of the lumbar vertebrae. In: Encyclopedia of Medical Radiology. New York:
Springer-Verlag, p. 215-21, 1974.
PETTMAN, E. Manipulative Thrust Techniques. An Evidence Based Approach. Abbotsford: Apherna Publishing, 2006.
RASCH, P. J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2008.
RESENDE, J. A; SANCHES, D. Avaliação dos desvios posturais em crianças com idade escolar de 11 a 16 nos. Revista da
Educação Física da UEM, v. 3, n. 1, p. 21-16, 1992.
REYNOLDS, A. F.; ROBERTS, J. R; POLLAY, M. et al. Quantitative anatomy of the thoracolumbar epidural space.
Neurosurgery. v. 17, p. 905-7, 1985.
ROCHA, E. S. T.; PEDREIRA, A. C. S. Problemas ortopédicos comuns na adolescência. Vol. 77, Rio de Janeiro: Jornal de
Pediatria, 2001.
TAKEUCHI, T.; ABUMI, K.; SHONO, Y. et al. Biomechanical role of the inter- vertebral disc and costovertebral joint in stability of
the thoracic spine. Spine. v. 23, p. 1414-20, 1999.
TRACY, M. F.; GIBSON, M. J.; SZYPRYT, E. P. et al. The geometry of the muscles of the lumbar spine determined by magnetic
resonance imaging. Spine. v. 14, p. 186-93, 1989.
VALLADÃO, R.; LIMA, P. F. C.; BARROSO, A. R. A Educação Física Escolar na prevenção de deformidades da coluna vertebral.
Rev. Digital EFDEPORTES. v. 14, n.131, 2009.
VAN SCHAIK, J. P. J.; VERBIEST, H.; VAN SCHAIK, F. D. The orientation of laminae and facet joints in the lower lumbar spine.
Spine. v. 10, p. 59-63, 1985.
VASCONCELOS, J. T. S. Anatomia aplicada e biomecânica da coluna vertebral. In: NATOUR, J. (Org) Coluna Vertebral:
conhecimentos básicos. 2. ed. São Paulo: Etcetera, 2004. p.17-35.
VERDERI, E. Programa de Educação Postural. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2005.
VERDERI, E. Programa de Educação Postural. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2008.
WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. Clinical Biomechanics of the Spine. Philadelphia: Lippincot, 1990.
WHITE, A. A.; PANJABI, M. M. Clinical Biomechanics of the Spine. 2. ed. Philadelphia: Lippincott; 1990.
WHITE; A. A.; PANJABI, M. M. The basic kinematics of the human spine: a review of past and current knowledge. Spine. v. 3, p.
12-20, 1978.

30
GLOSSÁRIO
Lordose: curvatura posterior da coluna, caracterizada como uma curvatura secundária, está presente na cervical e na
lombar.

Cifose: curvatura anterior da coluna, caracterizada como uma curvatura primária, está presente na torácica.

Postura: manutenção da posição do corpo e das suas partes.

Disco intervertebral: estrutura articular localizada entre duas vértebras.

Vértebra: osso que compõe a coluna vertebral.

GABARITO
Questão 1

Resposta: Alternativa A.

Pois o corpo vertebral localiza-se anteriormente igualmente o disco intervertebral, mas os processos espinhosos estão
localizados posteriormente e não servem de fixação para órgãos abdominais e os discos intervertebrais se adaptam
através do seu núcleo pulposo em cada movimento, reduzindo a carga imposta sobre a coluna.

Questão 2

Resposta: Alternativa C.

A escoliose é definida como um desvio lateral da coluna vertebral, o uso de celular acarreta na anteriorização da cabeça
que leva a aumento da lordose cervical, e a curvatura presente desde a gestação é a cifose (curvatura primária).

31
Questão 3

Resposta: Alternativa D.

Ao se levantar um objeto, deve trazê-lo próximo ao corpo e realizar a força com as pernas, diminuindo as forças de
cisalhamento e o momento da resistência, evitando assim um tensionamento maior da musculatura extensora da coluna.

Questão 4

Resposta: Durante o exercício abdominal na elevação do tronco temos a flexão da coluna, realizada pela contração da
musculatura abdominal (reto abdominal, oblíquo interno e oblíquo externo) e do músculo psoas.

Questão 5

Resposta: Durante a flexão o disco intervertebral tem um aumento de pressão na direção posterior, deslocando o núcleo
pulposo para esta região, aumentando a tensão sobre o ânulo fibroso da parte posterior.

32

Potrebbero piacerti anche